Galinhada beneficente: em prol da inauguração do Colégio Santo Tomás de Aquino

A Irmandade do Carmo promoverá uma Galinhada beneficente para arrecadar fundos para a inauguração do Colégio Santo Tomás de Aquino, nosso Projeto de Educação Católica para Uberlândia (conheça-o clicando aqui).

Os ingressos serão vendidos antecipadamente pelos membros da associação, mas também no dia do evento.

Ajude-nos nesse projeto: compartilhe com seus amigos, conhecidos e familiares.

Participe conosco!

Inscrições para a Catequese- 2019

Estão abertas as inscrições para a Catequese em preparação para os sacramentos da Eucaristia (1ª Comunhão) e Crisma.

Liturgia Diária- 03/10/2018

SANTA TERESA DO MENINO JESUS, Virgem

Festa de 1ª Classe (em Uberlândia) – Missa Própria

Padroeira da Diocese de Uberlândia

A grande Santa de nossos dias nasceu aos dois de janeiro de 1873. Com 15 anos, por licença especial do Papa Leão XIII, entrou no Carmelo de Lísieux. Singulares foram as graças que recebeu (Leitura e Comunhão) e belas as suas virtudes (Versículo do Aleluia e Evangelho). Na Oração pedimos a graça de poder seguir o seu exemplo de humildade e simplicidade. Extraordinárias têm sido as graças que, qual chuva de rosas, deixa cair sobre as almas aqui na terra, depois de sua morte. Foi canonizada pelo Papa Pio XI, em 17 de maio de 1925, e declarada padroeira de todas as missões e dos missionários a 14 de dezembro de 1927.


Páginas 1314 a 1317 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes, com Comemoração dos Santos Anjos da Guarda.


Liturgia Diária- 29/09/2018

DEDICAÇÃO DE SÃO MIGUEL ARCANJO

Festa de 1ª Classe- Missa Própria

São Miguel Arcanjo, vencedor do dragão infernal, oferecei a Deus as nossas orações como o fumo dos perfumes.

A festa de 29 de setembro é a mais antiga das festas consagradas a S. Miguel; lembra a dedicação do velho e venerável santuário dedicado ao santo arcanjo, nos arredores de Roma, a sete milhas da via Salária. A missa composta para a circunstância é atualmente a do 18º Domingo depois de Pentecostes. A que nós temos hoje tem muitas partes semelhantes à da festa dos Santos Anjos da Guarda, pois estas duas festas confundiram-se durante muitos anos.

O nome de Miguel (em hebraico, “quem como Deus”) lembra o combate que se travou no Céu ente o Arcanjo, “príncipe da milícia celeste”, e o demônio. No combate que continua entre o bem e o mal, Cristo tem por aliados S. Miguel e os seus anjos, a Igreja e os santos; do lado oposto estão Satanás e os demônios, com todos os seus auxiliares. Também nós estamos pessoalmente alistados neste combate; peçamos a São Miguel e aos seus anjos que nos ajudem, para não perecermos no dia do juízo. Quando um cristão deixa este mundo, a Igreja pede que S. Miguel, o porta estandarte, o introduza na luz celeste (Antífona do Ofertório da missa de Réquiem); daí o hábito de o representar segundo a balança divina onde são pesadas as almas. S.Miguel é também quem preside ao culto de adoração que se presta a Deus; foi a ele que São João, no Apocalipse, viu junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão; ele faz subir até Deus, como o fumo do incenso, a oração dos santos. 


Páginas 1306 a 1310 do Missal Quotidiano.


Formação de Fiéis às 16 horas na Sede da Irmandade (mais informações). Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 27/09/2018

SÃO COSME E SÃO DAMIÃO, Mártires

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Toda a Igreja do Oriente começou a venerar São Cosme e São Damião por causa das inúmeras curas operadas sobre o seu túmulo, em Ciro, onde foram martirizados sob Diocleciano. Seriam eles médicos? É possível. Em todo caso cedo foram considerados como tais, em particular em Roma, onde o culto dos SS. Cosme e Damião foi introduzido no século VI. Na quinta-feira da 3ª semana da Quaresma, dia em que a estação se reúne na sua basílica do Fórum, a missa composta composta em sua honra está cheia da dupla ideia de cura e salvação; evoca bem dois mártires e dois médicos que curavam ao mesmo tempo corpos e almas. Os nomes dos dois Santos estão no cânon da missa, depois dos mártires romanos. 

Liturgia Diária- 22/09/2018

SÁBADO DAS QUATRO-TÊMPORAS DE SETEMBRO

Féria de 2ª Classe- Missa Própria

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O sábado das Quatro-Têmporas de Setembro lembra uma dupla festa de penitência e de alegria, que entre os Judeus se celebrava nesta época: a festa da Expiação, para pedir, com a oferenda do sangue das vítimas, o perdão dos pecados do povo; e a festa dos Tabernáculos, na altura em que, durante uma semana, se habitava nas tendas, com o fim de lembrar aos israelitas a vida nômada no deserto. 

A evocação destas festas antigas, mais que simples recordação, é índice da proteção constante e da misericórdia de Deus a favor do seu ´povo, bem como o anúncio da nossa Redenção. No Sumo Sacerdote, único a transpor o “Sancta sanctorum”, com o sangue dos animais, para remissão dos pecados do povo, vê S. Paulo a figura de Cristo, penetrando no Céu com seu sangue, depois de nos ter conquistado a Redenção eterna.


Páginas 678 a 686 do Missal Quotidiano.


Missa na Capela Nossa Senhora de Lourdes às 18:30 horas.


Liturgia Diária- 20/09/2018

SANTO EUSTÁQUIO E COMPANHEIROS, Mártires

Comemoração- Missa “Sapientiam” com 2ªs orações da Féria

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O culto de Santo Eustáquio ou Eustato, introduziu-se em Roma durante a alta Idade Média. Os seus numerosos biógrafos tem se comprazido em multiplicar os fatos maravilhosos que teriam ilustrado a sua vida e martírio. Em mais dum ponto se aparentam com os da vida de Santo Humberto, particularmente o episódio da caça ao veado, em que o animal para de súbito, deixando ver entre as hastes a imagem de Jesus crucificado. 

Liturgia Diária- 19/09/2018

QUARTA-FEIRA DAS QUATRO TÊMPORAS DE SETEMBRO

Féria de 2ª Classe- Missa Própria

As Quatro-Têmporas de Setembro são conjuntamente dias de jejum e momentos de jubilosa ação de graças. Lembram aos judeus a dupla promulgação da Lei, à saída do Egito e depois do cativeiro da Babilônia. Lembram aos cristãos a proteção permanente de Deus concedida ao seu povo, e a sua libertação. A ação de graças pelas colheitas do ano vai unir-se à evocação dos antigos benefícios de Deus. 


SÃO JANUÁRIO, Bispo E COMPANHEIROS, Mártires

Comemoração – Missa do dia, com 2ªs orações da Missa “Salus autem”

S. Januário, que a lenda nos apresenta como morto em Pouzzoles, perto de Nápoles, é um bispo de Benavente, na Campânia. Mais dois bispos de Benavente tiveram este nome durante a primeira metade do século IV; pode ser que aqui se trate do primeiro, martirizado aí por volta de 305. O martirológio romano dá-lhe como companheiros de suplício Sócio, Prócolo, Eutíquio e Acúcio. 

São Januário é patrono principal de Nápoles. A sua fama vem sobretudo do milagre da liquefação do seu sangue, que se repete três vezes no ano, e às vezes mais. O fenômeno ainda não foi explicado naturalmente.


Páginas 670 a 675 836 a 839 do Missal Quotidiano.


Missa na Capela Nossa Senhora de Lourdes às 18:30 horas.


Liturgia Diária- 18/09/2018

SÃO JOSÉ DE CUPERTINO, Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

São José de Cupertino é um dos santos mais extraordinários da Ordem de São Francisco. Nascido em 1603 em Cupertino, no antigo reino de Nápoles, parecia desprovido das qualidades intelectuais indispensáveis para ser religioso. Foi, todavia, recebido pelos Franciscanos Conventuais como irmão converso, e recebeu mesmo o sacerdócio. Estava animado dum imenso amor de Deus e do próximo, duma paciência a toda prova. Tornou-se célebre pelos seus êxtases. Morreu em Osimo, na Itália Central, a 18 de setembro de 1663.

Liturgia Diária- 17/09/2018

IMPRESSÃO DOS ESTIGMAS DE SÃO FRANCISCO

Comemoração- Missa de 4 de outubro, com orações e evangelho próprios e 2ªs orações da Féria

Dois anos antes de sua morte, São Francisco retirou-se para o monte Alverne, onde começou um jejum de quarenta dias em honra de São Miguel. Foi aí que, no meio de vigílias e duma incessante oração, ele viu um serafim de asas flamejantes, cujos pés e mãos estavam pregados a uma cruz, ao mesmo tempo que cinco chagas semelhantes às de Jesus, se formavam nos seus pés, mãos e lado; da chaga do lado escorria sangue. Estes estigmas foram, depois, de tal modo bem verificados, que os franciscanos lhe celebraram a memória a partir do século XIV; o papa Clemente IX, em 1669, estendeu esta festa a toda a Igreja. 

Liturgia Diária- 05/09/2018

SÃO LOURENÇO JUSTINIANO, Bispo e Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa “Statuit” (1º do Comum dos Confessores)

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São Lourenço Justiniano é um dos grandes santos italianos do século XV. Pertencia à ilustre família dos Justinianos, mas preferiu uma vida simples e santa à situação brilhante que a mãe lhe preparava. Entrando nos cônegos de S. Jorge de Alga, praticava aí uma vida de oração e mortificação, quando o papa Eugênio IV o chamou ao episcopado. Feito patriarca de Veneza, então no fastígio da glória e do poder, reagiu contra os excessos do humanismo, e pela sua austeridade, foi, para os grandes como para os simples, o exemplo da cidade. Morreu em 8 de janeiro de 1455, com a idade de 74 anos.

Liturgia Diária- 28/08/2018

SANTO AGOSTINHO, Bispo, Confessor e Doutor

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Agostinho nasceu em Tagaste, na África do Norte em 354. Tendo a principio escutado docilmente sua mãe, Santa mônica, em breve se deixou arrastar para as mais graves desordens: “os meus pecados eram como uma bola de neve que engrossa à medida que a gente a faz rolar”. Desolada, Mônica orava e chorava, seguindo os passos do filho. Professor de talento e espírito sempre ansioso de saber, Agostinho partiu para Roma, sendo depois nomeado mestre de retórica em Milão. Santo Ambrósio acolheu com bondade o jovem professor, e ensinou-lhe a doutrina cristã; tendo já conhecido e seguido várias filosofias, Agostinho descobria a verdade a pouco e pouco. Um dia, por inspiração do alto, abriu as epístolas de São Paulo e leu: “Não vos atoleis na crápula e na impureza, mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo”. Imediatamente as suas indecisões acabaram. Recebeu o batismo no Sábado Santo de 387, com a idade de 32 anos. Sete meses depois, morria Santa Mônica, pedindo ao filho que “se lembrasse dela no altar do Senhor”. De regresso à África, ordenado presbítero e elevado depois a bispo de Hipona aos 41 anos, organizou o seu clero e praticou ele próprio a vida comum com os clérigos que o rodeavam. Deu-lhes uma organização. Três regras lhe foram atribuídas; uma delas foi tirada duma carta escrita a religiosas, sendo mais tarde adaptada a homens.

Santo Agostinho morreu em 28 de agosto de 430, depois dum episcopado de 36 anos. A sua influência foi enorme. Alma ardente e profunda, inteligência penetrante, deixou tratados e sermões que ainda hoje são verdadeiros tesouros do pensamento da Igreja. Com S. Ambrósio, São Jerônimo e São Gregório Magno, é um dos quatro grandes doutores da Igreja Latina. 


SÃO HERMES, Mártir

Comemoração- Missa do dia com 2ªs orações próprias

São Hermes, martirizado em Roma, provavelmente durante a perseguição de Diocleciano, foi depultado num cemitério da via Salária. A “Depositio Martyrum” de 354 menciona-o já entre os mártires romanos.


Editorial | Nova Sede da Irmandade

A partir de hoje a Irmandade do Carmo passa a funcionar em novo local, próximo ao Cajubá Country Club e ao Griff Shopping. Confira: 

“Print” de tela do Google. Em breve fotos completas.

Endereço: Rua Rio Preto, 589, Vigilato Pereira, Uberlândia-MG; Como chegar

Como chegar de ônibus?: Próximo à nova Sede passam algumas linhas, umas mais próximas, outras mais distantes, incluindo A118 (Pampulha), A117 (Griff Shopping), A115 (Saraiva). Recomendamos o site/aplicativo Moovit, para planejar seus horários e a rota a seguir (clique aqui e acesse o site). Da mesma forma, para conferir apenas os horários de ônibus, clique aqui (site da Prefeitura de Uberlândia) e baixe os arquivos de cada linha, com seu respectivo itinerário. 

Formação de 25/08: A Formação deste sábado (25/08) já será realizada aqui. Mais informações, clique aqui.

Em breve mais fotos. 

Liturgia Diária- 22/08/2018

FESTA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

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Depois de ter em plena guerra consagrado o gênero humano ao imaculado coração de Maria para o colocar por esse modo por debaixo da particular proteção da Mãe do Salvador, S. Santidade Pio XII decretou que em 1944 que todos os anos se celebrasse doravante na Igreja inteira uma festa especial em honra de Coração Imaculado no dia 22 de Agosto.

É já antiga a devoção ao Coração Imaculado de Nossa Senhora. No século XVII propagou-a muito São João Eudes juntamente com a do Sagrado Coração de jesus. No século XIX o Papa Pio VII e Pio IX concederam as várias Igrejas particulares uma festa “do Coração Puríssimo de Maria”, fixada primeiramente no domingo depois da Assunção e mais tarde no sábado que se segue a festa do Sagrado Coração. Pio XII transferiu-a para 22 de Agosto e designou como principal intenção pedir, por intercessão da Santíssima Virgem, a “paz para os povos, a liberdade da Igreja, a conversão dos pecadores, o amor da pureza, e prática da virtude” (decreto de 4 de maio de 1944).


SANTOS TIMÓTEO, HIPÓLITO E SINFORIANO, Mártires

Comemoração- Missa do dia com 2ªs orações próprias

São Timóteo, cuja festa a Igreja hoje celebra, não é o discípulo de São Paulo, mas um mártir romano morto em 303 ou 306, durante a última perseguição. O seu corpo repousa em São paulo extramuros, junto do grande Apóstolo. – A história de Santo Hipólito, martirizado em Óstia, perto de Roma, permanece obscura. – São Sinforiano é um mártir de Autun, morto ainda jovem no século II ou III. É um dos grandes santos da Gália; foram construídas várias igrejas em sua honra. As suas atas parecem autênticas. 


Páginas 1240 a 1243 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 20/08/2018

SÃO BERNARDO, Abade e Doutor

Festa de 3ª Classe- Missa “In Medio”, com Epístola própria

É uma alegria, nos dias que se seguem à Assunção, poder celebrar a festa de São Bernardo, cujo principal título de glória é ter cantado, com inefável ternura e ardente piedade, em suas orações, obras e sermões, as grandezas de Maria. Nascido em 1090 em Fontaine-lez-Dijon, entrou no mosteiro de Cister aos 22 anos, arrastando com ele quatro de seus irmãos e trinta nobres da sua idade. A Ordem Cisterciense, ramo saído do velho tronco beneditino, adquire então um novo vigor que lhe permite cobrir com seus rebentos a Europa inteira. Bernardo fundou, passado pouco tempo, a grande abadia de Claraval, a que ficou ligado o seu nome. Derramou sobre mais de setecentos monges os tesouros de doutrina e sabedoria que Deus lhe tinha confiado. Grande contemplativo, São Bernardo nem por isso se alheou das questões da história do seu tempo. Foi um dos que imprimiram ao século XII o seu caráter tão profundamente cristão. Pôs fim ao cisma de Anacleto, que perturbava o clero e o povo de Roma. Refutou a heresia de Abelardo no Concílio de Sens, e desmascarou os erros de Arnaldo de Bréscia. Pregou a segunda cruzada. São Bernardo morreu em Claraval, em 20 de agosto de 1153. Seu corpo foi colocado aos pés do altar da Virgem. Deixava atrás de si 165 mosteiros. Os seus escritos, cheios duma doutrina inspirada pela sabedoria divina, fizeram-no alinhar entre os doutores da Igreja. 


Liturgia Diária- 17/08/2018

SÃO JACINTO, Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa “Os justi” (Comum dos Confessores)

São Jacinto, cônego de Breslau, filiou-se na Ordem de São Domingos, em Roma, cerca de 1217, no tempo do fundador. Voltou depois a Cracóvia com os primeiros pregadores. Os recém vindos brilharam em todos os países do Norte, na Rússia, nos Bálcãs, na Prússia, na Lituânia. S. Jacinto pregou a cruzada contra os prussianos. Morreu no dia da Assunção, em 1257. 


Páginas 1236, 861 a 864 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes (com Comemoração de São Joaquim).


Liturgia Diária- 16/08/2018

SÃO JOAQUIM, Pai da Santíssima Virgem

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Para associar São Joaquim ao triunfo da sua filha bendita, a Santa Mãe Igreja transferiu a festa, que outrora vinha no calendário no dia 20 de Março, para o dia 16 de Agosto, logo depois da Festa da Assunção. Leão XIII, que no batismo recebera o nome do Santo, elevou-lhe a festa, como também a de Sant’Ana, em 1879. As obras divinas tem sempre sua preparação providencial. Joaquim quer dizer “preparação do Senhor”, nome sem dúvida predestinado para aquele que deveria ser o Pai da Mãe do Salvador. Louvemos este varão glorioso pela sua descendência, e veneremos nele o justo do Antigo Testamento, neles que nos recorda esses homens admiráveis que passaram a vida esperando e preparando a vinda do Redentor.

Liturgia Diária- 15/08/2018

FESTA DA ASSUNÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA

Festa de 1ª Classe- Missa Própria

Maria, levada até ao Céu, recebe, no seio da Santíssima Trindade, a coroa real, das mãos do seu Filho, no meio das aclamações da corte angélica.

No dia 1 de novembro de 1950, Pio XII definia o dogma da Assunção. Proclamava assim solenemente que a crença segunda a qual a Santíssima Virgem Maria ao terminal a sua vida terrestre, foi elevada em corpo e alma para a glória do Céu, faz realmente parte do depósito da fé recebida dos Apóstolos. “Bendita entre todas as mulheres” em razão da sua maternidade divina, a Virgem imaculada que tivera desde a sua Conceição o privilégio de ser isenta do pecado original, não devia jamais conhecer a corrupção do túmulo. Para evitar dado incerto, o papa absteve-se de precisar o modo e as circunstâncias de tempo e lugar em que a Assunção se teria dado: apenas o fato da Assunção de Maria em corpo e alma à glória do Céu foi objeto da definição. 

A nova missa da festa põe em evidência a própria Assunção e as suas conveniências teológicas. Maria aparece glorificada na mulher descrita no Apocalipse (introito), na filha do rei revestida de manto de ouro, do salmo 44 (gradual), na mulher que com seu filho será inimiga vitoriosa do demônio (ofertório). São-lhe aplicados os louvores dirigidos a Judite triunfante (epístola); e sobretudo considera a Assunção o coroamento de todas as glórias que derivam da maternidade divina e que a própria Virgem cantou no seu Magnificar (evangelho). As orações fazem-nos pedir a Deus que possamos, como a Santíssima Virgem, estar continuamente atentos às coisas do alto, atingir a ressurreição bem-aventurada, e partilhar da sua glória no Céu.

Na liturgia encontra-se o culto da Assunção desde o século VI no Oriente; em Roma desde o VII. EM Jerusalém, em Constantinopla e em Roma, organizava-se uma procissão em honra da Virgem. Na França a procissão que se faz em 15 de agosto no fim das vésperas, recorda a consagração do país à Santíssima Virgem por Luís XIII em 1638. 


Páginas 1230 a 1233 do Missal Quotidiano.


Missa Cantada às 9:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 14/08/2018

VIGÍLIA DA ASSUNÇÃO

Vigília de 2ª Classe- Missa Própria

A festa da Assunção é a grande festa da Virgem Maria; a Igreja prepara-nos para ela com uma vigília de jejum e oração. A maior parte dos trechos desta missa encontra-se na liturgia das festas de Nossa Senhora.


SANTO EUSÉBIO, Confessor

Comemoração- Missa do dia com 2ªs orações próprias

Santo Eusébio foi um presbítero romano do século IV. Segundo as atas que contam seu martírio, foi condenado pelo imperador ariano Constâncio a morrer de forme num quarto da sua própria casa. Foi sepultado no cemitério de São Calisto. Seu culto espalhou-se muito em Roma e a sua casa foi transformada em igreja. 


Páginas 1227 a 1229 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 11/08/2018

SÃO TIBÚRCIO E SANTA SUSANA, Mártires

Comemoração- Missa “Salus autem”, com epístola e orações próprias, e 2ªs orações do domingo

tiburcio08-11 b. Santa Susana de Roma

São Tibúrcio é um mártir romano, duma época desconhecida, enterrado na vida Lavicana, no cemitério conhecido hoje pelo nome de Catacumba dos Santos Pedro e Marcelino. Santa Susana, virgem romana, foi igualmente martirizada em data incerta. Roma consagrou-lhe duas de suas igrejas. 

Liturgia Diária- 10/08/2018

SÃO LOURENÇO, Mártir

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

O diácono Lourenço mereceu a palma do martírio sobre a grelha em brasa, por ter exercido a caridade para com os pobres.

São Lourenço, arquidiácono do papa Xisto II, morreu mártir a 10 de agosto de 258, alguns dias depois do próprio papa e de outros membros do clero romano, todos eles vítimas da perseguidor do imperador Valeriano. Foi sepultado na via Tiburtina, no lugar chamado Agro Verano. A popularidade do Santo tornou-se imensa. Meio século mais tarde, o imperador Constantino mandava construir sobre o seu túmulo uma basílica que ficou a ser uma das cinco igrejas patriarcais de Roma [as outras quatro são São João de Latrão, São pedro, Santa Maria Maior e São Paulo. No altar-mor destas basílicas só o papa pode celebrar. Além de São Lourenço extramuros, Roma possui mais sete santuários dedicados a ele, entre os quais São Lourenço in-Panisperna, São Lourenço in-Lucina, S. Lourenço in-Damaso, onde se reúnem várias vezes as estações de Quaresma].

Baseada nas atas que relatam as circunstâncias do seu martírio, a liturgia transmitiu-nos de São Lourenço um retrato que se tornou querido da piedade do povo romano. É a figura atraente do jovem diácono, fiel a Deus e à sua Igreja nas tarefas que lhe foram confiadas. Preso pelo prefeito da cidade e obrigado a entregar os bens de cuja guarda estava encarregado, limitou-se a apresentar uma multidão de indigentes, dizendo: “Eis aqui os verdadeiros tesouros da Igreja; eles convertem as nossas esmolas em tesouros que não perecem”. Como prêmio da sua audácia submeteram-no ao suplício da grelha. São Lourenço é o terceiro patrono de Roma, depois de São Pedro e São Paulo. 


Páginas 1222 a 1225 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 09/08/2018

 VIGÍLIA DA FESTA DE SÃO LOURENÇO

(Mártir Romano)

Vígilia de 3ª Classe- Missa Própria

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SÃO ROMÃO, Mártir

Comemoração- Missa do dia, com 2ªs orações próprias

Juntamente com a Vigília de S. Lourenço, faz-se hoje memória de São Romão, mártir, sepultado na via Tiburtina, fora dos muros de Roma.


PRÓPRIO DO DIA

Introito (Sl 111, 9.1)

Despendeu e distribuiu pelos pobres os seus bens. Por isso a sua justiça subsistirá para sempre e o seu poder será glorioso. Sl. Bem-aventurado o que teme o Senhor e se compraz nos seus mandamentos. Glória ao Pai. 

Coleta

Atendei, Senhor, as nossas orações; e, por intercessão do bem-aventurado mártir Lourenço, cuja festa preparamos, dignai-Vos derramar sobre nós os tesouros da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Coleta (de São Romão)

Nós Vos suplicamos, Deus onipotente, que, por intercessão do bem-aventurado mártir Romão, nos defendais de todos os perigos do corpo e nos purifiqueis a alma dos maus elementos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Epístola (Eclo 51,1-8.12)


Canto de ação de graças a Deus, força e sustentáculo dos seus, nos duros combates que tenham de travar para seguirem a rota por Ele traçada. 


Leitura do livro da Sabedoria. 

Glorificar-vos-ei, ó Senhor e Rei, louvar-vos-ei, ó Deus, meu salvador. Glorificarei o vosso nome, porque fostes meu auxílio e meu protetor. Livrastes meu corpo da perdição, das ciladas da língua injusta, e dos lábios dos forjadores de mentira. Fostes meu apoio contra aqueles que me acusavam. Libertastes-me conforme a extensão da misericórdia de vosso nome, dos rugidos dos animais ferozes, prestes a me devorar; da mão daqueles que atacavam a minha vida, do assalto das tribulações que me aturdiam, e da violência das chamas que me rodeavam. Em meio ao fogo não me queimei. Libertastes-me das profundas entranhas da morada dos mortos, da língua maculada, das palavras mentirosas, do rei iníquo e da língua injusta. Minha alma louvará ao Senhor até a morte, pois libertais, Senhor, aqueles que esperam em vós, e os salvais das mãos das nações.

Gradual (Sl 111, 9.2)

Despendeu e distribuiu pelos pobres os seus bens. Por isso a sua justiça subsistirá para sempre e o seu poder será glorioso. V. A sua descendência será poderosa sobre a terra, porque a estirpe dos justos é abençoada. 

Evangelho (Mt 16, 24-27) 


A cruz é a herança de todos os verdadeiros discípulos de Cristo, porém uma recompensa sem preço os espera.


Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus.     

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á. Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?… Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo suas obras.

Ofertório (Jó 16,20*)

A minha oração é pura. Por isso peço que seja ouvida no Céu, onde habita o meu juiz que conhece o meu íntimo. Que a minha oração suba até ao Senhor.

Secreta

Dignai-Vos aceitar, Senhor, favoravelmente, o sacrifício que Vos oferecemos; e, por intercessão do bem-aventurado mártir Lourenço, libertai-nos da prisão dos nossos pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Secreta (de S. Romão)

Aceitando, Senhor, as nossas ofertas e orações, dignai-Vos purificar-nos por meio destes divinos mistérios e escutai-nos com misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Comunhão (Mt 16,24)

Quem quiser vir após de Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.

Pós-comunhão

Fazei, Senhor e nosso Deus, que, celebrando com alegria na Terra e memória do vosso bem-aventurado mártir Lourenço, gozemos a ventura de o contemplar um dia para sempre. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Pós-comunhão (de S.Romão)

Nós Vos suplicamos, Deus onipotente, por intercessão do bem-aventurado Romão, a graça de haurir, neste alimento divino, esforço e valia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Liturgia Diária- 08/08/2018

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY, Confessor e Padroeiro dos Padres

Festa de 3ª Classe- Missa “Os justi”, com Coleta própria

João Maria Vianney nasceu em Dardilly, perto de Lião, a 8 de maio de 1786. Ordenado sacerdote em Grenoble em 1815, foi pároco de Ars durante quase quarenta e dois anos e sua influência faz-se ainda sentir na paróquia que ele santificou. O zelo pastoral, mortificações e milagres, transformaram a população. Numerosas foram as almas que recorreram ao santo sacerdote; em certos dias, o cura de Ars chegava a estar dezesseis horas no confessionário. Morreu a 4 de agosto de 1859. Pio XI canonizou-o em 1925 e designou-o patrono do clero. 


SANTOS CIRÍACO, LARGO E ESMARAGDO, Mártires

Comemoração- Missa de S. João M. Vianney, com 2ªs orações próprias

São Largo e São Esmaragdo são dois mártires romanos. Sepultados primeiramente na via de Óstia, os seus corpos foram transladados, depois da paz de Constantino, para uma igreja fundada junto das termas de Diocleciano, por um cristão de nome Ciríaco. O culto de São Ciríaco veio juntar-se ao dos dois mártires. 


Liturgia Diária- 07/08/2018

SÃO CAETANO, Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa “Os justi” com orações e Evangelho próprios

Com João Pedro Carafa, futuro papa Paulo IV, Caetano de Tiana fundou, em 1523, a primeira congregação de clérigos regulares, instituto completamente novo, que vinha satisfazer as necessidades do momento. A sua principal lei era a confiança em Deus; era-lhe proibido pedir esmolas, esperando que os fiéis viessem espontaneamente em ajuda da comunidade. O zelo que S. Caetano despendeu das almas mereceu-lhe o epiteto de “caçador de almas”. Morreu em Nápoles, em 7 de agosto de 1547. 


SÃO DONATO, Bispo e Mártir

Comemoração- Missa de São Caetano, com 2ªs orações próprias

São Donato figura em segundo lugar na lista dos bispos de Arezzo, na Toscana. Pouco se sabe a seu respeito. Foi preso sob Justiniano, o apóstata, e decapitado em 361.


Liturgia Diária- 04/08/2018

SÃO DOMINGOS, Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa Própria.

No fim do século XII a igreja da França estava assolada pela heresia dos albigenses, doutrina que não tinha nada que cristão e que constituía, além disso, um verdadeiro flagelo social. Era preciso combatê-la eficazmente. Onde outros tinham fracassado, triunfou um cônego espanhol, Domingos de Gusmão. Distinguia-se pela sua sabedoria e pelo amor à pobreza. A ordem dos Frades Pregadores, que fundou em 1215, receberá daí essas duas notas características. Vai buscar muito a Cister e aos Premonstratenses, mas substituiu o trabalho manual pelo do espírito – a pregação e o ensino. São Domingos morreu em Bolonha, em 5 de agosto de 1221. O seu amigo, o papa Gregório IX, canonizou-o passados três anos. 

REZEMOS O SANTO ROSÁRIO!

Liturgia Diária- 02/08/2018

SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO, Bispo, Confessor e Doutor

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Santo Afonso de Ligório foi um dos maiores evangelizadores dos pobres. O seu grande espírito de apostolado e de caridade levou-o a fundar uma nova congregação religiosa, os Redentoristas (Congregação do Santíssimo Redentor), para trabalhar na evangelização das massas. Foi bispo de Santa Águeda-dos-Godos, perto de Nápoles. Morrer nonagenário em 1787. Suas obras de Teologia moral fizeram-lhe ser proclamado Doutor da Igreja. 


SANTO ESTÊVÃO I, Papa e Mártir

Comemoração- Orações da Missa “Si diligis me”

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Romano de origem, S. Estevão I governou a Igreja de 254 a 257. Tornou-se célebre pela sua correspondência com São Cipriano de Cartago a respeito da validade do batismo ministrado por hereges. Sua morte assinalou o início da perseguição de Valeriano.


Liturgia Diária- 01/08/2018

SANTOS MACABEUS, Mártires

Comemoração- Missa “Clamaverunt” (01/09) com alguns próprios e 2ªs orações do domingo

Os sete irmãos Macabeus foram martirizados com sua mãe sob Antíoco Epifânio cerca de 150 antes de Cristo. A Sagrada Escritura conta-nos a sua magnífica morte (II Macabeus 7). As suas relíquias, honradas em Antioquia no tempo de São Jerônimo, foram transportadas para Roma, para São Pedro ad vincula no decurso do século VI. 

Liturgia Diária- 31/07/2018

SANTO INÁCIO DE LOIOLA, Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Santo Inácio nasceu em Loiola, Espanha, na região basca, em 1491. Temperamento ardente e belicoso, seguiu a carreira das armas; mas foi ferido em Pamplona, o que veio dar ocasião a uma prolongada convalescença, durante a qual a graça divina deu à sua vida um novo rumo. Privado dos livros de cavalaria, descobriu na vida de Cristo e dos santos horizontes novos, compreendendo que também a Igreja devia ter a sua milícia. Partiu para a abadia beneditina de Monserrate, depôs a espada aos pés da Virgem, disposto a só servir a Cristo. Alguns anos mais tarde, a 13 de agosto de 1534, Santo Inácio e os seus seis primeiros companheiros emitiram os votos de religião em Paris, na capela de S. Dinis em Montmarte; foi assim que nasceu a Companhia de Jesus, que havia de ser para a Igreja um poderoso auxiliar na luta contra as heresias e na expansão da fé até aos confins do mundo: aos três votos de religião, pobreza, castidade e obediência, os jesuítas acrescentam um quarto voto, pelo qual se comprometem a partir para onde quer que o papa os envie para salvação das almas. Santo Inácio morreu em Roma, em 31 de julho de 1556. Pio XI proclamou-o patrono de todos aqueles que seguem os exercícios espirituais. 

Liturgia Diária- 30/07/2018

SANTOS ABDÃO E SÉNEN, Mártires

Comemoração- Missa própria com 2ªs orações da féria

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Abdão e Sénen são dois mártires orientais, provavelmente persas. O seu culto no cemitério de Ponciano, na estrada para o Porto de Óstia, dá a entender que foram martirizados em Roma. No século XI os seus corpos foram transladados para a igreja de São Marcos. 

Liturgia Diária- 28/07/2018

SÃO NAZÁRIO E SÃO CELSO, Mártires; SÃO VITOR I, Papa e Mártir; SANTO INOCÊNCIO I, Papa e Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa “Intret” com orações e epístola próprias

São Celso e São Nazário 2

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Vitor I

A Igreja celebra hoje, numa mesma festa, santos que viveram em épocas e países diferentes: São NazárioSão Celso são dois mártires do século I; seus corpos foram reencontrados em Milão por Santo Ambrósio em 395. Uma cidade da França tem o nome de São Nazário (Saint-Nazaire). São Vitor I, papa de 189 a 199, era de origem africana; foi ele quem introduziu a data tradicionalmente adotada em toda a Igreja latina para a celebração da festa da Páscoa. São Inocêncio I (401-417), contemporâneo de Santo Agostinho e São Jerônimo, é um dos maiores papas da antiguidade cristã. “Guardai a fé de Inocêncio que ocupa a cadeira apostólica, dizia dele São Jerônimo; não aceiteis outra doutrina, por sábia e atraente que pareça.”. Foi um dos grandes defensores do primado da Santa Sé. 

PRÓPRIO DO DIA

Introito (Sl 78, 11.12.10.1)

Suba até Vós, Senhor, o pranto dos cativos: que os nossos vizinhos sofram o sétuplo no seu seio: vingai o sangue derramado dos vossos santos. Sl. Ó Deus, os gentios entraram no que era vosso; poluíram o vosso santo templo; fizeram de Jerusalém um fruteiro. Glória ao Pai.

Coleta

Que o glorioso triunfo dos bem-aventurados Nazário, Celso, Vitor e Inocêncio nos fortaleça e alcance para a nossa fraqueza o auxílio de que necessitamos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Epístola (Sab 10, 17-20)

Leitura do livro da Sabedoria. 

Deu aos santos o galardão de seus trabalhos, conduziu-os por um caminho miraculoso; durante o dia serviu-lhes de proteção, e deu-lhes a luz dos astros, durante a noite. Fê-los atravessar o mar Vermelho, e deu-lhes passagem através da massa das águas, ao passo que engoliu seus inimigos, e depois os tirou das profundezas do abismo. Também os justos, depois de despojados os ímpios, celebraram, Senhor, vosso santo nome, e louvaram, unidos num só coração, vossa mão protetora, ó Senhor, nosso Deus. 

Gradual (Ex 15,11.6*)

Deus é glorioso nos seus santos, admirável na sua majestade, e realiza prodígios. A vossa mão, Senhor, é gloriosa na sua fortaleza: a vossa mão direita aniquilou os inimigos.

Aleluia (Eclo 44,14)

Aleluia, aleluia. Os corpos dos santos foram sepultados na paz, e o seu viverá de geração em geração. Aleluia.

Evangelho (Lc 21, 9-19)


As profecias de Jesus verificam-se na história dos mártires; sustentados pela graça, confundem os adversários e não receiam afrontar a morte.


Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas. 

Naquele tempo: Disse Jesus a seus discípulos: Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim. Disse-lhes também: Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu. Mas, antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim. Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho. Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa, porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários. Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. Sereis odiados por todos por causa do meu nome. Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação.

Ofertório (Sl 67,36*)

Deus é admirável nos seus santos. O próprio Deus de Israel dará ao seu povo valor e fortaleza: bendito seja Deus, aleluia.

Secreta

Fazei, ó Deus onipotente, que, oferecendo-Vos este sacrifício em memória dos vossos santos Nazário, Celso, Vitor e Inocêncio, Vos agrademos pela nossa oferta e nela encontremos a vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Comunhão (Sab 3, 4-6*)

Se tantos tormentos suportaram da parte dos homens, era Deus que os provava: e provou-os como ouro no cadinho, e aceitou-os como vítimas de holocausto. 

Pós-comunhão

Aplacado, Senhor, pela intercessão dos vossos santos Nazário, Celso, Vítor e Inocêncio, fazei com que encontremos neste sacrifício que celebramos, a graça da salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Liturgia Diária- 26/07/2018

SANTA ANA, Mãe da Santíssima Virgem

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

A devoção dos fiéis de Santa Ana é o prolongamento da que nutrem por Nossa Senhora, de quem a santa doi mãe. As associações de mães cristãs escolheram-na para sua padroeira. O culto de Santa Ana que nos veio do Oriente, espalhou-se entre nós no tempo das cruzadas. Na França voltou a acentuar-se no século XVII, principalmente na Bretanha, onde a descoberta duma antiga imagem deu novo impulso à peregrinação de Santa Ana de Auray. Ainda hoje se veem afluir aí no dia da festa cerca de 50.000 peregrinos. Santa Ana é a padroeira da Bretanha. O papa Leão XIII elevou a sua festa a 2ª classe.


Liturgia Diária- 25/07/2018

SÃO TIAGO MAIOR, Apóstolo

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

São Tiago denominado “o Maior”, para se distinguir do outro Apóstolo Tiago, primo do Senhor, era o irmão de São João. Com Pedro e João, foi testemunha da transfiguração, como viria a sê-lo da agonia no jardim de Getsemani. Foi degolado em Jerusalém, em 42 ou 43, por ordem de Herodes Agripa. Desde o século IX, a Espanha reivindica a glória de possuir as suas relíquias. As peregrinações a Santiago de Compostela atraíram na Idade Média inumeráveis multidões. Depois das de Roma e Jerusalém, foram as mais célebres e mais frequentadas peregrinações da cristandade. Os “caminhos de Santiago” ficaram famosos, balizados por antigos santuários e pelos “albergues de Santiago”, que ainda subsistem em grande número. O nome do Apóstolo vem inscrito no cânon da Missa com o de São João, seu irmão.


SÃO CRISTÓVÃO, Mártir

Comemoração- Missa de São Tiago, com 2ªs orações da missa “In Virtute”

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São Cristóvão morreu mártir na Ásia Menor, cerca de 250. A piedade nos nossos antepassados, inspirando-se no seu nome (Christophorus – portador de Cristo) colocava à entrada das catedrais uma imagem gigantesca do santo com o Menino Jesus aos ombros. Assim nasceu a lenda do gigante que teria transportado o menino jesus para a outra margem dum rio… e a devoção a S. Cristóvão, advogados dos automobilistas e de todos os condutores.


Liturgia Diária- 24/07/2018

SANTA CRISTINA, Virgem e Mártir

Comemoração- Missa “Me exspectaverunt”

Santa Cristina é uma mártir de Bolsena na Itália. Foi provavelmente martirizada sob Diocleciano. A partir do século VI goza de grande veneração. 

As virgens puseram toda a esperança em Deus, o único que podia satisfazer a sua expectativa, e Deus livrou-as dos pecadores que procuravam perdê-las.

Liturgia Diária- 23/07/2018

SANTO APOLINÁRIO, Bispo e Mártir

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

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Ravena venera em Santo Apolinário o seu primeiro bispo, que morreu mártir na sua igreja. Admite-se comumente que ele evangelizou o território de Ravena cerca do ano 200. A basílica de Santo Apolinário em Ravena é uma das jóias da arte bizantina do século VI.


SÃO LIBÓRIO, Bispo e Confessor

Comemoração- Missa do dia, com 2ªs orações da Missa “Statuit”

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Filho duma ilustre família gaulesa, São Libório, bispo de Mans, desempenhou papel importante na penetração do cristianismo na Gália, no fim do século IV.


Liturgia Diária- 21/07/2018

SÃO LOURENÇO DE BRINDISI, Confessor e Doutor

Festa de 3ª Classe- Missa “In Medio”, com Coleta própria

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São Lourenço de Brindisi nasceu nesta cidade, no Sul da Itália, em 1559, e entrou muito novo para o convento dos capuchinhos. Veio a ser um pregador extraordinário, que viajou toda a Europa e se tornou célebre pela influência que teve nos combates contra os turcos. Morreu em Lisboa, em 1619, quando veio advogar junto de Filipe III a causa dos Napolitanos oprimidos. 


SANTA PRAXEDES, Virgem

Comemoração- Missa do dia, com 2ªs orações próprias

A história de Santa Praxedes, como a da antiga igreja de S.Praxedes, permanece muito obscura. Uma lenda do século VI faz de Praxedes a irmã de Santa Pudenciana e a filha do senador Pudens, o que nos levaria às origens da igreja romana. Como quer que seja, a igreja de Roma colocou Santa Praxedes e Santa Pudenciana entre as suas santas preferidas, por serem virgens do tempo das perseguições, às quais votou um culto especial. 


Liturgia Diária- 20/07/2018

SÃO JERÔNIMO EMILIANO, Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

São Jerônimo Emiliano nasceu em Veneza. Fundou uma congregação da juventude em orfanatos e colégios. Animado dum grande amor aos pobres, repartiu esmolas com liberalidade, e multiplicou os asilos para indigentes. Morreu de peste em 1537, no hospital de Somasca, por ele fundado; na maior força da epidemia transportava às costas os cadáveres dos pestíferos até ao ligar da sepultura. Pio XI proclamou-o patrono dos órfãos e das crianças abandonados. 


SANTA MARGARIDA, Virgem e Mártir

Comemoração- Missa do Dia, com 2ªs orações da Missa “Me exspectaverunt”

Santa Margarida de Antioquia é provavelmente uma virgem mártir do século III. O seu culto passou do Oriente para o Ocidente no tempo das Cruzadas.


Páginas 1175 a 1179 875 e 879 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.

Por ocasião dos eventos tormentosos passados pela Igreja na Nicarágua, será celebrada Missa Votiva pela Paz, constante das páginas 1428 a 1430 do Missal, com comemoração dos santos do dia. 


Liturgia Diária- 19/07/2018

SÃO VICENTE DE PAULO, Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa “Justus”, com Coleta e Evangelho próprios

São Vicente de Paulo foi, no século XVII, o instrumento duma maravilhosa renovação sacerdotal, um grande apóstolo, herói da caridade. Sucessivamente pároco, capelão mor das galés e missionário das aldeias, acorria a todas as necessidades. Preocupava-se sobretudo em dar remédio à miséria material e moral da gente do campo, e fundou para esse fim a Congregação dos Padres da Missão. Para ir em socorro dos abandonados, dos doentes, e dos fracos, fundou igualmente, com o concurso de Santa Luísa de Marillac, a Congregação das Filhas da Caridade. São Vicente de Paulo nascera em Dax; gasto pelo trabalho, pelas mortificações e pela idade, morreu em Paris em 23 de setembro de 1660, com a idade de 79 anos. O papa Leão XIII proclamou-o patrono de todas as obras de caridade.  

Liturgia Diária- Festa de Nossa Senhora do Carmo

Padroeira da Irmandade

Festa de 1ª Classe [para a Irmandade] – Missa Própria

A Ordem do Monte Carmelo, fundada no século XII por um sacerdote da Calábria, pretende e com razão, continuar uma tradição monástica, já então multissecular, na colina do Carmelo, recuando de bom grado a sua origem ao profeta Elias. 

Em 16 de julho de 1251, a Santíssima Virgem apareceu a São Simão Stock, geral da Ordem, e prometeu uma benção especial, não somente para seus religiosos, mas também para todos aqueles que trouxessem o hábito da sua Ordem. Numerosos privilégios especiais foram concedidos pelos papas aos que trazem o escapulário e fazem parte da confraria de Nossa Senhora do Carmo. Instituída pelos carmelitas em 1332, a festa de Nossa Senhora do Carmo foi estendida a toda a Igreja por Bento XIII, em 1726. 


Páginas 1168 a 1170 do Missal Quotidiano.


Missa Cantada às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Inscrições- Curso sobre o Matrimônio Católico

Comunicamos que estão abertas as inscrições para o Curso sobre o Matrimônio Católico.

Confira:

Liturgia Diária- 09/07/2018

LITURGIA CORRIGIDA

NOSSA SENHORA, RAINHA DA PAZ

Festa de 3ª Classe- Em todo o Brasil- Missa “Salve Sancta Parens”

O costume de consagrar o sábado a Nossa Senhora, remonta ao século IX. Na sua grande devoção para com Nossa Senhora, a Idade Média fez do sábado de cada semana um dia de festa própria em honra da Santíssima Virgem. 

Mistério insondável de amor de de pureza em que o divino se harmoniza com o humano, Maria a primeira das criaturas, a que se mostra mais perto de Deus, é a nossa rainha nos Céus. 

O seu culto resume o dos santos, ao mesmo tempo que o ultrapassa. A Igreja consagra-lhe os cânticos mais ternos e emotivos, porque se revê naquela que foi, com ela, concebida desde toda a eternidade no pensamento de Deus. Com solicitude infinita, a Santíssima Virgem, por seu lado, inclina-se para a Igreja e para os homens a quem entregou o próprio Filho. Elevemos fervorosa e confiadamente as nossas preces e louvores àquela a quem chamamos “Mãe de misericórdia” agraciada com os dons mais admiráveis. A sua bondade soberanamente maternal, irradiante de graça que eleva e purifica, tem todo o poder sobre o coração de Deus. 


Páginas 802 a 805 e 1088 a 1090 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes. 


[Nota] Senha da Área do Associado

Os Associados da Irmandade do Carmo possuem espaço especial aqui no blog, onde podem conferir os documentos internos e os registros em geral, bem como ficar por dentro da vida da associação. Para isso é necessário que, na página, seja colocada senha. 

A senha é entregue individualmente a cada associado. Por isso, pedimos que aqueles que não ainda não a receberam entrem em contato, clicando aqui, ou enviando diretamente um e-mail para <blog.ic@hotmail.com>. 

Associado, exerça seu direito e nos ajude a crescer na divulgação da Santa Tradição Católica. 

A Administração do Blog.

Carta Pastoral “A mediação universal da Santíssima Virgem”- D. Antônio de Castro Mayer

Publicamos texto integral da Carta Pastoral A mediação universal da Santíssima Virgem, escrita por Dom Antônio de Castro Mayer, baluarte brasileiro da Tradição Católica. Boa leitura!


D. Antonio de Castro Mayer,

Por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Campos,
Ao Revmo. Clero Secular e Regular,
às Revdas. Religiosas,
à Venerável Ordem Terceirade Nossa Senhora do Monte Carmelo,
às Associações de piedade e apostolado
e aos fiéis em geral da Diocese de Campos,
Saudação, paz e bênçãos
em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Zelosos cooperadores e amados filhos.

Já tivemos oportunidade de lamentar convosco o abominável sacrilégio cometido contra a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. Assim que soubemos da nefanda profanação, que despedaçou a sagrada efígie, sob cuja invocação a materna solicitude de Maria Santíssima deu inúmeras demonstrações de seu misericordioso afeto por nossa gente, unimo-Nos aos vossos sentimentos, e juntos demos à Excelsa Mãe de Deus uma reparação pela ofensa inaudita ao seu Coração amoroso, e significamos nosso amor e nosso reconhecimento pelo desvelo e carinho com que Ela nos acompanha com seus favores 1.
Secundamos os desígnios da Providência – que tem contados até os fios de cabelo de nossa cabeça (Mt 10, 30) – quando buscamos perceber nas ocorrências da vida, qual a misericórdia de Deus a nosso respeito. Com muito maior razão, portanto, compete-nos refletir sobre esse fato insólito e altamente pecaminoso, que atinge a veneranda imagem da Padroeira de nossa terra.
É esta, zelosos cooperadores e amados filhos, ocasião oportuna, para afervorar-mos nossa devoção e nossa confiança em Maria Santíssima. Devoção que nos leve ao arrependimento sincero de nossos pecados, também eles responsáveis pela profanação havida, porquanto Deus Nosso Senhor não a teria permitido se nossas faltas não merecessem a advertência. Nossa confiança, porque, no Seu amor materno, a Virgem Mãe não despreza, antes recebe com benevolência e carinho, o coração contrito e humilhado.
Em comentários, após o ato sacrílego ocorrido em Aparecida, salientou-se que o importante é a Mãe de Deus, Maria Santíssima, e não propriamente a imagem. Frase cunhada para aliviar o luto que caiu pesado sobre a Igreja no Brasil. Está, no entanto, longe de dizer toda a verdade. A imagem, de fato, tem sua importância; e tão grande é ela, que justifica a existência do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Contudo, embora a frase não diga toda a verdade, diz o suficiente para nos alertar sobre o significado real do culto das imagens. Ou seja, que é um culto que se mede pela importância da Pessoa a quem a imagem representa. E, nesse caso, não poderíamos dizer, sem receio de errar, que a imagem quebrou-se, porque já estava em pedaços em nossos corações?2 Em outras palavras, não terá a Providência permitido a profanação da imagem, para sacudir o torpor de nossa devoção a Maria Santíssima?
Eis a razão desta Nossa Carta Pastoral. Esperamos, com a graça de Deus e a proteção da Virgem Mãe, contribuir para afervorar vossa confiança, vosso amor e devotamento à Imaculada Mãe de Deus e Mãe nossa amabilíssima, a fim de que vossa piedade filial se volte à Maria Santíssima com maior ternura e seriedade.
I
Zelosos cooperadores e amados filhos.
As peregrinações a Aparecida, que somam milhões de pessoas, são um testemunho vivo da Fé com que os fiéis crêem que Maria Santíssima é a Medianeira na distribuição das graças divinas. Vamos, pois, lembrar convosco os títulos que justificam essa nossa fé na Mediação Universal de Maria Santíssima, como canal que é de todas as graças que descem do Coração Sacratíssimo de Jesus sobre as almas, desde a vocação ao Batismo até os auxílios quotidianos de santificação, com que a bondade de Deus nos acompanha os passos da vida.
Maria Santíssima é Mãe de Deus. Dogma suavíssimo, contido explicitamente nos Santos Evangelhos e definido no Concilio de Éfeso, em 22 de junho de 431, contra os desvarios de Nestório, Patriarca de Constantinopla, com suma alegria do povo fiel, que prestou triunfal homenagem aos Padres Conciliares, acompanhando-os com tochas e aclamações de júbilo, no retorno da sede do Concílio às suas residências.
Maria Santíssima é Mãe de Deus porque, com sua carne virginal, colaborou com o Divino Espírito Santo na formação da natureza humana do Filho de Deus, o que levou Santo Agostinho à bela e arrojada expressão, “Caro Christi, caro Mariae” – “a Carne de Cristo é carne de Maria”3.
Assim, o Verbo de Deus veio ao mundo por Maria. Nasceu de Maria, é verdadeiro Filho de Maria, e como o Verbo é Deus (Jo 1, 1), Maria Santíssima é verdadeiramente Mãe de Deus. São Lucas, no trecho de seu Evangelho dedicado à infância do Senhor, relata a mensagem de Deus transmitida pelo Arcanjo São Gabriel à Virgem Santíssima. Nessa mensagem afirma-se, de maneira insofismável, a maternidade divina de Maria. Disse o Arcanjo: “Eis que conceberás em Teu seio e darás à luz um Filho, e Lhe imporás o nome de Jesus […]. O Espírito Santo descerá sobre Ti, de maneira que o Santo que nascer de Ti será chamado filho de Deus” (Lc 1, 30-35). A expressão “será chamado” quer dizer: terá como nome próprio, indicador de sua natureza, pois é este, na Sagrada Escritura, o valor dos nomes impostos por Deus. 4
*
O fato de Maria Santíssima ter sido escolhida para Mãe de Deus, e de sê-la realmente, por isso que é Mãe do Filho de Deus Humanado, tem conseqüencia irrecusável na economia da Graça, no plano da Redenção do gênero humano. Observa muito bem Santo Agostinho, que Deus poderia fazer-se homem, sem nascer de mulher, sem o concurso da Virgem Maria. Seria coisa facílima à Sua onipotente majestade. Como pôde nascer de mulher, sem concurso de varão, poderia igualmente dispensar a colaboração de Maria5. Se, pois, quis nascer de Maria, é porque Maria entrava no plano divino que determinou a Encarnação do Filho de Deus.
O Altíssimo, com efeito, nada faz sem motivo. É agente infinitamente sábio, para agir inconsideradamente. Toca-nos, se nos queremos integrar nos desígnios divinos, aceitar o pressuposto irrefragável de sua misericórdia, quando determinou que a Encarnação do Verbo se fizesse mediante o corpo humano formado no puríssimo seio de Maria Santíssima. E, como professamos no Credo, se Jesus se encarnou“por causa de nós homens e de nossa salvação”6,não nos é lícito excluir a colaboração de Maria Santíssima na obra com que a bondade divina remiu o gênero humano.
Aliás, o relacionamento da maternidade de Maria com o plano da restauração do gênero humano é anterior a Santo Agostinho. O Doutor da Graça não passa de um elo, precioso sem dúvida, da corrente formada pela Tradição eclesiástica que remonta à Igreja Apostólica.
Com efeito, já nos primeiros séculos, os Padres da Igreja compaginavam Maria Santíssima ao seu Divino Filho na missão restauradora do gênero humano.
São Paulo, na Epístola aos Romanos, declara que, como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim pela obediência de um só, todos se justificam (Rom. 5, 19). Os Padres da Igreja, como a completar o pensamento do Apóstolo, inserem na antítese entre Adão e Jesus Cristo, a oposição entre Eva e Maria. No século II, registram os anais eclesiásticos o testemunho de São Justino, mártir (+165), segundo o qual, a obediência de Maria anulou a desobediência de Eva “Eva – afirma o santo – virgem e sem mácula, concebendo a palavra da serpente, gerou a desobediência e a morte; mas Maria, aquiescendo à palavra do Anjo […] gerou Aquele que derrotou a serpente e seus asseclas, anjos e homens” 7.De modo mais explícito, Santo Irineu (+202), Bispo de Lyon, no mesmo século II, atesta: “Como Eva, virgem, pela sua desobediência, tornou-se para si e para todo o gênero humano, causa de morte; assim, Maria, pela sua obediência tornou-se para Si e para todo o gênero humano, causa de salvação. […] Assim, a cadeia da desobediência de Eva foi dissolvida pela obediência de Maria. […] Como o gênero humano foi vinculado à morte por uma virgem; assim, pela Virgem Maria foi salvo” 8.Tertuliano, na África, desenvolve, em fins do século segundo e começo do terceiro, o mesmo pensamento: Eva acreditou na serpente: Maria em Gabriel; a falta cometida pela incredulidade de uma, a outra apagou com Sua fé”. 9.A medida que avançamos na História, continua no ensinamento eclesiástico a mesma concepção da economia da Graça que faz de Maria a restauradora da desgraça causada por Eva10.
A antítese, pois, entre Eva, causa de nossa ruína, e Maria, causa de nossa vida, é a maneira comum da Tradição destacar, junto aos fiéis, a missão reservada à Santíssima Virgem Maria na obra da Redenção do gênero humano11.
*
Não há dúvida, amados filhos, que esta doutrina provém dos Apóstolos.
Com efeito, através de Santo Ireneu chegamos a São João Evangelista, uma vez que o Bispo de Lyon fora discípulo de São Policarpo, que, de sua parte, ouvira ao discípulo amado. Por outro lado, a maneira como se exprimem estes Santos Padres dos primeiros séculos é a de pessoas que transmitem uma verdade que faz parte da doutrina cristã, portanto, da doutrina revelada, legada por Jesus Cristo aos seus Apóstolos. Em outras palavras: ao fixarem a antítese entre Eva e Maria, estes Santos Padres não pretendem propor um pensamento próprio. Eles expõem simplesmente a verdade católica. Por isso mesmo, este ensino é geral. São Justino é da Palestina e viveu em Roma, Tertuliano é africano, Santo Irineu veio do Oriente e estabeleceu-se na França. São, igualmente, das várias regiões da Cristandade, os continuadores desta Tradição: Santo Efrem é da Síria; São Cirilo, de Jerusalém etc.
Não há, pois, dúvida: a participação de Maria Santíssima na obra da Redenção, como restauradora da desgraça causada por Eva, é doutrina revelada.
Eis que, na Idade Média, passou ela a figurar na Sagrada Liturgia, constituindo uma profissão de Fé da mesma Igreja. Até nos últimos breviários, aliás, lêem-se, no Hino de Laudes do Ofício Comum da Bem-aventurada Virgem Maria, os versos atribuídos a Venâncio Fortunato (+ 600) onde se professa “o que Eva, infeliz, nos arrebatou, Tu restitues com a santa prole” 12
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Não vos perturbe, pois, amados filhos, o fato de a frase da Epístola aos Romanos, por nós citada, nada dizer de Maria. Porquanto os textos da Sagrada Escritura devem ser sempre entendidos em harmonia com os outros dados da Revelação, uma vez que fazem parte de um todo coerente que é a Verdade confiada por Jesus Cristo aos seus Apóstolos: “Ide, ensinai tudo quanto vos mandei” (Mt 28, 19-20). Tomando-os isoladamente, e dando-lhes um sentido exclusivo, que nem sempre têm, expomo-nos a entendê-los mal e a naufragarmos na Fé, como advertia São Pedro, aludindo explicitamente aos escritos de São Paulo. 13 Assim, não é porque certos textos destacam uma verdade de Fé, que excluem outras igualmente reveladas. Na Epístola aos Romanos, inculca o Apóstolo na mente dos fiéis, um ponto fundamental da economia da Graça, a saber, que somente o Sacrifício de Jesus Cristo, por seu valor infinito, foi capaz de satisfazer condignamente, atendendo a toda justiça, à majestade e santidade de Deus, lesadas pelos pecados dos homens. Em conseqüência, por isso que estabeleceu a Providência pedir uma reparação perfeita pelo pecado, nenhum ser criado, Anjo ou homem, pôde restaurar a amizade entre o Céu e a terra. Neste sentido, Jesus Cristo é o único Mediador, como afirma o Apóstolo na primeira Carta a Timóteo: “Há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Tm 2, 5), Mediação que beneficia a própria Virgem Mãe, como proclamou Pio IX ao definir o Dogma da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria14.
Não é, porém, este, amados filhos, o único aspecto da Redenção.
Com efeito, as graças merecidas por Jesus Cristo, para santificarem deveras os homens, precisam chegar às almas, informá-las, delas expulsando o pecado e tornando-as agradáveis a Deus, capazes de fazer atos sobrenaturais, meritórios da vida eterna. E esta aplicação da Graça às almas, merecida por Jesus Cristo, não se faz sem a intervenção de Maria.
Assim como é inteiramente certa a afirmação do Apóstolo – que pela obediência de um só todos se tornam justos, como pela desobediência de um só perdeu-se o gênero humano – assim é igualmente verdadeira a asserção de que por uma mulher, Maria, nos vem a Graça e a Vida, como por uma mulher, Eva, tivemos o pecado e a morte. Eis que Jesus Cristo e Maria, ambos, são causa de nossa salvação: Jesus Cristo, porque realiza a satisfação que aplaca a ira divina e merece a Graça para todo o mundo; Maria, porque recolhe esta Graça, fruto da satisfação de Jesus Cristo, e a aplica aos homens individualmente. E, como sem essa aplicação, na realidade, o homem não se salva, Maria é também causa da salvação do gênero humano. Como diz São Bernardo 15, Maria é o canal, o aqueduto, por onde nos chegam as torrentes de graças que brotam das sacrossantas chagas de Jesus Cristo. É normal, portanto, que fora desse canal não se possam os homens dessedentar com a água viva que jorra para a vida eterna.
E eis, amados filhos, a harmonia entre o Dogma contido na frase do Apóstolo, ao afirmar que há um só Mediador entre Deus e os homens, e a verdade, transmitida pela Tradição, que nos aponta a Maria Santíssima como Medianeira necessária, por vontade de Deus, na aplicação dos méritos de Jesus Cristo, uma vez que, segundo os desígnios do Altíssimo, é Sua intercessão que obtém para os homens as graças de salvação.
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Esta Mediação Universal de Maria Santíssima tem, como vimos, seu fundamento na cooperação que, segundo o misterioso beneplácito da munificência divina, Lhe coube na obra da Redenção, operada pelo seu Unigênito Filho, cooperação que Lhe conferiu a maternidade espiritual com relação a todos os homens.
Implícita em vários tópicos dos Santos Evangelhos – dentre os raros em que aparece a Virgem Mãe – a Tradição salienta especialmente dois que lhe favorecem a explanação desse Mistério que é a maternidade da Graça, suavíssima irradiação da Pessoa amabilíssima de Maria.
Como não poderia deixar de ser, chama a atenção dos Santos Padres a presença da Virgem Mãe ao pé da Cruz, no Monte Calvário. Padecendo ali as dores mais acerbas que possa uma mãe sofrer, assiste Maria, em pé, com pleno domínio de si, à cruel e atrocíssima Morte de seu Unigênito bem amado. Ali, numa inefável misericórdia, Ela se une ao sacrifício expiatório do Filho de Deus, e suas dores, seu martírio, nos geram para a vida da Graça.
Na paixão de seu Unigênito – escreve Ruperto de Deutz, teólogo do começo do século XII (+ 1129) – gerou a Bem-aventurada Virgem a salvação de todos nós, de maneira que Ela é, de direito, Mãe de nós todos” 16. A interpretação de Ruperto não é singular. É da Idade Média, com efeito, uma seqüência cantada na festa da Compaixão da Bem-aventurada Virgem Maria, na qual se declara que cooperando com o Filho, sob a Cruz salutífera, Maria se tornou nossa Mãe 17. E a Liturgia, como sabeis, amados filhos, é um dos meios de que se serve a Igreja para professar a Fé Católica.
Mas não faltaram mestres consagrados na Igreja, para sublinhar a mesma persuasão de que Maria, pelas dores suportadas em Sua alma, ao lado de seu Filho no Calvário, se tornou a Mãe dos membros do Corpo Místico de Cristo. Eis o que diz Santo Alberto Magno (+1280): ao tempo da Paixão realizou-se a profecia de Simeão “pois a espada transpassou Sua alma […] e ficou constituída […] Mãe de todo o gênero humano18. Santo Antonino, Arcebispo de Florença (+1459), sustenta que “também Maria nos gerou entre as maiores dores, compadecendo com o Filho” ao pé da Cruz 19. Com maior autoridade, os Papas endossam esta doutrina. Leão XIII ensina que “Maria é Mãe também de todos os cristãos, por havê-los gerado no Calvário, entre os supremos tormentos do Redentor” 20. São Pio X, por sua vez, afirma que a “comunhão de dores e angústias entre Mãe e Filho concedeu à Virgem o ser, junto do Filho Unigênito, a Medianeira poderosíssima e Advogada de todo o mundo” 21. As últimas palavras são tiradas da Bula “Ineffabilis Deus” de Pio IX.
Como conseqüência dessa maternidade, que à Virgem custou-lhe na alma dores muito mais atrozes do que as comuns dos partos, Jesus Cristo, do alto da Cruz, promulgou sua missão materna, confiando-Lhe todo o gênero humano e cada um dos homens, na pessoa de São João, o discípulo amado. Embora uma exegese excessivamente preocupada com o sentido literal menospreze o sentido espiritual desse passo do quarto Evangelho, em que o Senhor entrega a Maria o discípulo amado, não há dúvida de que a Tradição viu nele confirmada a missão singular de Maria na obra da Redenção, como Mãe de todos os homens na ordem da Graça.
De fato, já no século III, Orígenes sublinhava o sentido místico das palavras dirigidas por Jesus Cristo, do alto da Cruz, à sua Mãe, “Eis aí teu Filho” (Jo. 19, 26). “Com efeito, afirma o Doutor Alexandrino, o fiel perfeito não mais vive, eis que nele vive Cristo, e porque nele vive Cristo, por isso, dele é dito a Maria: Eis Teu filho, o Cristo” 22. Em outros termos, o que renasce para a vida da Graça, torna-se outro Cristo e, como tal, filho de Maria Santíssima. A interpretação de Orígenes, com o tempo fez-se comum. Ruperto assim continua o trecho que citamos: “Por isso, o que ali foi dito do discípulo amado, poderia dizer-se de qualquer outro que estivesse presente, porquanto Ela é Mãe de todos23. Na Seqüência da festa da Compaixão de Maria, por nós já citada em outra estrofe, consigna-se esta interpretação do passo de São João: “A Mãe é dada ao discípulo com grande mistério; sob o nome de João, entende-se todo fiel24. Seria muito longo enumerar os teólogos, exegetas e doutores ascéticos que secundam a interpretação consignada na Liturgia pela Seqüência acima25. Baste-vos, amados filhos, a palavra autorizada de Leão XIII comentando o trecho a que nos referimos: “Na pessoa de João, segundo o pensamento constante da Igreja [quod perpetuo sensit Ecclesia], designou Cristo o gênero humano, principalmente aqueles que a Ele aderem pela Fé26. Principalmente, diz Leão XIII, porquanto, como acentua Pio XI, “ao receber, no Calvário, os homens recomendados ao seu materno coração, Maria não somente anima e ama os que se beneficiaram da graça divina, como também aqueles que ignoram a Redenção27.
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No Gólgota, Maria gerou-nos para a vida da Graça.
Jesus, no entanto, não esperou o fim de sua vida mortal, para fazer Maria nossa Mãe. Diz bem o Pe. Braun, O.P., no seu comentário ao tópico de São João que analisamos: “A doação de todos os homens, feita a Maria, no Calvário, deve considerar-se como uma consagração oficial à vista do futuro, de um fato já existente28.
E realmente, a revelação da maternidade espiritual de Maria Santíssima está contida na doutrina da recapitulação, tão cara aos Padres da Igreja, especialmente no Oriente29. De acordo com esta doutrina, Adão, em certo sentido, encerrou em si a todo o gênero humano, por isso que dele teriam origem todos os homens. Estavam todos em Adão “em germe”. O fato, pois, de ser Adão o pai de todo o gênero humano fez que ele englobasse a todos os homens na desgraça de seu pecado (Rm 5, 12). De modo análogo, Jesus Cristo, o novo Adão (1 Cor 15, 45), encerra em Si a todos os homens que, recebendo dEle a Graça santificante, são Sua descendência na ordem sobrenatural, da vida eterna. Sinteticamente, Santo Irineu afirma: “Como todos morremos no Adão corporal, assim somos vivificados no espiritual30.
Como complemento natural do objeto da Revelação, que apresenta a Jesus Cristo como Cabeça da humanidade, encerrando em Si, em germe, a todos os homens, desenvolvem os Santos Padres a doutrina da maternidade Universal de Maria Santíssima com relação a todos os fiéis. Como Jesus é o novo Adão, Maria é a nova Eva, a nova Mãe de todos os homens, já agora na ordem sobrenatural.
A melhor explanação deste suavíssimo Mistério encontramos na Encíclica com que São Pio X preparou o povo fiel a uma digna comemoração do cinqüentenário da Bula “Ineffabilis Deus“, que definiu o Dogma da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria. Leiamos, amados filhos, para nossa edificação as dulcíssimas palavras do último Papa canonizado: – “Não é Maria, Mãe de Deus?” – pergunta o Pontífice. E conclui: – “Portanto, é Mãe nossa também“. E desenvolve a argumentação: “Pois, deve-se estabelecer o princípio de que Jesus, Verbo feito carne, é ao mesmo tempo Salvador do gênero humano. Em conseqüência, como Deus Homem, Ele tem um corpo qual os outros homens; como Redentor de nosso gênero, um corpo espiritual, ou, como sói dizer-se, místico, que outra coisa mais não é do que a comunidade dos cristãos unidos a Ele pela Fe“. E cita São Pio X, em abono de sua doutrina, a palavra de São Paulo: “Embora muitos, somos um só corpo em Cristo” (Rm 12, 5). E continua: “A Virgem, pois, não concebeu o Filho de Deus só para que, dEla recebendo a natureza humana, se tornasse homem; mas, a fim de que Ele se tornasse, mediante esta natureza dEla recebida, o Salvador dos homens. O que explica as palavras dos Anjos aos pastores: “Hoje nasceu-vos o Salvador que é o Cristo Senhor” (Lc 2, 11). Por isso, no seio virginal de Maria, onde Jesus assumiu a carne mortal, lá mesmo, Ele se agregou um corpo espiritual, formado de todos os que deviam crer nEle. E pode dizer-se que Maria, trazendo a Jesus nas Suas entranhas, trazia também a todos aqueles cuja vida o Salvador continha. Todos, portanto, que, unidos a Cristo, somos, consoante as palavras do Apóstolo, “membros de Seu corpo, de Sua carne, de Seus ossos” (Ef 5, 30), devemos crer-nos nascidos do seio da Virgem, de onde um dia saímos, qual um corpo unido à cabeça. E por isso somos chamados, num sentido espiritual e místico, filhos de Maria, e Ela é, por sua vez, nossa Mãe comum. Mãe espiritual, contudo verdadeira Mãe dos membros de Jesus Cristo quais somos nós” 31.
São Pio X destaca, pois, como vistes, amados filhos, que Maria Santíssima não é Mãe do filho de Deus que será o Redentor do mundo. Ela é, diretamente, a Mãe do Redentor. Ela colaborou com o Divino Espírito Santo para a formação do próprio Redentor. Quem durante nove meses se manteve no Seu seio puríssimo, e sob Seu influxo vital foi se formando Homem, era o Filho de Deus, como Redentor.
Ora, amados filhos, como lembramos acima, Jesus Cristo nos redime, mediante nossa incorporação à sua Pessoa. Pela Graça, que Ele nos mereceu, nós nos unimos a Ele, formando com Ele um só Corpo Místico. A Graça é como o sangue vivificante que, de Jesus, desce e penetra em nossa alma, dando-nos a vida sobrenatural, e unindo-nos a Ele que é a Cabeça do organismo do qual nós somos os membros. E é através desta nossa incorporação a Jesus Cristo que somos salvos. Eis que, conclui legitimamente São Pio X, no momento em que Maria se torna Mãe de Deus, no mesmo instante, torna-se Mãe dos homens, como sinteticamente o disse no enunciado de sua tese: – “Não é Maria, Mãe de Deus? – Portanto, é Mãe nossa também”.
Como corolário suavíssimo de ordem prática, deduzimos que é sob o influxo materno de Maria Santíssima que os homens renascem para a vida da Graça. Com que alegria pensamos que somos realmente filhos de Maria! Ela, como Mãe de Deus, nos gerou a nós também e para a vida eterna! “Nossa alma glorifica o Senhor” (Lc 1, 46).
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Amados filhos,
A Maternidade espiritual de Maria Santíssima, como dissemos, fundamenta sua Mediação Universal.
Com efeito, os homens se salvam – acabamos de ver – por isso que se enxertam (a expressão é de São Paulo – Rm 11, 17) em Nosso Senhor Jesus Cristo, mediante a Graça santificante que os faz filhos de Deus, precisamente porque os incorpora ao Filho Unigênito do Padre Eterno.
A conclusão lógica de todo este raciocínio é que se salvam somente aqueles que se recolhem ao seio onde se forma esse Corpo Místico de Cristo. Em outras palavras, nossa incorporação a Jesus Cristo, na unidade de seu Corpo Místico, não se faz sem a intervenção de Maria Santíssima. Aliás, a comparação tomada ao organismo humano, sublinha energicamente essa verdade. Com efeito, é impossível imaginar-se uma mulher que gere apenas a cabeça de seu filho. Necessariamente ela dará à luz o corpo inteiro da prole, cabeça e membros. Como se poderia, então, pensar que Maria, Mãe do Redentor, gerasse apenas a cabeça do Corpo Místico, quando o Redentor é constituído do Cristo inteiro, cabeça e membros, Jesus Cristo e os homens unidos a Ele pela Graça?32. Ao contemplar seu Unigênito, apieda-se o Padre Eterno do mundo, porque Seu olhar amoroso atinge a todos os homens que, na unidade do Verbo Encarnado, constituem seu Corpo Místico.
Compreende-se, amados filhos, que a concepção de Maria Santíssima como canal indispensável por onde descem as graças da Cabeça aos membros do Corpo Místico, esteja na profissão de Fé Católica desde os primeiros séculos. Esta verdade está contida na antítese entre Eva, mãe dos pecadores, e Maria, Mãe dos viventes em Cristo. Como a colaboração de Eva, tronco que é de onde procede todo o gênero humano, é condição para que nasçam os homens com o pecado original, assim a intervenção de Maria é indispensável para o nascimento na ordem da Graça.
II
Há, no entanto, também afirmações diretas de que só por Maria recebem os homens a graça de Deus. Assim, por exemplo, Santo Efrém (+373), a cítara do Espírito Santo, o melífluo cantor da Virgem, dirige-se à Mãe de Deus com estas palavras: “Por Ti, ó única Imaculatíssima, toda honra e santidade, desde o primeiro Adão e até a consumação dos séculos, derivou-se, deriva-se e derivar-se-á aos Apóstolos, aos Profetas, aos justos e humil­des de coração” 33. Santo Efrém considera, imediatamente, a origem do Salvador, que nasceu de Maria. Suas palavras, no entanto, só se entendem mediante a associação da Virgem Santíssima à obra de seu Unigênito Filho, que a faz medianeira de todas as graças a toda classe de pessoas, desde os justos do Velho Testamento. São Germano, Patriarca de Constantinopla (+733) é mais incisivo: “Ninguém […] a não ser por Ti, ó Santíssima, consegue a salvação. Ninguém a não ser por Ti, ó Imaculatíssima, liberta-se do mal. Ninguém, a não ser por Ti, ó Castíssima, obtém indulgência. A ninguém, a não ser por Ti, ó Honorabilissima, se concede misericordiosamente o dom da Graça”34. Na Idade Média, permanece, e mesmo se intensifica o fervor mariano, a certeza de que é por Maria que nos vem a vida eterna. Santo Anselmo (+1109), Arcebispo de Cantuária, assim se exprime: “Sem Ti, não há piedade, nem bondade, porque és a Mãe da virtude e de todos os bens”35. E São Bernardo (+153), o suavíssimo Doutor da Virgem, tem uma frase taxativa de que se servirão com freqüência os Papas, para caracterizarem a missão de Maria Santíssima na economia da Graça: “Nada quis Deus que possuíssemos que não passasse pelas mãos de Maria”36.
Dos grandes teólogos do século XIII, Santo Tomás de Aquino, no comentário à Saudação Angélica, compara a redundância da Graça de Maria sobre os homens com a do próprio Jesus Cristo. Esta comparação, como se vê, envolve a afirmação da universalidade da Mediação de Maria Santíssima, na distribuição das graças. São Boaventura, por sua vez, tem esta afir­mação taxativa: “Ninguém pode entrar no Céu a não ser que passe por Maria que é a porta37.
E, resumindo a profissão de fé do povo cristão, cantou Dante (+1321), na sua grandiosa Divina Comédia: “Virgem Mãe […] Há tanta grandeza em Ti, tal pujança que quer sem asas voe seu anelo quem graças aspira em Ti sem confiança.”38
Santo Antônio de Florença, no século XV, retoma o pensamento de Alighieri, na sua Summa Theol. P.VI, tit.15, c.22, §9: “Qui petit sine Ipsa duce, sine alis tentat volare” – “Quem pede, sem tê-La como guia, tenta voar sem asas”.
Nos nossos tempos, Pio XII, em Carta ao Card. Maglione, com data de 15 de abril de 1940, encarecendo junto do Secretário de Estado a necessidade de orações pela Paz, retoma a mesma figura de Dante para sublinhar a eficácia da intercessão de Maria Santíssima: “Tanta Beata Virgo apud Deum pollet gratia, tanta apud Unigenitum suum potentia fruitur, ut quisquis, egens opis, non ad eam recurrat, nullo is alarum remigio, ut Aligherius concinit, volare conelur” – “É tão grande a valia da Bem-aventurada Virgem junto a Deus, tanto Seu poder junto a seu Filho, que um indigente que a Ela não recorre, empenha-se, como cantou Alighieri, por voar sem o remo das asas”39. Não faltam também, amados filhos, documentos do Magistério Pontifício, caucionando a fé arraigada no coração do povo cristão. Bento XIV (1740-1758), na famosa bula áurea “Gloriosæ Dominæ” proclama a Bem-aventurada Virgem Maria o alveo do rio por onde correm todas as graças e dons para o coração dos míseros mortais 40. Pio VII (1800-1823) declara “Maria nossa Mãe amantíssima e Dispensadora de todas as graças41. Pio IX (1846-1878), repetindo a frase de São Bernardo, atesta ser o desejo de Deus que “tudo tivéssemos por Maria42. Leão XIII inculca esta verdade nas suas muitas encíclicas sobre o Rosário do mês de outubro. Por exemplo, na “Octobri mense” retoma a conhecida frase de São Bernardo, “por vontade divina, nada, a não ser por Maria, nos é concedido43. São Pio X, na esplêndida encíclica “Ad diem illum“, já por nós analisada, chama a Maria Santíssima, “Dispensadora de todas as graças que Jesus providenciou com seu Sangue preciosíssimo44. Bento XV, em Carta Apostólica à Confraria da Boa Morte, afirma: “As graças que o gênero humano recebe do tesouro da Revelação são distribuídas pessoalmente pela Virgem Dolorosa”45. Pio XI ensina que o único Mediador entre Deus e os homens quis associar sua Mãe como Advogada dos pecadores e Ministra e Mediadora da Graça46. Pio XII, em muitas oportunidades, deu aos fiéis o exemplo de confiança inabalável na proteção da Virgem Mãe. Na encíclica sobre o Corpo Místico47 destaca o lugar que tem Maria na economia da Graça. O mesmo faz na encíclica sobre a Sagrada Liturgia48, onde subscreve a frase de São Bernardo que Deus “quis que tudo tivéssemos por Maria”. João XXIII (1959-1963) utiliza-se dessa mesma frase quando exorta os congregados marianos à confiança e devoção à Maria Santíssima49.
Paulo VI declara que a missão exercida no Céu por Maria Santíssima, na geração e aumento da vida divina em cada um dos homens, é, por livre vontade de Deus sapientíssimo, parte expletiva do mistério da salvação humana, e por isso, devem os fiéis aceitá-la como verdade de fé50.
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Enfim, para que não faltasse a confirmação da lex orandi, a Sagrada Liturgia se compraz em atribuir a Maria Santíssima trechos de Isaías, dos Provérbios e do Eclesiástico51 que literalmente se aplicam à Sabedoria Increada, ao Verbo de Deus, ratificando assim a convicção dos fiéis de que Maria está estreitamente unida ao Filho de Deus, de maneira a constituir com Ele o traço de união entre a misericórdia divina e as necessidades dos homens.
Não somente na parte catequética da Santa Missa, inculca a Sagrada Liturgia a união íntima entre Maria Santíssima e seu Divino Filho no Mistério de nossa Redenção. Esta verdade é afirmada também em outros lugares das Missas de Nossa Senhora, bem como nos ofícios correspondentes.
Assim, na oração após a Comunhão da Missa comemorativa da outorga da Medalha Milagrosa a Santa Catarina Labouré52, professa-se: “Ó Senhor Deus Onipotente que quiseste que tivéssemos TUDO pela Imaculada Progenitora de teu Filho, concedei-nos, etc.” Na sétima lição do Ofício de Nossa Senhora Auxiliadora, diz-se que Deus “pôs em Maria a plenitude de todo bem, de maneira que saibamos que dEla redunda o que há em nós de esperança, de graça, de salvação53.
Esta oficial profissão de Fé da Santa Igreja, no seu culto público, obteve uma ratificação marcante com a aprovação, por parte de Bento XV, em 1921, da Missa e Ofício da Bem-aventurada Virgem Maria Medianeira de todas as graças54. No invitatório desse ofício faz-se o seguinte convite: “A Cristo Redentor que quis que todos os bens tivéssemos por Maria, vinde, adoremos”. No hino de Matinas, canta-se: “Todos os bens que nos mereceu o Redentor, reparte-os sua Mãe Maria”.55. E na oração da Missa, que todos os favores pedidos ao Senhor, sejam alcançados por meio de Maria56
III
Zelosos cooperadores e amados filhos.
Repassamos convosco as fontes da Revelação que nos explanam a missão confiada por Deus Nosso Senhor a Maria Santíssima, na obra da Redenção do gênero humano e na economia da Graça. Vimos que, pelos altos desígnios de Deus, Maria foi escolhida para cooperar, com Sua carne e Seu sangue, na constituição da natureza humana do Verbo Divino, quando, pelos inefáveis mistérios de Seu amor, Deus resolveu pedir uma reparação justa, proporcionada à enormidade da malícia inerente ao pecado do homem, como violação que é dos direitos divinos.
Semelhante cooperação física, na feitura da natureza humana de Jesus Cristo, implica, normal e logicamente, uma participação na obra colimada pelo Filho de Deus ao encarnar-se, ou seja, na Redenção do gênero humano. E a razão é porque Deus, na Sua onipotência, poderia dispensar o concurso de Maria na Encarnação do Verbo. Se não o fez, é porque na Sua insoldável sabedoria designou a Maria Santíssima uma parte importante na própria restauração do gênero humano.
Argumenta com razão Bossuet que Deus, tendo querido dar-nos Jesus Cristo por Maria, esta ordenação Ele não a muda mais. A vontade de Deus é sem arrependimento. O caminho par irmos a Jesus, o meio de recebê-Lo, será sempre Maria.57 Análogo pensamento ocorre em Leão XIII: “Tendo prestado Seu ministério na Redenção dos homens, Ela exerce paralelamente o mesmo ministério na distribuição da Graça que daquela Redenção perpetuamente decorre, investida, para esse fim, de um poder quase imenso”58.
De onde o papel assumido por Eva na desobediência original, que implicou na desgraça de todos os homens, oferece aos Santos Padres o meio de inculcar a parte que teve Maria na restauração da humanidade. Como Eva foi a causa da morte espiritual de todos os homens, Maria é a causa da vida da Graça para todos os homens. Como Eva é a mãe de todos os viventes, enquanto a todos transmite a vida natural, Maria é a Mãe de todos os homens que, por Ela, recebem a vida sobrenatural.
Este pensamento suscita o aspecto suavíssimo de Maria como Mãe celeste, que vela pelos Seus filhos na terra, aos quais gerou para a vida espiritual, ao participar, no Calvário, das dores acerbíssimas com que Jesus remiu o mundo.
Aprofundando mais o alcance da palavra do Arcanjo Gabriel a Maria, anunciando-Lhe que seria Mãe do Redentor, a Tradição precisa melhor a natureza da maternidade pela qual Maria é Mãe de todos os homens. É que estes fazem parte do Corpo Místico de Cristo, e, precisamente como membros desse Corpo Místico, são resgatados do cativeiro do demônio, e animados pela vida da Graça. Assim, Maria Santíssima, ao conceber no Seu seio puríssimo o Redentor, tornou-se, pelo mesmo fato, Mãe de todos os remidos pelo Sangue de Cristo, ou seja, de todos os membros do Corpo Místico do Salvador.
Concretamente, a ação materna de Maria com relação a todos os homens faz-se mediante a distribuição das graças merecidas pelo Sacrifício propiciatório do Filho de Deus, pois, “Deus quis que nada tivéssemos, a não ser por Maria”. Citemos ainda uma vez São Bernardo, que resume nessa frase a amabilíssima e consoladora dádiva da bondade divina que é Maria, nossa Medianeira.
A mesma concepção da economia da Graça, na qual Maria ocupa uma posição chave, ensina São Luís Grignion de Montfort: “Deus Padre – diz ele – nos deu e dá o Filho por Ela [Maria] somente, só produz outros filhos por meio dEla e só por meio d’Ela nos comunica suas graças. Deus Filho foi formado, para todo o mundo, por Ela, e não é senão por Ela que é formado todos os dias, e gerado por Ela em união com o Espírito, e é Ela a única via pela qual nos comunica suas virtudes e Seus méritos. O Espírito Santo formou Jesus Cristo por meio dEla, e por meio dEla forma os membros de seu Corpo Místico, e só por Ela nos dispensa seus dons e favores” 59.
Precisamente nessa indispensável intervenção de Maria Santíssima, para a consecução dos favores do Céu, desde a primeira graça até a perseverança final, consiste sua Mediação Universal, que A faz Mãe que, continuamente, gera e alimenta a vida divina dos homens, e como tal Paulo VI declarou artigo de fé, e que ardentemente esperamos seja dogma solenemente definido, para glória de Deus, exaltação da Santa Igreja, honra de Maria Santíssima, alegria dos habitantes do Céu e consolo para os que ainda gememos neste vale de lágrimas.
IV
Concebida assim no seu verdadeiro sentido, amados filhos, a Mediação Universal de Maria, longe de entrar em colisão, harmoniza-se perfeitamente com o Dogma de um só Mediador necessário, que apresente ao Altíssimo a reparação pelos pecados dos homens. Pois, segundo os altos desígnios divinos, é nesta indispensável Mediação de Jesus Cristo, que adquire vigor toda a Mediação de Maria, porque é a Mediação de Jesus Cristo que A faz Santíssima, Imaculada, Mãe de Jesus Cristo, que concede a Maria todos os títulos que fundamentam sua missão de Medianeira de todas as graças.
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Por motivo análogo, a Mediação Universal de Maria não anula, amados filhos, a intercessão dos Santos e Anjos, todos eles também mediadores, amigos que são de Deus e benfeitores nossos. Suas preces são também valiosas, porém, não dispensam a intercessão de Maria. Com as da Mãe de Deus adquirem a eficácia de que sozinhas ficariam destituídas. Exprime esta verdade, de modo incisivo, o grande Doutor da Igreja, Santo Anselmo (+1109). Diz ele: “O mundo tem seus apóstolos, seus patriarcas, seus profetas, seus mártires, seus confessores e suas virgens: bons, excelentes auxiliares que eu desejo, súplice, invocar. Mas, Vós, Senhora, Vós sois melhor e mais elevada do que eles todos […]. O que eles podem convosco, Vós podeis sozinha e sem eles todos […]. Se Vós Vos calais, ninguém suplicará, ninguém me auxiliará. Falai, e todos pedirão, todos virão em meu auxílio” 60.
Mesmo o pecador empedernido, que nem sequer cogita da Mediação de Maria, que jamais a Ela recorre, é beneficiado pela intercessão da Virgem Mãe, e pode vir à conversão, porquanto
Ao mísero, que roga ao teu desvelo acode, e, as mais das vezes, por vontade livre, te praz sem súplica valê-lo61.
Em outras palavras, mesmo quando o fiel não recorre a Maria, Ela o faz espontaneamente e lhe alcança a graça que ele, infeliz, não soube pedir. Dante nos transmite a persuasão do povo fiel. Santo Anselmo, o ensino da Hierarquia: “Sem Vossa assistência – suplica ele à Virgem – eu sou um nada que retorna ao nada. Socorrei-me, e não recuseis só a mim o que concedeis a todos mesmo sem ser rogada62.
De um modo semelhante, amados filhos, não se opõe à Mediação Universal de Maria a eficácia sacramental na alma. Como sabeis, os Santos Sacramentos produzem na alma a Graça santificante, por si mesmos, ou na expressão clássica em Teologia, ex opere operato, isto é, pela virtude do próprio Jesus Cristo, de quem é vigário ou representante o ministro do Sacramento, servindo-se de um meio ao qual vinculou o Salvador essa causalidade na ordem sobrenatural.
É verdade que se poderia excogitar uma Mediação de Maria Santíssima incompatível com a Teologia Sacramental. Seria concebê-la como se Maria agisse diretamente na alma, nela criando, como causa eficiente, a Graça santificante. Mas, este conceito da Mediação Universal de Maria é falso. Maria é Medianeira de todas as graças porque nenhuma graça é aplicada ao homem sem que intervenha a Sua intercessão. A Tradição compendiou esta verdade numa expressão muito justa: “Maria – diz a piedade cristã – é a onipotência suplicante63. Ela é Medianeira porque suplica, intercede, e Deus Nosso Senhor quer que esta intercessão, esta súplica esteja presente para conceder Sua graça, Seu favor. Repitamos a palavra de São Bernardo: “Deus quis que tudo obtivéssemos por Maria64.
Como a graça sacramental está condicionada à recepção condigna do Sacremento, isto é, sem que a vontade lhe oponha o óbice da adesão do pecado, quem obtém de Deus, para um indivíduo, o benefício de receber o Sacramento, e de recebê-lo frutuosamente, pode e deve dizer-se que, com Sua intercessão, beneficiou o fiel com a graça sacramental. Em outras palavras, pode-se dizer que a própria graça sacramental está condicionada à Mediação de Maria, uma vez que Deus concede a graça da recepção frutuosa do Sacramento, como fruto da intercessão da Virgem Santíssima. Tanto mais que as boas disposições da alma, que contribuem para o pleno efeito da graça sacramental, são fruto de graças atuais condicionadas por Deus à intercessão de Maria.
Concluímos: nem a Mediação Universal de Maria Santíssima impede a causalidade própria dos Sacramentos; nem esta causalidade é dificuldade àquela Mediação Universal.
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Quanto aos auxílios divinos outorgados pelo Senhor, como fruto de petições que os fiéis fazem subir diretamente ao Augusto Trono de Sua misericórdia, em nada extenuam a Mediação Universal de Maria Santíssima.
Porquanto, na economia da Graça fixada pela inefável bondade de Deus, Jesus é inseparável de sua Mãe Santíssima. A ordem da Encarnação envolve Mãe e Filho. Assim o determinaram livremente os carinhosos e insondáveis desígnios da Providência. Não há a menor dúvida de que a intercessão de Jesus Cristo, aliás ininterrupta, como o declara São Paulo (Heb 7, 27), é infinitamente suficiente para obter o agrado do Altíssimo, uma vez que corroborada pelos Seus méritos infinitos. Deus, porém, O quis inseparável de sua Mãe Santíssima, na realização de Seu múnus redentor. Por isso, diz muito exatamente São Bernardo, “Deus quis que tudo recebêssemos por Maria“. Não era uma exigência que se impunha. Foi uma benignidade inefável do amor divino. Eis que se aplica a estes rogos o princípio geral, segundo o qual, mesmo quando a Ela não recorrem, Ela espontaneamente acode com Sua prece65
E eis, amados filhos, até onde vai a misericórdia divina. Quase diríamos que, para aliviar nossa vergonhosa vida, dispôs Deus que, na reparação de nossa culpa, pudéssemos apresentar junto a Ele, como nosso representante válido e aceito, uma pessoa totalmente da nossa raça. Já é um Mistério inefável da bondade do Senhor prover à Redenção através da humilhação de seu Unigênito, que tomou a forma de escravo e apresentou-se como homem verdadeiro (Fl 2, 7). Pois a misericórdia divina, como que completou sua amabilidade conosco, associando uma pura criatura à obra da Redenção. Deu-nos uma possibilidade de participar no pagamento de nosso débito, de si inteiramente insolvável. Como a nos encarecer que seus favores eram também fruto de uma cooperação nossa, de um membro de nossa família. Verdadeiramente em Jesus, nascido de Maria, aparece a suave benignidade do Salvador nosso Deus. Demos sempre mil graças a Deus!
V
E podemos, amados filhos, concluir.
Que ação de graças não devemos elevar aos Céus, amados filhos, fazer soar válida e harmoniosamente aos ouvidos divinos, por esta inefável e amabilíssima disposição carinhosa da Providência, dando-nos Maria por Mãe, e tornando-a o canal de todas as graças que decorrem da abundância de Suas misericórdias! Tem aqui sua aplicação o dito do salmo: “Sua misericórdia está acima de todas as suas obras“. Não há dúvida de que o ponto culminante da misericórdia de Deus é o Verbo Encarnado, a obra-prima de uma bondade que só pode ser divina. Mas, podemos nós separar Maria Santíssima do Verbo Encarnado? Na ordem que aprouve à Providência estabelecer, Maria é elemento indispensável na Encarnação do Verbo. Ela é que, de Sua carne formou o corpo que tornou possível ao Filho de Deus vir a fazer parte da raça humana. De onde, é impossível pensar no Deus Humanado, sem que à mente surja a figura excelsa de sua doce Mãe, Maria.
Por tão amabilíssima disposição, elevou Deus a Maria Santíssima, de certo modo, à participação de sua Paternidade única. Pois, como o Padre Eterno diz com toda a propriedade ao seu Verbo: “meu Filho”, assim, Maria pode, com toda propriedade, dizer ao mesmo Filho de Deus: “meu Filho”, porquanto em Jesus há uma só Pessoa, a Pessoa do Filho de Deus, e foi esta Pessoa que Maria gerou na natureza humana.
E como as obras de Deus são perfeitas, o Altíssimo associou-A também à Sua inefável misericórdia.
Com toda a verdade aplicamos à Maria o que diz São Paulo da imensa bondade de Deus com relação aos homens: “Não poupou seu próprio Filho, pelo contrário, entregou-O para nossa salvação” (Rm 8, 32). Pois, como o Padre Eterno como que se despojou de seu Filho, esvaziando-O da glória celeste, quando Lhe deu um corpo mortal (Fl 2, 7) a fim de que pudesse imolar-se por nós, sórdidos pecadores; assim, a Virgem Maria, junto à Cruz, no Calvário, com o coração estraçalhado de acerbíssimas dores, não obstante em pé, varonilmente não poupa ao Unigênito bem amado, senão que O entrega à morte atrocíssima por nossa salvação. Não poupou seu Filho, senão que O entregou por todos nós (Rm 8, 32). Associa-se assim, à misericórdia do Padre Eterno, como, de algum modo fora associada à Paternidade, quando deu à luz ao Filho de Deus feito homem.
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Eis que, diante do riquíssimo Mistério da Mediação Universal de Maria, devemos entoar ao Senhor dos Céus e da terra o hino de ação de graças, proclamando com o salmista: “Sua misericórdia está acima de todas as Suas obras“.
Depois, reflitamos, amados filhos, com freqüência, sobre a realidade sobrenatural em que vivemos, como verdadeiros filhos de Maria e colocados, por conseguinte, sob a suave ação materna de Maria Santíssima. E lembremo-nos do que diz de si, na Sagrada Escritura, a Sabedoria Increada e que a Sagrada Liturgia coloca nos lábios da Santa Mãe de Deus e Mãe nossa dulcíssima: “Os que agem em mim não pecarão” – “Qui operantur in me non peccabunt66. Vivamos sob o olhar de Maria, na dependência de Maria. Consagrados inteiramente a Ela, agiremos sempre dentro do ambiente que Lhe é próprio, feito do santo temor de Deus e impregnado de fé, pureza e caridade. Em semelhante ambiente marial não entra o pecado. É nele que agimos em Maria e por Maria e experimentamos a palavra da Escritura: os que agem em Maria não pecarão67.
Essa é a maneira de viver nossa fé na Mediação Universal de Maria. De onde, ou somos lógicos, e nos conservamos no seio materno de Maria, no Seu ambiente próprio, feito de castidade, mortificação do amor próprio e caridade divina e fraterna, ou nossa fé se esvazia, e se torna inútil como o sal insípido que para nada vale e se lança fora (Mt 5, 13).
Para realizarmos o ideal da vida em Maria, precisamos dos auxílios divinos, visto que “sem mim – diz o Senhor – nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Pois, a Medianeira de todas as graças nô-los obterá. Habituemo-nos a recorrer, com suma e inabalável confiança, à Maria. Lembremo-nos de que Ela é Mãe, e dá o que de bom Lhe pedimos, pois dispõe do tesouro inesgotável dos méritos de seu Divino Filho, e é por isso, a onipotência suplicante. Não vemos aqui na terra as angústias e quase desespero das mães que não vêem como satisfazer aos desejos de seus filhos? Não pensemos que Maria tem menos sentimentos maternais do que as mães da terra que, apesar de tudo, não conseguem depor totalmente seu egoísmo.
Recorramos, pois, a Maria, com inabalável confiança. Por maiores pecadores que sejamos, não nos falte a convicção de que Maria é poderosa, e quer expulsar o demônio de nossas almas e nos aliviar com as esperanças da vida eterna.
E sejamos assíduos na reza do Rosário, ou ao menos do Terço de Nossa Senhora. Das devoções à Santíssima Virgem, é esta a que nos leva a aprofundar o Mistério da Mediação Universal de Maria. De vez que, no Santo Rosário, entrelaçamos os mistérios da vida de Jesus Cristo e da vida de Maria, de maneira que, por ele, somos levados a assimilar as virtudes e a caridade do Senhor, guiados pelo exemplo e as mãos maternais de Maria.
Enfim, nossa gratidão exige que nos empenhemos por que chegue logo, muito brevemente, o momento feliz e oportuno, determinado pela Providência, em que, pela palavra infalível da Santa Igreja, seja colocada na coroa de glória que adorna a Mãe Santíssima de Deus, a Bem-aventurada Virgem Maria, mais esta estrela luminosa, o dogma de Maria Santíssima Medianeira de todas as graças.
Com esta intenção, desejamos que todos os nossos amados diocesanos rezem todos os dias a súplica “Lembrai-vos” inspirada em sermões de São Bernardo 68 que compendia não somente o amor ardente, a confiança e o devotamento filial que o Doutor Melífluo nutria com relação à Virgem Santíssima, como sua fé na Mediação Universal desse canal de todas as graças, que santifica todos os homens
a Mãe Santíssima de Deus e Mãe amabilíssima dos homens.
Dada e passada sob Nosso Sinal e selo de Nossas Armas na Nossa Episcopal Cidade de Campos, aos dezesseis dias do mês de junho do ano de mil e novecentos e setenta e oito, comemoração de Nossa Senhora do Monte Carmelo
+ Antonio, Bispo de Campos
Pe. Henrique Conrado Fischer, Chanceler

Mandamento
Nomine Domini invocato
Mandamos que esta Nossa Carta Pastoral seja lida e explanada aos fiéis à estação da Missa dominical, e nas reuniões das Associações Religiosas. Um seu exemplar seja arquivado na Paróquia ou Curato e uma breve síntese da mesma seja registrada no libro do Tombo.
Dado e passado em Campos na Nossa Cúria Episcopal, aos dezesseis dias do mês de julho do ano de mil e novecentos e setenta e oito, na Comemoração de Nossa Senhora do Monte Carmelo.
+ Antonio, Bispo de Campos
Pe. H. C. Fischer, Secretário do Bispado
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Lembrai-Vos
 
“Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso de meus pecados, me prosto a Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia, e de me alcançar o que Vos rogo Amen”.

NOTAS

1.Circular de 23 de maio de 1978.

2.Cfr. a advertência feita pelo Sr. Arcebispo Coadjutor de Aparecida, D. Geraldo de Moraes Penido, em “Notícias”, da CNBB, 21-26\5\78.

3.Bossuet fez eco a Santo Agostinho no 2° sermão da 6ª feira da lª Semana da Paixão: “Sua carne [de Cristo] é a Vossa carne, ó Maria, seu Sangue o Vosso sangue” – J. B. Terrien, “Mère de Dieu, Mére des Hommes”, P. II, L.V, c. 1

4.Veja-se Gênesis 17, 5; 32, 28; Mt. 16, 18.

5.Sermão 51, c. 2, n.3 – H. Lennerz, “De Beata Virgine”, Univ. Greg., 1935.

6.> Símbolo niceno-constantinopolitano, que se recita na primeira parte da Santa Missa

7.Diálogo com Trifão, judeu – J. B. Terrien, O. C., L.1, c. 1

8.Adv. Haereses – Contra as Heresias, L.3, c. 22. Terrien, O. C., P. 2, L. 1, c. 1

9.De Carne Christi – Sobre a carne de Cristo – Lennerz, O. C

10.Assim, São Cirilo de Jerusalém, São Jerônimo, Santo Efrém, Santo Agostinho e outros, como pode ver-se em Terrien, O. C., P.2, L.1, c.1.

11.De Carne Christi – Sobre a carne de Cristo – Lennerz, O. C.

12.Quod Aeva tristis abstulit \Tu reddis almo germine“.

13.II Ped. 3, 16: “Nelas [nas cartas de São Paulo] há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para sua própria ruína, como o fazem também com as demais escrituras”.

14.Bula “Ineffabilis Deus“, de 8 de dezembro de 1854: “Foi por Deus revelada e por isso deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis, a doutrina que sustenta que a Beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado original. Tradução da Editora Vozes, Petrópolis – negrito nosso.

15.Abade de Claraval, verdadeiro Doutor Mariano, tão bem escreveu sobre a Virgem Maria, como Medianeira das Graças celestes. A expressão é do Sermão da festa da Natividade de Maria Santíssima, conhecido como “De Aquaeductu“, n. 4, Obras completas de São Bernardo, ed. Vivès, Paris, 1867, 3.° vol., p. 402. Se bem que São Bernardo tenha proporcionado a frase – Deus quis que tudo tivéssemos por Maria – de que se têm servido os últimos Papas para exprimir sua persuasão de que Maria é Medianeira de todas as graças, o pensamento, não obstante, remonta ao século II, pois já se encontra explícito nesta frase de Santo Irineu: “Deus quer que Ela seja o principio de todos os dons” – “Vult Deus ipsam omnium donorum esse principium” (Contra Valentinum, c. 33) – Em  C. Boyer, “Synopsis Praelectionum de B. Maria Virgine”, Pont. Univ. Greg., Roma, 1946, p. 52.

16.Citado por Lagrange, “L’Evangile de Saint Jean” — comentário ao Cap.17.

17.“Gratias tibi, Domina, \ Quae mater es facta nostra, \ Sub cruce salutífera \ Filio cooperans” – Terrien, O. C., P. II, L. IV, c. IV.

18.Mariale, q.29 – G. Alastruey, “Tratado da Virgem Santíssima”, P. III, c. IV.

19.Summa, p.IV, tit.15, c.2 – In Alastruey, o. e 1. c.

20.Encíclica “Quanquam pluries“, de 15 de agosto de 1889. Em Alastruey, O. C. 1. c.

21.Encíclica “Ad diem illum“, de 2 de fevereiro de 1904.

22.In “Io. Praefatio“, n. 6 – Em C. Boyer, O. C. p. 52-53.

23.Em Lagrange, o. e 1. c.

24.Datur mater discípulo \ Cum maximo mysterio \ Joannis sub vocabulo \ Quivis venit fidelis” – Terrien, o. c, P. II, L. IV, c. 1.

25.Veja-se Terrien, O. C, P.II, L.IV, c.1, II e sg.

26.Encíclica “Adiutricem populi christiani” de 5 de setembro de 1885.

27.Encíclica “Rerum Ecclesiae“, sobre as Missões de 28 de fevereiro de 1926.

28.In “La Sainte Bible”, Letouzey et Ané, Paris, 1946.

29.Veja-se Emilio Mersch, “Le Corps Mystique”, I volume, Descléé, Paris, 1936.

30.Adv. Haereses – Contra as Heresias, L. V., I, 1-3.Em Emilio Mersch, O. C., p. 332, nota.

31.Santo Agostinho, “De Virginitate“, c.6. – São Pio X, Encíclica “Ad diem illum” de 2 de fevereiro de 1904.

32.Este argumento é apresentado por São Luís Maria Grignion de Montfort, no seu “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, Cap. 1, art. 1, 2.° Princípio. Na tradução de D. Henrique G. Trindade, Ed. Vozes, n.° 32.

33.Sermão em louvor da SS. Virgem, em C. Boyer, O. C., p. 53.

34.Hom. in S. Mariae Zonam, n.° 5. Em Alastruey, O. C, P.III, c.3., art.I, Cuestión 2. Tesis 3 B; e em J. B. Terrien, O. C, P.II, L.V, c.2.

35.Oratio 37. Em Terrien, O. C., P.II, L.VII, c.4.

36.Sermão na festa da Natividade, “De aquaeductu”, n. 7.

37.Em C. Boyer, O. C, p. 54.

38.Tradução de José Pedro Xavier Pinheiro, Atena Editora, São Paulo. O texto original diz: “Donna, se tanto grande e tanto vali, \ Che, qual vuol grazia e a te non ricorre, \ Sua desienza vuol volar senz’ali” (Paradiso, 33, 13-15 – “La Divina Commedia di Dante Alighieri”, Edição do centenário da morte do poeta, Ulrico Hoepli Editor, Milão).

39.A.A.S., 1940, p. 145.

40.Bula de 27 de setembro de 1948.

41.Ampliatio privilegiorum Ecclesiae B. M. V. ab angelo salutatae in coenobio FF. Ord. Servorum B. M. V. Florentiae“, anno 1806 – Em Alastruey, O. c., P.III, c.4, art.3, Cuestión 1, Tesis.

42.Encíclica “Ubi primum” de 2 de fevereiro de 1849, em Alastruey, O. c, P.III, c.3, art.1, Cuestión 1, Tesis, 1.° Magistério de los Romanos Pontífices.

43.Encíclica de 22 de setembro de 1897, em Alastruey, O. e l. c.

44.Encíclica de 2 de fevereiro de 1904, em Alastruey, O. e 1. c.

45.A.A.S., 1918, p. 182.

46.Encíclica “Miserentissimus Redemptor” de 8 de maio de 1928, p. 178, A.A.S., 1928, p. 178

47.Encíclica de 29 de junho de 1943, A.A.S., 1943, p. 247-8.

48.Encíclica de 20 de novembro de 1947, A.A.S., 1947, p. 582-3.

49.A.A.S., 1960, p. 641.

50.Exortação Apostólica “Signum Magnum“, de 13 de maio de 1967, A.A.S., 1967, p. 468.

51.Is. 55, 1-3 e 5, na festa de Nossa Senhora Medianeira; Prov. 8, 22-24 e 32-35, na festa de Nossa Senhora do Rosário e na da Imaculada Conceição; Ec. 24, 5-7, 9-11 e 30-31, na festa de Nossa Senhora Rainha; Ec. 24, 23-31, na festa de Nossa Senhora de Guadalupe; Ec. 24, 14-16, na festa de Nossa Senhora Auxiliadora.

52.Missa concedida para alguns lugares no dia 27 de novembro.

53.Transcrito de J. B. Terrien, O. C, P.II, L.VI, c.2.

54.Decreto da S. C. dos Ritos, de 21 de janeiro de 1921, A.A.S., 1921, p.345. A concessão foi feita primeiro para a Bélgica. Estendeu-se depois a outros países, inclusive o Brasil, que a via no seu Calendário no dia 1° de outubro.

55.“Cuncta quae nobis meruit Redemptor \ Dona partitur Genitrix Maria”.

56.“Senhor Jesus Cristo, nosso Mediador ante o Pai Eterno, que constituístes Medianeira junto a Vós a Virgem Santíssima, Vossa Mãe e também Mãe nossa, fazei que todo aquele que, aproximando-se de Vós, Vos pedir favores, se alegre em alcança-los por seu intermédio. Vós que reinais, etc.”, Trad. de D. B. Kekeiser.

57.Élevations sur les mystères, 3ª elevação da 8ª semana.

58.Encíclica Adiutricem populi, de 5 de setembro de 1895, Terrien, O. C., P.II, L.V, c.1.

59.“Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, Cap. V, art. 2. Na tradução de D. Henrique Galland Trindade, editada pela Vozes, o trecho citado encontra-se sob o n.° 140. Toda esta obra de São Luís Grignion de Montfort visa criar nos fiéis a convicção profunda de que a Mediação de Maria como Mãe que gera, nutre e aperfeiçoa os membros do Corpo Místico de Cristo, é imprescindível para a salvação. Daí a necessidade de uma Verdadeira Devoção à Maria Santíssima.

60.Oração 46. Em Terrien, O. C., P.II, L.VII, c.2.

61.Dante, “Divina Comédia”, Paraíso, c. 33, 16-18. Tradução de Xavier Pinheiro, ed. cit. O texto italiano é o seguinte; “La tua benignita non pur soccorre \ A chi domanda, ma molte fiate \ Liberamente al domandar precorre” (ed. cit.).

62.Oração 46. Negrito nosso. Em Terrien, o. c., P. II, L. VII, c. 2.

63.A expressão da piedade popular resume a afirmação de Papas e teólogos. Veja-se Alastruey, O. C. P.III, c.4, Cuestión 5.

64.Como já notamos, este pensamento está no sermão da Natividade, conhecido como “De Aquaeductu“, sob o n.° 7. Análoga metáfora usa São Bernardino de Sena (+1444), para significar a mesma idéia da Mediação Universal de Maria: “Ela é – diz o Santo – o pescoço de nossa Cabeça pelo qual todos os dons espirituais são comunicados ao seu Corpo MísticoPor isso o Cântico dos Cânticos VII declara: Teu pescoço é como uma torre de marfim” (Sermão 10 do 1.° Domingo da Quaresma, e Sermão 4 da Conceição. In Terrien, O. C., P.II, L.VII, c.III, III.

65.Veja-se a Oração da Missa de Maria Medianeira de todas as graças, citada na nota 54.

66.Eclesiástico 24, 30. Trecho lido na Epístola das Missas de Maria Rainha, 31 de maio, e de Nossa Senhora de Guadalupe, 12 de dezembro.

67.São Luís Maria Grignion de Montfort, no seu “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, cap. VIII, art. 2, explana essa Vida em Maria.ou nossa fé se esvazia, e se torna inútil como o sal insípido que para nada vale e se lança fora (Mt. 5, 13).

68.Posterior a São Bernardo, o “Memorare”, ou “Lembrai-vos”, consoladora súplica dos fiéis do Universo todo, inspira-se sobretudo em dois sermões do Doutor Melífluo, o IV da Festa da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria e o de dentro da oitava dessa mesma festa (D.T.C., vol. II, col. 758). Na edição por Nós usada, os trechos se acham no volume III, p.  387, sob o  n.° 8 e p.  392, sob o n.° 15.


Fonte: http://permanencia.org.br/drupal/node/1078

Carta Encíclica Ad Diem Illum- São Pio X

Publicamos o texto integral da Encíclica Ad Diem Illum, do Papa São Pio X, sobre a Imaculada Conceição de Maria Santíssima. Boa leitura!


CARTA ENCÍCLICA

AD DIEM ILLUM

DO SUMO PONTÍFICE S.S. PIO X

Sobre o Cinquentenário da Proclamação do Dogma da Imaculada Conceição.

Liturgia Diária- 02/06/2018

SANTA MARIA IN SABATO

Missa Votiva- Missa “Salve Sancta Parens” com Comemoração dos Santos do Dia

O costume de consagrar o sábado a Nossa Senhora, remonta ao século IX. Na sua grande devoção para com Nossa Senhora, a Idade Média fez do sábado de cada semana um dia de festa própria em honra da Santíssima Virgem. 

Mistério insondável de amor de de pureza em que o divino se harmoniza com o humano, Maria a primeira das criaturas, a que se mostra mais perto de Deus, é a nossa rainha nos Céus. 

O seu culto resume o dos santos, ao mesmo tempo que o ultrapassa. A Igreja consagra-lhe os cânticos mais ternos e emotivos, porque se revê naquela que foi, com ela, concebida desde toda a eternidade no pensamento de Deus. Com solicitude infinita, a Santíssima Virgem, por seu lado, inclina-se para a Igreja e para os homens a quem entregou o próprio Filho. Elevemos fervorosa e confiadamente as nossas preces e louvores àquela a quem chamamos “Mãe de misericórdia” agraciada com os dons mais admiráveis. A sua bondade soberanamente maternal, irradiante de graça que eleva e purifica, tem todo o poder sobre o coração de Deus. 


SANTOS MARCELINO E PEDRO, Mártires, e S.ERASMO, Bispo e Mártir

Comemoração- 2ªs orações próprias

Pedro e Marcelino são dois mártires romanos que sofreram o martírio durante a perseguição de Diocleciano, cerca do ano 303. O primeiro era presbítero e o segundo exorcista. O seu culto era tão importante, que depois de dar a paz à Igreja, Constantino mandou construir em sua honra uma basílica, como em honra de São Pedro, S. Paulo, S. Lourenço e Santa Inês. Os seus nomes vêm no cânon da missa.

Santo Erasmo é um bispo da Ásia Menor, que pela mesma época morreu mártir na Campânia. O seu corpo foi trasladado para Gaeta no ano de 842. É geralmente representado com um sarilho, em que estão enrolados os seus intestinos. 


Páginas 802 a 805 e 1088 a 1090 do Missal Quotidiano.


Ato de Reparação e Desagravo a partir das 14 horas (ver programação) e Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes. 


[Aviso] Ato de Reparação e Desagravo ao Sagrado Coração de Jesus

No próximo sábado, 2, a Irmandade do Carmo promoverá um Ato de Reparação e Desagravo ao Sagrado Coração de Jesus, na Capela Nossa Senhora de Lourdes. 

Programação:

14 horas– Exposição e Adoração ao Santíssimo Sacramento;

18 horas– Benção;

18:30 horas– Missa (dia da 5ª comunhão reparadora).

 

[Aviso] Inscrições para a Catequese 2018

Estão abertas as inscrições para as Turmas de Catequese para o recebimento dos Sacramentos da Eucaristia e do Crisma. A Catequese será ministrada por professores membros da Irmandade, no método e textos tradicionais. Os alunos receberão o Sacramento no Rito Romano Tradicional, conforme publicado por São João XXIII, após completados os requisitos do Curso, como presente no Regulamento. Confira:

[Importante] Decretos 005 e 006, do Diretor-Geral

De ordem do Diretor-Geral da Irmandade publicamos, na Área do Associado, os Decretos recém emitidos. 

Nos termos do Decreto 005, a Área do Associado ficará disponível, ininterruptamente, neste link e clicando na imagem na coluna à direita no blog, que direcionarão à pagina e, de acordo com a escolha do usuário, será direcionado para a respectiva pasta de escolha em arquivo online disponível no Google Drive. 

É necessária senha, gerada pelo blog, para acesso. Por isso, será enviado e-mail aos associados com a senha de acesso. Os que preferirem poderão pedir sua senha pelo Formulário de Contato do blog, clicando aqui.

Os atos citados ter-se-ão por publicados e da ciência dos associados, nos termos regimentais. 

A Administração do Blog. 

Encíclica Quas Primas- S.S.Pio XI

Publicamos texto integral e editado da Carta Encíclica Quas Primas, de Sua Santidade Pio XI, sobre a Festa de Cristo Rei, documento de leitura sugerida pelo Pe. José Leles na Missa do último domingo. Boa leitura!

Liturgia Diária- 06/10/2017

SÃO BRUNO, Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa “Os justi” com orações próprias

São Bruno foi alemão de nação, da célebre cidade de Colônia, filho de pais ilustres. Formado tanto nas letras seculares como nas eclesiásticas. Cônego da Igreja de Remos, não inferior a nenhuma de entre as francesas; e escolaster (isto é: Reitor). Abandonou o mundo e fundou o ermo da Cartuxa que presidiu por seis anos.

Solicitado pelo papa Urbano II, antigo discípulo seu, transladou-se à cúria romana para ajudar ao mesmo Papa com seus alentos e conselhos nos negócios eclesiásticos. Mas não podendo levar a agitada vida da cúria, inflamado em amor da solidão e quietude abandonadas, deixou a cúria e renunciou também ao arcebispado da Igreja de Reggio, para a qual tinha sido eleito por vontade do mesmo Papa.

Retirou-se ao ermo de Calábria, chamado a Torre, onde, com alguns leigos e clérigos viveu em solidão o resto de seus dias. Ali morreu e recebeu sepultura, depois de uns onze anos de sua saída de Chartreuse. (Crônica Magister; S.XII)

LEITURAS

Leitura (Eclo 31,8-11)

Bem-aventurado o rico que foi achado sem mácula, que não correu atrás do ouro, que não colocou sua esperança no dinheiro e nos tesouros! Quem é esse homem para que o felicitemos? Ele fez prodígios durante sua vida. Àquele que foi tentado pelo ouro e foi encontrado perfeito, está reservada uma glória eterna: ele podia transgredir a lei e não a violou; ele podia fazer o mal e não o fez. Por isso seus bens serão fortalecidos no Senhor, e toda a assembléia dos santos louvará suas esmolas.

Evangelho (Lc 12, 35-40)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Estejam cingidos os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas. Sede semelhantes a homens que esperam o seu senhor, ao voltar de uma festa, para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. Bem-aventurados os servos a quem o senhor achar vigiando, quando vier! Em verdade vos digo: cingir-se-á, fá-los-á sentar à mesa e servi-los-á. Se vier na segunda ou se vier na terceira vigília e os achar vigilantes, felizes daqueles servos! Sabei, porém, isto: se o senhor soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria sem dúvida e não deixaria forçar a sua casa. Estai, pois, preparados, porque, à hora em que não pensais, virá o Filho do Homem.

 

Liturgia Diária- 05/10/2017

SÃO PLÁCIDO E COMPANHEIROS, Mártires

Comemoração- Missa da Féria com comemoração

O ofício e a missa de hoje celebram a memória de vários cristãos, dos quais um se chamava Plácido, que foram mártires da Sicília, em 541, por piratas sarracenos. A Ordem Beneditina festeja hoje um outro Plácido, jovem discípulo de São Bento, cujo culto é ordinariamente confundido com o do primeiro.

LEITURAS

Epístola (Ef 4, 1-6)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Efésios.

Irmãos: Exorto-vos, pois, – prisioneiro que sou pela causa do Senhor -, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade. Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.

Evangelho (Mt 22, 34-46)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus.

Naquele tempo: foram ter com Jesus os fariseus e um deles, doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Jesus disse-lhes: Amarás o Senhor de todo o teu coração e de toda a tua alma, e de todo o teu espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. Mas o segundo é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Deste dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. E, estando junto dos fariseus, Jesus interrogou-os, dizendo: que vos parece o Cristo? De quem ele é filho? Responderam-lhe: de Davi. Jesus disse-lhes: Como pois lhe chama Davi, em espírito, Senhor, dizendo: Senta-te à minha mão direita até que ponha os inimigos teus por escabelo de teus pés? Se pois Davi o chama Senhor, como pode ser ele seu filho? E ninguém podia responder-lhe uma só palavra; e daquele dia então não houve mais quem ousasse interrogá-lo.

 

Liturgia Diária- 04/10/2017

SÃO FRANCISCO DE ASSIS,Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”. Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado?”, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas”.

Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho.

Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224.

Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas. O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.


Páginas 1317 a 1319 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

Epístola (Gl 6, 14-18)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Gálatas. 

Irmãos, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Porque a circuncisão e a incircuncisão de nada valem, mas sim a nova criatura. A todos que seguirem esta regra, a paz e a misericórdia, assim como ao Israel de Deus. De ora em diante ninguém me moleste, porque trago em meu corpo as marcas de Jesus. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com vosso espírito, irmãos. Amém.

Evangelho (Mt 11, 25-30)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus. 

Naquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo. Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve.

 

Liturgia Diária- 03/10/2017

SANTA TERESA DO MENINO JESUS, Virgem

Festa de 1ª Classe (em Uberlândia) – Missa Própria

Padroeira da Diocese de Uberlândia

É conhecida como Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face ou, popularmente, Santa Teresinha. Seu nome de Nascida Marie Françoise Thérèse Martin (Maria Francisca Teresa Martin), era filha de Louis Martin e Zélie Guérin. Quando nasceu, era muito franzina e doente e, desde o nascimento, exigia muitos cuidados.

Aos dois anos de idade, Teresa já tem na sua idéia seguir a vida religiosa para grande alegria da sua mãe e de seu pai. Em agosto de 1876, sua mãe toma conhecimento de que padece de câncer. Quando esta falece, seu pai muda-se com as quatro filhas para Lisieux em 1877. Ingressou em 9 de abril de 1888 no Carmelo e tomou o nome de Thérèse de l’Enfant Jesus. Fez sua profissão religiosa, em 8 de setembro de 1890, e tomou o nome de Thérèse de l’Enfant Jesus et de la Sainte Face, mas ficou conhecida após sua morte como Thérèse de Lisieux.

Após seis anos na ordem, em 1894, almejando o caminho da santidade, Teresa percebe que não conseguiria pelas tradicionais mortificação, disciplina e sacrifício observadas pelos santos a quem se dedica a estudar. Inspirada nas palavras de um padre, Teresa adota a “Pequena Via”, um caminho pequeno e reto para a santidade, que consiste simplesmente em se entregar ao amor de Jesus Cristo, para que Ele conduza pelo caminho.

Morreu em 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos. Disse, na manhã de sua morte: “eu não me arrependo de me ter abandonado ao amor”, e na iminência de sua morte disse às religiosas que estavam à sua volta: “Farei cair uma chuva de rosas sobre o mundo!”(Por isto muitos que fazem sua novena ganham rosas em sinal de suas graças alcançadas). No dia 4 de outubro de 1897, foi sepultada no cemitério de Lisieux.

A sua irmã, Paulina, também carmelita, publicou em 1898 os escritos de Santa Teresinha, intitulados “História de uma alma”. O papa São Pio X considera a maior santa dos séculos moderno. No dia 17 de maio de 1925, Teresinha foi canonizada pelo Papa Pio XI. O mesmo Papa a declara Patrona Universal das Missões Católicas em 1927.


Páginas 1314 a 1317 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

Leitura (Is 66,12-14)

Leitura do Profeta Isaías.

Eis o que diz o Senhor: vou fazer a paz correr para ela como um rio, e como uma torrente transbordante a opulência das nações. Seus filhinhos serão carregados ao colo, e acariciados no regaço. Como uma criança que a mãe consola, sereis consolados em Jerusalém. Com essa visão vossos corações pulsarão de alegria, e vossos membros se fortalecerão como plantas. O Senhor manifestará a seus servos seu poder, e aos seus inimigos sua cólera.
Sequência do Santo Evangelho

Evangelho (Mt 18, 1-4)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus. 

Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus.

 

Liturgia Diária- 02/10/2017

SANTOS ANJOS DA GUARDA

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

No momento do parto de uma alma, por determinação Divina, o Anjo da Guarda assume o seu posto de guardião e jamais se afasta, até o retorno da Alma à eternidade. Isto significa dizer, sempre que nasce uma criatura na Terra, o CRIADOR providencia o nascimento de seu Anjo da Guarda no Céu. Então, cada Anjo Custódio é específico, isto é, cada Anjo da Guarda é enviado especialmente para uma pessoa que nasce.

O Anjo da Guarda tem uma missão insubstituível ao longo da existência! Embora sempre silencioso e oculto, inspira a prática das boas intenções e das boas obras; ilumina o espírito na busca da verdade; sugestiona a mente afastar-se da doutrina errônea; insinua sugestões a problemas de difícil solução; conduz as pessoas a cultivarem santos ideais, com o objetivo maior de dilatar cada vez mais o reino de DEUS; estimula a pratica da fidelidade, da justiça e do amor fraterno, zelando e orientando as pessoas pelo caminho da salvação eterna. 


Páginas 1311 a 1313 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

Epístola (Ex 23, 20-23)

Leitura do livro do Êxodo.

É isto o que diz o Senhor Deus: “Vou enviar um anjo adiante de ti para te proteger no caminho e para te conduzir ao lugar que te preparei. Está de sobreaviso em sua presença, e ouve o que ele te diz. Não lhe resistas, pois ele não te perdoaria tua falta, porque meu nome está nele. Mas, se lhe obedeceres pontualmente, se fizeres tudo o que eu te disser, serei o inimigo dos teus inimigos, e o adversário dos teus adversários. Porque meu anjo marchará adiante de ti e te conduzirá entre os amorreus, os hiteus, os ferezeus, os cananeus, os heveus e os jebuseus, que exterminarei.” 

Evangelho (Mt 18, 1-10)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus.

Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe. Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos que creem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar. Ai do mundo por causa dos escândalos! Eles são inevitáveis, mas ai do homem que os causa! Por isso, se tua mão ou teu pé te fazem cair em pecado, corta-os e lança-os longe de ti: é melhor para ti entrares na vida coxo ou manco que, tendo dois pés e duas mãos, seres lançado no fogo eterno. Se teu olho te leva ao pecado, arranca-o e lança-o longe de ti: é melhor para ti entrares na vida cego de um olho que seres jogado com teus dois olhos no fogo da geena. Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus.

Liturgia Diária- 30/09/2017

SÃO JERÔNIMO, Sacerdote, Confessor e Doutor

Festa de 3ª Classe- Missa “In medio”

saojeronimo

São Jerônimo nasceu na Dalmácia em 329. Mesmo durante sua vida, ele era conhecido como um doutor e intérprete da Sagrada Escritura. Defendeu a doutrina Católica contra muitas heresias; seu objetivo principal era para ser um monge perfeito e antes que ele consentisse em ser elevado ao sacerdócio exigiu uma promessa de Paulino, o Bispo de Antioquia, que esta nova dignidade não deveria, de modo algum, interferir com a sua vocação monástica. A ele devemos a tradução das Sagradas Escrituras, a introdução do canto alleluiatic na missa dominical, a propagação da vida monástica entre a aristocracia, e por último a recitação diária do Ofício Divino. Depois de realizar serviços importantes para o Papa de sua época, São Jerônimo retirou-se para Belém, onde morreu em 30 de setembro de 420.

LEITURAS

Epístola (II Tim 4, 1-8 )

Leitura da Segunda Carta de São Paulo Apóstolo a Timóteo. 

Caríssimo, eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino: prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir. Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério. Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.

Evangelho (Mt 5, 13-19)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus. 

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus.

 

Liturgia Diária- 29/09/2017

DEDICAÇÃO DE S.MIGUEL ARCANJO

Festa de 1ª Classe- Missa Própria

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Roma consagrou mais 10 santuários dedicados ao culto do Arcanjo São Miguel. A festa de hoje é a mais antiga de Arcanjo. Comemora-se a dedicação do antigo santuário consagrado a São Miguel nos subúrbios de Roma, as sete milhas da Via Salária. A Missa composta para aquela festa é atualmente a missa do 18º domingo depois de pentecostes, que se reporta a uma dedicação de igreja.

Miguel quer dizer: “Quem como Deus?”, recorda-nos o combate que se travou no Céu entre o Arcanjo de Deus, príncipe da milícia celeste, e o Demônio. A batalha que aí então começou, continua ainda depois da rebelião de Lúcifer, e há de continuar até o fim dos tempos. Nesta luta terrível entre as potências do bem e do mal, está de um lado Jesus Cristo e seus aliados, São Miguel e os Anjos, a Igreja e os Santos; do outro lado, satanás com os demônios e seus aliados.

Andamos pessoalmente envolvidos em contenda. Peçamos humildemente ao poderoso Arcanjo que nos guie e nos livre de perecer no dia do juízo final. Quando deste mundo sai uma alma, a Santa Igreja pede que o porta-estandarte São Miguel a introduza na luz Céu. Daqui nasceu o costume de representar São Miguel segurando uma Balança divina em que as almas devem ser pesadas. São Miguel também preside o culto de adoração que se deve tributar a Deus. Viu-o São João no Céu diante do altar, agitando o incenso que se evolava em perfume, juntamente com as orações dos Santos. O nome de São Miguel vem no Confíteor a seguir do nome de Maria Santíssima que é considerada a Rainha dos Anjos. Foi considerado patrono da Sinagoga e agora continua sendo patrono da Igreja Universal que sucedeu aquela.


Hoje não há jejum ou abstinência, como costumeiro nas sextas-feiras.


Lembrando: Hoje não haverá Missa, como já foi aqui avisado. 


LEITURAS

Leitura (Ap 1, 1-5)

Leitura do Livro do Apocalipse 

Naqueles dias: Revelou Deus estas coisas para manifestar aos seus servos o que deve acontecer em breve. Ele, por sua vez, por intermédio de seu anjo, comunicou ao seu servo João, o qual atesta, como palavra de Deus, o testemunho de Jesus Cristo e tudo o que viu. Feliz o leitor e os ouvintes se observarem as coisas nela escritas, porque o tempo está próximo. João às sete igrejas que estão na Ásia: a vós, graça e paz da parte daquele que é, que era e que vem da parte dos sete Espíritos que estão diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo, testemunha fiel, primogênito dentre os mortos e soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu sangue

Evangelho (Mt 18,1-10)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus.

Naquele tempo: Os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe. Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos que crêem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar. Ai do mundo por causa dos escândalos! Eles são inevitáveis, mas ai do homem que os causa! Por isso, se tua mão ou teu pé te fazem cair em pecado, corta-os e lança-os longe de ti: é melhor para ti entrares na vida coxo ou manco que, tendo dois pés e duas mãos, seres lançado no fogo eterno. Se teu olho te leva ao pecado, arranca-o e lança-o longe de ti: é melhor para ti entrares na vida cego de um olho que seres jogado com teus dois olhos no fogo da geena. Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus.

 

Liturgia Diária- 27/09/2017

SÃO COSME E SÃO DAMIÃO, Mártires

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Comemoramos hoje os santos mártires Cosme e Damião, mortos por volta do ano 300 d.C. durante as perseguições do imperador Diocleciano. Foram dois gêmeos nascidos na Arábia que se transladaram depois para a Síria, onde exerceram o que na época era a arte médica. Conta-nos a tradição que eles, com espírito de verdadeira caridade, nunca cobravam por seus serviços, razão por que se tornaram conhecidos como anargiros, isto é, avessos à prata e ao dinheiro. Além da arte médica, adquirida com esforço e estudo naturais, os santos Cosme e Damião socorriam os enfermos também com o dom sobrenatural da cura e ferventes orações. Os milagres estupendos que Deus operava por meio deles, como não podia deixar de ser, acabaram chamando a atenção das autoridades romanas. Levados à presença do prefeito Lísias, os dois irmãos foram acusados de feitiçaria, encarcerados, torturados e, enfim, assassinados por sua fidelidade inamovível ao Evangelho e ao Senhor que por intermédio deles levava saúde de corpo e alma a pobres e indigentes. Trata-se, portanto, de dois exemplos luminosos da mais profunda caridade cristã, que é amor a Deus, a quem não podemos ver, realizado e manifestado no amor ao irmão, a quem vemos. Neles confluem, pois, e se completam com perfeita harmonia os dois grandes mandamentos da Lei. 

LEITURAS

Epístola (Sb 5, 16-20)


O Senhor toma à sua própria conta a causa dos mártires, reserva-lhes no Céu a coroa da glória.


Leitura do Livro da Sabedoria.

Quanto aos justos, viverão eternamente: receberão a régia coroa de glória, e o diadema da beleza da mão do Senhor, porque os cobrirá com sua direita, e os protegerá com seu braço. Por armadura tomará seu zelo cioso, e armará as criaturas para se vingar de seus inimigos. Tomará por couraça a justiça, e por capacete a integridade no julgamento. Ele se cobrirá com a santidade, como com um impenetrável escudo, afiará o gume de sua ira para lhe servir de espada, e o mundo se reunirá a ele na luta contra os insensatos.

Evangelho (Lc 6,17-23)


A felicidade prometida aos que sofrem perseguição por amor do Senhor basta para justificar a escolha deste evangelho na parte final. O princípio, com a descrição das curas e milagres de Jesus, explica-se pela festa dos santos Cosme e Damião, médicos e taumaturgos, para quem a missa “Sapientiam” foi primeiramente composta.


Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo, descendo do monte, parou numa planície. Aí se achava um grande número de seus discípulos e uma grande multidão de pessoas vindas da Judéia, de Jerusalém, da região marítima, de Tiro e Sidônia, que tinham vindo para ouvi-lo e ser curadas das suas enfermidades. E os que eram atormentados dos espíritos imundos ficavam livres. Todo o povo procurava tocá-lo, pois saía dele uma força que os curava a todos. Então ele ergueu os olhos para os seus discípulos e disse: Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o Reino de Deus! Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis fartos! Bem-aventurados vós que agora chorais, porque vos alegrareis! Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos ultrajarem, e quando repelirem o vosso nome como infame por causa do Filho do Homem! Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu. Era assim que os pais deles tratavam os profetas.

Liturgia Diária- 23/09/2017

SÁBADO DAS QUATRO-TÊMPORAS DE SETEMBRO

Féria de 2ª Classe- Missa Própria

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No dia 15 do sétimo mês do ano, os judeus celebravam a festa dos tabernáculos, precedida das expiações em que o Sumo Sacerdotes, havendo-se previamente purificado na fonte que esteve em frente ao santuário, penetrava com o sangue das vítimas no Santo dos santos e orava junto do propiciatório. O sábado das têmporas de Setembro, que outrora era o sétimo mês do ano, recorda esta dupla festa de penitência e alegria. Os profetas Miqueias, Zacarias e Daniel que se lê hoje, fala-nos do perdão que Deus nunca nega os que procuram lavar-se da mácula do pecado e imploram nas contingências, uma vez ou outra da vida, a sua proteção. A Epístola da missa de hoje (Heb. 9 2,12), mostra a nova aliança que Jesus estabeleceu entre Deus e as almas penitentes, oferecendo no verdadeiro Santo dos santos, quer dizer no Céu, o sangue fecundo que derramou no calvário. E o Evangelho de hoje (Lc 13,6-17), quer nos lembrar o milagre que o Senhor operou libertando aquela mulher das garras do demônio, diz bem os que são os sacerdotes no desempenho do seu altíssimo ministério. Por isso essa missa pode ser utilizada muito bem num dia de ordenações.


Páginas 678 a 686 do Missal Quotidiano.


Missa na Capela São Judas Tadeu às 18:30 horas.


LEITURAS

I Leitura (Lv 23, 26-32)

Leitura do livro do Levítico.

O Senhor disse a Moisés: “No décimo dia do sétimo mês será o dia das Expiações. Tereis uma santa assembléia: humilhareis vossas, almas e oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo. Não fareis trabalho algum naquele dia, porque é um dia de expiação em que deve ser feita a expiação por vós diante do Senhor, vosso Deus. Todo aquele que se não humilhar nesse dia será cortado do meio de seu povo. E todo o que fizer nesse dia um trabalho qualquer, eu o suprimirei do meio de seu povo. Não fareis, pois, trabalho algum; esta é uma lei perpétua para vossos descendentes, em todos os lugares em que habitardes. Será para vós um sábado, um dia de repouso, e humilhareis vossas almas. No nono dia do mês, à tarde observareis um sábado, de uma tarde à tarde seguinte.

II Leitura (Lv 23, 39-43)

Leitura do Livro do Levítico.

No décimo quinto dia do sétimo mês, quando tiverdes colhido os produtos da terra, celebrareis uma festa ao Senhor durante sete dias. O primeiro dia será um dia de repouso, bem como o oitavo. No primeiro dia tomareis frutos de árvores formosas, folhas de palmeiras, ramos de árvores frondosas e de salgueiros da torrente; e alegrar-vos-eis durante sete dias diante do Senhor, vosso Deus. Cada ano celebrareis esta festa durante sete dias em honra do Senhor. Esta é uma lei perpétua para vossos descendentes. Celebrá-la-eis no sétimo mês. Habitareis em barracas de ramos durante sete dias: todo homem da geração de Israel habitará em barracas de ramos, para que saibam os vossos descendentes que eu fiz habitar os israelitas em barracas de ramos, quando os tirei do Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus.”

III Leitura (Miquéias 7, 14,16; 18-20)

Leitura do Livro Miquéias.

Conduzi com o cajado o vosso povo, o rebanho de vossa herança que se encontra espalhado pelas brenhas, para o meio de vergéis; que ele paste como outrora em Basã e em Galaad. As nações os verão e sentirão vergonha de sua própria bravura; porão a mão na boca e seus ouvidos ficarão surdos; Qual é o Deus que, como vós, apaga a iniqüidade e perdoa o pecado do resto de seu povo, que não se ira para sempre porque prefere a misericórdia? Uma vez mais, tende piedade de nós! Esquecei as nossas faltas e jogai nossos pecados nas profundezas do mar! Mostrai a vossa fidelidade para com Jacó, e vossa piedade para com Abraão, como jurastes a nossos pais desde os tempos antigos!

IV Leitura (Zc 8, 14-19)

Leitura do Livro do Profeta Zacarias 

Eis o que diz o Senhor dos exércitos: eu decidira fazer-vos mal quando vossos pais excitaram a minha cólera – diz o Senhor dos exércitos – e não voltei atrás! Assim, resolvo agora fazer o bem a Jerusalém e à casa de Judá. Não temais. Eis o que deveis fazer: falai a verdade uns aos outros; julgai às portas de vossas cidades segundo a justiça e a sinceridade. Não maquineis o mal em vossos corações contra o próximo; não jureis falso, porque aborreço tudo isso – oráculo do Senhor. A palavra do Senhor dos exércitos foi-me dirigida nestes termos: eis o que diz o Senhor, dos exércitos: o jejum do sexto mês como também os do quinto e do nono serão doravante para Judá dias de regozijo e de alegria, dias de festa.

V Leitura (Dn 3, 47-51)

Leitura do Profeta Daniel.

Então, as chamas, subindo a quarenta e nove côvados acima da fornalha, ultrapassaram a grade e queimaram os caldeus que se achavam perto. Mas o anjo do Senhor havia descido com Azarias e seus companheiros à fornalha e afastava o fogo. Fez do centro da fogueira como um lugar onde soprasse uma brisa matinal: o fogo nem mesmo os tocava, nem lhes fazia mal algum, nem lhes causava a menor dor. Então os três jovens elevaram suas vozes em uníssono para louvar, glorificar e bendizer a Deus dentro da fornalha, neste cântico:

Cântico (Dn 3, 52-56)

Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais, digno de louvor e de eterna glória! Que seja bendito o vosso
santo nome glorioso, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
Sede bendito no templo de vossa glória santa, digno do mais alto louvor e de eterna glória!
Sede bendito por penetrardes com o olhar os abismos, e por estardes sentado sobre os querubins, digno do
mais alto louvor e de eterna exaltação!
Sede bendito sobre vosso régio trono, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
Sede bendito no firmamento dos céus, digno do mais alto louvor e de eterna glória!

Epístola (Heb 9, 2-12)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Hebreus.

Irmãos: O primeiro tabernáculo que foi construído consistia numa tenda: a parte anterior encerrava o candelabro e a mesa com os pães da proposição;  chamava-se Santo. Atrás do segundo véu achava-se a parte chamada Santo dos Santos. Aí estava o altar de ouro para os perfumes, e a Arca da Aliança coberta de ouro por todos os lados; dentro dela, a urna de ouro contendo o maná, a vara de Aarão que floresceu e as tábuas da aliança; em cima da arca, os querubins da glória estendendo a sombra de suas asas sobre o propiciatório. Mas não é aqui o lugar de falarmos destas coisas pormenorizadamente. Assim sendo, enquanto na primeira parte do tabernáculo entram continuamente os sacerdotes para desempenhar as funções, no segundo entra apenas o sumo sacerdote, somente uma vez ao ano, e ainda levando consigo o sangue para oferecer pelos seus próprios pecados e pelos do povo. Com o que significava o Espírito Santo que o caminho do Santo dos Santos ainda não estava livre, enquanto subsistisse o primeiro tabernáculo. Isto é também uma figura que se refere ao tempo presente, sinal de que os dons e sacrifícios que se ofereciam eram incapazes de justificar a consciência daquele que praticava o culto. Culto que consistia unicamente em comidas, bebidas e abluções diversas, ritos materiais que só podiam ter valor enquanto não fossem instituídos outros mais perfeitos. Porém, já veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não construído por mãos humanas (isto é, não deste mundo), sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna.

Evangelho (Lc 13, 6-17)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo: Disse-lhes também esta comparação: Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, indo buscar fruto, não o achou. Disse ao viticultor: – Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno? Mas o viticultor respondeu: – Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo. Talvez depois disto dê frutos. Caso contrário, cortá-la-ás. Estava Jesus ensinando na sinagoga em um sábado. Havia ali uma mulher que, havia dezoito anos, era possessa de um espírito que a detinha doente: andava curvada e não podia absolutamente erguer-se. Ao vê-la, Jesus a chamou e disse-lhe: Estás livre da tua doença. Impôs-lhe as mãos e no mesmo instante ela se endireitou, glorificando a Deus. Mas o chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse ao povo: São seis os dias em que se deve trabalhar; vinde, pois, nestes dias para vos curar, mas não em dia de sábado. Hipócritas!, disse-lhes o Senhor. Não desamarra cada um de vós no sábado o seu boi ou o seu jumento da manjedoura, para os levar a beber? Esta filha de Abraão, que Satanás paralisava há dezoito anos, não devia ser livre desta prisão, em dia de sábado? Ao proferir estas palavras, todos os seus adversários se encheram de confusão, ao passo que todo o povo, à vista de todos os milagres que ele realizava, se entusiasmava.

 

Liturgia Diária- 22/09/2017

SEXTA-FEIRA DAS QUATRO-TÊMPORAS DE SETEMBRO

Féria de 2ª Classe- Missa Própria

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A leitura de Oséias recorda-nos as palavras que este profeta dirigiu a Israel: “Converte-te, Israel, ao teu Deus e Senhor, porque te perderes por causa da sua iniquidade” e a promessa que o Senhor afastará a sua ira dos israelitas se fizerem penitência. Uma formosa colheita de azeite, de vinho e de trigo, os produtos da estação outonal (hemisfério norte), consagrados ao Senhor nas têmporas de Setembro, são os símbolos das promessas que Deus, fez ao povo, de abundantes bênçãos. E o que Deus fez com Israel penitente, fez o Salvador com Maria Madalena, a quem muito foi perdoado porque muito amou.


Páginas 675 a 677 do Missal Quotidiano.


Missa na Capela São Judas Tadeu às 18:30 horas.


LEITURAS

Leitura (Os 14, 2-9)

Leitura do livro de Oseias.

Muni-vos de palavras (de súplicas) e voltai ao Senhor. Dizei-lhe: Perdoai todos os nossos pecados, acolheinos favoravelmente. Queremos oferecer em sacrifício a homenagem de nossos lábios. O assírio não nos salvará, não mais montaremos nossos cavalos, e não mais teremos como Deus obra alguma de nossas mãos, porque só junto de vós encontra o órfão compaixão. Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei de todo o coração, (porque minha cólera apartou-se deles). Serei para Israel como o orvalho; ele florescerá como o lírio, e lançará raízes como o álamo. Seus galhos estender-se-ão ao longe, sua opulência igualará à da oliveira e seu perfume será como o odor do Líbano. (Os de Efraim) virão sentar-se à sua sombra. Cultivarão o trigo. Crescerão com a vinha. E serão famosos como o vinho do Líbano. Que terá ainda Efraim de comum com os ídolos? Eu mesmo, que o afligi, torná-lo-ei feliz. Eu sou como o cipreste sempre verde: graças a mim é que produzes fruto. Quem é sábio atenda a estas coisas! Que o homem inteligente reflita nelas, porque os caminhos do Senhor são retos. Os justos andam por eles, mas os pecadores neles tropeçam.

Evangelho (Lc 7, 36-50)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo: Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa. Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume; e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume. Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora. Então Jesus lhe disse: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre, disse ele. Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinqüenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais? Simão respondeu: A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou. Jesus replicou-lhe: Julgaste bem. E voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés. Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama. E disse a ela: Perdoados te são os pecados. Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: Quem é este homem que até perdoa pecados? Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: Tua fé te salvou; vai em paz.

 

Liturgia Diária- 20/09/2017

QUARTA-FEIRA DAS QUATRO TÊMPORAS DE SETEMBRO

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

As Quatro-Têmporas de Setembro são conjuntamente dias de jejum e momentos de jubilosa ação de graças. Lembram aos judeus a dupla promulgação da Lei, à saída do Egito e depois do cativeiro da Babilônia. Lembram aos cristãos a proteção permanente de Deus concedida ao seu povo, e a sua libertação. A ação de graças pelas colheitas do ano vai unir-se à evocação dos antigos benefícios de Deus. 


Páginas 670 a 675 do Missal Quotidiano.


Missa na Capela São Judas Tadeu às 18:30 horas.


LEITURAS

Leitura (Amós 9, 13-15)


O profeta Amós anuncia a restauração de Israel, depois do exílio, e a sua total reabilitação.


Leitura do profeta Amós.

É isto o que diz o Senhor: “Eis que vêm dias – oráculo do Senhor – em que seguirão de perto o que planta e o que colhe, o que pisa os cachos e o que semeia; o mosto correrá pelas montanhas, todas as colinas se derreterão. Restaurarei então o meu povo de Israel: reconstruirão as cidades devastadas e as habitarão; plantarão vinhas e beberão o seu vinho, cultivarão pomares e comerão os seus frutos. Implantá-los-ei no seu solo, e não serão mais arrancados da terra que lhes dei – oráculo do Senhor, teu Deus.” 

Epístola (Neemias 8, 1-10)


No regresso do exílio, a Lei, de novo solenemente promulgada, torna-se a constituição do povo e a garantia das bençãos de Deus.


Leitura do profeta Neemias. 

Naqueles dias, todo o povo se reuniu , como um só homem, na praça que ficava diante da porta das Águas, e pediu a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei de Moisés, que o Senhor havia prescrito a Israel. O sacerdote Esdras trouxe a lei diante da assembléia de homens, mulheres e de todas (as crianças) que fossem capazes de compreender. Era o primeiro dia do sétimo mês. Esdras fez então a leitura da lei, na praça que ficava diante da porta da Água, desde a manhã até o meio-dia, na presença dos homens, mulheres e das (crianças) capazes de compreender; todos escutavam atentamente a leitura. O escriba Esdras postou-se num estrado de madeira que haviam construído para a ocasião; a seu lado encontravam-se, à direita, Matatias, Semeías, Anias, Urias, Helcias e Maasias; à esquerda, Fadaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mosolão. Esdras abriu o livro à vista do povo todo; ele estava, com efeito, elevado acima da multidão. Quando o escriba abriu o livro, todo o povo levantou-se. Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus; ao que todo o povo respondeu, levantando as mãos: Amém! Amém! Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor com a face por terra. E Josué, Bani, Serebias, Jamin, Acub, Seftai, Odias, Maasias, Celita, Azarias, Josabed, Hanã, Falaías e outros levitas explicavam a lei ao povo, e cada um ficou no seu lugar. Liam distintamente no livro da lei de Deus, e explicavam o sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura. Depois Neemias, o governador, Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo, disseram a toda a multidão: Este é um dia de festa consagrado ao Senhor, nosso Deus; não haja nem aflição, nem lágrimas. Porque todos choravam ao ouvir as palavras da lei. Neemias disse-lhes: Ide para as vossas casas, fazei um bom jantar, tomai bebidas doces, e reparti com aqueles que nada têm pronto; porque este dia é um dia de festa consagrado ao nosso Senhor; não haja tristeza, porque a alegria do Senhor será a vossa força.

Evangelho (Mc 9, 16-28)


Toda a doação a Deus supõe a expulsão de Satanás; é obra do próprio Deus e das armas espirituais, que a oração e o jejum nos fornecem.


Sequência do Santo Evangelho segundo Marcos. 

Naquele tempo, um homem dentre a multidão disse a Jesus: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo. Este, onde quer que o apanhe, lança-o por terra e ele espuma, range os dentes e fica endurecido. Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas não o puderam. Respondeu-lhes Jesus: Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos hei de aturar? Trazei-mo cá! Eles lho trouxeram. Assim que o menino avistou Jesus, o espírito o agitou fortemente. Caiu por terra e revolvia-se espumando. Jesus perguntou ao pai: Há quanto tempo lhe acontece isto? Desde a infância, respondeu-lhe. E o tem lançado muitas vezes ao fogo e à água, para o matar. Se tu, porém, podes alguma coisa, ajuda-nos, compadece-te de nós! Disse-lhe Jesus: Se podes alguma coisa!… Tudo é possível ao que crê. Imediatamente exclamou o pai do menino: Creio! Vem em socorro à minha falta de fé! Vendo Jesus que o povo afluía, intimou o espírito imundo e disse-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai deste menino e não tornes a entrar nele. E, gritando e maltratando-o extremamente, saiu. O menino ficou como morto, de modo que muitos diziam: Morreu… Jesus, porém, tomando-o pela mão, ergueu-o e ele levantou-se. Depois de entrar em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe em particular: Por que não pudemos nós expeli-lo?”

Liturgia Diária- 19/09/2017

SÃO JANUÁRIO E COMPANHEIROS, Bispo e Mártires

Festa de 3ª Classe- Missa “Salus Autem” com evangelho próprio

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São Januário e seus Companheiros mártires foram martirizados durante a perseguição de Diocleciano. São Januário, padroeiro da cidade de Nápoles e bispo de Beneventum , foi decapitado com seus diáconos e alguns outros. Na grande igreja em Nápoles são preservados um pouco do sangue de São Januário (também chamado de St. Gennaro ) em dois frascos de vidro, e também a cabeça. O sangue é congelado , mas a cada ano até o presente, ele se liquefaz quando colocado perto da cabeça do mártir. Este milagre foi verificado tanto por cientistas quanto por muitas pessoas piedosas e aprendidas . O cardeal Schuster, Arcebispo de Milão, foi capaz de observá-lo de perto e, como outros que estudaram isso, foi obrigado a confessar que não parece haver nenhuma explicação possível natural deste evento. Pode ser que desta forma Deus tem o prazer de mostrar ao povo de Nápoles que o sangue de seu grande Padroeiro ainda está ativo e poderoso aos olhos do Senhor, e também que, para com Deus, não há passado, mas tudo está presente e vive à Sua vista.

LEITURAS

Epístola (Heb. 10,32-38)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Hebreus.

Irmãos: Lembrai-vos dos dias de outrora, logo que fostes iluminados. Quão longas e dolorosas lutas sustentastes. Seja tornando-vos alvo de toda espécie de opróbrios e humilhações, seja tomando moralmente parte nos sofrimentos daqueles que os tiveram que suportar. Não só vos compadecestes dos encarcerados, mas aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, pela certeza de possuirdes riquezas muito melhores e imperecíveis. Não percais esta convicção a que está vinculada uma grande recompensa, pois vos é necessária a perseverança para fazerdes a vontade de Deus e alcançardes os bens prometidos. Ainda um pouco de tempo – sem dúvida, bem pouco -, e o que há de vir virá e não tardará. Meu justo viverá da fé. Porém, se ele desfalecer, meu coração já não se agradará dele (Hab 2,3s).

Evangelho (Mt 24, 3-13)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus.

Naquele tempo, indo Jesus assentar-se no monte das Oliveiras, achegaram-se os discípulos e, estando a sós com ele, perguntaram-lhe: Quando acontecerá isto? E qual será o sinal de tua volta e do fim do mundo? Respondeu-lhes Jesus: Cuidai que ninguém vos seduza. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu o Cristo. E seduzirão a muitos. Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim. Levantar-se-á nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome, peste e grandes desgraças em diversos lugares. Tudo isto será apenas o início das dores. Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações. Muitos sucumbirão, trair-se-ão mutuamente e mutuamente se odiarão. Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniquidade, a caridade de muitos esfriará. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo.

 

Liturgia Diária- 18/09/2017

SÃO JOSÉ DE CUPERTINO, Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

São José de Cupertino, frade franciscano da Itália, nasceu em 17 de junho de 1603. A festa deste glorioso filho da Ordem de São Francisco de Assis foi tornada universal em toda a Igreja por um Papa da mesma Ordem, o Papa Clemente XIV. São José é famoso por sua simplicidade evangélica e por seus êxtases. Toda a missa atribuída a ele traz o lado místico de sua santidade quando ele foi visto por muitos, levitando acima do altar. Teve uma morte feliz em Orsino em 18 de setembro de 1663, como ele mesmo havia previsto.

LEITURAS

Epístola (I Cor. 13, 1-8)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Coríntios.

Irmãos: ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8.A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.

Evangelho (Mt 22, 1-14)

Liturgia Diária- 16/09/2017

SÃO CORNÉLIO, Papa e Mártir

SÃO CIPRIANO, Bispo e Mártir

Festa de 3ª Classe- Missa “Intret”

O papa Cornélio, romano de origem, morreu no exílio em Civitavecchia, em junho de 253, após dois anos dum pontificado perturbado pelo cisma de Novaciano. São Cipriano, antigo advogado convertido ao cristianismo e feito bispo de Cartago, personifica a Igreja da Africa do século III, de que foi um dos grandes chefes. No mais aceso das perseguições, soube encorajar os fiéis em face do martírio; ele mesmo foi martirizado a 14 de setembro de 258, data da transladação das relíquias de São Cornélio para Roma. A Igreja uniu num único culto os dois santos, martirizados com cinco anos de intervalo; nomeia-os juntamente no cânon da missa.

LEITURAS

Leitura (Sabedoria 3,1 – 8) 

Leitura do Livro da Sabedoria.
As almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará. Aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça. E sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na paz! Se aos olhos dos homens suportaram uma correção, a esperança deles era portadora de imortalidade, e por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens, porque Deus, que os provou, achou-os dignos de si. Ele os provou como ouro na fornalha, e os acolheu como holocausto. No dia de sua visita, eles se reanimarão, e correrão como centelhas na palha. Eles julgarão as nações e dominarão os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre.

Evangelho (Lc 21,9-19)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim. Disse-lhes também: Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu. Mas, antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim. Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho. Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa, porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários. Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. Sereis odiados por todos por causa do meu nome. Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação. 

Carta Encíclica Humani Generis- Pio XII

Publicamos o texto integral editado e corrigido da Encíclica Humani Generis, do Papa Pio XII, que trata de opiniões falsas que ameaçam a Fé Católica na modernidade.

Boa leitura!

Liturgia Diária- 05/09/2017

SÃO LOURENÇO JUSTINIANO, Bispo e Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa “Statuit”

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De família ilustre, foi um bispo veneziano no século XV. Entrou para a Congregação dos Cônegos Regulares e aos 26 anos já era sacerdote. Logo foi eleito superior da Ordem de São Jorge. Foi sagrado bispo de Veneza por Eugênio IV. Era um homem de vida simples e abnegada, respeitoso, cordial e seguro do significado da sua missão.

Fundou dezenas de mosteiros e numerosas igrejas. Certa vez, foi atacado por um tumor na garganta, e teve que se submeter a diversas intervenções cirúrgicas rudimentares, sem anestesia ou queimar com ferro em brasa, mas ele suportava mesmo com humor, animando os médicos que o tratavam. Sua humildade era imensa, tanto no convento fazendo os trabalhos mais modestos, como no serviço aos doentes. Escreveu muitos livros sobre espiritualidade. Aos 74 anos escreveu o seu último livro, vindo a falecer logo depois em 1456. Lourenço quer dizer “aquele que é adornado com louro”, “aquele que é vitorioso”.

LEITURAS

Leitura (Eclo 44,16-27;45,3-20)

Leitura do livro do Eclesiástico. 

Eis o grande sacerdote que nos dias de sua vida agradou a Deus e foi considerado Justo; no tempo da ira tornou-se a reconciliação dos homens. Ninguém o igualou na observância das leis do Altíssimo. Por isso jurou que o havia de glorificar em sua descendência. Abençoou nele todas as nações e confirmou sua aliança sobre sua cabeça. Distinguiu-o com as suas bençãos; conservou-lhe a sua misericórdia e ele achou graça diante do Senhor. Enalteceu-o diante dos reis e deu-lhe uma coroa de glória. Fez com ele uma aliança eterna; deu-lhe o sumo sacerdócio, e encheu-o de felicidade na glória,  para exercer o sacerdócio e, cantar louvores a seu Nome, e oferecer-Lhe dignamente incenso de agradável odor.

Evangelho (Mt 25, 14-23)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos essa parábola: O reino dos céus é como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens. A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu.Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco.Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois. Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor. Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas. O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: – Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.’ Disse-lhe seu senhor: – Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: – Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei. Disse-lhe seu senhor: – Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor.

 

Carta Encíclica Doctoris Angelici- São Pio X

Publicamos o texto integral, editado e corrigido da Encíclica Doctoris Angelici de São Pio X, que trata do estudo da doutrina de São Tomás de Aquino. Boa leitura!

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Liturgia Diária- 28/08/2017

SANTO AGOSTINHO, Bispo, Confessor e Doutor

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Celebramos neste dia a memória do grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de Deus.

Aconteceu que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.

Com a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória, os profundos e famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.

O seu processo de conversão recebeu um “empurrão” quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite: “Toma e lê”, e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por Jesus: “…revesti-vos do Senhor Jesus Cristo…não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências”.

Santo Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio. Depois de “perder” sua mãe, voltou para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade. Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo, sábio, apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade.


Páginas 1253 a 1256 do Missal Quotidiano.


LEITURAS

Epístola (II Tim 4, 1-8)

Leitura da Epístola de São Paulo apóstolo a Timóteo.

Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino: prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir. Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério. Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.

Evangelho (Mt 5, 13-19)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus. 

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus”.

Carta Encíclica Aeterni Patris- S.S. Leão XIII

Publicamos o texto integral da Carta Encíclica Aeterni Patris, do Papa Leão XIII, que trata da Restauração da Filosofia conforme São Tomás de Aquino.

Boa leitura!

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Liturgia Diária- 22/08/2017

FESTA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

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Depois de ter em plena guerra consagrado o gênero humano ao imaculado coração de Maria para o colocar por esse modo por debaixo da particular proteção da Mãe do Salvador, S. Santidade Pio XII decretou que em 1944 que todos os anos se celebrasse doravante na Igreja inteira uma festa especial em honra de Coração Imaculado no dia 22 de Agosto.

É já antiga a devoção ao Coração Imaculado de Nossa Senhora. No século XVII propagou-a muito São João Eudes juntamente com a do Sagrado Coração de jesus. No século XIX o Papa Pio VII e Pio IX concederam as várias Igrejas particulares uma festa “do Coração Puríssimo de Maria”, fixada primeiramente no domingo depois da Assunção e mais tarde no sábado que se segue a festa do Sagrado Coração. Pio XII transferiu-a para 22 de Agosto e designou como principal intenção pedir, por intercessão da Santíssima Virgem, a “paz para os povos, a liberdade da Igreja, a conversão dos pecadores, o amor da pureza, e prática da virtude” (decreto de 4 de maio de 1944).


Páginas 1240 a 1243 do Missal Quotidiano.


LEITURAS

Leitura (Eclo 24, 23-31)

Leitura do Livro de Sabedoria.

Naqueles dias: Cresci como a vinha de frutos de agradável odor, e minhas flores são frutos de glória e abundância. Sou a mãe do puro amor, do temor (de Deus), da ciência e da santa esperança, em mim se acha toda a graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da vida e da virtude. Vinde a mim todos os que me desejais com ardor, e enchei-vos de meus frutos; pois meu espírito é mais doce do que o mel, e minha posse mais suave que o favo de mel. A memória de meu nome durará por toda a série dos séculos. Aqueles que me comem terão ainda fome, e aqueles que me bebem terão ainda sede. Aquele que me ouve não será humilhado, e os que agem por mim não pecarão. Aqueles que me tornam conhecida terão a vida eterna.

Evangelho (Lc 19, 25-27)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas. 

Naquele tempo: Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.

Liturgia Diária- 19/08/2017

SÃO JOÃO EUDES, Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa “Os justi” com coleta própria

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O santo deste dia foi definido por São Pio X como “autor, pai, doutor, apóstolo, promotor e propagandista da devoção litúrgica aos sagrados Corações de Jesus e Maria”. São João Eudes nasceu na Normandia, em 1601, num tempo em que o século XVII estava sendo marcado pelo jansenismo, quietismo e filosofismo.

Ao viver numa família religiosa, João estranhou quando externando seu desejo de consagrar-se a Deus encontrou barreiras com o seu pai, que não foram maiores do que o chamado do Senhor, por isto com 24 anos estava sendo ordenado Sacerdote. Homem de Deus, soube colher e promover os frutos do Espírito para a época, tanto assim que foi importantíssimo para a renovação e formação do Clero, evangelização das massas rurais e difusão da espiritualidade centrada nos Corações de Jesus e de Maria, a qual venceu com o amor afetivo de Deus as friezas e tentações da época.

São João Eudes com suas inúmeras missões e escritos influenciou fortemente todo o seu país e o mundo cristão. Depois de fundar a Congregação de Jesus e Maria (Eudistas), ao lado do ramo feminino chamada Refúgio de Nossa Senhora da Caridade, São João Eudes entrou no Céu em 1680 e foi canonizado em 1925.

LEITURAS

Leitura (Eclo 31,8-11)

Bem-aventurado o rico que foi achado sem mácula, que não correu atrás do ouro, que não colocou sua esperança no dinheiro e nos tesouros! Quem é esse homem para que o felicitemos? Ele fez prodígios durante sua vida. Àquele que foi tentado pelo ouro e foi encontrado perfeito, está reservada uma glória eterna: ele podia transgredir a lei e não a violou; ele podia fazer o mal e não o fez. Por isso seus bens serão fortalecidos no Senhor, e toda a assembléia dos santos louvará suas esmolas.

Evangelho (Lc 12, 35-40)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Estejam cingidos os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas. Sede semelhantes a homens que esperam o seu senhor, ao voltar de uma festa, para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. Bem-aventurados os servos a quem o senhor achar vigiando, quando vier! Em verdade vos digo: cingir-se-á, fá-los-á sentar à mesa e servi-los-á. Se vier na segunda ou se vier na terceira vigília e os achar vigilantes, felizes daqueles servos! Sabei, porém, isto: se o senhor soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria sem dúvida e não deixaria forçar a sua casa. Estai, pois, preparados, porque, à hora em que não pensais, virá o Filho do Homem.

Liturgia Diária- 17/08/2017

SÃO JACINTO,Confessor

Festa de 3ª Classe- Missa “Os justi”

São Jacinto, vitral da igreja de Santo Dominigo, Washington, D.C.

São Jacinto nasceu no ano de 1183 em Cracóvia (Polônia) e chamava-se Jacó. Com o apoio da família, ingressou para a vida religiosa tendo conhecido São Domingos de Gusmão em Roma no ano de 1221. Desta forma, passou a fazer parte da Família Dominicana. Os Dominicanos, por sua vez, deram-lhe o nome de Frei Jacinto.

Documentos seguros indicam-nos que era pregador em Cracóvia, em 1228, no convento da Santíssima Trindade, e que pregava a cruzada contra os Prussianos em 1238. Morreu a 15 de agosto de 1257.

Era parente do Bispo de Cracóvia e durante a sua vida foram fundados os conventos de Breslau, Sandomir e Dantziga. Em 1228, a partir do capítulo geral dominicano de Paris, Jacinto juntamente com outros dominicanos foram transferidos para Rússia, onde sua evangelização atingiu também os Balcãs, a Prússia e a Lituânia. Substituíram os Cistercienses, menos bem preparados. Mas os Tártaros, em 1241 e 42, destruíram numerosos conventos e fizeram muitos mártires.

Depois da passagem deles, a obra apostólica foi retomada e Jacinto retornou à Cracóvia. Jacinto é considerado o apóstolo da Polônia. Desde 1260, três anos após sua morte, o seu túmulo atraía peregrinos. O culto dele abrangeu toda a Polônia. Foi canonizado pelo Papa Clemente VIII, em 1594.

LEITURAS

Leitura (Eclo 31,8-11)

Bem-aventurado o rico que foi achado sem mácula, que não correu atrás do ouro, que não colocou sua esperança no dinheiro e nos tesouros! Quem é esse homem para que o felicitemos? Ele fez prodígios durante sua vida. Àquele que foi tentado pelo ouro e foi encontrado perfeito, está reservada uma glória eterna: ele podia transgredir a lei e não a violou; ele podia fazer o mal e não o fez. Por isso seus bens serão fortalecidos no Senhor, e toda a assembléia dos santos louvará suas esmolas.

Evangelho (Lc 12, 35-40)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Estejam cingidos os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas. Sede semelhantes a homens que esperam o seu senhor, ao voltar de uma festa, para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. Bem-aventurados os servos a quem o senhor achar vigiando, quando vier! Em verdade vos digo: cingir-se-á, fá-los-á sentar à mesa e servi-los-á. Se vier na segunda ou se vier na terceira vigília e os achar vigilantes, felizes daqueles servos! Sabei, porém, isto: se o senhor soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria sem dúvida e não deixaria forçar a sua casa. Estai, pois, preparados, porque, à hora em que não pensais, virá o Filho do Homem.

 

[Aviso] Aula de Formação- 26/08

Convidamos a todos para a Aula de Formação a ser realizada no dia 26 de agosto, último sábado do mês:

Tema: Provas bíblicas da Primazia de Pedro;

Horário: 18:00 horas;

Local: Sede da Irmandade do Carmo (Av. Mauá, 148, Bom Jesus).

Decreto Lamentabili Sine Exitu- São Pio X

Publicamos, o texto integral, editado e corrigido do Decreto Lamentabili, conhecido pela condenação de algumas sentenças modernas. Nesse sentido, é apresentado um rol, que, após a redação e aprovação da Sagrada Inquisição Romana e Universal (atual Congregação para a Doutrina da Fé), foi ratificado pelo Papa São Pio X.

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Liturgia Diária- 16/08/2017

SÃO JOAQUIM, Pai da Santíssima Virgem

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

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Para associar São Joaquim ao triunfo da sua filha bendita, a Santa Mãe Igreja transferiu a festa, que outrora vinha no calendário no dia 20 de Março, para o dia 16 de Agosto, logo depois da Festa da Assunção. Leão XIII, que no batismo recebera o nome do Santo, elevou-lhe a festa, como também a de Sant’Ana, em 1879. As obras divinas tem sempre sua preparação providencial. Joaquim quer dizer “preparação do Senhor”, nome sem dúvida predestinado para aquele que deveria ser o Pai da Mãe do Salvador. Louvemos este varão glorioso pela sua descendência, e veneremos nele o justo do Antigo Testamento, neles que nos recorda esses homens admiráveis ue passaram a vida esperando e preparando a vinda do Redentor.


Páginas 1234 a 1236 do Missal Quotidiano.


LEITURAS

Leitura (Eclo 31,8-11  )

Leitura do Livro da Sabedoria.
 
Bem-aventurado o homem que foi achado sem mácula, que não correu atrás do ouro, que não colocou sua esperança no dinheiro e nos tesouros! Quem é esse homem para que o felicitemos? Ele fez prodígios durante sua vida. Àquele que foi tentado pelo ouro e foi encontrado perfeito, está reservada uma glória eterna: ele podia transgredir a lei e não a violou; ele podia fazer o mal e não o fez. Por isso seus bens serão fortalecidos no Senhor, e toda a assembléia dos santos louvará suas esmolas

Evangelho (Mt 1,1-16)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus.

Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou Isaac. Isaac gerou Jacó. Jacó gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara. Farés gerou Esron. Esron gerou Arão. Arão gerou Aminadab. Aminadab gerou Naasson. Naasson gerou Salmon. Salmon gerou Booz, de Raab. Booz gerou Obed, de Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi. O rei Davi gerou Salomão, daquela que fora mulher de Urias. Salomão gerou Roboão. Roboão gerou Abias. Abias gerou Asa. Asa gerou Josafá. Josafá gerou Jorão. Jorão gerou Ozias. Ozias gerou Joatão. Joatão gerou Acaz. Acaz gerou Ezequias. Ezequias gerou Manassés. Manassés gerou Amon. Amon gerou Josias. osias gerou Jeconias e seus irmãos, no cativeiro de Babilônia. E, depois do cativeiro de Babilônia, Jeconias gerou Salatiel. Salatiel gerou Zorobabel. Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliacim. Eliacim gerou Azor. Azor gerou Sadoc. Sadoc gerou Aquim. Aquim gerou Eliud. Eliud gerou Eleazar. Eleazar gerou Matã. Matã gerou Jacó. Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.

Liturgia Diária- 15/08/2017

FESTA DA ASSUNÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA

Festa de 1ª Classe- Missa Própria

O Senhor só esteve três dias no sepulcro, logo ressuscitou e subiu aos Céus. A morte da Senhora mais parece como um sono breve. E é por isso que chamamos de “dormitio” dormição. Antes de a corrupção lhe poder tocar o corpo imaculado, Deus a ressuscitou-a e glorificou-a nos Céus. A dormição, ressurreição e assunção da Virgem Santíssima o tríplice objeto da festa de hoje. Não tendo o pecado penetrado nunca na sua alma puríssima, era conveniente que o seu corpo, isento de toda mancha e do qual o Verbo se dignou encarnar, não chegasse a sofrer a corrupção do túmulo.

A 1º de novembro de 1950, o Santo Padre Pio XII definiu o dogma da Assunção da Santíssima Virgem Maria. Proclamava assim solenemente que a crença segundo a qual Maria, ao fim da sua vida terrestre, foi leva em corpo e alma a glória do Céu, faz realmente parte do depósito da fé, recebido dos Apóstolos. “Bendita entre todas as mulheres”, em razão de sua maternidade divina, a Virgem Imaculada, que desde a sua conceição tivera o privilégio de ser isenta do pecado original, não devia conhecer a corrupção do túmulo.

Para evitar qualquer dado impreciso, o Papa absteve-se inteiramente de determinar o modo e as circunstâncias de tempo e lugar em que a Assunção deveria ter-se realizado: somente o fato da Assunção, em corpo e alma, à glória ao Céu, constitui objeto da definição.

Na liturgia encontra-se o culto da Assunção desde o século VI no Oriente. Em Jerusalém, comportava uma procissão ao túmulo da Virgem. Esta procissão estendeu-se a Constantinopla. Em Roma, do século VII ao XVI constituía uma das “procissões ladainhas” e tinha lugar na basílica de Santa Maria Maior.


Páginas 1230 a 1233 do Missal Quotidiano.


LEITURAS

Leitura (Jd 13, 22-25 e 15,10)

Leitura do Livro de Judite .

O Senhor te abençoou com o seu poder, porque ele por ti aniquilou os nossos inimigos. Ozias, príncipe do povo de Israel, acrescentou: Minha filha, tu és bendita do Senhor Deus altíssimo, mais que todas as mulheres da terra. Bendito seja o Senhor, criador do céu e da terra, que te guiou para cortar a cabeça de nosso maior inimigo! Ele deu neste dia tanta glória ao teu nome, que nunca o teu louvor cessará de ser celebrado pelos homens, que se lembrarão eternamente do poder do Senhor. Ante os sofrimentos e a angústia de teu povo, não poupaste a tua vida, mas salvaste-nos da ruína, em presença de nosso Deus. Quando ela lhes veio ao encontro, abençoaram-na todos a uma só voz, dizendo: Tu és a glória de Jerusalém; Tu és a alegria de Israel, tu és a honra de nosso povo.

Evangelho (Lc 1, 41-50)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo: Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre. E de onde me vem a dita de que venha até a mim a mãe do meu Senhor? Eis que, logo que me soou aos ouvidos a voz da tua saudação, exultou de alegria o menino no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditaste; porque se cumprirão em ti as coisas que te foram ditas da parte do Senhor. Então Maria disse: A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se exulta em Deus meu Salvador. Porque olhou para a humildade de sua serva, eis que por isso me proclamarão bem-aventurada todas as gerações. Porque fez em mim grandes coisas o Onipotente, e santo é seu nome. E a sua misericórdia se estende de geração e geração sobre todos os que o temem.

 

Liturgia Diária- 14/08/2017

VIGÍLIA DA ASSUNÇÃO

Vigília de 2ª Classe- Missa Própria

O Senhor esteve apenas três dias no sepulcro, logo ressuscitou e subiu aos Céus. A morte da Senhora mais parece também um sono breve. E é por isso que lhe chamam “dormitio” dormição. Antes da corrupção poder lhe tocar o corpo imaculado, Deus a ressuscitou e a glorificou nos Céus. A dormição, ressurreição e assunção da Virgem Santíssima formam o trópece objeto da festa de amanhã. Não tendo o pecado tocado nunca em sua alma puríssima, era conveniente que seu corpo santo fosse isento a mancha do qual o verbo se dignou encarnar, não chegando assim a sofre a corrupção no túmulo.

LEITURAS

Epístola (Eclo 24, 23-31)

Leitura do Livro de Sabedoria.

Cresci como a vinha de frutos de agradável odor, e minhas flores são frutos de glória e abundância. Sou a mãe do puro amor, do temor (de Deus), da ciência e da santa esperança, em mim se acha toda a graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da vida e da virtude. Vinde a mim todos os que me desejais com ardor, e enchei-vos de meus frutos; pois meu espírito é mais doce do que o mel, e minha posse mais suave que o favo de mel. A memória de meu nome durará por toda a série dos séculos. Aqueles que me comem terão ainda fome, e aqueles que me bebem terão ainda sede. Aquele que me ouve não será humilhado, e os que agem por mim não pecarão. Aqueles que me tornam conhecida terão a vida eterna.

Evangelho (Lc 2, 27-28)

Sequência do Santo Evangelho  segundo Lucas. 

Naquele tempo, estando Jesus a falar à multidão, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram! Mas Jesus replicou: Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!

Liturgia Diária- 12/08/2017

SANTA CLARA DE ASSIS, Virgem

Festa de 3ª Classe- Missa “Dilexisti”, com orações próprias

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De família rica, resolveu fugir de casa aos 19 anos de idade para se consagrar a Deus, já que seus pais eram contra tal vocação. Na noite de 18 de março de 1212, apresentou-se na pequena igreja de Santa Maria dos Anjos, onde são Francisco e seus frades a aguardavam. Cortaram-lhe seus lindos cabelos e daneram-lhe um grosseiro hábito de lã crua para vestir.

Nessa noite, Clara fez votos de pobreza, castidade e obediência. São Francisco a levou a um mosteiro beneditino e, mais tarde, para o paupérrimo mosteiro de São Damião, onde se abrigavam monjas. Mais tarde, sua mãe e suas irmãs, Ortolana e Beatriz seguiram o mesmo caminho. Deu-se início então às Clarissas, que têm como princípio viver o ideal franciscano de pobreza e hoje somam cerca de 19 mil religiosas, espalhadas por todo o mundo.

Certa vez, São Francisco pediu que Clara rezasse a Deus para que ele soubesse o que mais lhe agradava: dedicar-se à oração ou à pregação. Depois de muita oração, segundo contam os Fioretti, Cristo disse a Clara que Francisco deveria orar mas peregrinar, pois não foi só a ele que escolheu, mas também a outros que deveriam conhecer a Palavra Divina.

Francisco morreu em 1226. Clara conseguiu que seu corpo fosse introduzido na clausura para que as Clarissas pudessem contemplá-lo. Certo dia, Clara teve o privilégio de ver, projetadas nas paredes da cela sem enfeites, as imagens do santo e os ritos das solenes funções que se desenvolviam em Santa Maria dos Anjos.

Devido a essas visões que Clara teve, recebeu o título de protetora da televisão. Viveu mais 27 anos após a morte de Francisco. Dois anos depois de sua morte em 1253, Clara foi canonizada.

LEITURAS

Epístola (II Cor 10, 17-18; 11, 1-2)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Coríntios.

Irmãos: quem se gloria, glorie-se no Senhor. Pois merece a aprovação não aquele que se recomenda a si mesmo, mas aquele que o Senhor recomenda.  Oxalá suportásseis um pouco de loucura de minha parte! Oh, sim! Tolerai-me. Eu vos consagro um carinho e amor santo, porque vos desposei com um esposo único e vos apresentei a Cristo como virgem pura.

Evangelho (Mt 25, 1-13)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus. 

Naquele tempo, disse Jesus a Seus discípulos: o Reino dos céus é semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes. Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo. As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas. Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro. E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós. Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta. Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.

 

Liturgia Diária- 11/08/2017

SÃO TIBÚRCIO E SANTA SUSANA, Mártires

Comemoração- Missa comum do domingo com orações próprias

tiburcioSÃO TIBÚRCIO, filho de Cromácio, prefeito de Roma, foi traído por seu falso irmão Torquato, a quem ele repreendia por cuidar demasiadamente dos cabelos, de comer e beber demais e de preferir a companhia das mulheres a ir às Matinas (Acta S. Sebastiani, cap. 21; PL 17, 1053-1054). Tibúrcio foi condenado pelo juiz a caminhar sobre brasas, antes de ser decapitado em 304. Foi sepultado em Roma, na terceira milha da Via Labicana, no Cemitério “ad Duas Lauros“. Seus louvores foram celebrados pelo Papa São Damásio.

Escreve o Beato Pedro Fabro:

“Na festa de São Tibúrcio e Santa Susana, considerei como São Tibúrcio repreendeu, com tanto fervor de espírito, a Torquato porque seguia desejos carnais, em que se deleitava, e não se gloriava senão da própria sensualidade, querendo agradar aos outros, principalmente as mulheres. Veio-me com isso certo desejo de rogar a São Tibúrcio que, com suas orações, me impetrasse a graça perfeita de nunca desejar agradar-me nem gloriar-me a mim mesmo ou agradar aos outros, nem me comprazer senão em Deus somente. É necessário comparecer ante seu rosto, de modo que só agrademos a Ele e aos seus Santos que estão na glória”. (Memorial do Beato Pedro Fabro, de Armandao Cardoso, Edições Loyola, 1995, p. 52)

SANTA SUSANA virgem e mártir. Diz-se que a filha de um sacerdote sábio chamado Gabino e
da sobrinha do Papa 08-11 b. Santa Susana de RomaCaio. Era tão bela e encantadora como sua erudição se igualou à de seu pai. O imperador Diocleciano, que estava à procura de uma esposa para seu enteado Maximiano ouvido muitos elogios de Susan, mandou Claudius, um tio da menina que trabalhava no tribunal, dizendo que ele queria se casar com Susana Gabino Maximiano. Mas, como Susana soube da homenagem que distingue o imperador, disse que era a noiva de Cristo e não podia aceitar outro marido. Seu tio Cláudio, contudo, foi visitá-la e cumprimentou-a com um beijo e viu que Susana estava relutante em aceitá-lo, ele explicou que era um show simples de afeto. Ela respondeu: “O que me enoja não é o beijo, mas sua boca, profanado por sacrifícios aos ídolos.” Claude disse: “Como eu posso limpar minha boca?” “Arrependei-vos e sejam batizados”, foi a resposta.
Atitude de Susana em matéria de casamento com Maximiano, tão impressionado Cláudio, que foi instruído e foi batizado junto com sua esposa, Prepedigna, e seus dois filhos. Então, ele libertou seus escravos e repartiu sua propriedade entre os pobres. Como Claudio não voltara ao tribunal Diocleciano mandou seu irmão Max, outro cortesão, para encontrar a resposta a Susana e perguntar sobre a saúde de Cláudio, que se sentia doente. Máximo Claudio encontrado amplamente consumida pela penitência, e ele comunicou a decisão de Susana. Eles foram juntos visitar a menina e, em seguida, discutiu o assunto com Gabino e St. Papa Caio. Os dois irmãos perceberam que não tinha o direito de desviar Susana de sua vocação, apesar do perigo que este coloque toda a família. Maximus também recebeu o batismo e distribuiu seus bens aos pobres. Quando Diocleciano tomou conhecimento da decisão de Susanna e a conversão dos dois irmãos, ficou furioso e deu permissão para um de seus favoritos, chamado Julian, que queria vingar-se deles, para prender todos os membros da família e fazer o que eles queriam.
Temendo talvez se arrependam Diocleciano, Julian condenada a ser transferidos imediatamente para Máximo e Cláudio e esposa e os filhos deste último para Cumas, onde ele ordenou que fossem queimados vivos e suas cinzas jogadas no mar. Santa Susana e seu pai foram decapitados em casa em seu palácio, por volta do ano 295.

LEITURAS

Epístola (ICor 10, 6-13)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Coríntios.

Irmãos: Não cobicemos coisas más, como eles [os nossos pais, no deserto] as cobiçaram. Nem vos torneis idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo sentou-se para comer e para beber, e depois levantou-se para se divertir (Ex 32,6). Nem nos entreguemos à impureza como alguns deles se entregaram, e morreram num só dia vinte e três mil. Nem tentemos o Senhor, como alguns deles o tentaram, e pereceram mordidos pelas serpentes. Nem murmureis, como murmuraram alguns deles, e foram mortos pelo exterminador. Todas estas desgraças lhes aconteceram para nosso exemplo; foram escritas para advertência nossa, para nós que tocamos o final dos tempos. Portanto, quem pensa estar de pé veja que não caia. Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela.

Evangelho (Lc 19, 41-47)

Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele Tempo: Aproximando-se Jesus de Jerusalém, ao ver a cidade, chorou sobre ela dizendo: Se ao menos neste dia, que te é dado, tu conhecesses ainda o que te pode te trazer a paz! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque virão para ti dias em que teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te apertarão por terra a ti e teus filhos, que estão dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra; porque não conheceste o tempo da tua visita. E, tendo entrado no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam nele, dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é uma casa de oração; e vós fizeste dela um covil de ladrões. E todos os dias ensinava no templo.

Liturgia Diária- 10/08/2017

SÃO LOURENÇO, Mártir

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

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São Lourenço foi o primeiro dos sete diáconos da Igreja e um dos santos mais venerados pela antiguidade cristã e pela idade Média.

Essa função fazia dele, depois do papa, (na época era Sisto II), o primeiro responsável pela Igreja. No auge da perseguição de Valeriano, o próprio pontífice foi preso e conduzido ao martírio e por esta razão concedeu a São Lourenço o encargo de distribuir tudo o que tinha aos pobres.

Quando o imperador impôs a Lourenço que entregasse todos os bens de que ouvira falar, este, num ato ousado, reuniu um grupo de indigentes, paupérrimos e os levou diante de Valeriano dizendo: “Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda a parte”.

Com tal frase, quis dizer que as almas valiam muito mais do que todo dinheiro, mesmo que ele lhes fosse também necessário. Seu martírio foi escolhido com crueldade maior que sua ousadia: foi assado vivo.

E ainda em meio ao sofrimento encontrou forças para dizer: Vire-me, que já estou bem assado deste lado. São Lourenço é um exemplo de fé inabalável. Sofreu o martírio em 258, na perseguição de Valeriano.

LEITURAS

Epístola (II Cor 9, 6-10)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Coríntios. 

Irmãos, aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará. Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda espécie de boas obras. Como está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça subsiste para sempre (Sl 111,9). Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para comer, vos dará rica sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça.

Evangelho (Jo 12, 24-26)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á; mas quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me quer servir, siga-me; e, onde eu estiver, estará ali também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará.

 

Decreto Quam Singulari- São Pio X

Publicamos o texto integral do conhecido Decreto de São Pio X sobre a idade para o acesso à Santíssima Eucaristia e à Confissão. Dá regras e expõe os motivos da decisão.  O ato é original da Sagrada Congregação para Disciplina dos Sacramentos (hoje Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos).