SETE DORES DE NOSSA SENHORA
Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Maria Santíssima deixa-se ficar de pé junto a cruz de Nosso Senhor, e, como predissera Simeão, “uma de dor atravessara-lhe a alma”. Impotente, vira seu filho nas angústias da morte e recolhera-lhe o último suspiro. A dor que lhe ferira, à beira da cruz, o seu coração maternal, merecera-lhe a palma do martírio. Celebrada já no século XVII com grande solenidade pelos servitas, a festa das sete dores de Maria, só em 1817 fora estendida a Igreja Universal, em memória dos sofrimentos que a Santa Igreja padecera na pessoa do Pontífice exilado e detido e depois restituído à liberdade por intercessão da Senhora.
Pio X elevou-a em 1908 a categoria de festa de segunda classe e em 1912 fixou-a a 15 de setembro, oitava da Natividade. Assim como a festa das Sete Dores no tempo da Paixão nos lembra a parte que Maria teve no sacrifício de Jesus, esta no tempo depois de Pentecostes diz-nos, e cuja a devoção as Dores de Maria aumentam nos tempos calamitosos que atravessa.
Páginas 1283 a 1289 do Missal Quotidiano.
Missa às 18:30 horas na Capela São Judas Tadeu.
LEITURAS
Leitura (Judite 13, 22 e 23-25)
Leitura do Livro de Judite.
O Senhor te abençoou com o seu poder, porque ele por ti aniquilou os nossos inimigos. Ozias, príncipe do povo de Israel, acrescentou: Minha filha, tu és bendita do Senhor Deus altíssimo, mais que todas as mulheres da terra. Bendito seja o Senhor, criador do céu e da terra, que te guiou para cortar a cabeça de nosso maior inimigo! Ele deu neste dia tanta glória ao teu nome, que nunca o teu louvor cessará de ser celebrado pelos homens, que se lembrarão eternamente do poder do Senhor. Ante os sofrimentos e a angústia de teu povo, não poupaste a tua vida, mas salvaste-nos da ruína, em presença de nosso Deus.
Sequência
De pé, a mãe dolorosa
junto da cruz, lacrimosa,
via o filho que pendia.
Na sua alma agoniada
enterrou-se a dura espada
de uma antiga profecia
Oh! Quão triste e quão aflita
entre todas, Mãe bendita,
que só tinha aquele Filho.
Quanta angústia não sentia,
Mãe piedosa quando via
as penas do Filho seu!
Quem não chora vendo isso:
contemplando a Mãe de Cristo
num suplício tão enorme?
Quem haverá que resista
se a Mãe assim se contrista
padecendo com seu Filho?
Por culpa de sua gente
Vira Jesus inocente
Ao flagelo submetido:
Vê agora o seu amado
pelo Pai abandonado,
entregando seu espírito.
Faze, ó Mãe, fonte de amor
que eu sinta o espinho da dor
para contigo chorar:
Faze arder meu coração
do Cristo Deus na paixão
para que o possa agradar.
Ó Santa Mãe dá-me isto,
trazer as chagas de Cristo
gravadas no coração:
Do teu filho que por mim
entrega-se a morte assim,
divide as penas comigo.
Oh! Dá-me enquanto viver
com Cristo compadecer
chorando sempre contigo.
Junto à cruz eu quero estar
quero o meu pranto juntar
Às lágrimas que derramas.
Virgem, que às virgens aclara,
não sejas comigo avara
dá-me contigo chorar.
Traga em mim do Cristo a morte,
da Paixão seja consorte,
suas chagas celebrando.
Por elas seja eu rasgado,
pela cruz inebriado,
pelo sangue de teu Filho!
No Julgamento consegue
que às chamas não seja entregue
quem por ti é defendido.
Quando do mundo eu partir
dai-me ó Cristo conseguir,
por vossa Mãe a vitória.
Quando meu corpo morrer
possa a alma merecer
do Reino Celeste, a glória. Amém.
Evangelho (João 19, 25-27)
Sequência do Santo Evangelho segundo João.
Naquele tempo: Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.