Liturgia Diária – 24/03/2023

SEXTA-FEIRA DA 4ª SEMANA DA QUARESMA

Féria de 3ª Classe – Missa própria, com comemoração de S. Gabriel, ArcanjoEstação em S. Eusébio

DIA DE ABSTINÊNCIA

A igreja estacionai estava situada no meio de um cemitério, fato que, provavelmente, influiu na escolha das Leituras de hoje.

Como ontem, vemos na Leitura e no Evangelho, a Deus e a Cristo, Senhor sobre a morte. Os batizandos e os penitentes estão mortos. Jesus Cristo lhes comunica a vida.

Sobre o santo: O grande mensageiro da Encarnação do Verbo Divino foi quem designou ao profeta Daniel, o tempo, a Zacarias, o nascimento do Precursor, e a Maria Santíssima, a sua escolha para Mãe do Redentor do mundo. Eis por que, na véspera da Anunciação, celebramos a festa deste Arcanjo.


Páginas 245 a 251 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Liturgia Diária – 11/02/2023

APARIÇÃO DA B.V. MARIA IMACULADA EM LOURDES

Festa de 3ª Classe – Missa Própria

Instrução sobre a Festa de hoje: clique aqui e confira

Celebra-se esta solenidade para comemorar a primeira aparição de Nossa Senhora a Bernadette Soubirous, em Lourdes. Nessa ocasião nasceu uma fonte milagrosa que atraiu inúmeros doentes, espalhando-se a sua fama no mundo inteiro. Como na aparição, N. Senhora se denominasse “a Imaculada” são estes dois pensamentos expressos repetidamente, na santa Missa.


Páginas 981 a 984 do Missal Quotidiano.


Missa rezada às 19:00 na Capela do Colégio Santo Tomás de Aquino.


Liturgia Diária – 19/01/2023

MISSA DA FÉRIA

4ª Classe – Missa do domingo, com comemoração dos Ss. Mário, Marta, Audíface e Abacum, Mártires e de S. Canuto

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.

Sobre os santos mártires: Mário, nobre persa, sua esposa e seus filhos, visitando os Cristãos presos no cárcere de Roma, foram detidos e martirizados. S. Canuto foi Rei da Dinamarca.


Páginas 99 a 103 e 934 a 937 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa rezada às 7:00 na Capela do Colégio Santo Tomás de Aquino.


Liturgia Diária – 18/01/2023

MISSA DA FÉRIA

4ª Classe – Missa do domingo, com comemoração de S. Prisca (ou Priscila), Virgem e Mártir

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.


Páginas 99 a 103 e 933 a 934 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa rezada às 19:00 na Capela do Colégio Santo Tomás de Aquino.


Liturgia Diária – 15/01/2023 – II Domingo depois da Epifania

Domingo de 2ª Classe – Missa Própria

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.


Páginas 99 a 103 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa cantada às 8:00 na Capela do Colégio Santo Tomás de Aquino.


Liturgia Diária – 08/01/2023 – Festa da Sagrada Família

Festa de 2ª Classe – Missa Própria

Com a Igreja fazemos hoje uma visita à casa de Nazaré. A Sagrada Família é um exemplo para a família cristã. Sigam os filhos o exemplo de Jesus, que era submisso a seus pais. O pai imite a S. José e a mãe veja em Maria Santíssima um modelo de esposa e mãe cujas virtudes encontramos na Epístola e no Evangelho. Para a execução de nossos propósitos, imploramos nas Orações as graças do Alto, e assim, também em nossas casas reinará a paz de Jesus Cristo.


Páginas 88 a 92 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa cantada às 8:00 na Capela do Colégio Santo Tomás de Aquino.


Liturgia Diária – 08/09/2022

NATIVIDADE DE N. SENHORA

Festa de 2ª Classe – Missa Própria, com comemoração de S. Adriano, Mártir

Maria é a Aurora que nos deu o Sol da Justiça. Destinada a ser Mãe do Salvador, foi ornada pelo Criador com as mais peregrinas virtudes. É o mais fiel espelho da própria santidade de Deus. Tabernáculo do Altíssimo, foi, desde a sua entrada no mundo, a mais santa de todas as criaturas. Se celebramos o nascimento de S. João Batista por sua santidade, com mais justeza ainda deve ser celebrado o natalício da Mãe Santíssima do Salvador do mundo.

No Introito saudamos a sua dignidade de Mãe de Deus. O louvor da Sabedoria incriada, que ouvimos na Epístola, é aplicado à Santíssima Virgem por causa de sua união íntima com o Filho de Deus, união esta, determinada no plano de Deus, desde toda a eternidade. No Evangelho passam diante de nós os antepassados de Maria, e pela Comunhão tomamos parte de sua grandeza, incarnando-se em nós o Verbo Divino.


Páginas 1271 a 1274 e 823 a 826 do Missal Quotidiano.


Liturgia Diária – 22/08/2022

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Festa de 2ª Classe – Missa própria, com comemoração dos Santos Timóteo, Hipólito (Bispo) e Sinforiano, Mártires

Esta festa foi aprovada para a Igreja universal no dia 1º de maio de 1945. 


Páginas 1240 e 1244 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Missa às 19:00 na Capela do Colégio Santo Tomás de Aquino.


Liturgia Diária – 15/08/2022 – Festa da Assunção de Nossa Senhora

Festa de 1ª Classe – Missa própria

Celebramos hoje a ·maior festa em honra de Nossa Senhora. É a comemoração da morte e da gloriosa Assunção de Maria Santíssima ao céu. Sendo crença comum da Igreja, desde a mais remota antiguidade cristã , foi no Ano Santo de 1950 solenemente proclamado dogma de fé que Nossa Senhora subiu corporalmente ao céu.

Alegramo-nos com a sua entrada triunfal no céu e coroação como Rainha dos Anjos e Santos. Estes diferentes aspectos da festa inspiraram os vários textos de que se compõe a Missa de hoje. Que sentido bem mais elevado tomaram as palavras da Epístola (aplicadas a Judite): “Tu és a glória de Jerusalém, tu a alegria de Israel, tu a honra do nosso povo”. Maria é a glória do céu e da terra, a alegria da Igreja universal, a honra incomparável do gênero humano. As palavras do Evangelho e da Communio: “… (Deus) me fez grandes coisas”. bem como as do salmo do Introito: ” … porque o Senhor operou maravilhas”, referem-se diretamente ao tema da festa. Poderá haver: privilégios maiores do que a Conceição Imaculada e a gloriosa Assunção em corpo e alma, como reza a Oração?

Comemorando devotamente tão sublime mistério, anima-nos a esperança segura de, como pedimos na Secreta e na Postcommunio, mais tarde participarmos também da glória celeste de Nossa Senhora, a saber depois da morte; quanto à alma, e apôs a ressurreição geral, também quanto ao corpo, confiados, ·sobretudo, na intercessão da Santíssima Virgem Maria.


Páginas 1230 a 1234 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa cantada às 18:00 na Capela do Colégio Santo Tomás de Aquino.


Liturgia Diária – 01/04/2022

SEXTA-FEIRA DA 4ª SEMANA DA QUARESMA

Féria de 3ª Classe – Missa própria – Estação em S. Eusébio

DIA DE ABSTINÊNCIA

A igreja estacionai estava situada no meio de um cemitério, fato que, provavelmente, influiu na escolha das Leituras de hoje.

Como ontem, vemos na Leitura e no Evangelho, a Deus e a Cristo, Senhor sobre a morte. Os batizandos e os penitentes estão mortos. Jesus Cristo lhes comunica a vida.


Páginas 245 a 251 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Liturgia Diária- 11/02/2022

APARIÇÃO DA B.V. MARIA IMACULADA EM LOURDES

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Celebra-se esta solenidade para comemorar a primeira aparição de Nossa Senhora a Bernadette Soubirous, em Lourdes. Nessa ocasião nasceu uma fonte milagrosa que atraiu inúmeros doentes, espalhando-se a sua fama no mundo inteiro. Como na aparição, N. Senhora se denominasse “a Imaculada” são estes dois pensamentos expressos repetidamente, na santa Missa.


Páginas 981 a 984 do Missal Quotidiano.


Instrução sobre a Festa de hoje: clique aqui e confira


Liturgia Diária- 19/01/2022

MISSA DA FÉRIA

4ª Classe- Missa do domingo, com comemoração dos Ss. Mário, Marta, Audíface e Abacum, Mártires e de S. Canuto

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.

Sobre os santos mártires: Mário, nobre persa, sua esposa e seus filhos, visitando os Cristãos presos no cárcere de Roma, foram detidos e martirizados. S. Canuto foi Rei da Dinamarca.


Páginas 99 a 103 e 934 a 937 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Liturgia Diária- 18/01/2022

MISSA DA FÉRIA

4ª Classe- Missa do domingo, com comemoração de S. Prisca (ou Priscila), Virgem e Mártir

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.


Páginas 99 a 103 e 933 a 934 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Liturgia Diária- II Domingo depois da Epifania

Domingo de 2ª Classe- Missa Própria

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.


Páginas 99 a 103 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa Cantada às 08 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária-Festa da Sagrada Família

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Com a Igreja fazemos hoje uma visita à casa de Nazaré. A Sagrada Família é um exemplo para a família cristã. Sigam os filhos o exemplo de Jesus, que era submisso a seus pais. O pai imite a S. José e a mãe veja em Maria Santíssima um modelo de esposa e mãe cujas virtudes encontramos na Epístola e no Evangelho. Para a execução de nossos propósitos, imploramos nas Orações as graças do Alto, e assim, também em nossas casas reinará a paz de Jesus Cristo.


Páginas 88 a 92 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa Cantada às 08 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária-Festa da Sagrada Família

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Com a Igreja fazemos hoje uma visita à casa de Nazaré. A Sagrada Família é um exemplo para a família cristã. Sigam os filhos o exemplo de Jesus, que era submisso a seus pais. O pai imite a S. José e a mãe veja em Maria Santíssima um modelo de esposa e mãe cujas virtudes encontramos na Epístola e no Evangelho. Para a execução de nossos propósitos, imploramos nas Orações as graças do Alto, e assim, também em nossas casas reinará a paz de Jesus Cristo.


Páginas 88 a 92 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa Cantada às 08 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 08/09/2021

NATIVIDADE DE N. SENHORA

Festa de 2ª Classe- Missa Própria, com comemoração de S. Adriano, Mártir

Maria é a Aurora que nos deu o Sol da Justiça. Destinada a ser Mãe do Salvador, foi ornada pelo Criador com as mais peregrinas virtudes. É o mais fiel espelho da própria santidade de Deus. Tabernáculo do Altíssimo, foi, desde a sua entrada no mundo, a mais santa de todas as criaturas. Se celebramos o nascimento de S. João Batista por sua santidade, com mais justeza ainda deve ser celebrado o natalício da Mãe Santíssima do Salvador do mundo.

No Introito saudamos a sua dignidade de Mãe de Deus. O louvor da Sabedoria incriada, que ouvimos na Epístola, é aplicado à Santíssima Virgem por causa de sua união íntima com o Filho de Deus, união esta, determinada no plano de Deus, desde toda a eternidade. No Evangelho passam diante de nós os antepassados de Maria, e pela Comunhão tomamos parte de sua grandeza, incarnando-se em nós o Verbo Divino.


Páginas 1271 a 1274 e 823 a 826 do Missal Quotidiano.


Liturgia Diária- XIII Domingo depois de Pentecostes

Domingo de 2ª Classe- Missa Própria, com comemoração da Festa do Imaculado Coração de Maria

Três pensamentos preparam-nos para a santa Missa de hoje: 1. A necessidade que temos do auxilio de deus. 2. A prontidão do auxilio divino. 3. A prova de que Deus nos auxilia. No Introito pedimos o auxílio em geral; na Oração, um aumento de fé, esperança e caridade, virtudes que, como sementes, foram pelo Batismo depostas em nossa alma, e que não se desenvolvem em nós sem a graça de Deus. Nossa súplica é baseada na Epístola que fala na fidelidade de Deus em suas promessas. Abraão é um exemplo de fé, esperança e caridade. A ele e seus descendentes dirigem-se as promessas de Deus. No Evangelho vemos como o Salvador prometido se desempenha de sua missão. E na santa Missa sabemos que Ele a continua no Sacrifício e no Sacramento, como nos mostram a Secreta, a Communio e a Postcommunio.

Sobre a festa: Esta festa foi aprovada para a Igreja universal no dia 1º de maio de 1945. Obs: Por cair no domingo, desta festa só se faz comemoração, visto que a liturgia dominical prevalece sobre todas as festas e férias de classe igual ou inferior a ela.


Páginas 648 a 651 e 1240 e 1244 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Liturgia Diária- Festa da Assunção de Nossa Senhora

Festa de 1ª Classe- Missa própria, com comemoração do XII Domingo depois de Pentecostes

Celebramos hoje a ·maior festa em honra de Nossa Senhora. É a comemoração da morte e da gloriosa Assunção de Maria Santíssima ao céu. Sendo crença comum da Igreja, desde a mais remota antiguidade cristã , foi no Ano Santo de 1950 solenemente proclamado dogma de fé que Nossa Senhora subiu corporalmente ao céu.

Alegramo-nos com a sua entrada triunfal no céu e coroação como Rainha dos Anjos e Santos. Estes diferentes aspectos da festa inspiraram os vários textos de que se compõe a Missa de hoje. Que sentido bem mais elevado tomaram as palavras da Epístola (aplicadas a Judite): “Tu és a glória de Jerusalém, tu a alegria de Israel, tu a honra do nosso povo”. Maria é a glória do céu e da terra, a alegria da Igreja universal, a honra incomparável do gênero humano. As palavras do Evangelho e da Communio: “… (Deus) me fez grandes coisas”. bem como as do salmo do Introito: ” … porque o Senhor operou maravilhas”, referem-se diretamente ao tema da festa. Poderá haver: privilégios maiores do que a Conceição Imaculada e a gloriosa Assunção em corpo e alma, como reza a Oração?

Comemorando devotamente tão sublime mistério, anima-nos a esperança segura de, como pedimos na Secreta e na Postcommunio, mais tarde participarmos também da glória celeste de Nossa Senhora, a saber depois da morte; quanto à alma, e apôs a ressurreição geral, também quanto ao corpo, confiados, ·sobretudo, na intercessão da Santíssima Virgem Maria.

Sobre a liturgia do domingo: Como Moisés aplacou outrora a ira de Deus contra o seu povo (Ofertório) assim e muito mais ainda, faz o novo Moisés — Jesus Cristo — para toda a humanidade. Feridos mortalmente, jazíamos à beira do caminho, incapazes de nos levantarmos, quando vem Jesus, o verdadeiro Samaritano, pensar e curar as nossas feridas (Evangelho). O Gradual que liga as duas Leituras é um hino de louvor e ação de graças, por causa das prerrogativas do Novo sobre o Antigo Testamento (Epístola). No Introito a humanidade decaída implora socorro. Também nas Orações pedimos o perdão e a proteção de Deus. O Versículo da Comunhão, como no domingo passado, garante-nos que a bênção de Deus e o seu auxílio nos vêm pelo Pão e peto Vinho (Eucaristia). Na santa Comunhão nos dá o Samaritano [Jesus] o Sangue do seu Coração, que nos fortalece para a vida eterna.


Páginas 1230 e 1234, 643 a 647 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


PRÓPRIO DO DIA

Introito (Ap 12, 1 |Sl 97,1) (Áudio)

Signum magnum appáruit in coelo: múlier amicta sole, et luna sub pédibus eius, et in cápite eius coróna stellárum duódecim. Ps. Cantáte Dómino cánticum novum: quóniam mirabília fecit. ℣. Glória Patri… Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. Sl. Cantai ao Senhor um cântico novo, porque operou maravilhas. ℣. Glória ao Pai…

Coleta

Omnípotens sempitérne Deus, qui Immaculátam Vírginem Maríam, Fílii tui genitrícem, córpore et ánima ad coeléstem glóriam assumpsísti: concéde, quǽsumus; ut, ad superna semper inténti, ipsíus glóriæ mereámur esse consórtes. Per eúndem D. N. Deus onipotente e sempiterno, que em corpo e alma assumistes à glória celeste a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, concedei, Vos rogamos, que, procurando sempre as coisas do alto, mereçamos ser participantes da sua glória. Pelo mesmo J.C.

2ª Coleta (do domingo)

Omnípotens et miséricors Deus, de cuius múnere venit, ut tibi a fidélibus tuis digne et laudabíliter serviátur: tríbue, quǽsumus, nobis; ut ad promissiónes tuas sine offensióne currámus. Per D.N. Ó Deus onipotente e misericordioso, que dais a vossos fiéis a graça de Vos oferecerem um culto digno e louvável, concedei, Vos pedimos, que, sem impedimento corramos ao encontro de vossas promessas. Por N. S.

Leitura (Judite 12, 22-25; 15, 10)

Léctio libri Judith.

Benedíxit te Dóminus in virtúte sua, quia per te ad níhilum redégit inimícos nostros. Benedícta es tu, fília, a Dómino Deo excelso, præ ómnibus muliéribus super terram. Benedíctus Dóminus, qui creávit coelum et terram, qui te direxit in vúlnera cápitis príncipis inimicórum nostrórum; quia hódie nomen tuum ita magnificávit, ut non recédat laus tua de ore hóminum, qui mémores fúerint virtútis Dómini in ætérnum, pro quibus non pepercísti ánimæ tuæ propter angústias et tribulatiónem géneris tui, sed subvenísti ruínæ ante conspéctum Dei nostri. Tu glória Ierúsalem, tu lætítia Israël, tu honorificéntia pópuli nostri.

Leitura do livro de Judite.

O Senhor te abençoou em sua fortaleza, porque, ele Por ti aniquilou os nossos inimigos. Ó filha, tu és bendita do Senhor Deus Altíssimo sobre todas as mulheres que há na terra. Bendito o Senhor que criou o céu e a terra, que te dirigiu para cortares a cabeça ao chefe dos nossos. inimigos. Porque, hoje engrandeceu o teu nome tanto, que nunca o teu louvor se apartará da boca dos que se lembrarem eternamente do poder do Senhor, por amor dos quais tu não poupaste a tua vida, ao ver as angústias e a tribulação do teu povo, mas, impediste a sua ruína na presença do nosso Deus. Tu és a glória de Jerusalém, tu a alegria de Israel, tu a honra do nosso povo.

Gradual (Sl 44, 11-12 e 14 | -) (Áudio)

Audi, fília, et vide, et inclína aurem tuam, et concupíscit rex decórem tuum. ℣. Omnis glória eius fíliæ Regis ab intus, in fímbriis áureis circumamícta varietátibus.

Allelúia, allelúia. ℣. Assumpta est María in coelum: gaudet exércitus Angelórum. Allelúia.

Ouve, filha, vê, escuta com atenção, e de tua beleza se encantará o rei. ℣. Toda formosa entra a filha do rei, recamadas de ouro são as suas vestes.

Aleluia, aleluia. ℣. Maria foi assunta ao céu alegra-se o exército dos Anjos. Aleluia.

Evangelho (Lc 1, 41-50)

Sequéntia sancti Evangélii secúndum Lucam.

In illo témpore: Repléta est Spíritu Sancto Elisabeth et exclamávit voce magna, et dixit: Benedícta tu inter mulíeres, et benedíctus fructus ventris tui. Et unde hoc mihi ut véniat mater Dómini mei ad me? Ecce enim ut facta est vox salutatiónis tuæ in áuribus meis, exsultávit in gáudio infans in útero meo. Et beáta, quæ credidísti, quóniam perficiéntur ea, quæ dicta sunt tibi a Dómino. Et ait María: Magníficat ánima mea Dóminum; et exsultávit spíritus meus in Deo salutári meo; quia respéxit humilitátem ancíllæ suæ, ecce enim ex hoc beátam me dicent omnes generatiónes. Quia fecit mihi magna qui potens est, et sanctum nomen eius, et misericórdia eius a progénie in progénies timéntibus eum. — CREDO…

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo, Isabel ficou repleta do Espírito Santo e exclamou em alta voz, dizendo: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Em que mereci eu que a mãe de meu Senhor viesse ter comigo? Pois, logo que a voz da tua saudação me soou ao ouvido, o menino exultou de prazer nas minhas entranhas. E bem-aventurada és tu, que acreditaste, porque se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas. Disse, então, Maria: Minha alma glorifica ao Senhor; e meu espírito rejubilou em Deus, meu Salvador; porque, pôs os olhos na humildade da sua serva; eis que desde agora me chamarão bem-aventurada todas as gerações! Porque me fez grandes coisas Aquele que é poderoso, e cujo nome é santo; a sua misericórdia vai de geração em geração, sobre os que O temem. — CREIO…

Ofertório (Gn 3, 15) (Áudio)

Inimicítias ponam inter te et mulíerem, et semen tuum et semen illíus. Porei inimizades entre ti e a mulher, e entre a tua posteridade e a posteridade dela.

Secreta

Ascéndat ad te, Dómine, nostræ devotiónis oblátio, et, beatíssima Vírgine María in coelum assumpta intercedénte, corda nostra, caritátis igne succénsa, ad te iúgiter ádspirent. Per D.N. Suba até Vós, Senhor, a oferta da nossa devoção, e pela intercessão da Santíssima Virgem Maria assunta ao céu, os nossos corações, acesos pelo fogo da caridade, a Vós aspirem. Por N.S.

2ª Secreta (do domingo)

Hóstias, quǽsumus, Dómine, propítius inténde, quas sacris altáribus exhibémus: ut, nobis indulgéntiam largiéndo, tuo nómini dent honórem. Per D. N. Atendei, Senhor, benignamente, ao Sacrifício que oferecemos sobre os santos altares, para que, alcançando-nos o perdão, ele honre o vosso Nome. Por N. S.

Prefácio (da Ssma. Virgem)

℣. Dóminus vobíscum.
℞. Et cum spíritu tuo.
℣. Sursum corda.
℞. Habémus ad Dóminum.
℣. Grátias agámus Dómino Deo nostro.
℞. Dignum et iustum est.
.
Vere dignum et justum est, æqum et salutáre, nos tibi semper, et ubique grátias ágere: Dómine sancte, Pater omnípotens, ætérne Deus. Et te in Assumptione beátæ Mariæ semper Vírginis collaudáre, benedícere, et prædicáre. Quæ et Unigénitum tuum Sancti Spíritus obumbratióne concépit, et virginitátis glória permanénte, lumen ætérnum mundo effúdit, Jesum Christum Dóminum nostrum. Per quem majestátem tuam laudant Angeli, adórant Dominatiónes, tremunt Potestátes coeli coelorúmque Virtútes, ac beáta Séraphim, sócia exsultatióne concélebrant. Cum quibus et nostras voces ut admitti júbeas deprecámur, súpplici confessióne dicéntes: Sanctus, Sanctus, Sanctus…
℣. O Senhor seja convosco.
℞. E com o vosso espírito,
℣. Para o alto os corações.
℞. Já os temos para o Senhor,
℣. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
℞. É digno e justo.
.
Verdadeiramente é digno e justo, razoável e salutar que, sempre e em todo o lugar, Vos demos graças, ó Senhor santo, Pai onipotente, eterno Deus. E que, na Assunção da Bem-aventurada sempre Virgem Maria, Vos louvemos, bendigamos e exaltemos. Por obra do Espírito Santo ela concebeu o vosso Unigênito, e permanecendo com a glória da virgindade, deu ao mundo a eterna Luz, Jesus Cristo, Nosso Senhor. Por Ele os Anjos louvam a vossa Majestade, as Dominações a adoram, tremem as Potestades. Os Céus, as Virtudes dos Céus e os bem-aventurados Serafins a celebram com recíproca alegria. As suas vozes, nós Vos rogamos, mandeis que. se unam as nossas, quando, em humilde confissão, Vos dizemos: Santo, Santo, Santo…

Comunhão (Lc 1, 48-49) (Áudio)

Beátam me dicent omnes generatiónes, quia fecit mihi magna qui potens est. Chamar-me-ão bem-aventurada todas as gerações, porque, me fez grandes coisas Aquele que é poderoso.

Pós-comunhão

Sumptis, Dómine, salutáribus sacraméntis: da, quǽsumus; ut, méritis et intercessióne beátæ Vírginis Maríæ in coelum assúmptæ, ad resurrectiónis glóriam perducámur. Per D. N. Tendo recebido, Senhor, os Sacramentos salutares, fazei, Vos pedimos, que, pelos méritos e pela intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria assunta ao céu, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por N. S. 

2ª Pós-comunhão (do domingo)

Vivíficet nos, quǽsumus, Dómine, huius participátio sancta mystérii: et páriter nobis expiatiónem tríbuat et múnimen. Per D.N. Fazei, Senhor, Vo-lo pedimos, que a santa participação neste Mistério nos vivifique e nos obtenha perdão e proteção ao mesmo tempo. Por N. S.
“Maria, levada até ao Céu, recebe, no seio da Santíssima Trindade, a coroa real, das mãos do seu Filho, no meio das aclamações da corte angélica”. (Dom Gaspar Lefebvre, 1963)

Traduções e comentários extraídos do Missal Quotidiano de D. Beda (1962).

Liturgia Diária- Vigília da Assunção de Nossa Senhora

2ª Classe- Missa própria, com comemoração de S. Eusébio, Confessor

DIA DE ABSTINÊNCIA

A Vigília é a preparação da festa.


Páginas 1227 e 1229 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Liturgia Diária- 11/02/2021

APARIÇÃO DA B.V. MARIA IMACULADA EM LOURDES

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Celebra-se esta solenidade para comemorar a primeira aparição de Nossa Senhora a Bernadette Soubirous, em Lourdes. Nessa ocasião nasceu uma fonte milagrosa que atraiu inúmeros doentes, espalhando-se a sua fama no mundo inteiro. Como na aparição, N. Senhora se denominasse “a Imaculada” são estes dois pensamentos expressos repetidamente, na santa Missa.


Páginas 981 a 984 do Missal Quotidiano.


Instrução sobre a Festa de hoje: clique aqui e confira


Liturgia Diária- 19/01/2021

MISSA DA FÉRIA

4ª Classe- Missa do domingo, com comemoração dos Ss. Mário, Marta, Audíface e Abacum, Mártires e de S. Canuto

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.

Sobre os santos mártires: Mário, nobre persa, sua esposa e seus filhos, visitando os Cristãos presos no cárcere de Roma, foram detidos e martirizados. S. Canuto foi Rei da Dinamarca.


Páginas 99 a 103 e 934 a 937 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa às 19 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 18/01/2021

MISSA DA FÉRIA

4ª Classe- Missa do domingo, com comemoração de S. Prisca (ou Priscila), Virgem e Mártir

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.


Páginas 99 a 103 e 933 a 934 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa às 19 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- II Domingo depois da Epifania

Domingo de 2ª Classe- Missa Própria

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.


Páginas 99 a 103 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa Rezada às 07:30 horas  e Missa Cantada às 09:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária-Festa da Sagrada Família

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Com a Igreja fazemos hoje uma visita à casa de Nazaré. A Sagrada Família é um exemplo para a família cristã. Sigam os filhos o exemplo de Jesus, que era submisso a seus pais. O pai imite a S. José e a mãe veja em Maria Santíssima um modelo de esposa e mãe cujas virtudes encontramos na Epístola e no Evangelho. Para a execução de nossos propósitos, imploramos nas Orações as graças do Alto, e assim, também em nossas casas reinará a paz de Jesus Cristo.


Páginas 88 a 92 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa Rezada às 07:30 horas  e Missa Cantada às 09:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 08/09/2020

NATIVIDADE DE N. SENHORA

Festa de 2ª Classe- Missa Própria, com comemoração de S. Adriano, Mártir

Maria é a Aurora que nos deu o Sol da Justiça. Destinada a ser Mãe do Salvador, foi ornada pelo Criador com as mais peregrinas virtudes. É o mais fiel espelho da própria santidade de Deus. Tabernáculo do Altíssimo, foi, desde a sua entrada no mundo, a mais santa de todas as criaturas. Se celebramos o nascimento de S. João Batista por sua santidade, com mais justeza ainda deve ser celebrado o natalício da Mãe Santíssima do Salvador do mundo.

No Introito saudamos a sua dignidade de Mãe de Deus. O louvor da Sabedoria incriada, que ouvimos na Epístola, é aplicado à Santíssima Virgem por causa de sua união íntima com o Filho de Deus, união esta, determinada no plano de Deus, desde toda a eternidade. No Evangelho passam diante de nós os antepassados de Maria, e pela Comunhão tomamos parte de sua grandeza, incarnando-se em nós o Verbo Divino.


Páginas 1271 a 1274 e 823 a 826 do Missal Quotidiano.


Missa às 07:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 22/08/2020

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Festa de 2ª Classe- Missa própria, com comemoração dos Santos Timóteo, Hipólito (Bispo) e Sinforiano, Mártires

Esta festa foi aprovada para a Igreja universal no dia 1º de maio de 1945. 


Páginas 1240 e 1244 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Missa às 07:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- Festa da Assunção de Nossa Senhora

Festa de 1ª Classe- Missa própria

Celebramos hoje a ·maior festa em honra de Nossa Senhora. É a comemoração da morte e da gloriosa Assunção de Maria Santíssima ao céu. Sendo crença comum da Igreja, desde a mais remota antiguidade cristã , foi no Ano Santo de 1950 solenemente proclamado dogma de fé que Nossa Senhora subiu corporalmente ao céu.

Alegramo-nos com a sua entrada triunfal no céu e coroação como Rainha dos Anjos e Santos. Estes diferentes aspectos da festa inspiraram os vários textos de que se compõe a Missa de hoje. Que sentido bem mais elevado tomaram as palavras da Epístola (aplicadas a Judite): “Tu és a glória de Jerusalém, tu a alegria de Israel, tu a honra do nosso povo”. Maria é a glória do céu e da terra, a alegria da Igreja universal, a honra incomparável do gênero humano. As palavras do Evangelho e da Communio: “… (Deus) me fez grandes coisas”. bem como as do salmo do Introito: ” … porque o Senhor operou maravilhas”, referem-se diretamente ao tema da festa. Poderá haver: privilégios maiores do que a Conceição Imaculada e a gloriosa Assunção em corpo e alma, como reza a Oração?

Comemorando devotamente tão sublime mistério, anima-nos a esperança segura de, como pedimos na Secreta e na Postcommunio, mais tarde participarmos também da glória celeste de Nossa Senhora, a saber depois da morte; quanto à alma, e apôs a ressurreição geral, também quanto ao corpo, confiados, ·sobretudo, na intercessão da Santíssima Virgem Maria.


Páginas 1230 e 1234 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Missa às 09:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


PRÓPRIO DO DIA

Introito (Ap 12, 1 |Sl 97,1) (Áudio)

Signum magnum appáruit in coelo: múlier amicta sole, et luna sub pédibus eius, et in cápite eius coróna stellárum duódecim. Ps. Cantáte Dómino cánticum novum: quóniam mirabília fecit. ℣. Glória Patri… Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. Sl. Cantai ao Senhor um cântico novo, porque operou maravilhas. ℣. Glória ao Pai…

Coleta

Omnípotens sempitérne Deus, qui Immaculátam Vírginem Maríam, Fílii tui genitrícem, córpore et ánima ad coeléstem glóriam assumpsísti: concéde, quǽsumus; ut, ad superna semper inténti, ipsíus glóriæ mereámur esse consórtes. Per eúndem D. N. Deus onipotente e sempiterno, que em corpo e alma assumistes à glória celeste a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, concedei, Vos rogamos, que, procurando sempre as coisas do alto, mereçamos ser participantes da sua glória. Pelo mesmo J.C.

Leitura (Judite 12, 22-25; 15, 10)

Léctio libri Judith.

Benedíxit te Dóminus in virtúte sua, quia per te ad níhilum redégit inimícos nostros. Benedícta es tu, fília, a Dómino Deo excelso, præ ómnibus muliéribus super terram. Benedíctus Dóminus, qui creávit coelum et terram, qui te direxit in vúlnera cápitis príncipis inimicórum nostrórum; quia hódie nomen tuum ita magnificávit, ut non recédat laus tua de ore hóminum, qui mémores fúerint virtútis Dómini in ætérnum, pro quibus non pepercísti ánimæ tuæ propter angústias et tribulatiónem géneris tui, sed subvenísti ruínæ ante conspéctum Dei nostri. Tu glória Ierúsalem, tu lætítia Israël, tu honorificéntia pópuli nostri.

Leitura do livro de Judite.

O Senhor te abençoou em sua fortaleza, porque, ele Por ti aniquilou os nossos inimigos. Ó filha, tu és bendita do Senhor Deus Altíssimo sobre todas as mulheres que há na terra. Bendito o Senhor que criou o céu e a terra, que te dirigiu para cortares a cabeça ao chefe dos nossos. inimigos. Porque, hoje engrandeceu o teu nome tanto, que nunca o teu louvor se apartará da boca dos que se lembrarem eternamente do poder do Senhor, por amor dos quais tu não poupaste a tua vida, ao ver as angústias e a tribulação do teu povo, mas, impediste a sua ruína na presença do nosso Deus. Tu és a glória de Jerusalém, tu a alegria de Israel, tu a honra do nosso povo.

Gradual (Sl 44, 11-12 e 14 | -) (Áudio)

Audi, fília, et vide, et inclína aurem tuam, et concupíscit rex decórem tuum. ℣. Omnis glória eius fíliæ Regis ab intus, in fímbriis áureis circumamícta varietátibus.

Allelúia, allelúia. ℣. Assumpta est María in coelum: gaudet exércitus Angelórum. Allelúia.

Ouve, filha, vê, escuta com atenção, e de tua beleza se encantará o rei. ℣. Toda formosa entra a filha do rei, recamadas de ouro são as suas vestes.

Aleluia, aleluia. ℣. Maria foi assunta ao céu alegra-se o exército dos Anjos. Aleluia.

Evangelho (Lc 1, 41-50)

Sequéntia sancti Evangélii secúndum Lucam.

In illo témpore: Repléta est Spíritu Sancto Elisabeth et exclamávit voce magna, et dixit: Benedícta tu inter mulíeres, et benedíctus fructus ventris tui. Et unde hoc mihi ut véniat mater Dómini mei ad me? Ecce enim ut facta est vox salutatiónis tuæ in áuribus meis, exsultávit in gáudio infans in útero meo. Et beáta, quæ credidísti, quóniam perficiéntur ea, quæ dicta sunt tibi a Dómino. Et ait María: Magníficat ánima mea Dóminum; et exsultávit spíritus meus in Deo salutári meo; quia respéxit humilitátem ancíllæ suæ, ecce enim ex hoc beátam me dicent omnes generatiónes. Quia fecit mihi magna qui potens est, et sanctum nomen eius, et misericórdia eius a progénie in progénies timéntibus eum. — CREDO…

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo, Isabel ficou repleta do Espírito Santo e exclamou em alta voz, dizendo: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Em que mereci eu que a mãe de meu Senhor viesse ter comigo? Pois, logo que a voz da tua saudação me soou ao ouvido, o menino exultou de prazer nas minhas entranhas. E bem-aventurada és tu, que acreditaste, porque se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas. Disse, então, Maria: Minha alma glorifica ao Senhor; e meu espírito rejubilou em Deus, meu Salvador; porque, pôs os olhos na humildade da sua serva; eis que desde agora me chamarão bem-aventurada todas as gerações! Porque me fez grandes coisas Aquele que é poderoso, e cujo nome é santo; a sua misericórdia vai de geração em geração, sobre os que O temem. — CREIO…

Ofertório (Gn 3, 15) (Áudio)

Inimicítias ponam inter te et mulíerem, et semen tuum et semen illíus. Porei inimizades entre ti e a mulher, e entre a tua posteridade e a posteridade dela.

Secreta

Ascéndat ad te, Dómine, nostræ devotiónis oblátio, et, beatíssima Vírgine María in coelum assumpta intercedénte, corda nostra, caritátis igne succénsa, ad te iúgiter ádspirent. Per D.N. Suba até Vós, Senhor, a oferta da nossa devoção, e pela intercessão da Santíssima Virgem Maria assunta ao céu, os nossos corações, acesos pelo fogo da caridade, a Vós aspirem. Por N.S.

Prefácio (da Ssma. Virgem)

℣. Dóminus vobíscum.
℞. Et cum spíritu tuo.
℣. Sursum corda.
℞. Habémus ad Dóminum.
℣. Grátias agámus Dómino Deo nostro.
℞. Dignum et iustum est.
.
Vere dignum et justum est, æqum et salutáre, nos tibi semper, et ubique grátias ágere: Dómine sancte, Pater omnípotens, ætérne Deus. Et te in Assumptione beátæ Mariæ semper Vírginis collaudáre, benedícere, et prædicáre. Quæ et Unigénitum tuum Sancti Spíritus obumbratióne concépit, et virginitátis glória permanénte, lumen ætérnum mundo effúdit, Jesum Christum Dóminum nostrum. Per quem majestátem tuam laudant Angeli, adórant Dominatiónes, tremunt Potestátes coeli coelorúmque Virtútes, ac beáta Séraphim, sócia exsultatióne concélebrant. Cum quibus et nostras voces ut admitti júbeas deprecámur, súpplici confessióne dicéntes: Sanctus, Sanctus, Sanctus…
℣. O Senhor seja convosco.
℞. E com o vosso espírito,
℣. Para o alto os corações.
℞. Já os temos para o Senhor,
℣. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
℞. É digno e justo.
.
Verdadeiramente é digno e justo, razoável e salutar que, sempre e em todo o lugar, Vos demos graças, ó Senhor santo, Pai onipotente, eterno Deus. E que, na Assunção da Bem-aventurada sempre Virgem Maria, Vos louvemos, bendigamos e exaltemos. Por obra do Espírito Santo ela concebeu o vosso Unigênito, e permanecendo com a glória da virgindade, deu ao mundo a eterna Luz, Jesus Cristo, Nosso Senhor. Por Ele os Anjos louvam a vossa Majestade, as Dominações a adoram, tremem as Potestades. Os Céus, as Virtudes dos Céus e os bem-aventurados Serafins a celebram com recíproca alegria. As suas vozes, nós Vos rogamos, mandeis que. se unam as nossas, quando, em humilde confissão, Vos dizemos: Santo, Santo, Santo…

Comunhão (Lc 1, 48-49) (Áudio)

Beátam me dicent omnes generatiónes, quia fecit mihi magna qui potens est. Chamar-me-ão bem-aventurada todas as gerações, porque, me fez grandes coisas Aquele que é poderoso.

Pós-comunhão

Sumptis, Dómine, salutáribus sacraméntis: da, quǽsumus; ut, méritis et intercessióne beátæ Vírginis Maríæ in coelum assúmptæ, ad resurrectiónis glóriam perducámur. Per D. N. Tendo recebido, Senhor, os Sacramentos salutares, fazei, Vos pedimos, que, pelos méritos e pela intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria assunta ao céu, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por N. S. 
“Maria, levada até ao Céu, recebe, no seio da Santíssima Trindade, a coroa real, das mãos do seu Filho, no meio das aclamações da corte angélica”. (Dom Gaspar Lefebvre, 1963)

Traduções e comentários extraídos do Missal Quotidiano de D. Beda (1962).

Liturgia Diária- Vigília da Assunção de Nossa Senhora

2ª Classe- Missa própria, com comemoração de S. Eusébio, Confessor

DIA DE ABSTINÊNCIA

A Vigília é a preparação da festa.


Páginas 1227 e 1229 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Missa às 07:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 27/03/2020

SEXTA-FEIRA DA 4ª SEMANA DA QUARESMA

Féria de 3ª Classe – Missa própria, com comemoração de S. João Damasceno, Confessor e Doutor – Estação em S. Eusébio

DIA DE ABSTINÊNCIA

A igreja estacionai estava situada no meio de um cemitério, fato que, provavelmente, influiu na escolha das Leituras de hoje.

Como ontem, vemos na Leitura e no Evangelho, a Deus e a Cristo, Senhor sobre a morte. Os batizandos e os penitentes estão mortos. Jesus Cristo lhes comunica a vida.

Sobre o santo: Nasceu em 700 em Damasco e distinguiu-se particularmente por sua defesa ao culto das sagradas imagens. Deus auxiliou e protegeu seu servo (Cânticos e Leitura), e tendo-lhe sido cortada a mão direita, foi milagrosamente curado (Evangelho e Cânticos). Foi elevado à dignidade de Doutor da Igreja por Leão XIII.


Páginas 245 a 251 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Liturgia Diária- 11/02/2020

APARIÇÃO DA B.V. MARIA IMACULADA EM LOURDES

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Celebra-se esta solenidade para comemorar a primeira aparição de Nossa Senhora a Bernadette Soubirous, em Lourdes. Nessa ocasião nasceu uma fonte milagrosa que atraiu inúmeros doentes, espalhando-se a sua fama no mundo inteiro. Como na aparição, N. Senhora se denominasse “a Imaculada” são estes dois pensamentos expressos repetidamente, na santa Missa.


Páginas 981 a 984 do Missal Quotidiano.


Instrução sobre a Festa de hoje: clique aqui e confira


Liturgia Diária- II Domingo depois da Epifania

Domingo de 2ª Classe- Missa Própria

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.


Páginas 99 a 103 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


SOMENTE Missa Cantada às 15:30 horas na Catedral Diocesana. 


Liturgia Diária-Festa da Sagrada Família

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Com a Igreja fazemos hoje uma visita à casa de Nazaré. A Sagrada Família é um exemplo para a família cristã. Sigam os filhos o exemplo de Jesus, que era submisso a seus pais. O pai imite a S. José e a mãe veja em Maria Santíssima um modelo de esposa e mãe cujas virtudes encontramos na Epístola e no Evangelho. Para a execução de nossos propósitos, imploramos nas Orações as graças do Alto, e assim, também em nossas casas reinará a paz de Jesus Cristo.


Páginas 88 a 92 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


APENAS Missa Cantada às 09:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes. 


Liturgia Diária- XIV Domingo depois de Pentecostes

Domingo de 2ª Classe- Missa Própria, com comemoração das Sete Dores de Nossa Senhora

Dois senhores disputam-se o domínio do homem: o espírito e a carne. O espírito do mundo e o Espírito de Deus. Dois senhores querem mandar. E categoricamente diz o Evangelho: Ninguém pode servir a dois senhores. A Epístola nos aponta estes dois senhores, como eles se chamam e o que querem. A religião cristã não nega que exista este dualismo; é ela porém, e ela só, que é capaz de reprimir em seus justos limites os desejos da matéria e da carne. Muito custa ao homem pôr em ordem todo o seu aspirar, o seu desejar e o seu amar, porém a religião mostra-lhe os meios e o caminho. “Procurai primeiro o Reino de Deus e o resto ser-vos-á dado por acréscimo”. Eis a norma para vencer todas as lutas no indivíduo, assim como para resolver as várias questões sociais. Procurar o reino de Deus é convencer-se de que Deus é o nosso Protetor, e desejar as mansões celestiais (Introito).


Páginas 652 a 656 e 1283 a 1289 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


APENAS Missa Cantada às 15:30 horas na Catedral Diocesana.


Liturgia Diária- XIII Domingo depois de Pentecostes

Domingo de 2ª Classe- Missa Própria, com comemoração da Natividade de Nossa Senhora

Três pensamentos preparam-nos para a santa Missa de hoje: 1. A necessidade que temos do auxilio de deus. 2. A prontidão do auxilio divino. 3. A prova de que Deus nos auxilia. No Introito pedimos o auxílio em geral; na Oração, um aumento de fé, esperança e caridade, virtudes que, como sementes, foram pelo Batismo depostas em nossa alma, e que não se desenvolvem em nós sem a graça de Deus. Nossa súplica é baseada na Epístola que fala na fidelidade de Deus em suas promessas. Abraão é um exemplo de fé, esperança e caridade. A ele e seus descendentes dirigem-se as promessas de Deus. No Evangelho vemos como o Salvador prometido se desempenha de sua missão. E na santa Missa sabemos que Ele a continua no Sacrifício e no Sacramento, como nos mostram a Secreta, a Communio e a Postcommunio.


NATIVIDADE DE N. SENHORA

Festa de 2ª Classe – Missa própria

Obs: Por cair no domingo, desta festa só se faz comemoração, visto que a liturgia dominical prevalece sobre todas as festas e férias de classe igual ou inferior a ela.

Maria é a Aurora que nos deu o Sol da Justiça. Destinada a ser Mãe do Salvador, foi ornada pelo Criador com as mais peregrinas virtudes. É o mais fiel espelho da própria santidade de Deus. Tabernáculo do Altíssimo, foi, desde a sua entrada no mundo, a mais santa de todas as criaturas. Se celebramos o nascimento de S. João Batista por sua santidade, com mais justeza ainda deve ser celebrado o natalício da Mãe Santíssima do Salvador do mundo.

No Introito saudamos a sua dignidade de Mãe de Deus. O louvor da Sabedoria incriada, que ouvimos na Epístola, é aplicado à Santíssima Virgem por causa de sua união íntima com o Filho de Deus, união esta, determinada no plano de Deus, desde toda a eternidade. No Evangelho passam diante de nós os antepassados de Maria, e pela Comunhão tomamos parte de sua grandeza, incarnando-se em nós o Verbo Divino.


Páginas 648 a 651 e 1271 a 1274 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


APENAS Missa Cantada às 15:30 horas na Catedral Diocesana.


Liturgia Diária- 22/08/2019

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Festa de 2ª Classe- Missa própria, com comemoração dos Santos Timóteo, Hipólito (Bispo) e Sinforiano, Mártires

Esta festa foi aprovada para a Igreja universal no dia 1º de maio de 1945. 


Páginas 1240 e 1244 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Missa às 19 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- Festa da Assunção de Nossa Senhora

Festa de 1ª Classe- Missa própria

Celebramos hoje a ·maior festa em honra de Nossa Senhora. É a comemoração da morte e da gloriosa Assunção de Maria Santíssima ao céu. Sendo crença comum da Igreja, desde a mais remota antiguidade cristã , foi no Ano Santo de 1950 solenemente proclamado dogma de fé que Nossa Senhora subiu corporalmente ao céu.

Alegramo-nos com a sua entrada triunfal no céu e coroação como Rainha dos Anjos e Santos. Estes diferentes aspectos da festa inspiraram os vários textos de que se compõe a Missa de hoje. Que sentido bem mais elevado tomaram as palavras da Epístola (aplicadas a Judite): “Tu és a glória de Jerusalém, tu a alegria de Israel, tu a honra do nosso povo”. Maria é a glória do céu e da terra, a alegria da Igreja universal, a honra incomparável do gênero humano. As palavras do Evangelho e da Communio: “… (Deus) me fez grandes coisas”. bem como as do salmo do Introito: ” … porque o Senhor operou maravilhas”, referem-se diretamente ao tema da festa. Poderá haver: privilégios maiores do que a Conceição Imaculada e a gloriosa Assunção em corpo e alma, como reza a Oração?

Comemorando devotamente tão sublime mistério, anima-nos a esperança segura de, como pedimos na Secreta e na Postcommunio, mais tarde participarmos também da glória celeste de Nossa Senhora, a saber depois da morte; quanto à alma, e apôs a ressurreição geral, também quanto ao corpo, confiados, ·sobretudo, na intercessão da Santíssima Virgem Maria.


Páginas 1230 e 1234 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Missa às 09:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 11/02/2019

APARIÇÃO DA B.V. MARIA IMACULADA EM LOURDES

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Celebra-se esta solenidade para comemorar a primeira aparição de Nossa Senhora a Bernadette Soubirous, em Lourdes. Nessa ocasião nasceu uma fonte milagrosa que atraiu inúmeros doentes, espalhando-se a sua fama no mundo inteiro. Como na aparição, N. Senhora se denominasse “a Imaculada” são estes dois pensamentos expressos repetidamente, na santa Missa.


Participe de nossa Galinhada Beneficente! Saiba mais, clicando aqui.


Liturgia Diária- II Domingo depois da Epifania

Domingo de 2ª Classe- Missa Própria

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Introito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), realizando seu primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade. É justo, pois, que digamos no Ofertório: “Vede quanto bem Deus fez à minha alma”.


Páginas 99 a 103 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa Rezada às 09:30 horas na Matriz da Paróquia Bom Jesus e Missa Cantada às 15:30 horas na Catedral Diocesana. 


Horários de Missa desta semana, clique aqui.


Liturgia Diária-Festa da Sagrada Família

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Com a Igreja fazemos hoje uma visita à casa de Nazaré. A Sagrada Família é um exemplo para a família cristã. Sigam os filhos o exemplo de Jesus, que era submisso a seus pais. O pai imite a S. José e a mãe veja em Maria Santíssima um modelo de esposa e mãe cujas virtudes encontramos na Epístola e no Evangelho. Para a execução de nossos propósitos, imploramos nas Orações as graças do Alto, e assim, também em nossas casas reinará a paz de Jesus Cristo.


Páginas 88 a 92 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa Rezada às 09:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes e Missa Cantada às 15:30 horas na Catedral Diocesana. 


Liturgia Diária- 12/12/2018

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE, Padroeira Principal da América Latina

Festa de 1ª Classe – Missa Própria – Próprio do Brasil

Durante quase quatro séculos, Padroeira milagrosa do México, estendeu-se a devoção também à América do Sul. Imploramos na Oração a proteção da Virgem Mãe de Deus. Os demais textos da Missa se encontram também em outras Missas em honra de Nossa Senhora e nos falam de suas prerrogativas.


Páginas [4] a [6] do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963). 


Excepcionalmente, hoje NÃO HAVERÁ Capela Nossa Senhora de Lourdes. 


Liturgia Diária- 08/12/2018

IMACULADA CONCEIÇÃO DA B. V. MARIA

FESTA DE PRECEITO

Festa de 1ª Classe – Missa Própria

A santa Missa de hoje, em todas as suas partes, anuncia jubilosamente o grande privilégio da Imaculada. Maria Santíssima nunca teve pecado original, nem mesmo no primeiro instante de sua existência; é isto uma verdade divinamente revelada, acreditada pela Igreja desde os princípios do Cristianismo, e, em 1854, solenemente definida como dogma.

Cheia de júbilo, entoa Maria, no Introito, um hino em ação de graças diante do trono de Deus. Seu privilégio singular, fruto antecipado da Redenção, é decretado pela mesma Sabedoria divina que determinou a Incarnação do Verbo divino (Epístola). No Evangelho e no Ofertório alegramo-nos ao ouvir a saudação do Anjo: Cheia de graça. É o resumo da festa de hoje. No Gradual dirigimos a Maria, e com razão, as palavras com que outrora celebrou o povo de Israel a sua libertadora, a corajosa Judite.

Pedimos neste dia a Deus que, assim como a graça preservou a santa Mãe do Salvador ao ponto de, por sua Conceição Imaculada ficar imune do comum contágio do pecado, também nós sejamos curados e livres de nossas faltas (Oração).


Páginas 917 a 921 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963). 


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes. 


Liturgia Diária- 21/11/2018

APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA

Festa de 3ª Classe- Missa “Salve Sancta Parens, com Coleta própria”

Conforme tradição antiga, os pais de Nossa Senhora ofereceram a sua filha no templo, bem cedo, para que fosse educada entre as virgens do templo. Este fato é comemorado pela festa de hoje.


Páginas 1384, 802 a 805 do Missal Quotidiano (D.Gaspar Lefebvre, 1963). 


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes. 


Liturgia Diária- 12/10/2018

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA

Rainha e Padroeira Principal do Brasil

Festa de 1ª Classe [Próprio do Brasil]- Missa Própria da Imaculada Conceição (08/12) com Coleta e Epístola próprias

No livro profético do Novo Testamento, o Apocalipse, fala S. João de um grande signo que apareceu no céu: uma mulher vestida de sol, tendo a, lua debaixo dos pés e uma corôa de doze estrelas sobre a cabeça. É à Mãe do Salvador que se referem estas palavras (Leitura). E’ ela que continua a proteger os seus filhos em tôdas as partes do mundo, e a defendê-los contra os assaltos do demônio. Por este motivo a piedade dos povos lhe erige santuários onde é venerada de uma maneira particular.

É sob o título de : Virgem Imaculada, que a Nação Brasileira invoca a sua excelsa Padroeira (Oração). A Mãe de Deus benignamente acolhe-nos debaixo de seu manto protetor, e seguros alcançaremos uma eternidade feliz.


Páginas 1306 a 1310 do Missal Quotidiano. 


Missa às 18:30 horas na Casa de Retiros Nossa Senhora das Graças (Rua dos Flamingos, 3039, Bairro Jardim das Palmeiras). 


Liturgia Diária- 11/10/2018

MATERNIDADE DE NOSSA SENHORA

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Era 1931 celebrou-se o XV. centenário da declaração da Maternidade divina de Nossa Senhora, no Concílio de Éfeso. Para solenizar esta data e lembrar aos fiéis este Mistério, o Santo Padre Pio XI instituiu a festa de hoje. O Introito, a Epístola e o Gradual mostram como, já no antigo Testamento, esperou-se este Mistério. Os outros textos se referem à sua realização.


Páginas 1333 a 1335 do Missal Quotidiano. 


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes. 


Liturgia Diária- Festa de Nossa Senhora do Rosário

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

S. Pio V, em agradecimento pela vitória contra os Turcos (1571), instituiu a festa de hoje. Mais belas e mais numerosas vitórias ainda foram alcançadas pela recitação do Rosário, nos combates contra os inimigos espirituais. Os textos da Missa são um louvor a Nossa Senhora, tendo a sua culminância na “Ave Maria, cheia de Graça” (Evangelho), palavras que constituem a principal Oração do Rosário.


XX DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES

Comemoração – Missa Própria

Como o povo de Deus, assentado junto aos rios da Babilônia, suspirava pelo monte Sião, assim nós outros devemos suspirar por nossa pátria eterna (Ofertório). Em espírito de humildade e penitência, cumpre-nos suportar o exílio deste mundo (Introito), e aproveitar o tempo para conhecer a vontade de Deus (Epístola). Os Cânticos anelam pela vinda do Senhor. No Evangelho devemos fazer nossas as palavras do régulo: Vinde, Senhor, curar-nos, auxiliar-nos. Vinde, Senhor, aos nossos corações pela graça do Santo Sacrifício. Vinde enriquecer-nos por vossa presença sacramental na santa Comunhão. E vinde também, Senhor, buscar-nos um dia, para a nossa pátria celestial. 


Páginas 1321 a 1323 e 696 a 698 do Missal Quotidiano. 


Missa Rezada às 09:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes e Missa Cantada às 15:30 horas na Catedral Diocesana. 


Liturgia Diária- 24/09/2018

NOSSA SENHORA DAS MERCÊS

Comemoração- Missa “Salve Sancta Parens” e Coleta própria com Comemoração da Féria

2-nuestra-senora-de-las-mercedes-zurbaran

Primeiramente conhecida pelo nome de Ordem de santa Eulália para o resgate dos cativos, a Ordem de Nossa Senhora das Mercês (“merces” quer dizer resgate) foi fundada no século XIII; era sua finalidade o resgate dos cristãos prisioneiros dos muçulmanos. No século XV, atribuía-se a sua fundação a São Pedro Nolasco e a São Raimundo de Penaforte, a quem a Santíssima Virgem apareceu, tomando a obra sob a sua proteção. A festa de 24 de Setembro comemora esta aparição; celebrada a princípio pela Ordem, foi estendida à Igreja universal em 1696.

Liturgia Diária- 15/09/2018

SETE DORES DE NOSSA SENHORA

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

A festa das Sete Dores de Nossa Senhora nasceu da piedade cristã, que se compraz em associar a Virgem Maria à paixão de seu Filho. Já no século XI as dores da Virgem Santa eram objeto de devoção particular. No século XIV apareceu o comovente “Stabat Mater” que uma tradição atribui ao bem-aventurado Jacopone da Todi. Celebrada com grande solenidade pelos Servitas no século XVII, a festa das Sete Dores da Virgem foi estendida por Pio VII a toda a Igreja, em 1814, a fim de lembrar os sofrimentos que ela acabava de atravessar na pessoa do seu chefe, primeiro exilado e cativo, depois solto graças à proteção da Virgem. Pio X, em 1912, fixou-a em 15 de Setembro, oitava da Natividade. A Igreja, ao mesmo tempo que sublinha os sofrimentos de Maria, insiste igualmente no corajoso amor que a levou a tomar parte tão íntima na obra da nossa redenção. Ela é verdadeiramente aquela que, à semelhança de Judite perante a tribulação do seu povo, nada deixou de fazer para nos salvar da ruína. Oferecendo seu Filho por nós, tornou-se nossa Mãe e nós tornamo-nos seus filhos.


SÃO NICOMEDES, Mártir

Comemoração- Missa do dia, com 2ªs orações próprias

Mártir romano duma época desconhecida, São Nicomedes repousa não longe dos muros de Roma, na via Nomentana; a piedade dos fiéis edificou sobre o seu túmulo uma basílica cemiterial. 


Páginas 1283 a 1289 do Missal Quotidiano.


Hoje NÃO HAVERÁ Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 12/09/2018

SANTÍSSIMO NOME DE MARIA

Festa de 3ª Classe- Missa Própria

le_saint_nom_de_marie

Como era de costume entre os judeus, oito dias após a Santíssima Virgem nascer, os seus pais deram-lhe, inspirados por Deus, o nome de Maria. A liturgia, que celebra o Santíssimo nome de Jesus pouco dias após o Santo Natal, instituiu esta festa do Santíssimo Nome de Maria dentro da oitava da Natividade. A Espanha, por aprovação do pontífice, concedida em 1513, foi a primeira a celebrar a festa. Inocêncio XI, em 1683, estendeu-a a Igreja Universal, em ação de graças pela vitória alcançada por João Sobiesk, rei da polônia, sobre os turcos que tinham cercado Viena e ameaçavam o ocidente. O nome de Maria, que é hebreu, que dizer em português, senhora soberana. E a Senhora é realmente Soberana, em virtude da soberania que lhe foi concedida pelo filho, Rei e Soberano do Universo. Chamemos a Maria de Nossa Senhora, pelo título que chamamos a Jesus Nosso Senhor. Pronunciar o seu nome é afirmar o seu domínio, implorar o seu auxílio e colocarmo-nos debaixo da sua proteção maternal.


Páginas 1276 a 1278 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 08/09/2018

NATIVIDADE DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Festejando solenemente o nascimento da Virgem Maria, a Igreja canta a aurora de Redenção, a aparição neste mundo daquela que devia ser a Mãe do Salvador. Recordando tudo o que anunciava este nascimento, a Igreja exulta e pede a Deus um aumento das graças de paz, trazidas aos homens pelo mistério da Encarnação.

Mais antiga no Oriente do que no Ocidente, esta festa parece ter sido introduzida na liturgia romana no fim do século VII pelo papa Sérgio I. A data de 8 de setembro, fixada pelo papa Sérgio, determinou, no século passado a de 8 de dezembro para a festa da Imaculada Conceição.


SANTO ADRIANO, Mártir

Comemoração – Missa do dia, com 2ªs orações da Missa “In virtute”

A liturgia da Natividade de Nossa Senhora em Roma compreendia uma procissão que tinha o seu início na igreja de Santo Adriano no Fórum. Daí a memória de santo Adriano tradicionalmente ligada à festa de 8 de Setembro. É possível que se trate de um mártir da Nicomédia, vítima da perseguição de Diocleciano.


Páginas 1271 a 1274 e 823 a 826 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 22/08/2018

FESTA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Immaculate-Heart-of-Mary

Depois de ter em plena guerra consagrado o gênero humano ao imaculado coração de Maria para o colocar por esse modo por debaixo da particular proteção da Mãe do Salvador, S. Santidade Pio XII decretou que em 1944 que todos os anos se celebrasse doravante na Igreja inteira uma festa especial em honra de Coração Imaculado no dia 22 de Agosto.

É já antiga a devoção ao Coração Imaculado de Nossa Senhora. No século XVII propagou-a muito São João Eudes juntamente com a do Sagrado Coração de jesus. No século XIX o Papa Pio VII e Pio IX concederam as várias Igrejas particulares uma festa “do Coração Puríssimo de Maria”, fixada primeiramente no domingo depois da Assunção e mais tarde no sábado que se segue a festa do Sagrado Coração. Pio XII transferiu-a para 22 de Agosto e designou como principal intenção pedir, por intercessão da Santíssima Virgem, a “paz para os povos, a liberdade da Igreja, a conversão dos pecadores, o amor da pureza, e prática da virtude” (decreto de 4 de maio de 1944).


SANTOS TIMÓTEO, HIPÓLITO E SINFORIANO, Mártires

Comemoração- Missa do dia com 2ªs orações próprias

São Timóteo, cuja festa a Igreja hoje celebra, não é o discípulo de São Paulo, mas um mártir romano morto em 303 ou 306, durante a última perseguição. O seu corpo repousa em São paulo extramuros, junto do grande Apóstolo. – A história de Santo Hipólito, martirizado em Óstia, perto de Roma, permanece obscura. – São Sinforiano é um mártir de Autun, morto ainda jovem no século II ou III. É um dos grandes santos da Gália; foram construídas várias igrejas em sua honra. As suas atas parecem autênticas. 


Páginas 1240 a 1243 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 15/08/2018

FESTA DA ASSUNÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA

Festa de 1ª Classe- Missa Própria

Maria, levada até ao Céu, recebe, no seio da Santíssima Trindade, a coroa real, das mãos do seu Filho, no meio das aclamações da corte angélica.

No dia 1 de novembro de 1950, Pio XII definia o dogma da Assunção. Proclamava assim solenemente que a crença segunda a qual a Santíssima Virgem Maria ao terminal a sua vida terrestre, foi elevada em corpo e alma para a glória do Céu, faz realmente parte do depósito da fé recebida dos Apóstolos. “Bendita entre todas as mulheres” em razão da sua maternidade divina, a Virgem imaculada que tivera desde a sua Conceição o privilégio de ser isenta do pecado original, não devia jamais conhecer a corrupção do túmulo. Para evitar dado incerto, o papa absteve-se de precisar o modo e as circunstâncias de tempo e lugar em que a Assunção se teria dado: apenas o fato da Assunção de Maria em corpo e alma à glória do Céu foi objeto da definição. 

A nova missa da festa põe em evidência a própria Assunção e as suas conveniências teológicas. Maria aparece glorificada na mulher descrita no Apocalipse (introito), na filha do rei revestida de manto de ouro, do salmo 44 (gradual), na mulher que com seu filho será inimiga vitoriosa do demônio (ofertório). São-lhe aplicados os louvores dirigidos a Judite triunfante (epístola); e sobretudo considera a Assunção o coroamento de todas as glórias que derivam da maternidade divina e que a própria Virgem cantou no seu Magnificar (evangelho). As orações fazem-nos pedir a Deus que possamos, como a Santíssima Virgem, estar continuamente atentos às coisas do alto, atingir a ressurreição bem-aventurada, e partilhar da sua glória no Céu.

Na liturgia encontra-se o culto da Assunção desde o século VI no Oriente; em Roma desde o VII. EM Jerusalém, em Constantinopla e em Roma, organizava-se uma procissão em honra da Virgem. Na França a procissão que se faz em 15 de agosto no fim das vésperas, recorda a consagração do país à Santíssima Virgem por Luís XIII em 1638. 


Páginas 1230 a 1233 do Missal Quotidiano.


Missa Cantada às 9:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 14/08/2018

VIGÍLIA DA ASSUNÇÃO

Vigília de 2ª Classe- Missa Própria

A festa da Assunção é a grande festa da Virgem Maria; a Igreja prepara-nos para ela com uma vigília de jejum e oração. A maior parte dos trechos desta missa encontra-se na liturgia das festas de Nossa Senhora.


SANTO EUSÉBIO, Confessor

Comemoração- Missa do dia com 2ªs orações próprias

Santo Eusébio foi um presbítero romano do século IV. Segundo as atas que contam seu martírio, foi condenado pelo imperador ariano Constâncio a morrer de forme num quarto da sua própria casa. Foi sepultado no cemitério de São Calisto. Seu culto espalhou-se muito em Roma e a sua casa foi transformada em igreja. 


Páginas 1227 a 1229 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 09/07/2018

LITURGIA CORRIGIDA

NOSSA SENHORA, RAINHA DA PAZ

Festa de 3ª Classe- Em todo o Brasil- Missa “Salve Sancta Parens”

O costume de consagrar o sábado a Nossa Senhora, remonta ao século IX. Na sua grande devoção para com Nossa Senhora, a Idade Média fez do sábado de cada semana um dia de festa própria em honra da Santíssima Virgem. 

Mistério insondável de amor de de pureza em que o divino se harmoniza com o humano, Maria a primeira das criaturas, a que se mostra mais perto de Deus, é a nossa rainha nos Céus. 

O seu culto resume o dos santos, ao mesmo tempo que o ultrapassa. A Igreja consagra-lhe os cânticos mais ternos e emotivos, porque se revê naquela que foi, com ela, concebida desde toda a eternidade no pensamento de Deus. Com solicitude infinita, a Santíssima Virgem, por seu lado, inclina-se para a Igreja e para os homens a quem entregou o próprio Filho. Elevemos fervorosa e confiadamente as nossas preces e louvores àquela a quem chamamos “Mãe de misericórdia” agraciada com os dons mais admiráveis. A sua bondade soberanamente maternal, irradiante de graça que eleva e purifica, tem todo o poder sobre o coração de Deus. 


Páginas 802 a 805 e 1088 a 1090 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes. 


Liturgia Diária- 02/07/2018

VISITAÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

Visita de Maria a sua prima Isabel – encontro bendito de duas mulheres e dos filhos que nelas trazem; João reconhece Aquele de Quem será o Precursor e que, desde então, o santifica no seio materno.

O anjo Gabriel tinha anunciado a Maria que Deus daria em breve um filho a Isabel; imediatamente a Virgem se pôs a caminho para Hebron, onde morava sua prima: é a “Visitação” – secreto encontro entre o Precursor e o Salvador, alegria profunda de Maria e Isabel, cheias de bençãos divinas que sobre ambas desceram. “Bendita entre todas as mulheres”, a Virgem, mãe de Deus, entoa o cântico sublime do Magnificat. 

A festa da Visitação foi instituída em 1389 pelo papa Urbano VI e fixada em 2 de julho, como prolongamento da antiga oitava de São João Batista. 

LEITURAS

Epístola (Ct 2,8-14)


A natividade, a visitação, todos os mistérios que rodeiam o nascimento do Salvador, são mistérios de alegria; anunciam a entrada de Deus na nossa vida, a união da alma com o seu Deus.


Leitura do Livro da Sabedoria  

Oh, esta é a voz do meu amado! Ei-lo que aí vem, saltando sobre os montes, pulando sobre as colinas. Meu amado é como a gazela e como um cervozinho. Ei-lo atrás de nossa parede. Olho pela janela, espreito pelas grades. Meu bem-amado disse-me: Levanta-te, minha amiga, vem, formosa minha. Eis que o inverno passou, cessaram e desapareceram as chuvas. Apareceram as flores na nossa terra, voltou o tempo das canções. Em nossas terras já se ouve a voz da rola. A figueira já começa a dar os seus figos, e a vinha em flor exala o seu perfume; levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem. Minha pomba, oculta nas fendas do rochedo, e nos abrigos das rochas escarpadas, mostra-me o teu rosto, faze-me ouvir a tua voz. Tua voz é tão doce, e delicado teu rosto!

Evangelho (Lc 1,39-47)


Esta é a cena do Evangelho donde nos vem a segunda parte da Ave-Maria. A Igreja fez o seu grito de admiração de Isabel, saudando em sua prima a Mãe do seu Deus, para o dirigir sem cessar à Virgem Santíssima.


Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá.Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador.

Carta Pastoral “A mediação universal da Santíssima Virgem”- D. Antônio de Castro Mayer

Publicamos texto integral da Carta Pastoral A mediação universal da Santíssima Virgem, escrita por Dom Antônio de Castro Mayer, baluarte brasileiro da Tradição Católica. Boa leitura!


D. Antonio de Castro Mayer,

Por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Campos,
Ao Revmo. Clero Secular e Regular,
às Revdas. Religiosas,
à Venerável Ordem Terceirade Nossa Senhora do Monte Carmelo,
às Associações de piedade e apostolado
e aos fiéis em geral da Diocese de Campos,
Saudação, paz e bênçãos
em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Zelosos cooperadores e amados filhos.

Já tivemos oportunidade de lamentar convosco o abominável sacrilégio cometido contra a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. Assim que soubemos da nefanda profanação, que despedaçou a sagrada efígie, sob cuja invocação a materna solicitude de Maria Santíssima deu inúmeras demonstrações de seu misericordioso afeto por nossa gente, unimo-Nos aos vossos sentimentos, e juntos demos à Excelsa Mãe de Deus uma reparação pela ofensa inaudita ao seu Coração amoroso, e significamos nosso amor e nosso reconhecimento pelo desvelo e carinho com que Ela nos acompanha com seus favores 1.
Secundamos os desígnios da Providência – que tem contados até os fios de cabelo de nossa cabeça (Mt 10, 30) – quando buscamos perceber nas ocorrências da vida, qual a misericórdia de Deus a nosso respeito. Com muito maior razão, portanto, compete-nos refletir sobre esse fato insólito e altamente pecaminoso, que atinge a veneranda imagem da Padroeira de nossa terra.
É esta, zelosos cooperadores e amados filhos, ocasião oportuna, para afervorar-mos nossa devoção e nossa confiança em Maria Santíssima. Devoção que nos leve ao arrependimento sincero de nossos pecados, também eles responsáveis pela profanação havida, porquanto Deus Nosso Senhor não a teria permitido se nossas faltas não merecessem a advertência. Nossa confiança, porque, no Seu amor materno, a Virgem Mãe não despreza, antes recebe com benevolência e carinho, o coração contrito e humilhado.
Em comentários, após o ato sacrílego ocorrido em Aparecida, salientou-se que o importante é a Mãe de Deus, Maria Santíssima, e não propriamente a imagem. Frase cunhada para aliviar o luto que caiu pesado sobre a Igreja no Brasil. Está, no entanto, longe de dizer toda a verdade. A imagem, de fato, tem sua importância; e tão grande é ela, que justifica a existência do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Contudo, embora a frase não diga toda a verdade, diz o suficiente para nos alertar sobre o significado real do culto das imagens. Ou seja, que é um culto que se mede pela importância da Pessoa a quem a imagem representa. E, nesse caso, não poderíamos dizer, sem receio de errar, que a imagem quebrou-se, porque já estava em pedaços em nossos corações?2 Em outras palavras, não terá a Providência permitido a profanação da imagem, para sacudir o torpor de nossa devoção a Maria Santíssima?
Eis a razão desta Nossa Carta Pastoral. Esperamos, com a graça de Deus e a proteção da Virgem Mãe, contribuir para afervorar vossa confiança, vosso amor e devotamento à Imaculada Mãe de Deus e Mãe nossa amabilíssima, a fim de que vossa piedade filial se volte à Maria Santíssima com maior ternura e seriedade.
I
Zelosos cooperadores e amados filhos.
As peregrinações a Aparecida, que somam milhões de pessoas, são um testemunho vivo da Fé com que os fiéis crêem que Maria Santíssima é a Medianeira na distribuição das graças divinas. Vamos, pois, lembrar convosco os títulos que justificam essa nossa fé na Mediação Universal de Maria Santíssima, como canal que é de todas as graças que descem do Coração Sacratíssimo de Jesus sobre as almas, desde a vocação ao Batismo até os auxílios quotidianos de santificação, com que a bondade de Deus nos acompanha os passos da vida.
Maria Santíssima é Mãe de Deus. Dogma suavíssimo, contido explicitamente nos Santos Evangelhos e definido no Concilio de Éfeso, em 22 de junho de 431, contra os desvarios de Nestório, Patriarca de Constantinopla, com suma alegria do povo fiel, que prestou triunfal homenagem aos Padres Conciliares, acompanhando-os com tochas e aclamações de júbilo, no retorno da sede do Concílio às suas residências.
Maria Santíssima é Mãe de Deus porque, com sua carne virginal, colaborou com o Divino Espírito Santo na formação da natureza humana do Filho de Deus, o que levou Santo Agostinho à bela e arrojada expressão, “Caro Christi, caro Mariae” – “a Carne de Cristo é carne de Maria”3.
Assim, o Verbo de Deus veio ao mundo por Maria. Nasceu de Maria, é verdadeiro Filho de Maria, e como o Verbo é Deus (Jo 1, 1), Maria Santíssima é verdadeiramente Mãe de Deus. São Lucas, no trecho de seu Evangelho dedicado à infância do Senhor, relata a mensagem de Deus transmitida pelo Arcanjo São Gabriel à Virgem Santíssima. Nessa mensagem afirma-se, de maneira insofismável, a maternidade divina de Maria. Disse o Arcanjo: “Eis que conceberás em Teu seio e darás à luz um Filho, e Lhe imporás o nome de Jesus […]. O Espírito Santo descerá sobre Ti, de maneira que o Santo que nascer de Ti será chamado filho de Deus” (Lc 1, 30-35). A expressão “será chamado” quer dizer: terá como nome próprio, indicador de sua natureza, pois é este, na Sagrada Escritura, o valor dos nomes impostos por Deus. 4
*
O fato de Maria Santíssima ter sido escolhida para Mãe de Deus, e de sê-la realmente, por isso que é Mãe do Filho de Deus Humanado, tem conseqüencia irrecusável na economia da Graça, no plano da Redenção do gênero humano. Observa muito bem Santo Agostinho, que Deus poderia fazer-se homem, sem nascer de mulher, sem o concurso da Virgem Maria. Seria coisa facílima à Sua onipotente majestade. Como pôde nascer de mulher, sem concurso de varão, poderia igualmente dispensar a colaboração de Maria5. Se, pois, quis nascer de Maria, é porque Maria entrava no plano divino que determinou a Encarnação do Filho de Deus.
O Altíssimo, com efeito, nada faz sem motivo. É agente infinitamente sábio, para agir inconsideradamente. Toca-nos, se nos queremos integrar nos desígnios divinos, aceitar o pressuposto irrefragável de sua misericórdia, quando determinou que a Encarnação do Verbo se fizesse mediante o corpo humano formado no puríssimo seio de Maria Santíssima. E, como professamos no Credo, se Jesus se encarnou“por causa de nós homens e de nossa salvação”6,não nos é lícito excluir a colaboração de Maria Santíssima na obra com que a bondade divina remiu o gênero humano.
Aliás, o relacionamento da maternidade de Maria com o plano da restauração do gênero humano é anterior a Santo Agostinho. O Doutor da Graça não passa de um elo, precioso sem dúvida, da corrente formada pela Tradição eclesiástica que remonta à Igreja Apostólica.
Com efeito, já nos primeiros séculos, os Padres da Igreja compaginavam Maria Santíssima ao seu Divino Filho na missão restauradora do gênero humano.
São Paulo, na Epístola aos Romanos, declara que, como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim pela obediência de um só, todos se justificam (Rom. 5, 19). Os Padres da Igreja, como a completar o pensamento do Apóstolo, inserem na antítese entre Adão e Jesus Cristo, a oposição entre Eva e Maria. No século II, registram os anais eclesiásticos o testemunho de São Justino, mártir (+165), segundo o qual, a obediência de Maria anulou a desobediência de Eva “Eva – afirma o santo – virgem e sem mácula, concebendo a palavra da serpente, gerou a desobediência e a morte; mas Maria, aquiescendo à palavra do Anjo […] gerou Aquele que derrotou a serpente e seus asseclas, anjos e homens” 7.De modo mais explícito, Santo Irineu (+202), Bispo de Lyon, no mesmo século II, atesta: “Como Eva, virgem, pela sua desobediência, tornou-se para si e para todo o gênero humano, causa de morte; assim, Maria, pela sua obediência tornou-se para Si e para todo o gênero humano, causa de salvação. […] Assim, a cadeia da desobediência de Eva foi dissolvida pela obediência de Maria. […] Como o gênero humano foi vinculado à morte por uma virgem; assim, pela Virgem Maria foi salvo” 8.Tertuliano, na África, desenvolve, em fins do século segundo e começo do terceiro, o mesmo pensamento: Eva acreditou na serpente: Maria em Gabriel; a falta cometida pela incredulidade de uma, a outra apagou com Sua fé”. 9.A medida que avançamos na História, continua no ensinamento eclesiástico a mesma concepção da economia da Graça que faz de Maria a restauradora da desgraça causada por Eva10.
A antítese, pois, entre Eva, causa de nossa ruína, e Maria, causa de nossa vida, é a maneira comum da Tradição destacar, junto aos fiéis, a missão reservada à Santíssima Virgem Maria na obra da Redenção do gênero humano11.
*
Não há dúvida, amados filhos, que esta doutrina provém dos Apóstolos.
Com efeito, através de Santo Ireneu chegamos a São João Evangelista, uma vez que o Bispo de Lyon fora discípulo de São Policarpo, que, de sua parte, ouvira ao discípulo amado. Por outro lado, a maneira como se exprimem estes Santos Padres dos primeiros séculos é a de pessoas que transmitem uma verdade que faz parte da doutrina cristã, portanto, da doutrina revelada, legada por Jesus Cristo aos seus Apóstolos. Em outras palavras: ao fixarem a antítese entre Eva e Maria, estes Santos Padres não pretendem propor um pensamento próprio. Eles expõem simplesmente a verdade católica. Por isso mesmo, este ensino é geral. São Justino é da Palestina e viveu em Roma, Tertuliano é africano, Santo Irineu veio do Oriente e estabeleceu-se na França. São, igualmente, das várias regiões da Cristandade, os continuadores desta Tradição: Santo Efrem é da Síria; São Cirilo, de Jerusalém etc.
Não há, pois, dúvida: a participação de Maria Santíssima na obra da Redenção, como restauradora da desgraça causada por Eva, é doutrina revelada.
Eis que, na Idade Média, passou ela a figurar na Sagrada Liturgia, constituindo uma profissão de Fé da mesma Igreja. Até nos últimos breviários, aliás, lêem-se, no Hino de Laudes do Ofício Comum da Bem-aventurada Virgem Maria, os versos atribuídos a Venâncio Fortunato (+ 600) onde se professa “o que Eva, infeliz, nos arrebatou, Tu restitues com a santa prole” 12
*
Não vos perturbe, pois, amados filhos, o fato de a frase da Epístola aos Romanos, por nós citada, nada dizer de Maria. Porquanto os textos da Sagrada Escritura devem ser sempre entendidos em harmonia com os outros dados da Revelação, uma vez que fazem parte de um todo coerente que é a Verdade confiada por Jesus Cristo aos seus Apóstolos: “Ide, ensinai tudo quanto vos mandei” (Mt 28, 19-20). Tomando-os isoladamente, e dando-lhes um sentido exclusivo, que nem sempre têm, expomo-nos a entendê-los mal e a naufragarmos na Fé, como advertia São Pedro, aludindo explicitamente aos escritos de São Paulo. 13 Assim, não é porque certos textos destacam uma verdade de Fé, que excluem outras igualmente reveladas. Na Epístola aos Romanos, inculca o Apóstolo na mente dos fiéis, um ponto fundamental da economia da Graça, a saber, que somente o Sacrifício de Jesus Cristo, por seu valor infinito, foi capaz de satisfazer condignamente, atendendo a toda justiça, à majestade e santidade de Deus, lesadas pelos pecados dos homens. Em conseqüência, por isso que estabeleceu a Providência pedir uma reparação perfeita pelo pecado, nenhum ser criado, Anjo ou homem, pôde restaurar a amizade entre o Céu e a terra. Neste sentido, Jesus Cristo é o único Mediador, como afirma o Apóstolo na primeira Carta a Timóteo: “Há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Tm 2, 5), Mediação que beneficia a própria Virgem Mãe, como proclamou Pio IX ao definir o Dogma da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria14.
Não é, porém, este, amados filhos, o único aspecto da Redenção.
Com efeito, as graças merecidas por Jesus Cristo, para santificarem deveras os homens, precisam chegar às almas, informá-las, delas expulsando o pecado e tornando-as agradáveis a Deus, capazes de fazer atos sobrenaturais, meritórios da vida eterna. E esta aplicação da Graça às almas, merecida por Jesus Cristo, não se faz sem a intervenção de Maria.
Assim como é inteiramente certa a afirmação do Apóstolo – que pela obediência de um só todos se tornam justos, como pela desobediência de um só perdeu-se o gênero humano – assim é igualmente verdadeira a asserção de que por uma mulher, Maria, nos vem a Graça e a Vida, como por uma mulher, Eva, tivemos o pecado e a morte. Eis que Jesus Cristo e Maria, ambos, são causa de nossa salvação: Jesus Cristo, porque realiza a satisfação que aplaca a ira divina e merece a Graça para todo o mundo; Maria, porque recolhe esta Graça, fruto da satisfação de Jesus Cristo, e a aplica aos homens individualmente. E, como sem essa aplicação, na realidade, o homem não se salva, Maria é também causa da salvação do gênero humano. Como diz São Bernardo 15, Maria é o canal, o aqueduto, por onde nos chegam as torrentes de graças que brotam das sacrossantas chagas de Jesus Cristo. É normal, portanto, que fora desse canal não se possam os homens dessedentar com a água viva que jorra para a vida eterna.
E eis, amados filhos, a harmonia entre o Dogma contido na frase do Apóstolo, ao afirmar que há um só Mediador entre Deus e os homens, e a verdade, transmitida pela Tradição, que nos aponta a Maria Santíssima como Medianeira necessária, por vontade de Deus, na aplicação dos méritos de Jesus Cristo, uma vez que, segundo os desígnios do Altíssimo, é Sua intercessão que obtém para os homens as graças de salvação.
*
Esta Mediação Universal de Maria Santíssima tem, como vimos, seu fundamento na cooperação que, segundo o misterioso beneplácito da munificência divina, Lhe coube na obra da Redenção, operada pelo seu Unigênito Filho, cooperação que Lhe conferiu a maternidade espiritual com relação a todos os homens.
Implícita em vários tópicos dos Santos Evangelhos – dentre os raros em que aparece a Virgem Mãe – a Tradição salienta especialmente dois que lhe favorecem a explanação desse Mistério que é a maternidade da Graça, suavíssima irradiação da Pessoa amabilíssima de Maria.
Como não poderia deixar de ser, chama a atenção dos Santos Padres a presença da Virgem Mãe ao pé da Cruz, no Monte Calvário. Padecendo ali as dores mais acerbas que possa uma mãe sofrer, assiste Maria, em pé, com pleno domínio de si, à cruel e atrocíssima Morte de seu Unigênito bem amado. Ali, numa inefável misericórdia, Ela se une ao sacrifício expiatório do Filho de Deus, e suas dores, seu martírio, nos geram para a vida da Graça.
Na paixão de seu Unigênito – escreve Ruperto de Deutz, teólogo do começo do século XII (+ 1129) – gerou a Bem-aventurada Virgem a salvação de todos nós, de maneira que Ela é, de direito, Mãe de nós todos” 16. A interpretação de Ruperto não é singular. É da Idade Média, com efeito, uma seqüência cantada na festa da Compaixão da Bem-aventurada Virgem Maria, na qual se declara que cooperando com o Filho, sob a Cruz salutífera, Maria se tornou nossa Mãe 17. E a Liturgia, como sabeis, amados filhos, é um dos meios de que se serve a Igreja para professar a Fé Católica.
Mas não faltaram mestres consagrados na Igreja, para sublinhar a mesma persuasão de que Maria, pelas dores suportadas em Sua alma, ao lado de seu Filho no Calvário, se tornou a Mãe dos membros do Corpo Místico de Cristo. Eis o que diz Santo Alberto Magno (+1280): ao tempo da Paixão realizou-se a profecia de Simeão “pois a espada transpassou Sua alma […] e ficou constituída […] Mãe de todo o gênero humano18. Santo Antonino, Arcebispo de Florença (+1459), sustenta que “também Maria nos gerou entre as maiores dores, compadecendo com o Filho” ao pé da Cruz 19. Com maior autoridade, os Papas endossam esta doutrina. Leão XIII ensina que “Maria é Mãe também de todos os cristãos, por havê-los gerado no Calvário, entre os supremos tormentos do Redentor” 20. São Pio X, por sua vez, afirma que a “comunhão de dores e angústias entre Mãe e Filho concedeu à Virgem o ser, junto do Filho Unigênito, a Medianeira poderosíssima e Advogada de todo o mundo” 21. As últimas palavras são tiradas da Bula “Ineffabilis Deus” de Pio IX.
Como conseqüência dessa maternidade, que à Virgem custou-lhe na alma dores muito mais atrozes do que as comuns dos partos, Jesus Cristo, do alto da Cruz, promulgou sua missão materna, confiando-Lhe todo o gênero humano e cada um dos homens, na pessoa de São João, o discípulo amado. Embora uma exegese excessivamente preocupada com o sentido literal menospreze o sentido espiritual desse passo do quarto Evangelho, em que o Senhor entrega a Maria o discípulo amado, não há dúvida de que a Tradição viu nele confirmada a missão singular de Maria na obra da Redenção, como Mãe de todos os homens na ordem da Graça.
De fato, já no século III, Orígenes sublinhava o sentido místico das palavras dirigidas por Jesus Cristo, do alto da Cruz, à sua Mãe, “Eis aí teu Filho” (Jo. 19, 26). “Com efeito, afirma o Doutor Alexandrino, o fiel perfeito não mais vive, eis que nele vive Cristo, e porque nele vive Cristo, por isso, dele é dito a Maria: Eis Teu filho, o Cristo” 22. Em outros termos, o que renasce para a vida da Graça, torna-se outro Cristo e, como tal, filho de Maria Santíssima. A interpretação de Orígenes, com o tempo fez-se comum. Ruperto assim continua o trecho que citamos: “Por isso, o que ali foi dito do discípulo amado, poderia dizer-se de qualquer outro que estivesse presente, porquanto Ela é Mãe de todos23. Na Seqüência da festa da Compaixão de Maria, por nós já citada em outra estrofe, consigna-se esta interpretação do passo de São João: “A Mãe é dada ao discípulo com grande mistério; sob o nome de João, entende-se todo fiel24. Seria muito longo enumerar os teólogos, exegetas e doutores ascéticos que secundam a interpretação consignada na Liturgia pela Seqüência acima25. Baste-vos, amados filhos, a palavra autorizada de Leão XIII comentando o trecho a que nos referimos: “Na pessoa de João, segundo o pensamento constante da Igreja [quod perpetuo sensit Ecclesia], designou Cristo o gênero humano, principalmente aqueles que a Ele aderem pela Fé26. Principalmente, diz Leão XIII, porquanto, como acentua Pio XI, “ao receber, no Calvário, os homens recomendados ao seu materno coração, Maria não somente anima e ama os que se beneficiaram da graça divina, como também aqueles que ignoram a Redenção27.
*
No Gólgota, Maria gerou-nos para a vida da Graça.
Jesus, no entanto, não esperou o fim de sua vida mortal, para fazer Maria nossa Mãe. Diz bem o Pe. Braun, O.P., no seu comentário ao tópico de São João que analisamos: “A doação de todos os homens, feita a Maria, no Calvário, deve considerar-se como uma consagração oficial à vista do futuro, de um fato já existente28.
E realmente, a revelação da maternidade espiritual de Maria Santíssima está contida na doutrina da recapitulação, tão cara aos Padres da Igreja, especialmente no Oriente29. De acordo com esta doutrina, Adão, em certo sentido, encerrou em si a todo o gênero humano, por isso que dele teriam origem todos os homens. Estavam todos em Adão “em germe”. O fato, pois, de ser Adão o pai de todo o gênero humano fez que ele englobasse a todos os homens na desgraça de seu pecado (Rm 5, 12). De modo análogo, Jesus Cristo, o novo Adão (1 Cor 15, 45), encerra em Si a todos os homens que, recebendo dEle a Graça santificante, são Sua descendência na ordem sobrenatural, da vida eterna. Sinteticamente, Santo Irineu afirma: “Como todos morremos no Adão corporal, assim somos vivificados no espiritual30.
Como complemento natural do objeto da Revelação, que apresenta a Jesus Cristo como Cabeça da humanidade, encerrando em Si, em germe, a todos os homens, desenvolvem os Santos Padres a doutrina da maternidade Universal de Maria Santíssima com relação a todos os fiéis. Como Jesus é o novo Adão, Maria é a nova Eva, a nova Mãe de todos os homens, já agora na ordem sobrenatural.
A melhor explanação deste suavíssimo Mistério encontramos na Encíclica com que São Pio X preparou o povo fiel a uma digna comemoração do cinqüentenário da Bula “Ineffabilis Deus“, que definiu o Dogma da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria. Leiamos, amados filhos, para nossa edificação as dulcíssimas palavras do último Papa canonizado: – “Não é Maria, Mãe de Deus?” – pergunta o Pontífice. E conclui: – “Portanto, é Mãe nossa também“. E desenvolve a argumentação: “Pois, deve-se estabelecer o princípio de que Jesus, Verbo feito carne, é ao mesmo tempo Salvador do gênero humano. Em conseqüência, como Deus Homem, Ele tem um corpo qual os outros homens; como Redentor de nosso gênero, um corpo espiritual, ou, como sói dizer-se, místico, que outra coisa mais não é do que a comunidade dos cristãos unidos a Ele pela Fe“. E cita São Pio X, em abono de sua doutrina, a palavra de São Paulo: “Embora muitos, somos um só corpo em Cristo” (Rm 12, 5). E continua: “A Virgem, pois, não concebeu o Filho de Deus só para que, dEla recebendo a natureza humana, se tornasse homem; mas, a fim de que Ele se tornasse, mediante esta natureza dEla recebida, o Salvador dos homens. O que explica as palavras dos Anjos aos pastores: “Hoje nasceu-vos o Salvador que é o Cristo Senhor” (Lc 2, 11). Por isso, no seio virginal de Maria, onde Jesus assumiu a carne mortal, lá mesmo, Ele se agregou um corpo espiritual, formado de todos os que deviam crer nEle. E pode dizer-se que Maria, trazendo a Jesus nas Suas entranhas, trazia também a todos aqueles cuja vida o Salvador continha. Todos, portanto, que, unidos a Cristo, somos, consoante as palavras do Apóstolo, “membros de Seu corpo, de Sua carne, de Seus ossos” (Ef 5, 30), devemos crer-nos nascidos do seio da Virgem, de onde um dia saímos, qual um corpo unido à cabeça. E por isso somos chamados, num sentido espiritual e místico, filhos de Maria, e Ela é, por sua vez, nossa Mãe comum. Mãe espiritual, contudo verdadeira Mãe dos membros de Jesus Cristo quais somos nós” 31.
São Pio X destaca, pois, como vistes, amados filhos, que Maria Santíssima não é Mãe do filho de Deus que será o Redentor do mundo. Ela é, diretamente, a Mãe do Redentor. Ela colaborou com o Divino Espírito Santo para a formação do próprio Redentor. Quem durante nove meses se manteve no Seu seio puríssimo, e sob Seu influxo vital foi se formando Homem, era o Filho de Deus, como Redentor.
Ora, amados filhos, como lembramos acima, Jesus Cristo nos redime, mediante nossa incorporação à sua Pessoa. Pela Graça, que Ele nos mereceu, nós nos unimos a Ele, formando com Ele um só Corpo Místico. A Graça é como o sangue vivificante que, de Jesus, desce e penetra em nossa alma, dando-nos a vida sobrenatural, e unindo-nos a Ele que é a Cabeça do organismo do qual nós somos os membros. E é através desta nossa incorporação a Jesus Cristo que somos salvos. Eis que, conclui legitimamente São Pio X, no momento em que Maria se torna Mãe de Deus, no mesmo instante, torna-se Mãe dos homens, como sinteticamente o disse no enunciado de sua tese: – “Não é Maria, Mãe de Deus? – Portanto, é Mãe nossa também”.
Como corolário suavíssimo de ordem prática, deduzimos que é sob o influxo materno de Maria Santíssima que os homens renascem para a vida da Graça. Com que alegria pensamos que somos realmente filhos de Maria! Ela, como Mãe de Deus, nos gerou a nós também e para a vida eterna! “Nossa alma glorifica o Senhor” (Lc 1, 46).
*
Amados filhos,
A Maternidade espiritual de Maria Santíssima, como dissemos, fundamenta sua Mediação Universal.
Com efeito, os homens se salvam – acabamos de ver – por isso que se enxertam (a expressão é de São Paulo – Rm 11, 17) em Nosso Senhor Jesus Cristo, mediante a Graça santificante que os faz filhos de Deus, precisamente porque os incorpora ao Filho Unigênito do Padre Eterno.
A conclusão lógica de todo este raciocínio é que se salvam somente aqueles que se recolhem ao seio onde se forma esse Corpo Místico de Cristo. Em outras palavras, nossa incorporação a Jesus Cristo, na unidade de seu Corpo Místico, não se faz sem a intervenção de Maria Santíssima. Aliás, a comparação tomada ao organismo humano, sublinha energicamente essa verdade. Com efeito, é impossível imaginar-se uma mulher que gere apenas a cabeça de seu filho. Necessariamente ela dará à luz o corpo inteiro da prole, cabeça e membros. Como se poderia, então, pensar que Maria, Mãe do Redentor, gerasse apenas a cabeça do Corpo Místico, quando o Redentor é constituído do Cristo inteiro, cabeça e membros, Jesus Cristo e os homens unidos a Ele pela Graça?32. Ao contemplar seu Unigênito, apieda-se o Padre Eterno do mundo, porque Seu olhar amoroso atinge a todos os homens que, na unidade do Verbo Encarnado, constituem seu Corpo Místico.
Compreende-se, amados filhos, que a concepção de Maria Santíssima como canal indispensável por onde descem as graças da Cabeça aos membros do Corpo Místico, esteja na profissão de Fé Católica desde os primeiros séculos. Esta verdade está contida na antítese entre Eva, mãe dos pecadores, e Maria, Mãe dos viventes em Cristo. Como a colaboração de Eva, tronco que é de onde procede todo o gênero humano, é condição para que nasçam os homens com o pecado original, assim a intervenção de Maria é indispensável para o nascimento na ordem da Graça.
II
Há, no entanto, também afirmações diretas de que só por Maria recebem os homens a graça de Deus. Assim, por exemplo, Santo Efrém (+373), a cítara do Espírito Santo, o melífluo cantor da Virgem, dirige-se à Mãe de Deus com estas palavras: “Por Ti, ó única Imaculatíssima, toda honra e santidade, desde o primeiro Adão e até a consumação dos séculos, derivou-se, deriva-se e derivar-se-á aos Apóstolos, aos Profetas, aos justos e humil­des de coração” 33. Santo Efrém considera, imediatamente, a origem do Salvador, que nasceu de Maria. Suas palavras, no entanto, só se entendem mediante a associação da Virgem Santíssima à obra de seu Unigênito Filho, que a faz medianeira de todas as graças a toda classe de pessoas, desde os justos do Velho Testamento. São Germano, Patriarca de Constantinopla (+733) é mais incisivo: “Ninguém […] a não ser por Ti, ó Santíssima, consegue a salvação. Ninguém a não ser por Ti, ó Imaculatíssima, liberta-se do mal. Ninguém, a não ser por Ti, ó Castíssima, obtém indulgência. A ninguém, a não ser por Ti, ó Honorabilissima, se concede misericordiosamente o dom da Graça”34. Na Idade Média, permanece, e mesmo se intensifica o fervor mariano, a certeza de que é por Maria que nos vem a vida eterna. Santo Anselmo (+1109), Arcebispo de Cantuária, assim se exprime: “Sem Ti, não há piedade, nem bondade, porque és a Mãe da virtude e de todos os bens”35. E São Bernardo (+153), o suavíssimo Doutor da Virgem, tem uma frase taxativa de que se servirão com freqüência os Papas, para caracterizarem a missão de Maria Santíssima na economia da Graça: “Nada quis Deus que possuíssemos que não passasse pelas mãos de Maria”36.
Dos grandes teólogos do século XIII, Santo Tomás de Aquino, no comentário à Saudação Angélica, compara a redundância da Graça de Maria sobre os homens com a do próprio Jesus Cristo. Esta comparação, como se vê, envolve a afirmação da universalidade da Mediação de Maria Santíssima, na distribuição das graças. São Boaventura, por sua vez, tem esta afir­mação taxativa: “Ninguém pode entrar no Céu a não ser que passe por Maria que é a porta37.
E, resumindo a profissão de fé do povo cristão, cantou Dante (+1321), na sua grandiosa Divina Comédia: “Virgem Mãe […] Há tanta grandeza em Ti, tal pujança que quer sem asas voe seu anelo quem graças aspira em Ti sem confiança.”38
Santo Antônio de Florença, no século XV, retoma o pensamento de Alighieri, na sua Summa Theol. P.VI, tit.15, c.22, §9: “Qui petit sine Ipsa duce, sine alis tentat volare” – “Quem pede, sem tê-La como guia, tenta voar sem asas”.
Nos nossos tempos, Pio XII, em Carta ao Card. Maglione, com data de 15 de abril de 1940, encarecendo junto do Secretário de Estado a necessidade de orações pela Paz, retoma a mesma figura de Dante para sublinhar a eficácia da intercessão de Maria Santíssima: “Tanta Beata Virgo apud Deum pollet gratia, tanta apud Unigenitum suum potentia fruitur, ut quisquis, egens opis, non ad eam recurrat, nullo is alarum remigio, ut Aligherius concinit, volare conelur” – “É tão grande a valia da Bem-aventurada Virgem junto a Deus, tanto Seu poder junto a seu Filho, que um indigente que a Ela não recorre, empenha-se, como cantou Alighieri, por voar sem o remo das asas”39. Não faltam também, amados filhos, documentos do Magistério Pontifício, caucionando a fé arraigada no coração do povo cristão. Bento XIV (1740-1758), na famosa bula áurea “Gloriosæ Dominæ” proclama a Bem-aventurada Virgem Maria o alveo do rio por onde correm todas as graças e dons para o coração dos míseros mortais 40. Pio VII (1800-1823) declara “Maria nossa Mãe amantíssima e Dispensadora de todas as graças41. Pio IX (1846-1878), repetindo a frase de São Bernardo, atesta ser o desejo de Deus que “tudo tivéssemos por Maria42. Leão XIII inculca esta verdade nas suas muitas encíclicas sobre o Rosário do mês de outubro. Por exemplo, na “Octobri mense” retoma a conhecida frase de São Bernardo, “por vontade divina, nada, a não ser por Maria, nos é concedido43. São Pio X, na esplêndida encíclica “Ad diem illum“, já por nós analisada, chama a Maria Santíssima, “Dispensadora de todas as graças que Jesus providenciou com seu Sangue preciosíssimo44. Bento XV, em Carta Apostólica à Confraria da Boa Morte, afirma: “As graças que o gênero humano recebe do tesouro da Revelação são distribuídas pessoalmente pela Virgem Dolorosa”45. Pio XI ensina que o único Mediador entre Deus e os homens quis associar sua Mãe como Advogada dos pecadores e Ministra e Mediadora da Graça46. Pio XII, em muitas oportunidades, deu aos fiéis o exemplo de confiança inabalável na proteção da Virgem Mãe. Na encíclica sobre o Corpo Místico47 destaca o lugar que tem Maria na economia da Graça. O mesmo faz na encíclica sobre a Sagrada Liturgia48, onde subscreve a frase de São Bernardo que Deus “quis que tudo tivéssemos por Maria”. João XXIII (1959-1963) utiliza-se dessa mesma frase quando exorta os congregados marianos à confiança e devoção à Maria Santíssima49.
Paulo VI declara que a missão exercida no Céu por Maria Santíssima, na geração e aumento da vida divina em cada um dos homens, é, por livre vontade de Deus sapientíssimo, parte expletiva do mistério da salvação humana, e por isso, devem os fiéis aceitá-la como verdade de fé50.
*
Enfim, para que não faltasse a confirmação da lex orandi, a Sagrada Liturgia se compraz em atribuir a Maria Santíssima trechos de Isaías, dos Provérbios e do Eclesiástico51 que literalmente se aplicam à Sabedoria Increada, ao Verbo de Deus, ratificando assim a convicção dos fiéis de que Maria está estreitamente unida ao Filho de Deus, de maneira a constituir com Ele o traço de união entre a misericórdia divina e as necessidades dos homens.
Não somente na parte catequética da Santa Missa, inculca a Sagrada Liturgia a união íntima entre Maria Santíssima e seu Divino Filho no Mistério de nossa Redenção. Esta verdade é afirmada também em outros lugares das Missas de Nossa Senhora, bem como nos ofícios correspondentes.
Assim, na oração após a Comunhão da Missa comemorativa da outorga da Medalha Milagrosa a Santa Catarina Labouré52, professa-se: “Ó Senhor Deus Onipotente que quiseste que tivéssemos TUDO pela Imaculada Progenitora de teu Filho, concedei-nos, etc.” Na sétima lição do Ofício de Nossa Senhora Auxiliadora, diz-se que Deus “pôs em Maria a plenitude de todo bem, de maneira que saibamos que dEla redunda o que há em nós de esperança, de graça, de salvação53.
Esta oficial profissão de Fé da Santa Igreja, no seu culto público, obteve uma ratificação marcante com a aprovação, por parte de Bento XV, em 1921, da Missa e Ofício da Bem-aventurada Virgem Maria Medianeira de todas as graças54. No invitatório desse ofício faz-se o seguinte convite: “A Cristo Redentor que quis que todos os bens tivéssemos por Maria, vinde, adoremos”. No hino de Matinas, canta-se: “Todos os bens que nos mereceu o Redentor, reparte-os sua Mãe Maria”.55. E na oração da Missa, que todos os favores pedidos ao Senhor, sejam alcançados por meio de Maria56
III
Zelosos cooperadores e amados filhos.
Repassamos convosco as fontes da Revelação que nos explanam a missão confiada por Deus Nosso Senhor a Maria Santíssima, na obra da Redenção do gênero humano e na economia da Graça. Vimos que, pelos altos desígnios de Deus, Maria foi escolhida para cooperar, com Sua carne e Seu sangue, na constituição da natureza humana do Verbo Divino, quando, pelos inefáveis mistérios de Seu amor, Deus resolveu pedir uma reparação justa, proporcionada à enormidade da malícia inerente ao pecado do homem, como violação que é dos direitos divinos.
Semelhante cooperação física, na feitura da natureza humana de Jesus Cristo, implica, normal e logicamente, uma participação na obra colimada pelo Filho de Deus ao encarnar-se, ou seja, na Redenção do gênero humano. E a razão é porque Deus, na Sua onipotência, poderia dispensar o concurso de Maria na Encarnação do Verbo. Se não o fez, é porque na Sua insoldável sabedoria designou a Maria Santíssima uma parte importante na própria restauração do gênero humano.
Argumenta com razão Bossuet que Deus, tendo querido dar-nos Jesus Cristo por Maria, esta ordenação Ele não a muda mais. A vontade de Deus é sem arrependimento. O caminho par irmos a Jesus, o meio de recebê-Lo, será sempre Maria.57 Análogo pensamento ocorre em Leão XIII: “Tendo prestado Seu ministério na Redenção dos homens, Ela exerce paralelamente o mesmo ministério na distribuição da Graça que daquela Redenção perpetuamente decorre, investida, para esse fim, de um poder quase imenso”58.
De onde o papel assumido por Eva na desobediência original, que implicou na desgraça de todos os homens, oferece aos Santos Padres o meio de inculcar a parte que teve Maria na restauração da humanidade. Como Eva foi a causa da morte espiritual de todos os homens, Maria é a causa da vida da Graça para todos os homens. Como Eva é a mãe de todos os viventes, enquanto a todos transmite a vida natural, Maria é a Mãe de todos os homens que, por Ela, recebem a vida sobrenatural.
Este pensamento suscita o aspecto suavíssimo de Maria como Mãe celeste, que vela pelos Seus filhos na terra, aos quais gerou para a vida espiritual, ao participar, no Calvário, das dores acerbíssimas com que Jesus remiu o mundo.
Aprofundando mais o alcance da palavra do Arcanjo Gabriel a Maria, anunciando-Lhe que seria Mãe do Redentor, a Tradição precisa melhor a natureza da maternidade pela qual Maria é Mãe de todos os homens. É que estes fazem parte do Corpo Místico de Cristo, e, precisamente como membros desse Corpo Místico, são resgatados do cativeiro do demônio, e animados pela vida da Graça. Assim, Maria Santíssima, ao conceber no Seu seio puríssimo o Redentor, tornou-se, pelo mesmo fato, Mãe de todos os remidos pelo Sangue de Cristo, ou seja, de todos os membros do Corpo Místico do Salvador.
Concretamente, a ação materna de Maria com relação a todos os homens faz-se mediante a distribuição das graças merecidas pelo Sacrifício propiciatório do Filho de Deus, pois, “Deus quis que nada tivéssemos, a não ser por Maria”. Citemos ainda uma vez São Bernardo, que resume nessa frase a amabilíssima e consoladora dádiva da bondade divina que é Maria, nossa Medianeira.
A mesma concepção da economia da Graça, na qual Maria ocupa uma posição chave, ensina São Luís Grignion de Montfort: “Deus Padre – diz ele – nos deu e dá o Filho por Ela [Maria] somente, só produz outros filhos por meio dEla e só por meio d’Ela nos comunica suas graças. Deus Filho foi formado, para todo o mundo, por Ela, e não é senão por Ela que é formado todos os dias, e gerado por Ela em união com o Espírito, e é Ela a única via pela qual nos comunica suas virtudes e Seus méritos. O Espírito Santo formou Jesus Cristo por meio dEla, e por meio dEla forma os membros de seu Corpo Místico, e só por Ela nos dispensa seus dons e favores” 59.
Precisamente nessa indispensável intervenção de Maria Santíssima, para a consecução dos favores do Céu, desde a primeira graça até a perseverança final, consiste sua Mediação Universal, que A faz Mãe que, continuamente, gera e alimenta a vida divina dos homens, e como tal Paulo VI declarou artigo de fé, e que ardentemente esperamos seja dogma solenemente definido, para glória de Deus, exaltação da Santa Igreja, honra de Maria Santíssima, alegria dos habitantes do Céu e consolo para os que ainda gememos neste vale de lágrimas.
IV
Concebida assim no seu verdadeiro sentido, amados filhos, a Mediação Universal de Maria, longe de entrar em colisão, harmoniza-se perfeitamente com o Dogma de um só Mediador necessário, que apresente ao Altíssimo a reparação pelos pecados dos homens. Pois, segundo os altos desígnios divinos, é nesta indispensável Mediação de Jesus Cristo, que adquire vigor toda a Mediação de Maria, porque é a Mediação de Jesus Cristo que A faz Santíssima, Imaculada, Mãe de Jesus Cristo, que concede a Maria todos os títulos que fundamentam sua missão de Medianeira de todas as graças.
*
Por motivo análogo, a Mediação Universal de Maria não anula, amados filhos, a intercessão dos Santos e Anjos, todos eles também mediadores, amigos que são de Deus e benfeitores nossos. Suas preces são também valiosas, porém, não dispensam a intercessão de Maria. Com as da Mãe de Deus adquirem a eficácia de que sozinhas ficariam destituídas. Exprime esta verdade, de modo incisivo, o grande Doutor da Igreja, Santo Anselmo (+1109). Diz ele: “O mundo tem seus apóstolos, seus patriarcas, seus profetas, seus mártires, seus confessores e suas virgens: bons, excelentes auxiliares que eu desejo, súplice, invocar. Mas, Vós, Senhora, Vós sois melhor e mais elevada do que eles todos […]. O que eles podem convosco, Vós podeis sozinha e sem eles todos […]. Se Vós Vos calais, ninguém suplicará, ninguém me auxiliará. Falai, e todos pedirão, todos virão em meu auxílio” 60.
Mesmo o pecador empedernido, que nem sequer cogita da Mediação de Maria, que jamais a Ela recorre, é beneficiado pela intercessão da Virgem Mãe, e pode vir à conversão, porquanto
Ao mísero, que roga ao teu desvelo acode, e, as mais das vezes, por vontade livre, te praz sem súplica valê-lo61.
Em outras palavras, mesmo quando o fiel não recorre a Maria, Ela o faz espontaneamente e lhe alcança a graça que ele, infeliz, não soube pedir. Dante nos transmite a persuasão do povo fiel. Santo Anselmo, o ensino da Hierarquia: “Sem Vossa assistência – suplica ele à Virgem – eu sou um nada que retorna ao nada. Socorrei-me, e não recuseis só a mim o que concedeis a todos mesmo sem ser rogada62.
De um modo semelhante, amados filhos, não se opõe à Mediação Universal de Maria a eficácia sacramental na alma. Como sabeis, os Santos Sacramentos produzem na alma a Graça santificante, por si mesmos, ou na expressão clássica em Teologia, ex opere operato, isto é, pela virtude do próprio Jesus Cristo, de quem é vigário ou representante o ministro do Sacramento, servindo-se de um meio ao qual vinculou o Salvador essa causalidade na ordem sobrenatural.
É verdade que se poderia excogitar uma Mediação de Maria Santíssima incompatível com a Teologia Sacramental. Seria concebê-la como se Maria agisse diretamente na alma, nela criando, como causa eficiente, a Graça santificante. Mas, este conceito da Mediação Universal de Maria é falso. Maria é Medianeira de todas as graças porque nenhuma graça é aplicada ao homem sem que intervenha a Sua intercessão. A Tradição compendiou esta verdade numa expressão muito justa: “Maria – diz a piedade cristã – é a onipotência suplicante63. Ela é Medianeira porque suplica, intercede, e Deus Nosso Senhor quer que esta intercessão, esta súplica esteja presente para conceder Sua graça, Seu favor. Repitamos a palavra de São Bernardo: “Deus quis que tudo obtivéssemos por Maria64.
Como a graça sacramental está condicionada à recepção condigna do Sacremento, isto é, sem que a vontade lhe oponha o óbice da adesão do pecado, quem obtém de Deus, para um indivíduo, o benefício de receber o Sacramento, e de recebê-lo frutuosamente, pode e deve dizer-se que, com Sua intercessão, beneficiou o fiel com a graça sacramental. Em outras palavras, pode-se dizer que a própria graça sacramental está condicionada à Mediação de Maria, uma vez que Deus concede a graça da recepção frutuosa do Sacramento, como fruto da intercessão da Virgem Santíssima. Tanto mais que as boas disposições da alma, que contribuem para o pleno efeito da graça sacramental, são fruto de graças atuais condicionadas por Deus à intercessão de Maria.
Concluímos: nem a Mediação Universal de Maria Santíssima impede a causalidade própria dos Sacramentos; nem esta causalidade é dificuldade àquela Mediação Universal.
*
Quanto aos auxílios divinos outorgados pelo Senhor, como fruto de petições que os fiéis fazem subir diretamente ao Augusto Trono de Sua misericórdia, em nada extenuam a Mediação Universal de Maria Santíssima.
Porquanto, na economia da Graça fixada pela inefável bondade de Deus, Jesus é inseparável de sua Mãe Santíssima. A ordem da Encarnação envolve Mãe e Filho. Assim o determinaram livremente os carinhosos e insondáveis desígnios da Providência. Não há a menor dúvida de que a intercessão de Jesus Cristo, aliás ininterrupta, como o declara São Paulo (Heb 7, 27), é infinitamente suficiente para obter o agrado do Altíssimo, uma vez que corroborada pelos Seus méritos infinitos. Deus, porém, O quis inseparável de sua Mãe Santíssima, na realização de Seu múnus redentor. Por isso, diz muito exatamente São Bernardo, “Deus quis que tudo recebêssemos por Maria“. Não era uma exigência que se impunha. Foi uma benignidade inefável do amor divino. Eis que se aplica a estes rogos o princípio geral, segundo o qual, mesmo quando a Ela não recorrem, Ela espontaneamente acode com Sua prece65
E eis, amados filhos, até onde vai a misericórdia divina. Quase diríamos que, para aliviar nossa vergonhosa vida, dispôs Deus que, na reparação de nossa culpa, pudéssemos apresentar junto a Ele, como nosso representante válido e aceito, uma pessoa totalmente da nossa raça. Já é um Mistério inefável da bondade do Senhor prover à Redenção através da humilhação de seu Unigênito, que tomou a forma de escravo e apresentou-se como homem verdadeiro (Fl 2, 7). Pois a misericórdia divina, como que completou sua amabilidade conosco, associando uma pura criatura à obra da Redenção. Deu-nos uma possibilidade de participar no pagamento de nosso débito, de si inteiramente insolvável. Como a nos encarecer que seus favores eram também fruto de uma cooperação nossa, de um membro de nossa família. Verdadeiramente em Jesus, nascido de Maria, aparece a suave benignidade do Salvador nosso Deus. Demos sempre mil graças a Deus!
V
E podemos, amados filhos, concluir.
Que ação de graças não devemos elevar aos Céus, amados filhos, fazer soar válida e harmoniosamente aos ouvidos divinos, por esta inefável e amabilíssima disposição carinhosa da Providência, dando-nos Maria por Mãe, e tornando-a o canal de todas as graças que decorrem da abundância de Suas misericórdias! Tem aqui sua aplicação o dito do salmo: “Sua misericórdia está acima de todas as suas obras“. Não há dúvida de que o ponto culminante da misericórdia de Deus é o Verbo Encarnado, a obra-prima de uma bondade que só pode ser divina. Mas, podemos nós separar Maria Santíssima do Verbo Encarnado? Na ordem que aprouve à Providência estabelecer, Maria é elemento indispensável na Encarnação do Verbo. Ela é que, de Sua carne formou o corpo que tornou possível ao Filho de Deus vir a fazer parte da raça humana. De onde, é impossível pensar no Deus Humanado, sem que à mente surja a figura excelsa de sua doce Mãe, Maria.
Por tão amabilíssima disposição, elevou Deus a Maria Santíssima, de certo modo, à participação de sua Paternidade única. Pois, como o Padre Eterno diz com toda a propriedade ao seu Verbo: “meu Filho”, assim, Maria pode, com toda propriedade, dizer ao mesmo Filho de Deus: “meu Filho”, porquanto em Jesus há uma só Pessoa, a Pessoa do Filho de Deus, e foi esta Pessoa que Maria gerou na natureza humana.
E como as obras de Deus são perfeitas, o Altíssimo associou-A também à Sua inefável misericórdia.
Com toda a verdade aplicamos à Maria o que diz São Paulo da imensa bondade de Deus com relação aos homens: “Não poupou seu próprio Filho, pelo contrário, entregou-O para nossa salvação” (Rm 8, 32). Pois, como o Padre Eterno como que se despojou de seu Filho, esvaziando-O da glória celeste, quando Lhe deu um corpo mortal (Fl 2, 7) a fim de que pudesse imolar-se por nós, sórdidos pecadores; assim, a Virgem Maria, junto à Cruz, no Calvário, com o coração estraçalhado de acerbíssimas dores, não obstante em pé, varonilmente não poupa ao Unigênito bem amado, senão que O entrega à morte atrocíssima por nossa salvação. Não poupou seu Filho, senão que O entregou por todos nós (Rm 8, 32). Associa-se assim, à misericórdia do Padre Eterno, como, de algum modo fora associada à Paternidade, quando deu à luz ao Filho de Deus feito homem.
*
Eis que, diante do riquíssimo Mistério da Mediação Universal de Maria, devemos entoar ao Senhor dos Céus e da terra o hino de ação de graças, proclamando com o salmista: “Sua misericórdia está acima de todas as Suas obras“.
Depois, reflitamos, amados filhos, com freqüência, sobre a realidade sobrenatural em que vivemos, como verdadeiros filhos de Maria e colocados, por conseguinte, sob a suave ação materna de Maria Santíssima. E lembremo-nos do que diz de si, na Sagrada Escritura, a Sabedoria Increada e que a Sagrada Liturgia coloca nos lábios da Santa Mãe de Deus e Mãe nossa dulcíssima: “Os que agem em mim não pecarão” – “Qui operantur in me non peccabunt66. Vivamos sob o olhar de Maria, na dependência de Maria. Consagrados inteiramente a Ela, agiremos sempre dentro do ambiente que Lhe é próprio, feito do santo temor de Deus e impregnado de fé, pureza e caridade. Em semelhante ambiente marial não entra o pecado. É nele que agimos em Maria e por Maria e experimentamos a palavra da Escritura: os que agem em Maria não pecarão67.
Essa é a maneira de viver nossa fé na Mediação Universal de Maria. De onde, ou somos lógicos, e nos conservamos no seio materno de Maria, no Seu ambiente próprio, feito de castidade, mortificação do amor próprio e caridade divina e fraterna, ou nossa fé se esvazia, e se torna inútil como o sal insípido que para nada vale e se lança fora (Mt 5, 13).
Para realizarmos o ideal da vida em Maria, precisamos dos auxílios divinos, visto que “sem mim – diz o Senhor – nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Pois, a Medianeira de todas as graças nô-los obterá. Habituemo-nos a recorrer, com suma e inabalável confiança, à Maria. Lembremo-nos de que Ela é Mãe, e dá o que de bom Lhe pedimos, pois dispõe do tesouro inesgotável dos méritos de seu Divino Filho, e é por isso, a onipotência suplicante. Não vemos aqui na terra as angústias e quase desespero das mães que não vêem como satisfazer aos desejos de seus filhos? Não pensemos que Maria tem menos sentimentos maternais do que as mães da terra que, apesar de tudo, não conseguem depor totalmente seu egoísmo.
Recorramos, pois, a Maria, com inabalável confiança. Por maiores pecadores que sejamos, não nos falte a convicção de que Maria é poderosa, e quer expulsar o demônio de nossas almas e nos aliviar com as esperanças da vida eterna.
E sejamos assíduos na reza do Rosário, ou ao menos do Terço de Nossa Senhora. Das devoções à Santíssima Virgem, é esta a que nos leva a aprofundar o Mistério da Mediação Universal de Maria. De vez que, no Santo Rosário, entrelaçamos os mistérios da vida de Jesus Cristo e da vida de Maria, de maneira que, por ele, somos levados a assimilar as virtudes e a caridade do Senhor, guiados pelo exemplo e as mãos maternais de Maria.
Enfim, nossa gratidão exige que nos empenhemos por que chegue logo, muito brevemente, o momento feliz e oportuno, determinado pela Providência, em que, pela palavra infalível da Santa Igreja, seja colocada na coroa de glória que adorna a Mãe Santíssima de Deus, a Bem-aventurada Virgem Maria, mais esta estrela luminosa, o dogma de Maria Santíssima Medianeira de todas as graças.
Com esta intenção, desejamos que todos os nossos amados diocesanos rezem todos os dias a súplica “Lembrai-vos” inspirada em sermões de São Bernardo 68 que compendia não somente o amor ardente, a confiança e o devotamento filial que o Doutor Melífluo nutria com relação à Virgem Santíssima, como sua fé na Mediação Universal desse canal de todas as graças, que santifica todos os homens
a Mãe Santíssima de Deus e Mãe amabilíssima dos homens.
Dada e passada sob Nosso Sinal e selo de Nossas Armas na Nossa Episcopal Cidade de Campos, aos dezesseis dias do mês de junho do ano de mil e novecentos e setenta e oito, comemoração de Nossa Senhora do Monte Carmelo
+ Antonio, Bispo de Campos
Pe. Henrique Conrado Fischer, Chanceler

Mandamento
Nomine Domini invocato
Mandamos que esta Nossa Carta Pastoral seja lida e explanada aos fiéis à estação da Missa dominical, e nas reuniões das Associações Religiosas. Um seu exemplar seja arquivado na Paróquia ou Curato e uma breve síntese da mesma seja registrada no libro do Tombo.
Dado e passado em Campos na Nossa Cúria Episcopal, aos dezesseis dias do mês de julho do ano de mil e novecentos e setenta e oito, na Comemoração de Nossa Senhora do Monte Carmelo.
+ Antonio, Bispo de Campos
Pe. H. C. Fischer, Secretário do Bispado
* * * * *
Lembrai-Vos
 
“Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso de meus pecados, me prosto a Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia, e de me alcançar o que Vos rogo Amen”.

NOTAS

1.Circular de 23 de maio de 1978.

2.Cfr. a advertência feita pelo Sr. Arcebispo Coadjutor de Aparecida, D. Geraldo de Moraes Penido, em “Notícias”, da CNBB, 21-26\5\78.

3.Bossuet fez eco a Santo Agostinho no 2° sermão da 6ª feira da lª Semana da Paixão: “Sua carne [de Cristo] é a Vossa carne, ó Maria, seu Sangue o Vosso sangue” – J. B. Terrien, “Mère de Dieu, Mére des Hommes”, P. II, L.V, c. 1

4.Veja-se Gênesis 17, 5; 32, 28; Mt. 16, 18.

5.Sermão 51, c. 2, n.3 – H. Lennerz, “De Beata Virgine”, Univ. Greg., 1935.

6.> Símbolo niceno-constantinopolitano, que se recita na primeira parte da Santa Missa

7.Diálogo com Trifão, judeu – J. B. Terrien, O. C., L.1, c. 1

8.Adv. Haereses – Contra as Heresias, L.3, c. 22. Terrien, O. C., P. 2, L. 1, c. 1

9.De Carne Christi – Sobre a carne de Cristo – Lennerz, O. C

10.Assim, São Cirilo de Jerusalém, São Jerônimo, Santo Efrém, Santo Agostinho e outros, como pode ver-se em Terrien, O. C., P.2, L.1, c.1.

11.De Carne Christi – Sobre a carne de Cristo – Lennerz, O. C.

12.Quod Aeva tristis abstulit \Tu reddis almo germine“.

13.II Ped. 3, 16: “Nelas [nas cartas de São Paulo] há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para sua própria ruína, como o fazem também com as demais escrituras”.

14.Bula “Ineffabilis Deus“, de 8 de dezembro de 1854: “Foi por Deus revelada e por isso deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis, a doutrina que sustenta que a Beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado original. Tradução da Editora Vozes, Petrópolis – negrito nosso.

15.Abade de Claraval, verdadeiro Doutor Mariano, tão bem escreveu sobre a Virgem Maria, como Medianeira das Graças celestes. A expressão é do Sermão da festa da Natividade de Maria Santíssima, conhecido como “De Aquaeductu“, n. 4, Obras completas de São Bernardo, ed. Vivès, Paris, 1867, 3.° vol., p. 402. Se bem que São Bernardo tenha proporcionado a frase – Deus quis que tudo tivéssemos por Maria – de que se têm servido os últimos Papas para exprimir sua persuasão de que Maria é Medianeira de todas as graças, o pensamento, não obstante, remonta ao século II, pois já se encontra explícito nesta frase de Santo Irineu: “Deus quer que Ela seja o principio de todos os dons” – “Vult Deus ipsam omnium donorum esse principium” (Contra Valentinum, c. 33) – Em  C. Boyer, “Synopsis Praelectionum de B. Maria Virgine”, Pont. Univ. Greg., Roma, 1946, p. 52.

16.Citado por Lagrange, “L’Evangile de Saint Jean” — comentário ao Cap.17.

17.“Gratias tibi, Domina, \ Quae mater es facta nostra, \ Sub cruce salutífera \ Filio cooperans” – Terrien, O. C., P. II, L. IV, c. IV.

18.Mariale, q.29 – G. Alastruey, “Tratado da Virgem Santíssima”, P. III, c. IV.

19.Summa, p.IV, tit.15, c.2 – In Alastruey, o. e 1. c.

20.Encíclica “Quanquam pluries“, de 15 de agosto de 1889. Em Alastruey, O. C. 1. c.

21.Encíclica “Ad diem illum“, de 2 de fevereiro de 1904.

22.In “Io. Praefatio“, n. 6 – Em C. Boyer, O. C. p. 52-53.

23.Em Lagrange, o. e 1. c.

24.Datur mater discípulo \ Cum maximo mysterio \ Joannis sub vocabulo \ Quivis venit fidelis” – Terrien, o. c, P. II, L. IV, c. 1.

25.Veja-se Terrien, O. C, P.II, L.IV, c.1, II e sg.

26.Encíclica “Adiutricem populi christiani” de 5 de setembro de 1885.

27.Encíclica “Rerum Ecclesiae“, sobre as Missões de 28 de fevereiro de 1926.

28.In “La Sainte Bible”, Letouzey et Ané, Paris, 1946.

29.Veja-se Emilio Mersch, “Le Corps Mystique”, I volume, Descléé, Paris, 1936.

30.Adv. Haereses – Contra as Heresias, L. V., I, 1-3.Em Emilio Mersch, O. C., p. 332, nota.

31.Santo Agostinho, “De Virginitate“, c.6. – São Pio X, Encíclica “Ad diem illum” de 2 de fevereiro de 1904.

32.Este argumento é apresentado por São Luís Maria Grignion de Montfort, no seu “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, Cap. 1, art. 1, 2.° Princípio. Na tradução de D. Henrique G. Trindade, Ed. Vozes, n.° 32.

33.Sermão em louvor da SS. Virgem, em C. Boyer, O. C., p. 53.

34.Hom. in S. Mariae Zonam, n.° 5. Em Alastruey, O. C, P.III, c.3., art.I, Cuestión 2. Tesis 3 B; e em J. B. Terrien, O. C, P.II, L.V, c.2.

35.Oratio 37. Em Terrien, O. C., P.II, L.VII, c.4.

36.Sermão na festa da Natividade, “De aquaeductu”, n. 7.

37.Em C. Boyer, O. C, p. 54.

38.Tradução de José Pedro Xavier Pinheiro, Atena Editora, São Paulo. O texto original diz: “Donna, se tanto grande e tanto vali, \ Che, qual vuol grazia e a te non ricorre, \ Sua desienza vuol volar senz’ali” (Paradiso, 33, 13-15 – “La Divina Commedia di Dante Alighieri”, Edição do centenário da morte do poeta, Ulrico Hoepli Editor, Milão).

39.A.A.S., 1940, p. 145.

40.Bula de 27 de setembro de 1948.

41.Ampliatio privilegiorum Ecclesiae B. M. V. ab angelo salutatae in coenobio FF. Ord. Servorum B. M. V. Florentiae“, anno 1806 – Em Alastruey, O. c., P.III, c.4, art.3, Cuestión 1, Tesis.

42.Encíclica “Ubi primum” de 2 de fevereiro de 1849, em Alastruey, O. c, P.III, c.3, art.1, Cuestión 1, Tesis, 1.° Magistério de los Romanos Pontífices.

43.Encíclica de 22 de setembro de 1897, em Alastruey, O. e l. c.

44.Encíclica de 2 de fevereiro de 1904, em Alastruey, O. e 1. c.

45.A.A.S., 1918, p. 182.

46.Encíclica “Miserentissimus Redemptor” de 8 de maio de 1928, p. 178, A.A.S., 1928, p. 178

47.Encíclica de 29 de junho de 1943, A.A.S., 1943, p. 247-8.

48.Encíclica de 20 de novembro de 1947, A.A.S., 1947, p. 582-3.

49.A.A.S., 1960, p. 641.

50.Exortação Apostólica “Signum Magnum“, de 13 de maio de 1967, A.A.S., 1967, p. 468.

51.Is. 55, 1-3 e 5, na festa de Nossa Senhora Medianeira; Prov. 8, 22-24 e 32-35, na festa de Nossa Senhora do Rosário e na da Imaculada Conceição; Ec. 24, 5-7, 9-11 e 30-31, na festa de Nossa Senhora Rainha; Ec. 24, 23-31, na festa de Nossa Senhora de Guadalupe; Ec. 24, 14-16, na festa de Nossa Senhora Auxiliadora.

52.Missa concedida para alguns lugares no dia 27 de novembro.

53.Transcrito de J. B. Terrien, O. C, P.II, L.VI, c.2.

54.Decreto da S. C. dos Ritos, de 21 de janeiro de 1921, A.A.S., 1921, p.345. A concessão foi feita primeiro para a Bélgica. Estendeu-se depois a outros países, inclusive o Brasil, que a via no seu Calendário no dia 1° de outubro.

55.“Cuncta quae nobis meruit Redemptor \ Dona partitur Genitrix Maria”.

56.“Senhor Jesus Cristo, nosso Mediador ante o Pai Eterno, que constituístes Medianeira junto a Vós a Virgem Santíssima, Vossa Mãe e também Mãe nossa, fazei que todo aquele que, aproximando-se de Vós, Vos pedir favores, se alegre em alcança-los por seu intermédio. Vós que reinais, etc.”, Trad. de D. B. Kekeiser.

57.Élevations sur les mystères, 3ª elevação da 8ª semana.

58.Encíclica Adiutricem populi, de 5 de setembro de 1895, Terrien, O. C., P.II, L.V, c.1.

59.“Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, Cap. V, art. 2. Na tradução de D. Henrique Galland Trindade, editada pela Vozes, o trecho citado encontra-se sob o n.° 140. Toda esta obra de São Luís Grignion de Montfort visa criar nos fiéis a convicção profunda de que a Mediação de Maria como Mãe que gera, nutre e aperfeiçoa os membros do Corpo Místico de Cristo, é imprescindível para a salvação. Daí a necessidade de uma Verdadeira Devoção à Maria Santíssima.

60.Oração 46. Em Terrien, O. C., P.II, L.VII, c.2.

61.Dante, “Divina Comédia”, Paraíso, c. 33, 16-18. Tradução de Xavier Pinheiro, ed. cit. O texto italiano é o seguinte; “La tua benignita non pur soccorre \ A chi domanda, ma molte fiate \ Liberamente al domandar precorre” (ed. cit.).

62.Oração 46. Negrito nosso. Em Terrien, o. c., P. II, L. VII, c. 2.

63.A expressão da piedade popular resume a afirmação de Papas e teólogos. Veja-se Alastruey, O. C. P.III, c.4, Cuestión 5.

64.Como já notamos, este pensamento está no sermão da Natividade, conhecido como “De Aquaeductu“, sob o n.° 7. Análoga metáfora usa São Bernardino de Sena (+1444), para significar a mesma idéia da Mediação Universal de Maria: “Ela é – diz o Santo – o pescoço de nossa Cabeça pelo qual todos os dons espirituais são comunicados ao seu Corpo MísticoPor isso o Cântico dos Cânticos VII declara: Teu pescoço é como uma torre de marfim” (Sermão 10 do 1.° Domingo da Quaresma, e Sermão 4 da Conceição. In Terrien, O. C., P.II, L.VII, c.III, III.

65.Veja-se a Oração da Missa de Maria Medianeira de todas as graças, citada na nota 54.

66.Eclesiástico 24, 30. Trecho lido na Epístola das Missas de Maria Rainha, 31 de maio, e de Nossa Senhora de Guadalupe, 12 de dezembro.

67.São Luís Maria Grignion de Montfort, no seu “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, cap. VIII, art. 2, explana essa Vida em Maria.ou nossa fé se esvazia, e se torna inútil como o sal insípido que para nada vale e se lança fora (Mt. 5, 13).

68.Posterior a São Bernardo, o “Memorare”, ou “Lembrai-vos”, consoladora súplica dos fiéis do Universo todo, inspira-se sobretudo em dois sermões do Doutor Melífluo, o IV da Festa da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria e o de dentro da oitava dessa mesma festa (D.T.C., vol. II, col. 758). Na edição por Nós usada, os trechos se acham no volume III, p.  387, sob o  n.° 8 e p.  392, sob o n.° 15.


Fonte: http://permanencia.org.br/drupal/node/1078

Carta Encíclica Ad Diem Illum- São Pio X

Publicamos o texto integral da Encíclica Ad Diem Illum, do Papa São Pio X, sobre a Imaculada Conceição de Maria Santíssima. Boa leitura!


CARTA ENCÍCLICA

AD DIEM ILLUM

DO SUMO PONTÍFICE S.S. PIO X

Sobre o Cinquentenário da Proclamação do Dogma da Imaculada Conceição.

Liturgia Diária- 02/06/2018

SANTA MARIA IN SABATO

Missa Votiva- Missa “Salve Sancta Parens” com Comemoração dos Santos do Dia

O costume de consagrar o sábado a Nossa Senhora, remonta ao século IX. Na sua grande devoção para com Nossa Senhora, a Idade Média fez do sábado de cada semana um dia de festa própria em honra da Santíssima Virgem. 

Mistério insondável de amor de de pureza em que o divino se harmoniza com o humano, Maria a primeira das criaturas, a que se mostra mais perto de Deus, é a nossa rainha nos Céus. 

O seu culto resume o dos santos, ao mesmo tempo que o ultrapassa. A Igreja consagra-lhe os cânticos mais ternos e emotivos, porque se revê naquela que foi, com ela, concebida desde toda a eternidade no pensamento de Deus. Com solicitude infinita, a Santíssima Virgem, por seu lado, inclina-se para a Igreja e para os homens a quem entregou o próprio Filho. Elevemos fervorosa e confiadamente as nossas preces e louvores àquela a quem chamamos “Mãe de misericórdia” agraciada com os dons mais admiráveis. A sua bondade soberanamente maternal, irradiante de graça que eleva e purifica, tem todo o poder sobre o coração de Deus. 


SANTOS MARCELINO E PEDRO, Mártires, e S.ERASMO, Bispo e Mártir

Comemoração- 2ªs orações próprias

Pedro e Marcelino são dois mártires romanos que sofreram o martírio durante a perseguição de Diocleciano, cerca do ano 303. O primeiro era presbítero e o segundo exorcista. O seu culto era tão importante, que depois de dar a paz à Igreja, Constantino mandou construir em sua honra uma basílica, como em honra de São Pedro, S. Paulo, S. Lourenço e Santa Inês. Os seus nomes vêm no cânon da missa.

Santo Erasmo é um bispo da Ásia Menor, que pela mesma época morreu mártir na Campânia. O seu corpo foi trasladado para Gaeta no ano de 842. É geralmente representado com um sarilho, em que estão enrolados os seus intestinos. 


Páginas 802 a 805 e 1088 a 1090 do Missal Quotidiano.


Ato de Reparação e Desagravo a partir das 14 horas (ver programação) e Missa às 18:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes. 


Liturgia Diária- 02/02/2018

PURIFICAÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA

Festa de 2ª Classe- Missa Própria

A festa de hoje pretende simultaneamente celebrar a Apresentação no Templo e a Purificação da Senhora, 40 dias após o nascimento do Salvador. Enquadra-se, pois, por esta razão, no ciclo do Natal. A procissão das Candeias, que é hoje a procissão das velas, representa simbolicamente a aparição de Cristo, que é a luz do mundo, e o acolhimento que no Templo lhe fez o velho Simeão, declarando-o enviado de Deus, luz para esclarecer os povos e glória de Israel. O Templo que era centro da piedade judaica, ao receber Jesus dentro de seus muros, parece se deverá ter alargado as dimensões do universo. A subida de Jesus ao Templo é pois o tema principal da festa de hoje; mas o pensamento de Maria não se pode encontrar ausente de nenhuma das suas partes. É esta também uma das festas marianas mais antigas, senão até, a primeira de todas. Celebrou-se em Jerusalém, já no século IV, passou depois a Constantinopla e atingiu Roma, onde, no século VII, se encontra associada, no dia 2 de fevereiro, a uma procissão que parece anterior à festividade da Virgem.


Páginas 963 a 972 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 na Capela São Judas Tadeu, com Benção das Velas e Procissão.


LEITURAS

Epístola (Ml 3, 1-4)


A vinda do Senhor ao seu Templo inaugura a obra da purificação e santificação que os profetas anunciaram.


Leitura do profeta Malaquias.

Eis o que diz o Senhor Deus: Vou mandar o meu mensageiro para preparar o meu caminho. E imediatamente virá ao seu templo o Senhor que buscais, o anjo da aliança que desejais. Ei-lo que vem – diz o Senhor dos exércitos. Quem estará seguro no dia de sua vinda? Quem poderá resistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor, como a lixívia dos lavadeiros. Sentar-se-á para fundir e purificar a prata; purificará os filhos de Levi e os refinará, como se refinam o ouro e a prata; então eles serão para o Senhor aqueles que apresentarão as ofertas como convêm. E a oblação de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos anos de outrora.

Evangelho (Lc 2, 22-32)


No menino que é levado ao Templo, o velho Simeão, incarnando a ansiedade de Israel, saúda o Messias Salvador do mundo, ao mesmo tempo luz das nações e glória do seu povo.


Sequência do Santo Evangelho segundo São Lucas.

Naquele tempo: Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2);
e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei, tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos: Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel.

Liturgia Diária- II Domingo depois da Epifania

Domingo de 2ª Classe- Missa Própria

O evangelho e dois cânticos dele extraídos ligam estreitamente a liturgia deste domingo à liturgia do Tempo do Natal e da Epifania; o restante, porém, relaciona-se com os domingos seguintes. 

Rico de símbolos, o evangelho é a nota dominante. É duplo o seu simbolismo: as núpcias figuram a aliança; a água transformada em vinho, a superioridade, que o prenúncio da Eucaristia confere à nova aliança, com relação à antiga. “Que há aí de surpreendente que venha o Senhor a esta casa, assistir a núpcias, Ele que instituiu as núpcias?”, diz Santo Agostinho, em matinas, comentando os dois simbolismos. 


Páginas 99 a 103 do Missal Quotidiano. 


Missa Rezada às 9:30 horas na Capela São Judas Tadeu e Missa Cantada às 15:30 horas na Catedral Diocesana.


PRÓPRIO DO DIA

Introito (Salmo 65, 4.1-2)

Que a terra inteira Vos adore, e vos entoe um cântico; que entoe um cântico ao vosso nome, ó Altíssimo. Sl. Que a terra toda aclame o Senhor, e cante a glória do seu nome; que se glorie de O louvar. Glória ao Pai…

Coleta

Ó Deus eterno e onipotente, que governa todas as coisas da Terra e do Céu, ouvi, clemente, as preces do vosso povo, e dai a paz aos nossos tempos perturbados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Epístola (Rm 12, 6-16)


Durante três domingos consecutivos a epístola da missa é tirada da carta de São Paulo aos Romanos; os capítulos 12 a 14, em que recaiu a escolha, recordam os deveres do cristão.


Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos.

Irmãos: Temos dons diferentes, conforme a graça que nos foi conferida. Aquele que tem o dom da profecia, exerça-o conforme a fé. Aquele que é chamado ao ministério, dedique-se ao ministério. Se tem o dom de ensinar, que ensine; o dom de exortar, que exorte; aquele que distribui as esmolas, faça-o com simplicidade; aquele que preside, presida com zelo; aquele que exerce a misericórdia, que o faça com afabilidade. Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros. Não relaxeis o vosso zelo. Sede fervorosos de espírito. Servi ao Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Socorrei às necessidades dos fiéis. Esmerai-vos na prática da hospitalidade. Abençoai os que vos perseguem; abençoai-os, e não os praguejeis. Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram. Vivei em boa harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisa modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos.

Gradual (Salmo 106, 20-21)

O Senhor mandou a sua palavra, e curou-os; livrou-os da perdição. Louvemos o Senhor pela sua misericórdia, e pelas maravilhas que fez para salvar os homens.

Aleluia (Salmo 148, 2)

Aleluia, aleluia. Anjos de Deus louvai o Senhor; e vós, exércitos do Céu, glorificai-O. Aleluia.

Evangelho (Jo 2, 1-11) 


Comentando o papel de Nossa Senhora nas bodas de Caná, Santo Ambrósio sublinha o alcance da sua intervenção: a Virgem tinha aprendido na escola de seu Filho a não lhe pedir serviços ordinários, mas unicamente aqueles que só Deus é capaz de prestar.


Sequência do Santo Evangelho segundo João.

Naquele tempo, celebravam-se bodas em Caná da Galileia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho. Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser. Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas. Jesus ordena-lhes: Enchei as talhas de água. Eles encheram-nas até em cima. Tirai agora , disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos serventes. E levaram. Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo e disse-lhe: É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora. .Este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galileia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.

Ofertório (Salmo 65, 1-2.16)

Que a Terra inteira aclame o Senhor, e entoe um cântico ao seu Nome: Vinde e ouvi, e contar-vos-ei, a vós todos, que temeis o Senhor, quanto Ele fez pela minha alma, aleluia.

Secreta

Dignai-Vos santificar, Senhor, os dons que Vos oferecemos, e lavai-nos da nódoa dos nossos pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Comunhão (João 2, 7-11)

O Senhor disse: Enchei as talhas de água, e levai ao arquitriclino. Tendo o arquitriclino provado a água convertida em vinha, disse para o esposo: guardaste o melhor vinho para agora. Este foi o primeiro milagre que Jesus fez diante dos seus discípulos.

Pós-comunhão

Aumentai, Senhor, em nós, a ação de vosso poder, e fazei que a recepção dos vossos divinos mistérios nos prepare para recolhermos os frutos eternos de que esses mesmo mistérios encerraram a promessa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. 


PARTITURAS E ÁUDIOS DA MISSA

Liturgia Diária- 12/01/2018

MISSA DA FÉRIA

Féria de 4ª Classe– Comum do I Domingo depois da Epifania.

A partir dos 12 anos, os judeus eram obrigados a celebrar anualmente, em Jerusalém, as três festas da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos. O evangelho do domingo dentro da oitava da Epifania, o último evangelho que nos fala da infância de Jesus, o mostra na Cidade Santa, aonde foi com seus pais, para a festa da Páscoa. 

O termo da sua estadia em Jerusalém foi assinalado com um incidente, que São Lucas cuidadosamente notou. Jesus, criança ainda de 12 anos, mistura-se, no Templo, com os doutores, escutando-os e fazendo-lhes perguntas sobre essas questões debatidas, que Ele compreende luminosamente e discorre melhor que ninguém. Perante o espanto, a censura e a inquietação dos pais, dá a resposta, que só mais tarde será compreendida: “Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” É já o mistério da sua pessoa e da sua missão, que surge em cheio. No termo desta missão, Jesus há de aparecer, no Céu, cercado de anjos que O adoram; foi assim, com efeito, que São João viu o Filho do Homem, no apogeu da sua glória. O introito da Missa convida-nos a depor, rendidamente, as nossas adorações aos pés d’Aquele que, no apagamento de sua vida terrestre ou na exaltação do Céu, é eternamente o Filho de Deus humanado, que a Terra inteira aclama e serve com alegria. 


Páginas 92 a 95 do Missal QuotidianoEm razão da Comemoração do Batismo de Jesus ser celebrada também hoje na Capela, incluem-se as páginas 96 e 97.


Missa às 18:30 horas na Capela São Judas Tadeu. Missa em Ação de Graças pelo Aniversário de Ordenação de Padre José Leles.


LEITURAS

Epístola (Rm 12,1-5)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos.

Irmãos: Rogo-vos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito. Em virtude da graça que me foi dada, recomendo a todos e a cada um: não façam de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente modesto, de acordo com o grau de fé que Deus lhes distribuiu. Pois, como em um só corpo temos muitos membros e cada um dos nossos membros tem diferente função, assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro.

Evangelho (Lc 2, 42-52)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Quando Jesus completou doze anos, subiram eles [Jesus e seus pais] a Jerusalém, segundo o costume daquela festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. 

Liturgia Diária- 11/01/2018

SANTO HIGINO, Papa e Mártir

Memória– Missa da Féria, com 2ªs orações da Missa “Si diligis me”

Durante os quatro anos do seu pontificado (138-142), Santo Higino, que sucedeu São Telésforo na cadeira de São Pedro, teve de combater a heresia de Valentim, cujos erros se haviam espalhado no seio da comunidade romana.

 

LEITURAS

Epístola (Rm 12,1-5)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos.

Irmãos: Rogo-vos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito. Em virtude da graça que me foi dada, recomendo a todos e a cada um: não façam de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente modesto, de acordo com o grau de fé que Deus lhes distribuiu. Pois, como em um só corpo temos muitos membros e cada um dos nossos membros tem diferente função, assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro.

Evangelho (Lc 2, 42-52)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Quando Jesus completou doze anos, subiram eles [Jesus e seus pais] a Jerusalém, segundo o costume daquela festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. 

Liturgia Diária- 10/01/2018

MISSA DA FÉRIA

Comum do I Domingo depois da Epifania. (Domingo que cedeu lugar a Festa da Sagrada Família)

A partir dos 12 anos, os judeus eram obrigados a celebrar anualmente, em Jerusalém, as três festas da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos. O evangelho do domingo dentro da oitava da Epifania, o último evangelho que nos fala da infância de Jesus, o mostra na Cidade Santa, aonde foi com seus pais, para a festa da Páscoa. 

O termo da sua estadia em Jerusalém foi assinalado com um incidente, que São Lucas cuidadosamente notou. Jesus, criança ainda de 12 anos, mistura-se, no Templo, com os doutores, escutando-os e fazendo-lhes perguntas sobre essas questões debatidas, que Ele compreende luminosamente e discorre melhor que ninguém. Perante o espanto, a censura e a inquietação dos pais, dá a resposta, que só mais tarde será compreendida: “Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” É já o mistério da sua pessoa e da sua missão, que surge em cheio. No termo desta missão, Jesus há de aparecer, no Céu, cercado de anjos que O adoram; foi assim, com efeito, que São João viu o Filho do Homem, no apogeu da sua glória. O introito da Missa convida-nos a depor, rendidamente, as nossas adorações aos pés d’Aquele que, no apagamento de sua vida terrestre ou na exaltação do Céu, é eternamente o Filho de Deus humanado, que a Terra inteira aclama e serve com alegria. 

LEITURAS

Epístola (Rm 12,1-5)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos.

Irmãos: Rogo-vos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito. Em virtude da graça que me foi dada, recomendo a todos e a cada um: não façam de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente modesto, de acordo com o grau de fé que Deus lhes distribuiu. Pois, como em um só corpo temos muitos membros e cada um dos nossos membros tem diferente função, assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro.

Evangelho (Lc 2, 42-52)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Quando Jesus completou doze anos, subiram eles [Jesus e seus pais] a Jerusalém, segundo o costume daquela festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. 

Liturgia Diária- 09/01/2018

MISSA DA FÉRIA

Comum do I Domingo depois da Epifania. (Domingo que cedeu lugar a Festa da Sagrada Família)

A partir dos 12 anos, os judeus eram obrigados a celebrar anualmente, em Jerusalém, as três festas da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos. O evangelho do domingo dentro da oitava da Epifania, o último evangelho que nos fala da infância de Jesus, o mostra na Cidade Santa, aonde foi com seus pais, para a festa da Páscoa. 

O termo da sua estadia em Jerusalém foi assinalado com um incidente, que São Lucas cuidadosamente notou. Jesus, criança ainda de 12 anos, mistura-se, no Templo, com os doutores, escutando-os e fazendo-lhes perguntas sobre essas questões debatidas, que Ele compreende luminosamente e discorre melhor que ninguém. Perante o espanto, a censura e a inquietação dos pais, dá a resposta, que só mais tarde será compreendida: “Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” É já o mistério da sua pessoa e da sua missão, que surge em cheio. No termo desta missão, Jesus há de aparecer, no Céu, cercado de anjos que O adoram; foi assim, com efeito, que São João viu o Filho do Homem, no apogeu da sua glória. O introito da Missa convida-nos a depor, rendidamente, as nossas adorações aos pés d’Aquele que, no apagamento de sua vida terrestre ou na exaltação do Céu, é eternamente o Filho de Deus humanado, que a Terra inteira aclama e serve com alegria. 

LEITURAS

Epístola (Rm 12,1-5)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos.

Irmãos: Rogo-vos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito. Em virtude da graça que me foi dada, recomendo a todos e a cada um: não façam de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente modesto, de acordo com o grau de fé que Deus lhes distribuiu. Pois, como em um só corpo temos muitos membros e cada um dos nossos membros tem diferente função, assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro.

Evangelho (Lc 2, 42-52)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Quando Jesus completou doze anos, subiram eles [Jesus e seus pais] a Jerusalém, segundo o costume daquela festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. 

Liturgia Diária- 08/01/2018

MISSA DA FÉRIA

Comum do I Domingo depois da Epifania. (Domingo que cedeu lugar a Festa da Sagrada Família)

A partir dos 12 anos, os judeus eram obrigados a celebrar anualmente, em Jerusalém, as três festas da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos. O evangelho do domingo dentro da oitava da Epifania, o último evangelho que nos fala da infância de Jesus, o mostra na Cidade Santa, aonde foi com seus pais, para a festa da Páscoa. 

O termo da sua estadia em Jerusalém foi assinalado com um incidente, que São Lucas cuidadosamente notou. Jesus, criança ainda de 12 anos, mistura-se, no Templo, com os doutores, escutando-os e fazendo-lhes perguntas sobre essas questões debatidas, que Ele compreende luminosamente e discorre melhor que ninguém. Perante o espanto, a censura e a inquietação dos pais, dá a resposta, que só mais tarde será compreendida: “Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” É já o mistério da sua pessoa e da sua missão, que surge em cheio. No termo desta missão, Jesus há de aparecer, no Céu, cercado de anjos que O adoram; foi assim, com efeito, que São João viu o Filho do Homem, no apogeu da sua glória. O introito da Missa convida-nos a depor, rendidamente, as nossas adorações aos pés d’Aquele que, no apagamento de sua vida terrestre ou na exaltação do Céu, é eternamente o Filho de Deus humanado, que a Terra inteira aclama e serve com alegria. 

LEITURAS

Epístola (Rm 12,1-5)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos.

Irmãos: Rogo-vos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito. Em virtude da graça que me foi dada, recomendo a todos e a cada um: não façam de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente modesto, de acordo com o grau de fé que Deus lhes distribuiu. Pois, como em um só corpo temos muitos membros e cada um dos nossos membros tem diferente função, assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro.

Evangelho (Lc 2, 42-52)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Quando Jesus completou doze anos, subiram eles [Jesus e seus pais] a Jerusalém, segundo o costume daquela festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. 

 

Liturgia Diária- Festa da Sagrada Família

Domingo de 2ª Classe- Missa Própria

Concedida a certas dioceses por Leão XIII, em 1893, e estendida à Igreja universal por Bento XV, em 1921, a festa da Sagrada Família ocupou o lugar do domingo dentro da oitava da Epifania, cuja missa se transfere para o primeiro dia livre da semana. Jesus, José e Maria, na humilde casa de Nazaré! A santidade mais elevada nas condições de vida mais simples. Entre os acontecimentos que marcaram o nascimento do Salvador e o começo da sua vida pública, quis a Santa Igreja lembrar, todos os anos, este nobre exemplo em que as famílias autenticamente cristãs nunca deixarão de se inspirar, como modelo de santificação pela prática das virtudes familiares.


Páginas 88 a 92 do Missal Quotidiano.


Missa APENAS às 15:30 horas na Catedral Diocesana (1ª Comunhão).


LEITURAS

Epístola (Col 3, 12-17)


A atmosfera duma vida profundamente cristã é feita de bondade, caridade, compreensão mútua, oração, ação de graças e alegria no Espírito Santo.


Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Colossenses.

Irmãos: como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos. A palavra de Cristo permaneça entre vós em toda a sua riqueza, de sorte que com toda a sabedoria vos possais instruir e exortar mutuamente. Sob a inspiração da graça cantai a Deus de todo o coração salmos, hinos e cânticos espirituais. Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.

Evangelho (Lc 2, 42-52)


Jesus, aos 12 anos, perfeitamente instruído no ministério dos interesses do Pai, não deixa de viver em submissão a Maria e a José.


Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Quando Jesus atingiu doze anos, foi, junto com seus pais, a Jerusalém, segundo o costume da festa [da Páscoa]. Acabados os dias da festa [7 dias], quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens.

Liturgia Diária- 30/12/2017

OITAVA DE NATAL

Festa de 2ª Classe– Missa “Puer Natus”


LEITURAS

Epístola (Tt 3, 4-7)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo a Tito.

Caríssimo: Apareceu-nos a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor pelos homens; não foi pelas obras de justiça, que nós tivéssemos feito; mas foi pela sua misericórdia que Ele nos salvou, mediante o Batismo da regeneração e renovação do Espírito Santo, que Ele difundiu sobre nós abundantemente por Jesus Cristo, nosso Salvador; a fim de que, justificados pela sua graça, sejamos herdeiros da vida eterna, segundo a esperança que temos de a possuir um dia, em Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Evangelho (Lc 2, 15-20)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo: Os pastores diziam entre si: Vamos a Belém e vejamos o que lá aconteceu, e o que o Senhor nos manifestou. Partiram, pois, a toda pressa, e encontraram Maria e José, e o Menino deitado na manjedoura. Ao verem isto, reconheceram que era o que lhes tinha sido dito acerca do Menino. E todos os que os ouviram, se admiraram das coisas que lhes diziam os pastores. Maria, por seu lado, conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. Então, os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, conforme lhes tinha sido anunciado.

Liturgia Diária- 25/12/2017- Missa do Dia

FESTA DA NATIVIDADE DE NOSSO SENHOR

Festa de 1ª Classe- Missa Própria


MISSA DO DIA

Ter-se-á notado já que a liturgia do Natal insiste mais sobre as grandezas divinas do Verbo encarnado do que sobre a humilde condição do seu nascimento humano. Os textos da missa do dia acentuam ainda mais esta nota. 

O introito canta o nascimento dum menino, mas sobre os seus ombros assenta uma realeza universal e a Ele está confiada a salvação do mundo , Depois, a introdução da epístola aos Hebreus, um belíssimo capítulo dogmático sobre a grandeza incomparável do Filho de Deus. Com o prólogo de São João, como evangelho, não se podiam escolher textos mais vigorosos para mostrar a transcendência divina de Cristo e da missão que o trouxe à terra. 

Saibamos reconhecer no presépio o próprio Filho de Deus. “Tendo outrora, por muitas vezes e de vários modos, falado a nossos pais pela voz dos profetas, Deus, nestes tempos que são os últimos, falou-nos por meio de seu Filho, que constituiu herdeiro universal e por quem criou todas as coisas”. Nada melhor do que a lembrança destas grandes realidades para nos inculcar o verdadeiro significado do mistério do Natal. 

A estação, que outrora era em São Pedro, é agora em Santa Maria Maior, fulcro das recordações de Belém.


Páginas 52 a 56 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas  na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

Epístola (Heb 1, 1-12)


Superior aos anjos, anterior ao mundo por Ele criado, Cristo, Filho de Deus, tendo-nos purificado dos nossos pecados, e dado livre acesso a Deus, subsiste agora eternamente na glória do Pai.


Epístola de São Paulo Apóstolo aos Hebreus.

Deus, tendo falado outrora, muitas vezes e de muitos modos, a nossos pais, pelos profetas; ultimamente, nos nossos dias, falou-nos por meio de seu Filho, a Quem constituiu herdeiro de todas as coisas, por Quem criou também os séculos; o qual, sendo, como é, resplendor da sua glória e imagem da sua substância; e sustentando tudo com a sua palavra poderosa, depois de ter feito a purificação dos pecados, foi-se sentar à· direita da majestade de Deus, no mais alto dos Céus, feito tanto mais superior aos Anjos, quanto herdou um nome superior ao deles. Com efeito, a qual dos Anjos disse Ele alguma vez: ‘Tu és meu Filho: Hoje mesmo Te gerei’?! E noutra passagem: ‘Eu serei para Ele um Pai, e Ele será para Mim um Filho’?! E novamente, quando introduzir o seu primogênito no Mundo, dirá: Que todos os Anjos de Deus O adorem. Falando dos Anjos, diz: Ele fez seus Anjos os ventos, e seus ministros a chama de fogo. Porém, acerca do Filho, diz: “O teu trono, Ó Deus, subsistirá pelos séculos dos séculos; é um cetro de equidade o cetro do teu reino. Amaste a justiça, e aborreceste a iniquidade: por isso, ó Deus, o teu Deus ungiu-Te com o óleo da alegria, de preferência aos teus pares.” E ainda: “Tu; Senhor, no princípio, fundaste a Terra, e os. Céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas Tu permanecerás; todos envelhecerão como. um vestido: Tu os enrolarás como a uma capa, e, [tal qual um vestido], serão mudados. Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos nunca terão termo”.

Evangelho (Jo 1, 1-14)


São João pôs à cabeça do seu evangelho este maravilhoso prólogo, que a Igreja recorda a cada passo, preceituando-nos a sua leitura todos os dias, no fim da missa. O dia de Natal dá-nos e ensejo de melhor lhe saborear toda a riqueza doutrinal. O Verbo de Deus que subsiste desde toda a eternidade fez-se revelador do Pai e a luz dos homens. Todos aqueles que O recebem e se deixam por Ele iluminar, arranca-os às trevas do pecado e os faz renascer, pela graça, à vida nova dos filhos de Deus. 


Início do Santo Evangelho segundo João.

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio em Deus. Tudo foi feito por Ele, e nada de quanto se fez foi feito sem Ele. N’Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; esta luz brilhou nas trevas, e as trevas não a sufocaram. Surgiu um homem enviado por Deus, chamado João, o qual veio como testemunho, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por intermédio dele. Não era ele a luz, mas devia dar testemunho da luz. Ele [o Verbo] era a luz verdadeira, que a todo homem ilumina, vindo ao Mundo. Estava no Mundo, e o Mundo foi feito por Ele, mas o Mundo não O reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O acolheram. A todos, porém, quantos O receberam, deu Ele o poder de se tornarem filhos de Deus: isto é, àqueles que creem no seu nome; que nasceram, não do sangue, nem do desejo da carne, nem da vontade do homem, mas só de Deus. (Aqui se ajoelha) E O VERBO SE FEZ CARNE, e habitou entre nós; e nós vimos a sua glória, glória como de Filho Único do Pai, cheio de graça e de verdade.

 

Liturgia Diária- 25/12/2017- Missa da Aurora

FESTA DA NATIVIDADE DE NOSSO SENHOR

Festa de 1ª Classe- Missa Própria


MISSA DA AURORA

nascimento-de-jesus-08

A Missa da Aurora canta a aparição de Cristo luz, que vem arrancar-nos às trevas do pecado, transformar, pela graça, a nossa vida e aureolá-la com os clarões da sua divindade. Tirado da profecia de Isaías, cantada durante a Vigília, o introito anuncia a grandeza divina e a missão eterna do Menino reclinado no Presépio. 

Em Roma, esta segunda missa do Natal celebrava-se em Santa Anastásia, no sopé do Palatino, única paróquia situada no centro da velha Roma, no bairro dos patrícios. Santa Anastásia foi martirizada no começo do século IV, sendo lançada às chamas em Sirmium (Mitrowitz, Jugoslávia) durante a perseguição de Diocleciano. Vem no cânon da missa.


Missa do Dia do Natal às 18:30 horas  na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

Epístola (Tt 3, 4-7)


Tendo escutado a voz da misericórdia, a obra de Cristo, que veio ao mundo para transformar a nossa vida, é essencialmente obra de amor. 


Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo a Tito.

Caríssimo: Apareceu-nos a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor pelos homens; não foi pelas obras de justiça, que nós tivéssemos feito; mas foi pela sua misericórdia que Ele nos salvou, mediante o Batismo da regeneração e renovação do Espírito Santo, que Ele difundiu sobre nós abundantemente por Jesus Cristo, nosso Salvador; a fim de que, justificados pela sua graça, sejamos herdeiros da vida eterna, segundo a esperança que temos de a possuir um dia, em Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Evangelho (Lc 2, 15-20)


Os pastores no Presépio! Quantos pintores representaram esta cena tão querida da sensibilidade cristã! Todavia, a narrativa evangélica explana ainda melhor, na sua singeleza, o mistério do Recém-Nascido. 


Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo: Os pastores diziam entre si: Vamos a Belém e vejamos o que lá aconteceu, e o que o Senhor nos manifestou. Partiram, pois, a toda pressa, e encontraram Maria e José, e o Menino deitado na manjedoura. Ao verem isto, reconheceram que era o que lhes tinha sido dito acerca do Menino. E todos os que os ouviram, se admiraram das coisas que lhes diziam os pastores. Maria, por seu lado, conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. Então, os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, conforme lhes tinha sido anunciado.

Liturgia Diária- 25/12/2017- Missa do Galo

FESTA DA NATIVIDADE DE NOSSO SENHOR

Festa de 1ª Classe- Missa Própria


MISSA DO GALO (À MEIA-NOITE)

Nesta santa noite de Natal, a Igreja celebra o nascimento humano de Jesus, Filho de Deus, Salvador do mundo, em Belém. Gerado desde a eternidade pelo pai, o Verbo assumiu nossa natureza humana no seio da Virgem Maria, que lhe transmitiu , realmente, a sua carne. Nasceu num presépio. Ele, que vem partilhar de nossa vida humana, é Filho de Deus antes de o ser de Maria e agora fica a ser, rigorosamente, uma e outra coisa. A missa da noite sublinha este duplo aspecto de grandeza divina e humilde humanidade que constitui a própria essência do mistério natalício. O primeiro é particularmente vincado no introito, epístola, gradual e aleluia, ofertório e comunhão; o segundo, na admirável simplicidade do evangelho. 

A estação tem ligar em Santa Maria Maior, em homenagem à Virgem Mãe, e como preito de veneração pelo presépio de Belém. Com efeito, cinco pedaços de madeira carunchosa, considerados como fragmentos daquela manjedoura que serviu de berço ao Salvador, são, desde remotos tempos, objeto da devoção dos fiéis. 


Páginas 45 a 48 do Missal Quotidiano.


Missa às 20 horas na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

Epístola (Tt 2, 11-15)


Transformado pela graça, o cristão deve levar vida santa, signa daquele que se fez homem para o arrancar do pecado, e que há de voltar glorioso, no fim dos tempos, para recompensar, com prêmio eterno, a sua fidelidade.


Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo a Tito.

Irmãos: Manifestou-se, com efeito, a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens. Veio para nos ensinar a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver neste mundo com toda sobriedade, justiça e piedade, na expectativa da nossa esperança feliz, a aparição gloriosa de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, que se entregou por nós, a fim de nos resgatar de toda a iniquidade, nos purificar e nos constituir seu povo de predileção, zeloso na prática do bem. Eis o que deves ensinar, pregar e defender com toda a autoridade. E que ninguém te menospreze!

Evangelho (Lc 2, 1-14)


Eis que o Céu se une à Terra, Deus ao homem. A sóbria e comovedora descrição do nascimento em Belém é nimbada das claridades celestes e exaltada pelos coros angélicos. 


Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas. 

Naquele tempo apareceu um decreto de César Augusto, ordenando o recenseamento de toda a terra. Este recenseamento foi feito antes do governo de Quirino, na Síria. Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade. Também José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali,  completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura. E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência (divina).

 

Liturgia Diária- 24/12/2017- Vigília

VIGÍLIA DO NATAL DE NOSSO SENHOR

Festa de 1ª Classe- Missa Própria


A presente Missa é celebrado no dia 24 até as primeiras Vésperas, quando já se inicia o Tempo do Natal. Não se confunda com a Missa do Galo.


A vigília do Natal está impregnada de santa alegria. O “Hodie scietis”, repetido com insistência, traduz a alegria da Igreja. O magno acontecimento, que ela se prepara para celebrar, situa-se, é certo, no passado, mas a vinda do Salvador é sempre atual pela Redenção que oferece aos homens de todos os tempos. 

“Filho de Davi… Filho de Deus… restabelecido pela Ressurreição no seu poder de Filho de Deus”: eis como São Paulo evoca sucintamente o que Cristo é para nós. O seu nascimento em Belém, levá-lo-á à Paixão, À Ressurreição e a comunicar aos homens a sua graça e a sua glória. A vinda do Redentor anuncia a sua volta como juiz e vencedor: faz-se um de nós para nos levar conSigo para o Reino. 

É somente nesta ampla perspectiva que se pode compreender a liturgia do Natal, a qual, tomada no seu conjunto, é um hino à obra da Redenção, iniciada por Cristo no dia de seu aparecimento no mundo. A missa da vigília é impressionante, sobretudo vista esta luz. Quase todos os textos repisam a mesma ideia. Repare-se na coleta: o acolhimento que fizermos a Cristo, que vem nos resgatar, condicionará o que Ele nos reserva, quando vier julgar-nos. 


Missa da Noite de Natal (Missa do Galo) às 20 horas na Capela São Judas Tadeu. Não haverá Missa nos horários de costume.


LEITURAS

Epístola (Rm 1, 1-6)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos.

Irmãos: Paulo, servo de Jesus Cristo, escolhido para ser apóstolo, reservado para anunciar o Evangelho de Deus; este Evangelho Deus prometera outrora pelos seus profetas na Sagrada Escritura, acerca de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, descendente de Davi quanto à carne, que, segundo o Espírito de santidade, foi estabelecido Filho de Deus no poder por sua ressurreição dos mortos; e do qual temos recebido a graça e o apostolado, a fim de levar, em seu nome, todas as nações pagãs à obediência da fé, entre as quais também vós sois os eleitos de Jesus Cristo.

Evangelho (Mt 1, 18-21)

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados.

Liturgia Diária- 23/12/2017

SÁBADO DAS TÊMPORAS DO ADVENTO

Féria de 2ª Classe- Missa Própria

As Ordenações do sábado das Têmporas do Advento eram as únicas que Roma conheceu outrora. Era, por conseguinte, uma data importante. De resto, na missa está tudo marcado pelo cunho de uma liturgia antiga. As suas numerosas leituras, entrecortadas de cânticos e orações, lembram a forma primitiva das vigílias noturnas de Roma.

Os textos proféticos de Isaías evocam, de maneira impressionante, as grandezas do Messias e a missão divina que vem realizar. Os cantos realçam o apelo pungente da Igreja; as orações, a sua prece ardente para que, na Redenção que nos é oferecida, encontremos remédio para a nossa mísera condição. A epístola de São Paulo coloca-nos na perspectiva da segunda vinda, e o evangelho convida-nos a preparar os caminhos do Senhor, a endireitar suas veredas, dando-nos a certeza de que “todo homem verá a salvação de Deus”.


Páginas 26 a 34 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

I Leitura (Is 19, 20-22)

Leitura do profeta Isaías

Eis o que diz o Senhor Deus: E eles servirão de monumento ao Senhor na terra do Egito. Quando maltratados pelos opressores, invocarão o Senhor, e ele lhes enviará um salvador, um defensor que os libertará. O Senhor se dará a conhecer ao Egito, os egípcios conhecerão o Senhor naquele tempo, e lhe oferecerão sacrifícios e oblações; farão votos ao Senhor e os cumprirão. Quando o Senhor ferir os egípcios, será para curá-los; eles se voltarão para o Senhor, que se deixará aplacar e os curará.

II Leitura (Is 35, 1-7)

Leitura do profeta Isaías

Eis o que diz o Senhor Deus: O deserto e a terra árida regozijar-se-ão. A estepe vai alegrar-se e florir. Como o lírio ela florirá, exultará de júbilo e gritará de alegria. A glória do Líbano lhe será dada, o esplendor do Carmelo e de Saron; será vista a glória do Senhor e a magnificência do nosso Deus. Fortificai as mãos desfalecidas, robustecei os joelhos vacilantes. Dizei àqueles que têm o coração perturbado: Tomai ânimo, não temais! Eis o vosso Deus! Ele vem executar a vingança. Eis que chega a retribuição de Deus: ele mesmo vem salvar-vos. Então se abrirão os olhos do cego. E se desimpedirão os ouvidos dos surdos; então o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo dará gritos alegres. Porque águas jorrarão no deserto e torrentes, na estepe. A terra queimada se converterá num lago, e a região da sede, em fontes. No covil dos chacais crescerão caniços e papiros.

III Leitura (Is 40, 9-11)

Leitura do profeta Isaías

Eis o que diz o Senhor Deus: Subi a uma alta montanha, para anunciar a boa nova a Sião. Elevai com força a voz, para anunciar a boa nova a Jerusalém. Elevai a voz sem receio, dizei às cidades de Judá: Eis vosso Deus! Eis o Senhor Deus que vem com poder, estendendo os braços soberanamente. Eis com ele o preço de sua vitória; faz-se preceder pelos frutos de sua conquista; como um pastor, vai apascentar seu rebanho, reunir os animais dispersos, carregar os cordeiros nas dobras de seu manto, conduzir lentamente as ovelhas que amamentam.

IV Leitura (Is 45, 1-8)

Leitura do profeta Isaías

Eis o que diz o Senhor Deus: Eis o que diz o Senhor a Ciro, seu ungido, que ele levou pela mão para derrubar as nações diante dele, para desatar o cinto dos reis, para abrir-lhe as portas, a fim de que nenhuma lhe fique fechada: Irei eu mesmo diante de ti, aplainando as montanhas, arrebentando os batentes de bronze, arrancando os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei os tesouros enterrados e as riquezas escondidas, para mostrar-te que sou eu o Senhor, aquele que te chama pelo teu nome, o Deus de Israel. É por amor de meu servo, Jacó, e de Israel que escolhi, que te chamei pelo teu nome, com títulos de honra, se bem que não me conhecesses. Eu sou o Senhor, sem rival, não existe outro Deus além de mim. Eu te cingi, quando ainda não me conhecias, a fim de que se saiba, do levante ao poente, que nada há fora de mim. Eu sou o Senhor, sem rival; formei a luz e criei as trevas, busco a felicidade e suscito a infelicidade. Sou eu o Senhor, que faço todas essas coisas. Que os céus, das alturas, derramem o seu orvalho, que as nuvens façam chover a vitória; abra-se a terra e brote a felicidade e ao mesmo tempo faça germinar a justiça! Sou eu, o Senhor, a causa de tudo isso.

V Leitura (Dn 3, 47-51)

Leitura do profeta Daniel 

Eis o que diz o Senhor Deus: Então, as chamas, subindo a quarenta e nove côvados acima da fornalha, ultrapassaram a grade e queimaram os caldeus que se achavam perto. Mas o anjo do Senhor havia descido com Azarias e seus companheiros à fornalha e afastava o fogo. Fez do centro da fogueira como um lugar onde soprasse uma brisa matinal: o fogo nem mesmo os tocava, nem lhes fazia mal algum, nem lhes causava a menor dor. Então os três jovens elevaram suas vozes em uníssono para louvar, glorificar e bendizer a Deus dentro da fornalha, neste cântico:

Hino (Daniel 3, 52-56)

Bendito sois, Senhor, Deus dos nossos pais: E digno de louvor e glória por todos os séculos.
E bendito o santo nome da vossa glória: E digno de louvor e glória por todos os séculos.
Bendito sois no Templo santo da vossa glória: E digno de louvor e glória por todos os séculos.
Bendito sois pelo santo Trono do vosso Reino: E digno de louvor e glória por todos os séculos.
Bendito sois pelo Cetro da vossa Divindade: E digno de louvor e glória por todos os séculos.
Bendito sois Vós, que estais sentado sobre os Querubins, perscrutando os abismos: E digno de louvor e glória por todos os séculos.
Bendito sois Vós, que andais sobre as asas dos ventos, e sobre as ondas do mar: E digno de louvor e glória por todos os séculos.
Bendigam-Vos todos os Anjos e Santos: E que Vos louvem e glorifiquem por todos os séculos.
Bendigam-Vos os Céus, a Terra, o Mar e tudo o que neles existe: E que Vos louvem e glorifiquem por todos os séculos.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo: E ao que é digno de louvor e glória por todos os séculos.
Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém: E ao que é digno de louvor e glória por todos os séculos.
Bendito sois, Senhor, Deus dos nossos pais: E digno de louvor e glória por todos os séculos.

Epístola (2Tess. 2, 1-8)

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Tessalonicenses

Irmãos: No que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com ele, rogamo-vos, irmãos, não vos deixeis facilmente perturbar o espírito e alarmar-vos, nem por alguma pretensa revelação nem por palavra ou carta tidas como procedentes de nós e que vos afirmassem estar iminente o dia do Senhor. Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniquidade, o filho da perdição, o adversário, aquele que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus. Não vos lembrais de que vos dizia estas coisas, quando estava ainda convosco? Agora, sabeis perfeitamente que algo o detém, de modo que ele só se manifestará a seu tempo. Porque o mistério da iniqüidade já está em ação, apenas esperando o desaparecimento daquele que o detém. Então o tal ímpio se manifestará. Mas o Senhor Jesus o destruirá com o sopro de sua boca e o aniquilará com o resplendor da sua vinda.

Evangelho (Lc 3, 1-6)

Continuação do Santo Evangelho segundo Lucas.

No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca da Abilina, sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra do Senhor no deserto a João, filho de Zacarias. Ele percorria toda a região do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão dos pecados, como está escrito no livro das palavras do profeta Isaías (40,3ss.): Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Todo vale será aterrado, e todo monte e outeiro serão arrasados; tornar-se-á direito o que estiver torto, e os caminhos escabrosos serão aplainados. Todo homem verá a salvação de Deus.

 

Liturgia Diária- 22/12/2017

SEXTA-FEIRA DAS TÊMPORAS DO ADVENTO

Féria de 2ª Classe- Missa Própria

Enquanto vai evocando, um após outro, os mistérios que marcaram a preparação imediata do nascimento do Salvador (a Anunciação na última quarta-feira, hoje a Visitação), a Igreja continua a meditar as páginas mais belas de Isaías, acerca do Messias. Hoje convida-nos a reler aquela em que o grande profeta descreve, antecipadamente, o espírito que animará o Messias, na realização da sua missão salvífica: a plenitude do espírito de Deus descerá sobre Ele (epístola).


Páginas 24 a 26 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

 Epístola (Is 11, 1-5)

Leitura do livro do Profeta Isaías.

Assim fala o Senhor Deus: Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor. (Sua alegria se encontrará no temor ao Senhor.) Ele não julgará pelas aparências, e não decidirá pelo que ouvir dizer; mas julgará os fracos com equidade, fará justiça aos pobres da terra, ferirá o homem impetuoso com uma sentença de sua boca, e com o sopro dos seus lábios fará morrer o ímpio. A justiça será como o cinto de seus rins, e a lealdade circundará seus flancos.

Evangelho (Lc 1, 39-47)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador.

 

Liturgia Diária- 20/12/2017

QUARTA-FEIRA DAS TÊMPORAS DO ADVENTO

Féria de 2ª Classe- Missa Própria

As Quatro Têmporas representam uma velha tradição, muito querida da igreja romana. Quatro vezes no ano, na mudança das estações, se consagravam três dias da semana – quarta, sexta e sábado – ao jejum e à oração, a fim de invocar as bençãos de Deus para a nova estação e para as Ordenações, que tinham lugar na vigília de sábado para domingo. 

O Advento, cuja instituição é mais recente, veio a dar às Têmporas de Dezembro um caráter de espera e preparação para o Natal, o que desloca para segundo plano a a ideia de jejum e penitência. A missa da quarta-feira reserva lugar preponderante à Virgem Maria, tanto pela profecia de Isaías que nos diz que o Messias havia de nascer de uma virgem (IIª Leitura), como pelo evangelho, que é o da Anunciação. Conhecida pela primeira palavra do evangelho “Missus”, esta missa foi sempre muito venerada pelo povo cristão, zeloso em honrar a Virgem Santíssima com a memória do mistério da Anunciação. 


Páginas 21 a 24 e 1020 (Evangelho) do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

I Leitura  (Is 2, 2-5)

Leitura do livro do Profeta Isaías.

Naquele tempo, disse o profeta Isaías: No fim dos tempos acontecerá que o monte da casa do Senhor [a Igreja]estará colocado à frente das montanhas, e dominará as colinas. Para aí acorrerão todas as gentes, e os povos virão em multidão: Vinde, dirão eles, subamos à montanha do Senhor, à casa do Deus de Jacó: ele nos ensinará seus caminhos, e nós trilharemos as suas veredas. Porque de Sião deve sair a lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor. Ele será o juiz das nações, o governador de muitos povos. De suas espadas forjarão relhas de arados, e de suas lanças, foices. Uma nação não levantará a espada contra outra, e não se arrastarão mais para a guerra. Casa de Jacó, vinde, caminhemos à luz do Senhor, nosso Deus.

II Leitura (Is 7, 10-15)

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

Naqueles dias o Senhor disse ainda a Acaz: Pede ao Senhor teu Deus um sinal, seja do fundo da habitação dos mortos, seja lá do alto. Acaz respondeu: De maneira alguma! Não quero pôr o Senhor à prova. Isaías respondeu: Ouvi, casa de Davi: Não vos basta fatigar a paciência dos homens? Pretendeis cansar também o meu Deus? Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco. Ele será nutrido com manteiga e mel até que saiba rejeitar o mal e escolher o bem.

Evangelho (Lc 1, 26-38)


Eis a admirável cena de anunciação feita a Maria, tirada de São Lucas. Em contraste com a maldição desencadeada por Eva, Maria é proclamada bendita entre as mulheres, e o arcanjo Gabriel comunica-lhe os prodigiosos desígnios de Deus: dar por ela ao mundo o prometido Redentor. Tendo-se assegurado de que este nascimento miraculoso deixará intacta a sua virgindade, Maria aceita, e o mistério da união entre Deus e o homem cumpre-se nela pelo poder do Espírito Santo.


Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem? Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela.

 

Liturgia Diária- 12/12/2017

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

Padroeira principal da América Latina

Festa de 1ª Classe- Missa Própria com Comemoração da Féria

Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).

Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.

O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: “Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita…”

O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.

Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.

No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.


Páginas 4 a 6 [do Próprio do Brasil] do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

Leitura (Eclo 24, 23-31)

Leitura do Livro do Eclesiástico.

Cresci como a vinha de frutos de agradável odor, e minhas flores são frutos de glória e abundância. Sou a mãe do puro amor, do temor (de Deus), da ciência e da santa esperança, em mim se acha toda a graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da vida e da virtude. Vinde a mim todos os que me desejais com ardor, e enchei-vos de meus frutos; pois meu espírito é mais doce do que o mel, e minha posse mais suave que o favo de mel. A memória de meu nome durará por toda a série dos séculos. Aqueles que me comem terão ainda fome, e aqueles que me bebem terão ainda sede. Aquele que me ouve não será humilhado, e os que agem por mim não pecarão. Aqueles que me tornam conhecida terão a vida eterna. Tudo isso é o livro da vida, a aliança do Altíssimo, e o conhecimento da verdade.

Evangelho (Lc 1, 39-47)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador.

 

Liturgia Diária- 08/12/2017

IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA

Festa de 1ª Classe- Missa Própria

“Tota pulchra es. Toda sois formosa, ó Maria, e não há em vós mácula original”. Este grito de espanto, que faz de portada ao ofício da Imaculada Conceição, corresponde bem aos sentimentos, que dominam a humanidade, ao ver-se presa da sordidez do mal, na presença da pureza irradiante da Virgem Santíssima. Decretara Deus, desde toda a eternidade, fazer de Maria a Mãe do Verbo Encarnado e, por essa razão, a revestiu com as galas da santidade e lhe tornou a alma morada digna para seu Filho. A redenção total, que desde a Conceição, preservava a Senhora do contágio do mal, não deve separar-se da nossa própria redenção operada por Jesus. Colocada no coração do Advento, a festa da Imaculada Conceição anuncia os esplendores da encarnação redentora. Instituiu-a Pio IX, depois da proclamação do dogma, em 8 de dezembro de 1864, mas esta solenidade tinha já, na história da Igreja, mais de um precedente.

Já no século VII se celebrava no Oriente a festa da Conceição da Virgem Santíssima e no IX e XI vamos encontrá-la respectivamente na Irlanda e na Inglaterra. Estas festas antigas são a voz da tradição a testemunhar, a respeito de Nossa Senhora, o culto ininterrupto da sua pureza imaculada, e Pio IX, definindo dogma a Imaculada Conceição, não fez mais que precisar, em termos teológicos, o que vinha sendo, através dos séculos, a fé constante da Igreja. 


Páginas 917 a 921 do Missal Quotidiano.


Missa às 18:30 horas na Capela São Judas Tadeu.


LEITURAS

Epístola (Prov. 8, 22-35)


Poder e presença eterna na mente de Deus, solicitude com os interesses dos homens, que podem ouvindo-Lhe os conselhos, encontrar os caminhos da salvação, tais são os predicados da Sabedoria Eterna, que a Santa Igreja aplica a Nossa Senhora e igualmente a Jesus Cristo, tão intimamente ambos se associam na realização dos grandes desígnios de Deus.


Leitura do Livro da Sabedoria.

O Senhor me criou, como primícia de suas obras, desde o princípio, antes do começo da terra. Desde a eternidade fui formada, antes de suas obras dos tempos antigos. Ainda não havia abismo quando fui concebida, e ainda as fontes das águas não tinham brotado. Antes que assentados fossem os montes, antes dos outeiros, fui dada à luz; antes que fossem feitos a terra e os campos e os primeiros elementos da poeira do mundo. Quando ele preparava os céus, ali estava eu; quando traçou o horizonte na superfície do abismo, quando firmou as nuvens no alto, quando dominou as fontes do abismo, quando impôs regras ao mar, para que suas águas não transpusessem os limites, quando assentou os fundamentos da terra, junto a ele estava eu como artífice, brincando todo o tempo diante dele, brincando sobre o globo de sua terra, achando as minhas delícias junto aos filhos dos homens. E agora, meus filhos, escutai-me: felizes aqueles que guardam os meus caminhos. Ouvi minha instrução para serdes sábios, não a rejeiteis. Feliz o homem que me ouve e que vela todos os dias à minha porta e guarda os umbrais de minha casa! Pois quem me acha encontra a vida e alcança o favor do Senhor.

Evangelho (Lc 1, 26-28)


Da bela perícope de São Lucas, que refere a Anunciação, escolheu a Igreja, para hoje, a saudação do anjo, para no-la colocar nos lábios e nos convidar a meditar-lhe toda a profundidade do sentido.


Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo: Bendita és tu entre as mulheres”.

Liturgia Diária- 21/11/2017

APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA

Festa de 3ª Classe- Missa “Salve Santa Parens” com Coleta própria

maurpresmary

As três festas da Natividade de Nossa Senhora, do Santo Nome de Maria e da Apresentação, são como que o eco, no ciclo marial, das três primeiras festas do ciclo cristológico: Natal, Santo Nome de Jesus e Apresentação de Jesus no Templo. A festa da Apresentação de Nossa Senhora já existia no Oriente no século VI, sendo introduzida no Ocidente no século XIV, na corte dos papas de Avinhão. A consagração da Virgem Maria no Templo está intimamente unida à de Jesus. Que também a nossa se junte à de ambos. 

Oração (Coleta da Missa): Ó Deus, que quisestes que neste dia Vos fosse apresentada no templo a Bem-aventurada sempre Virgem Maria, a morada do Espírito Santo, fazei, Vos pedimos, que por sua intercessão, mereçamos ser apresentados no templo de vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que sendo Deus convosco vive e reina em união com o mesmo Espírito, por todos os séculos dos séculos. Amém.

LEITURAS

Leitura (Eclo 24, 14-16)

Leitura do Livro do Eclesiástico.

Desde o início, antes de todos os séculos, ele me criou, e não deixarei de existir até o fim dos séculos; e exerci as minhas funções diante dele na casa santa. Assim fui firmada em Sião; repousei na cidade santa, e em Jerusalém está a sede do meu poder. Lancei raízes no meio de um povo glorioso, cuja herança está na partilha de meu Deus; e fixei minha morada na assembléia dos santos.

Evangelho (Lc 11, 27-28)

Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.

Naquele tempo, enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram! Mas Jesus replicou: Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!

Capítulo XVIII – Mãe de quem? “Do meu Senhor”! [Nossa Senhora]

“Ó Santa e imaculada virgindade, não sei com que louvores Vos possa exaltar; pois quem os céus não podem conter, Vós O levastes em vosso seio”

Os pontos mais controversos entre católicos e protestantes, como não poderia deixar de sê-lo, são os que tocam diretamente Mãe e Filho. Como nada há de oculto que não venha cedo ou tarde revelar-se, vamos presenciando nos dias atuais a “rédea solta” e desenfreada do ódio a este divino par, e de forma cada vez menos oculta ou disfarçada. Sinais dos tempos! No que diz respeito ao Filho, o mencionarei no próximo capítulo. Em relação à Mãe, basta com os exemplos das inúmeras imagens de Maria que como nunca vêm sendo profanadas, deste a destruição física por parte de protestantes, muçulmanos e pagãos[1], até sua nefasta utilização em apresentações “artísticas” e, o que é pior, em reuniões e cultos “ecumênicos” com direito à (triste) presença de nossos prelados. Nada que não se esperasse do pai das trevas e seus filhos.

À título de introdução, para se ter uma pequena ideia, nos estudos sobre Nossa Senhora, onde a Teologia destinou uma disciplina específica por nome Mariologia, há páginas já na casa dos milhares. E ainda não se disse tudo. Outrossim, depois do Santo Sudário de Turim (IT), o objeto mais estudado em todo o mundo é a manta de San Juan Diego na que se vê estampada, há mais de 500 anos, uma imagem da Virgem denominada de Guadalupe (ME), de origem sobrenatural. E isso nos diz alguma coisa.

Não poderia, por isso, ficar de fora deste trabalho tema tão candente. Aqui vai, com a devida vênia, meu “óbolo da viúva”.

Liturgia Diária- 12/10/2017

FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA

Padroeira do Brasil

Festa de 1ª Classe- Missa da Imaculada Conceição, com Coleta e Epístola próprias

A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG). Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.

Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e desta vez abundantes peixes encheram a rede. A imagem ficou com Filipe, durante anos, até que presenteou seu filho, o qual usando de amor à Virgem fez um oratório simples, onde passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.

Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha). No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.

O Papa Pio X em 1904 deu ordem para coroar a imagem de modo solene. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando em 1929 o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus. Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus.


Páginas 917 a 921 40 a 41 [do Próprio do Brasil]