QUARTA-FEIRA DA 2ª SEMANA DA QUARESMA
A epístola nos oferece hoje a oração de Mardoqueu, uma das mais belas que o Antigo Testamento nos legou. A Igreja fá-la sua e a põe, bastas vezes, nos lábios. A prece do povo de Deus conserva sempre o mesmo acento; baseia-se na onipotência do Senhor, nas suas promessas, na sua bondade e misericórdia para com o povo eleito.
O evangelho lembra-nos a necessidade de participar dos sofrimentos de Cristo, de “beber o seu cálice”, para entrar na glória do Reino celeste. Efetivamente, a grande lição de renúncia de si, para serviço de Deus e do próximo, apresenta-se, aqui, como qualquer coisa premente.
Páginas 205 a 208 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).
Missa às 18:30 horas na Capela São Judas Tadeu.
LEITURAS
Leitura (Ester 13, 8-11; 15-17)
Leitura do Livro de Ester
Naqueles dias Mardoqueu orou ao Senhor, recordando tudo o que havia feito: Senhor, disse, Senhor, rei todo-poderoso, tudo está realmente no vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade, se tendes resolvido salvar Israel. Fizestes o céu e a terra e todas as maravilhas que se acham sob a abóbada celeste. Sois o Senhor universal e ninguém poderia opor-se a vós, o Senhor. E agora, Senhor, que sois meu Deus e meu rei, Deus de Abraão, poupai vosso povo, pois nossos inimigos nos querem arruinar e destruir vossa antiga herança. Não desprezeis a vossa porção, que vós resgatastes do Egito. Ouvi minha oração! Sede propício para com a partilha de vossa herança, e mudai em gozo nossa dor, a fim de vivermos para celebrar vosso nome, Senhor, e não fecheis a boca daqueles que vos louvam, ó Senhor!
Evangelho (Mt 20, 17-28)
Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus.
Naquele tempo: Subindo para Jerusalém, durante o caminho, Jesus tomou à parte os Doze e disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte. E o entregarão aos pagãos para ser exposto às suas zombarias, açoitado e crucificado; mas ao terceiro dia ressuscitará. Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica. Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda. Jesus disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu devo beber? Sim, disseram-lhe. De fato, bebereis meu cálice. Quanto, porém, ao sentar-vos à minha direita ou à minha esquerda, isto não depende de mim vo-lo conceder. Esses lugares cabem àqueles aos quais meu Pai os reservou. Os dez outros, que haviam ouvido tudo, indignaram-se contra os dois irmãos. Jesus, porém, os chamou e lhes disse: Sabeis que os chefes das nações as subjugam, e que os grandes as governam com autoridade. Não seja assim entre vós. Todo aquele que quiser tornar-se grande entre vós, se faça vosso servo. E o que quiser tornar-se entre vós o primeiro, se faça vosso escravo. Assim como o Filho do Homem veio, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por uma multidão.