Liturgia Diária – 14/04/2022 – Quinta-feira “In Coena Domini”

Féria de 1ª Classe – Missa Própria – Estação em S. João de Latrão

Feria-Quinta in Coena Domini, isto é, Quinta-feira da ceia do Senhor, eis como a Liturgia designa o dia de hoje. Este nome nos indica o grande acontecimento que a santa Igreja comemora: a instituição do Sacrifício e Sacramento da Eucaristia e do Sacramento da Ordem.

Como no domingo de Ramos, reunimo-nos em S . João de Latrão, Mãe de todas as igrejas de Roma e do Universo, a mais nobre e mais antiga basílica, catedral do supremo Pastor da Igreja. Nela se conserva e venera ainda hoje a mesa em que o divino Salvador celebrou a última Ceia. O altar de nossa igreja é uma continuação daquela venerável mesa.

A Missa é festiva, com os paramentos brancos. Canta-se o Glória, durante o qual tocam festivamente os sinos, que depois emudecem até o Glória na Missa da Vigília Pascal.

Poucas passagens há, no ano eclesiástico, tão impressionantes e comovedoras para o coração do crente, quanto esta Missa; em que se mesclam alegria imensa e profunda tristeza.

Hoje só é celebrada uma santa Missa, durante a qual todos os Sacerdotes (e todos os Cristãos assim o deveriam fazer) recebem a sua Comunhão pascal da mão do Celebrante.

O memorável decreto “Maxima redemptionis nostrae mysteria” de 16/11/1955 com que a Sagrada Congregação dos Ritos, obedecendo a um mandado do Santo Padre Pio XII, renovou toda a liturgia da Semana Santa, prescreve que essa Missa in Coena Domini seja celebrada entre as 17 e as 20 horas.

Depois do Evangelho e da Homilia, pode-se realizar a cerimônia do Lava-pés.

A Santa Comunhão só pode ser distribuída durante a Missa ou logo depois dela e deve ser dada com partículas consagradas nessa mesma Missa.

Depois dia Missa, faz-se a solene transladação do SSmo. Sacramento para um altar lateral, que tenha sido ornamentado e preparado para esse fim desse altar se fará a pública adoração da Santa Reserva até meia-noite. 

Instrução – O Sacramento do Amor – sobre a instituição da Eucaristia – Pe. Júlio Maria de Lombaerde (clique aqui e leia)


Páginas 392 a 406 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Liturgia Diária- Quinta-feira “In Coena Domini”

Féria de 1ª Classe- Missa Própria – Estação em S. João de Latrão

Feria-Quinta in Coena Domini, isto é, Quinta-feira da ceia do Senhor, eis como a Liturgia designa o dia de hoje. Este nome nos indica o grande acontecimento que a santa Igreja comemora: a instituição do Sacrifício e Sacramento da Eucaristia e do Sacramento da Ordem.

Como no domingo de Ramos, reunimo-nos em S . João de Latrão, Mãe de todas as igrejas de Roma e do Universo, a mais nobre e mais antiga basílica, catedral do supremo Pastor da Igreja. Nela se conserva e venera ainda hoje a mesa em que o divino Salvador celebrou a última Ceia. O altar de nossa igreja é uma continuação daquela venerável mesa.

A Missa é festiva, com os paramentos brancos. Canta-se o Glória, durante o qual tocam festivamente os sinos, que depois emudecem até o Glória na Missa da Vigília Pascal.

Poucas passagens há, no ano eclesiástico, tão impressionantes e comovedoras para o coração do crente, quanto esta Missa; em que se mesclam alegria imensa e profunda tristeza.

Hoje só é celebrada uma santa Missa, durante a qual todos os Sacerdotes (e todos os Cristãos assim o deveriam fazer) recebem a sua Comunhão pascal da mão do Celebrante.

O memorável decreto “Maxima redemptionis nostrae mysteria” de 16/11/1955 com que a Sagrada Congregação dos Ritos, obedecendo a um mandado do Santo Padre Pio XII, renovou toda a liturgia da Semana Santa, prescreve que essa Missa in Coena Domini seja celebrada entre as 17 e as 20 horas.

Depois do Evangelho e da Homilia, pode-se realizar a cerimônia do Lava-pés.

A Santa Comunhão só pode ser distribuída durante a Missa ou logo depois dela e deve ser dada com partículas consagradas nessa mesma Missa.

Depois dia Missa, faz-se a solene transladação do SSmo. Sacramento para um altar lateral, que tenha sido ornamentado e preparado para esse fim desse altar se fará a pública adoração da Santa Reserva até meia-noite. 

Instrução – O Sacramento do Amor – sobre a instituição da Eucaristia – Pe. Júlio Maria de Lombaerde (clique aqui e leia)


Páginas 392 a 406 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Instrução – O Sacramento do Amor (Quinta-feira Santa)

A ceia legal estava terminada.

De repente, Jesus tomou em suas mãos um dos pães ázimos, que havia ficado na mesa, benzeu-o, e, levantando os olhos para o céu, deu-o a seus Apóstolos, dizendo: Tomai e comei, isto é o meu corpo!

Profundo silêncio acolheu estas palavras: silêncio de admiração, sem dúvida, mas também de fé humilde e submissa, porque todos conservavam a lembrança da promessa feita à margem do lago: O pão que darei é a minha carne para vida do mundo. Minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue verdadeiramente bebida. (João VI. 5 2) .

Meditemos hoje, estas palavras divinas, no dia mesmo em que foram pronunciadas por Jesus, realizando o maior e o mais estupendo dos milagres: o da transubstanciação do pão em seu corpo, sangue, alma e divindade. Vejamos : 
     I – O fato da instituição.
     II – O amor que a inspirou.

Liturgia do dia: clique aqui e acesse.

I – O FATO DA INSTITUIÇÃO

Ninguém duvida, o Mestre acaba de realizar a grande promessa.

Entre nós, quando se dá cumprimento a um acontecimento memorável, este se anuncia com grande alarde, cerca-se de aparato, que o põe em destaque, descrevem-se-lhe com palavras elogiosas as belezas, os benefícios. Jesus não quer fazer como os homens; Ele quer agir como Deus; ora, é próprio de Deus fazer uma grande obra com poucas palavras ou ações. O que Jesus vai fazer não é nada menos do que um ato criador. Sem discursos preparatórios, sem explicações elogiosas, ele toma o pão, e o transforma em seu próprio corpo. A palavra divina realiza o que significa. No começo do mundo, Deus havia dito: Faça-se a luz! e a luz surgiu do nada!

Sobre o túmulo de Lázaro, morto e sepultado, Jesus havia dito: Lázaro, sai! e Lázaro voltou à vida.

Sobre o cadáver do jovem de Naim, Jesus havia dito: Jovem, levanta-te! e o mancebo reviveu. 

Aqui, Jesus diz simplesmente sobre o pão, que tinha nas mãos: Isto é o meu corpo! e é verdadeiramente o seu corpo adorável, real , vivo, capaz de multiplicar-se infinitamente.

Que simplicidade ! Que clareza nestas palavras! Que ausência de fraseados! Que autoridade divina!

Sente-se no tom da voz, na majestade, na ausência de palavras supérfluas, que tal frase é criadora. Disse; e isto é! Nenhuma objeção é possível. É a clareza do raio, e o espírito atemorizado nada tem a objetar, disse um dos fundadores do protestantismo, Melanchton, num momento de sinceridade.

Quando o Salvador propõe comparações, parábolas, usa de expressões tão claras que sejam compreendidas por todos. Aqui, sem nada preparar, suavizar, explicar nem antes, nem depois, ele disse simplesmente: Isto é o meu corpo! e é verdadeiramente o seu corpo adorável.

II – O AMOR QUE A INSPIROU

O mistério da presença real de Jesus Cristo é tão grande, que deslumbra o espírito humano.

Pensar que Deus vai mudar esta Hóstia em sua própria substância, que vai ficar no meio dos homens, que pretende ser o alimento das suas almas! Mas, em recompensa de que, Jesus opera tal milagre? Que é que fez o mundo para Jesus, para merecer tal recompensa?

Quando o doce Menino, o Filho de Deus, o Verbo Eterno baixou à terra, este mundo o recebeu e o hospedou do modo pior possível, num estábulo, entre dois animais; e no fim da sua vida, há-de pregá-lo vivo numa cruz, entre dois  Iadrões. Um Herodes procurou dar-lhe a morte, e outro Herodes o fará passar por louco. Uns tentaram precipitá-lo sob um montão de pedras. Ah ! Senhor, será possível, que após tais maus tratos, insultos e blasfêmias, instituas para os homens, um Sacramento tão inefável ! tão divino! Tu, Senhor, que és o pão dos anjos, tu consentirás em tornar-te o pão dos ingratos? Ah! lembra-te, Senhor, do que disseste um dia à Cananeia: Não é bom tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães (Mateus XV, 26).

Como é que tua majestade e santidade podem resolver se a entrar na boca de um Judas? na alma de um Lutero? no peito de um Voltaire, nas entranhas de um Calles?

Como é possível que te sujeites a qualquer Sacerdote, por indigno que seja, baixando ao menor sinal dele, do seio de teu Pai, até as mãos impuras ? Meu Deus! que mistério insondável! E este mistério chama -se: o amor de Deus para com os homens.

* * *

Quem aprofundará este abismo ? É o infinito Sic Deus dilexit mundum!

Ouço a voz de Jesus ressoar a meus ouvidos, e murmurar, triste mas amoroso: Ah, eu o sei, muitas vezes a minha morada será um tabernáculo grosseiro.

A minha igreja será rústica, deserta Até nas grandes solenidade, muitos maus cristãos me voltarão as costas. Outros permitir-se-ão insolências e ultrajes. Heréticos e gentios me lançarão como pasto aos animais, nas ruas e nas cloacas. Outros ferirão as minhas aparências com punhais. Serei na Hóstia Santa, coberto de escárnios, esmagado aos pés, lançado ao fogo. Eu sei tudo isto! Não importa. Se os homens são ingratos, eu não deixarei de amá-los; a sua maldade não vencerá a minha misericórdia! Quis legem dat amanti?

Eu quero amar até ao fim e amar sem limites. Se houver ingratos, haverá também almas generosas, amantes, anjos da minha Eucaristia ! e o amor destes últimos será o contra-peso da ingratidão dos outros! As Catarina de Sena, as Teresa, as Madalena de Pazzi, as Rosa de Lima, as Colomba de Rieti, as Margarida Maria, as Teresinha, os Santo Tomás, os São Boaventura, os Santos Afonso de Ligório, os São João da Cruz, os Francisco de Sales, de Assis, de Xavier, os Inácio, os Domingos, os João Vianney, me farão esquecer a tibieza, a maldade e o desprezo de milhares de outros!

Por amor destas almas puras, eucarísticas, porei as minhas delícias em morar com os homens. (Sal. 8-31).

III – CONCLUSÃO

Eis o que a Igreja nos apresenta na festa da instituição da Sagrada Eucaristia: o amor infinito do Filho de Deus, condenando-se a si mesmo a ser o prisioneiro de amor, dos nossos Tabernáculos e o alimento de nossas almas.

Como prisioneiro ele quer ser visitado.

Como alimento, ele quer ser comido. No dia de hoje, aproveitemos a ocasião para fazer-lhe uma visita prolongada, em seu sepulcro, onde ele jaz vivo, amoroso, esperando a gratidão de seus filhos. E durante estes dias Santos, façamos a nossa Comunhão pascoal, recebendo este Jesus em nosso coração, como a nossa luz, nossa fôrça, a nossa consolação. Amor com amor se paga.

Sic nos amantem, quis non redamaret!


Fonte: O Evangelho das Festas Litúrgicas e dos Santos mais populares. 2ª Edição: Manhumirim: O Lutador, 1952. pp. 146-149. (saiba mais sobre a obra e as postagens)

Liturgia Diária- Quinta-feira “In Coena Domini”

Féria de 1ª Classe- Missa Própria – Estação em S. João de Latrão

Feria-Quinta in Coena Domini, isto é, Quinta-feira da ceia do Senhor, eis como a Liturgia designa o dia de hoje. Este nome nos indica o grande acontecimento que a santa Igreja comemora: a instituição do Sacrifício e Sacramento da Eucaristia e do Sacramento da Ordem.

Como no domingo de Ramos, reunimo-nos em S . João de Latrão, Mãe de todas as igrejas de Roma e do Universo, a mais nobre e mais antiga basílica, catedral do supremo Pastor da Igreja. Nela se conserva e venera ainda hoje a mesa em que o divino Salvador celebrou a última Ceia. O altar de nossa igreja é uma continuação daquela venerável mesa.

A Missa é festiva, com os paramentos brancos. Canta-se o Glória, durante o qual tocam festivamente os sinos, que depois emudecem até o Glória na Missa da Vigília Pascal.

Poucas passagens há, no ano eclesiástico, tão impressionantes e comovedoras para o coração do crente, quanto esta Missa; em que se mesclam alegria imensa e profunda tristeza.

Hoje só é celebrada uma santa Missa, durante a qual todos os Sacerdotes (e todos os Cristãos assim o deveriam fazer) recebem a sua Comunhão pascal da mão do Celebrante.

O memorável decreto “Maxima redemptionis nostrae mysteria” de 16/11/1955 com que a Sagrada Congregação dos Ritos, obedecendo a um mandado do Santo Padre Pio XII, renovou toda a liturgia da Semana Santa, prescreve que essa Missa in Coena Domini seja celebrada entre as 17 e as 20 horas.

Depois do Evangelho e da Homilia, pode-se realizar a cerimônia do Lava-pés.

A Santa Comunhão só pode ser distribuída durante a Missa ou logo depois dela e deve ser dada com partículas consagradas nessa mesma Missa.

Depois dia Missa, faz-se a solene transladação do SSmo. Sacramento para um altar lateral, que tenha sido ornamentado e preparado para esse fim desse altar se fará a pública adoração da Santa Reserva até meia-noite. 

Instrução – O Sacramento do Amor – sobre a instituição da Eucaristia – Pe. Júlio Maria de Lombaerde (clique aqui e leia)


Páginas 392 a 406 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


[Fotos] Missa da Quinta-feira “In Coena Domini”

Compartilhamos algumas fotos da Missa da Quinta-feira Santa (In Coena Domini), celebrada pelo Revmo. Padre José Leles. Clique aqui e confira.

 

Liturgia Diária- Quinta-feira “In Coena Domini”

Féria de 1ª Classe- Missa Própria – Estação em S. João de Latrão

Feria-Quinta in Coena Domini, isto é, Quinta-feira da ceia do Senhor, eis como a Liturgia designa o dia de hoje. Este nome nos indica o grande acontecimento que a santa Igreja comemora: a instituição do Sacrifício e Sacramento da Eucaristia e do Sacramento da Ordem.

Como no domingo de Ramos, reunimo-nos em S . João de Latrão, Mãe de todas as igrejas de Roma e do Universo, a mais nobre e mais antiga basílica, catedral do supremo Pastor da Igreja. Nela se conserva e venera ainda hoje a mesa em que o divino Salvador celebrou a última Ceia. O altar de nossa igreja é uma continuação daquela venerável mesa.

A Missa é festiva, com os paramentos brancos. Canta-se o Glória, durante o qual tocam festivamente os sinos, que depois emudecem até o Glória na Missa da Vigília Pascal.

Poucas passagens há, no ano eclesiástico, tão impressionantes e comovedoras para o coração do crente, quanto esta Missa; em que se mesclam alegria imensa e profunda tristeza.

Hoje só é celebrada uma santa Missa, durante a qual todos os Sacerdotes (e todos os Cristãos assim o deveriam fazer) recebem a sua Comunhão pascal da mão do Celebrante.

O memorável decreto “Maxima redemptionis nostrae mysteria” de 16/11/1955 com que a Sagrada Congregação dos Ritos, obedecendo a um mandado do Santo Padre Pio XII, renovou toda a liturgia da Semana Santa, prescreve que essa Missa in Coena Domini seja celebrada entre as 17 e as 20 horas.

Depois do Evangelho e da Homilia, pode-se realizar a cerimônia do Lava-pés.

A Santa Comunhão só pode ser distribuída durante a Missa ou logo depois dela e deve ser dada com partículas consagradas nessa mesma Missa.

Depois dia Missa, faz-se a solene transladação do SSmo. Sacramento para um altar lateral, que tenha sido ornamentado e preparado para esse fim desse altar se fará a pública adoração da Santa Reserva até meia-noite.


Páginas 392 a 406 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963)


Missa às 19 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes.


Liturgia Diária- 29/03/2018

MISSA COMEMORATIVA DA CEIA DO SENHOR, LAVA-PÉS OU MANDATO

Féria de 1ª Classe- Missa Própria

Precisamente no momento em que os inimigos Lhe maquinavam a morte, o Salvador institui um meio de perpetuar o seu sacrifício redentor e de imortalizar a sua presença. Em recordação da Última Ceia, celebra hoje a Igreja o santo Sacrifício, no meio de radiante alegria: ministros com paramentos de festa, canto do Glória ao som do órgão e dos sinos. 

A princípio, há uma só missa em cada Igreja. No dia de aniversário da instituição da Eucaristia, isto tem por fim recordar que h´um só sacerdócio, a quem Jesus confiou o múnus de renovar perpetuamente o seu sacrifício (epístola). Nas orações do cânon da missa, no “Communicantes” e no momento mesmo da consagração, a Igreja evoca, com emoção, a memória de Jesus, ao instituir e celebrar o sacrifício de ação de graças, na véspera da sua Paixão. 


Páginas 396 a 406 do Missal Quotidiano (D. Gaspar Lefebvre, 1963).


Missa Cantada às 20 horas na Capela São Judas Tadeu, com adoração do Santíssimo Sacramento após a Missa.


LEITURAS

Epístola (I Cor 11, 20-32)


A descrição que São Paulo nos faz na última Ceia apresenta-se, no contexto, enquadrada entre várias prescrições, concernentes à caridade fraterna. Não foi esse, com efeito, o mandamento novo, que Jesus legou aos seus discípulos, precisamente neste dia? E o sacrifício da missa, realização sacramental (como a Ceia), do sacrifício da Cruz, não é, ele também, fator supremo da unidade cristã?


Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Coríntios.

Irmãos: Quando vos reunis, já não é para comer a ceia do Senhor, porquanto, mal vos pondes à mesa, cada um se apressa a tomar sua própria refeição; e enquanto uns têm fome, outros se fartam. Porventura não tendes casa onde comer e beber? Ou menosprezais a Igreja de Deus, e quereis envergonhar aqueles que nada têm? Que vos direi? Devo louvar-vos? Não! Nisto não vos louvo… Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação. Esta é a razão por que entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos. Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, sendo julgados pelo Senhor, ele nos castiga para não sermos condenados com o mundo.

Evangelho (Jo 13, 1-15)


A instituição da Eucaristia foi descrita na epístola. O evangelho transmite-nos a grande lição de caridade fraterna, de que Jesus quis deixar um exemplo inolvidável, curvando-se diante dos discípulos, para lhes lavar os pés. 


Sequência do Santo Evangelho segundo João.

Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou. Durante a ceia, – quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -, sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela. Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: Senhor, queres lavar-me os pés!… Respondeu-lhe Jesus: O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve. Disse-lhe Pedro: Jamais me lavarás os pés!… Respondeu-lhe Jesus: Se eu não tos lavar, não terás parte comigo. Exclamou então Simão Pedro: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. Disse-lhe Jesus: Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!… Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: Nem todos estais puros. Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: Sabeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós.


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