“Ele (o protestante) não acredita, convencionalmente, no que a Bíblia diz, pela simples razão de que a Bíblia não diz nada. Você não pode colocar um livro no banco das testemunhas e perguntar o que ele quer dizer.”
(Chesterton)
Nosso povo é marcado pela fé, portanto, um povo crédulo, que acredita. Ocorre que a fé sem a caridade, sabedoria e humildade, não raro torna-se fanatismo, crendice e estupidez, por mais boa-fé que se tenha. Como exemplo, vejamos como Cristo responde à nada sábia e humilde boa-fé de Pedro: “Retira-te de mim, Satanás; tu serves-me de escândalo, porque não tens a sabedoria das coisas de Deus, mas das coisas dos homens” (Mt XVI, 23). Não será demais lembrar que Jesus referia-se aqui ao espírito maligno que acabara de dar umas baforadas nos ouvidos do apóstolo sugerindo-lhe uma “boa intenção” para com o Mestre, e isso logo após aquele ter permitido que o Espírito Santo o inspirasse a profissão de fé que lhe granjearia a “… chave do reino dos céus” (v. 18). Nesta mesma linha ensinará S. Paulo ao povo de Corinto: “Portanto, quem julga estar de pé, tome cuidado para não cair” (1 Cor X, 12). Algo a se ter em mente o tempo todo, todo o tempo, sobretudo aos que se consideram já salvos apenas por ter “aceitado Jesus”.
