Liturgia Diária- Festa de Cristo Rei (28/10)

Festa de 1ª Classe- Missa Própria 

Para concluir solenemente o ano jubilar de 1925, o Santo Padre Pio XI instituiu a nova Festa de “Cristo Rei”. Seria esta solenidade Uma insistente admoestação para a humanidade inteira reconhecer a Jesus Cristo, o Filho de Deus, como Rei universal do mundo. A Ele se sujeitem os Reis e os Príncipes, os Magistrados e Juízes, as artes e as leis (Hino das Vésperas). Cristo deve reinar no espírito dos homens pela fé, na sua vontade pela obediência às leis de Deus e da
Igreja, seu Reino visível, nos corações pelo amor e ainda nos próprios corpos para que sejam santos para Deus (Encíclica). E preciso que o povo seja constantemente instruído a respeito desta verdade. “Uma solenidade anual terá mais eficácia para realizá-lo do que todos os documentos mesmo os mais graves do magistério eclesiástico” Os textos do Ofício divino, como os da Santa Missa, nos falam vivamente desta doutrina. Particularmente reparemos o fruto do Reinado de Cristo sobre os homens: Ele é o Rei, cujo império trará União e paz para a humanidade (Oração, Secreta e Communio).


Páginas 1357 a 1360 do Missal Quotidiano. 


Missa Rezada às 09:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes e Missa Cantada às 15:30 horas na Catedral Santa Terezinha.


[Re]leia a Nota sobre as Eleições, clicando aqui.


PRÓPRIO DO DIA

Introito (Ap 5, 12. 1. 6 | Sl 71, 1)

Dignus est Agnus qui occísus est, accípere virtútem, et divinitátem et sapiéntiam, et fortitúdinen, et honórem. Ipsi glória et impériun in sæcula sæculórum. Ps. Deus, judícium tuum Regi da: et justítiam tuam Fílio Regis. V. Gloria Patri O Cordeiro que foi imolado, é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a fôrça e a honra. A Ele, a glória e o império por todos os séculos dos séculos. Sl. Ó Deus, daí ao Rei a vossa equidade, e ao
Filho do Rei a vossa justiça. V. Glória ao Pai.

Coleta

Omnípotens sempitérne, Deus, qui in dilécto Fílio tuo, universórum Rege, ómnia instauráre voluísti: concéde propítius; ut cunctæ famfíliæ Géntium, peccáti vúlnere disgregátæ, ejus suavíssimo subdántur império: Qui tecum vivit et regnat. Ó Deus onipotente e eterno, que tudo quisestes incorporar em vosso amado Filho, o Rei de todas as coisas, concedei, propício, que todas as famílias das nações desagregadas pela chaga do pecado, se submetam ao seu suavíssimo poder, Ele, que, sendo Deus, convosco vive e reina.

Epístola (Col 1, 12-20)

Cristo é o primeiro em todas as coisas, tanto na ordem da criação como na ordem da salvação. É o princípio da unidade da Igreja, instrumento da unidade da Igreja, instrumento da reconciliação dos homens com Deus, pela morte na cruz. 

Léctio Epístolæ beáti Pauli Apóstoli ad Colossenses.

Fratres: Grátias ágimus Deo Patri, qui dignos nos fecit in partem sortis sanctórum in lúmine, qui erípuit nos de potestáte tenebrárum, et tránstulit in regnum Fílii dilectiónis sua, in quo habémus redemptiónem per sánguinem ejus, remissiónem peccatórum. Qui est imágo Dei invisíbilis, primogénitus ómnis creatúræ; quóniam in ipso cóndita sunt univérsa in coelis et in terra, visibília et invisibília, sive throni, sive dominatiónes principátus, sive potestátes: ómnia per ipsum et in ipso creáta sunt: et ipse est ante omnes, et ómnia in ipso constant. Et ipse est caput córporis Ecclésiæ, qui est princípium, primogénitus ex mórtuis: ut sit in ómnibus ipse primátum tenens: quia in ipse complácuit omnem plenitúdinem inhabitáre; et per eum reconciliáre ómnia, in ipsum, pacífican’s per sánguinem crucis ejus, sive quæ in terris, sive quæ in coelis sunt, in Christo Jesu Dómino nostro.

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Colossenses. 

Irmãos. Damos graças a Deus Padre, que nos fez dignos de participar da sorte e herança dos Santos na luz; que nos tirou do poder das trevas e nos transportou ao Reino do Filho do seu Amor. Nele, por
seu Sangue, temos a redenção, a remissão dos pecados. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criatura. Porque Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, quer as visíveis, quer as invisíveis,- os Tronos, as Dominações, os Principados, as Potestades tudo foi criado por Ele e Nele. E Ele está acima de todas as coisas, e todas subsistem por Ele. Ele é também a Cabeça do Corpo da Igreja, é o principio, o primogênito dentre os mortos.
Ele em tudo tenha a primazia, porque foi do agrado do
Pai que n’Ele residisse toda a plenitude [da perfeição divina]: para que se reconciliassem por Ele todas as coisas, pacificando pelo Sangue derramado na Cruz, tanto as coisas da terra como as coisas dos céus no Cristo Jesus, Senhor nosso.

Gradual (Sl 71, 8. 11 | Dn 7, 14)

Dominábitur a mari usque ad mare, et a flumine usque ad términos orbis terrárum. V. Et adorábunt eum omnes reges terræ: omnes Gentes sérvient ei.

Allelúia, allelúia. V. Potéstas ejus, potéstas ætérna, quæ non auferétur: et regnum ejus, quod non corrumpétur. Allelúia.

Ele domina de mar a mar, e desde o rio até as extremidades da terra. V. Todos os reis da terra O adoram e os povos todos O servem.

Aleluia, aleluia. , V. Seu poder é um poder eterno, que não Lhe será tirado,- e seu Reino nunca haverá de perecer. Aleluia.

Evangelho (Jo 18, 33-37)

“O meu reino não é deste mundo”. A realeza messiânica de Jesus nada tem que ver com as realezas deste mundo; é de ordem espiritual. É uma afirmação do direito de Cristo de reinar sobre as vidas humanas desde este mundo, para se prolongar na eternidade. 

Sequéntia sancti Evangélii secúndum Joannem. 

In illo témpore: Dixit Pilátus ad Jesum: Tu es Rex Judæórum? Respóndit Jesus: “A temetípso hoc dicis, an alii dixérunt tibi de me?” Respóndit Pilátus: Numquid ego Judæus sum? Gens tua, et pontífices tradidérunt te mihi: quid fecisti? Respóndit Jesus: “Regnum meum non est de hoc mundo. Si ex hoc mundo esset regnum meum, minístri mei útiquè decertárent ut non tráderer Judeis: nunc autem regnum meum non est hint.” Dicit ítaque ei Pilátus: Ergo Rex es tu? Respóndit Jesus: “Tu dicis, quia Rex sum Ego. Ego in hoc natus sum, et ad hoc veni in mundum, ut testimónium perhíbeam veritáti: omnis qui est ex veritáte, audit vocem Meam.”

Sequência do Santo Evangelho segundo João.

Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: És tu o Rei dos judeus ? Respondeu Jesus: Dizes isso por ti mesmo ou foram outros que to disseram de mim? Respondeu Pilatos: Sou eu, por ventura, judeu? Tua gente e os pontífices Te entregaram a mim. Que fizeste pois? Respondeu Jesus: Meu Reino não é deste mundo. Se o
meu Reino fosse deste mundo, meus servos pelejariam, para que eu não fosse entregue aos judeus: porém agora meu Reino não é daqui. Disse-Lhe então Pilatos: Logo, Tu és Rei ? Respondeu Jesus: Tu dizes: Eu sou Rei. Eu para isto nasci e para isto vim ao mundo, a fim de dar testemunho à verdade. Todo aquele que é da verdade, ouve a minha voz.

Ofertório (Sl 2,8)

Póstula a me, et dabo tibi Gentes hereditátem tuam, et possessiónem tuam términos terræ. Pede-me, e eu te darei as nações por tua herança, e estenderei o teu domínio até os limites da terra.

Secreta

Hóstiam tibi, Dómine, humánæ reconciliatiónis offérimus: præsta, quæsumus; ut quem sacrifíciis præséntibus immolámus, Ipse cunctis Géntibus unitátis et pacis dona concédat, Jesus Christus, Fílius tuus Dóminus noster: Qui tecum vivit et regnat. Nós Vos oferecemos, Senhor, a hóstia para reconciliação dos homens pedindo-Vos que Aquele que no presente Sacrifício imolamos, conceda a todas as nações os Dons da união e da paz, Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Senhor, que, sendo Deus, convosco vive e reina.

Prefácio (de Cristo Rei)

Vere dignum et justum est, æqum et salutáre, nos tibi semper, et ubique grátias ágere: Dómine sancte, Pater omnípotens, ætérne Deus. Qui unigénitum Fílium tuum Dóminum nostrum Jesum Christum, Sacerdótem ætérnum et universórum Regem, óleo exsultatiónis unxísti: ut seípsum in ara crucis, hóstiam immaculátam et pacíficam, ófferens, redemptiónis humánæ sacraménta perágeret: et suo subjéctis império ómnibus creatúris, ætérnum et universále regnum imménsa tuæ tráderet Majestáti: regnum veritátis et vitæ; regnum sanctitátis et grátiæ; regnum justítiæ, amóris et pacis. Et ideo cum Angelis et Archángelis, cum Thronis et Dominatiónibus, cumque omni milítia cæléstis exercitus, hymnum glóriæ tuæ cánimus, sine fine dicéntes:

Sanctus, Sanctus, Sanctus…

Verdadeiramente é digno e justo, razoável e salutar, que sempre e em todo o lugar, Vos demos graças, ó Senhor santo, Pai onipotente, eterno Deus, a Vós que ungistes com o óleo da alegria o vosso Unigênito Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, como Sacerdote eterno
e Rei de todas as coisas para que, imolando-se na ara da Cruz, qual Vítima imaculada e pacífica, realizasse o Mistério sagrado da redenção do homem, e, ficando
todas as criaturas sujeitas a seu império, desse à vossa
imensa Majestade um reino eterno e universal, reino de
verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz. E por isso com os Anjos e os Arcanjos, com os Tronos e as Dominações e com toda a milícia do exército celestial, cantamos hinos à vossa glória, dizendo sem fim:
Santo, Santo, Santo…

Comunhão (Sl 28, 10.11)

Sedébit Dóminus Rex in ætérnum: Dóminus benedícet pópulo suo in pace. O Senhor se assentará como Rei eternamente,- o Senhor abençoará o seu povo com a paz.

Pós-comunhão

Immortalitátis alimóniam consecúti, quæsumus, Dómine: ut, qui sub Christi Regis vexíllis militáre gloriámur, cum Ipso, in coelésti sede, júgiter regnáre possímus: Qui tecum vivit et regnat.  Havendo recebido o Alimento da imortalidade, Vos suplicamos, Senhor, que, gloriando-nos de combater sob o estandarte do Cristo-Rei, possamos reinar com Ele na celestial mansão. Ele, que, sendo Deus,
convosco vive e reina.

Traduções de D. Beda Keickesen, à exceção dos comentários nas leituras. 

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