Liturgia Diária- I Domingo da Paixão

Domingo de 1ª Classe- Missa Própria

“Pai, se for possível, afaste-se de Mim este cálice. Todavia, faça-se a vossa vontade, e não a minha!”.

Os últimos dias, que nos separam da prisão de Jesus, mostram-no constantemente como objeto de ódio de seus inimigos. Mas, que grandeza divina no modo como Ele próprio vai ao encontro da Paixão, senhor dos acontecimentos, dominando os adversários, seguro da “sua hora”, aquele em que, pela obediência ao Pai e pela efusão do sangue, vai realizar-se a Redenção!

“Avançam os estandartes do Rei: é o mistério da Cruz, em que a Vida sofreu a morte, e pela morte restaurou a vida” (hino das vésperas). No limiar destas augustas semanas, a Igreja mostra-nos, em Jesus, a vítima imaculada do sacrifício, que se preparara, e também o vencedor da morte – o príncipe da vida.

Os pensamentos da Igreja vão exclusivamente para Jesus. Ela continua a oferecer a Deus a penitência quaresmal dos fiéis, mas a sua atenção concentra-se na Paixão do Senhor, de quem nos vem a salvação. Isto é particularmente sensível nas partes cantadas das missas desta semana e da Semana Santa. Os textos, em vez de estarem no plural, estão, o mais das vezes, na primeira pessoa do singular; Cristo fala só. Toma sobre si a prece a angústia de todos. Ele é o justo perseguido, que a morte atemoriza, que os pecadores ameaçam, que implora graça e justiça. 


Páginas 295 a 299 do Missal Quotidiano.


Missa Rezada às 9:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes (Rua Mário Paganini, 220, Roosevelt) e Missa Cantada às 15:30 horas na Catedral Santa Terezinha.  


PRÓPRIO DO DIA

Intróito (Salmo 42, 1-2;3)


Cristo encarregou-se da nossa causa e advoga-a junto de Deus.


Fazei-me justiça, Senhor, e apoiai a minha causa contra um povo infiel: livrai-me do homem perverso e enganador, já que sois o meu Deus e a minha fortaleza. Sl. Enviai, Senhor, lá do Céu, a vossa luz e a vossa verdade, para que me conduzam ao vosso monte santo, e à vossa morada -Fazei-me justiça, Senhor. 

Coleta

Dignai-Vos olhar benignamente, Senhor, para o vosso povo, governando-o com a vossa graça, quanto ao corpo, e defendendo-o, com a vossa assistência, quanto à alma. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Epístola (Heb 9, 11-15)


Substituindo todos os sacrifícios da antiga Lei, o sacrifício de Cristo é de tal perfeição, que basta para expiar, duma vez para sempre, os nossos pecados e para franquear-nos, de novo, a porta do Céu.


Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Hebreus. 

Irmãos: Veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não construído por mãos humanas (isto é, não deste mundo), sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna. Pois se o sangue de carneiros e de touros e a cinza de uma vaca, com que se aspergem os impuros, santificam e purificam pelo menos os corpos, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu como vítima sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas para o serviço do Deus vivo? Por isso ele é mediador do novo testamento. Pela sua morte expiou os pecados cometidos no decorrer do primeiro testamento, para que os eleitos recebam a herança eterna que lhes foi prometida.

Gradual (Salmo 142, 9.10; 14, 48-49)

Arrancai-me, Senhor, das mãos dos meus inimigos, e ensinai-me a fazer a vossa vontade. Porque Vós sois Quem me salva da fúria do povo, e Quem me exalta sobre aqueles que investem contra mim: arrancai-me-eis das mãos do homem perverso. 

Trato (Salmo 128, 1-4)

Muitas vezes me têm combatido desde a minha juventude. Israel que o diga: muitas vezes me combateram, desde a minha juventude. Todavia, nada puderam comigo os pecadores, que se atiravam às minhas costas. Alongaram os seus sulcos fundos, mas Deus, que é justo, abaterá a cerviz dos pecadores.

Evangelho (Jo 8, 46-59)


Jesus afirma a sua divindade cada vez com mais insistência. É isso mesmo que os seus inimigos Lhe censuram e que Lhe merecerá a condenação. Mas aqueles que acolherem as suas palavras, como enviado e Deus, segui-Lo-ão na vida eterna.


Sequência do Santo Evangelho segundo João.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão dos judeus: Quem de vós me acusará de pecado? Se vos falo a verdade, por que me não credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus, e se vós não as ouvis é porque não sois de Deus. Responderam então os judeus: Não dizemos com razão que és samaritano, e que estás possesso de um demônio? Respondeu-lhes Jesus: Eu não estou possesso de demônio, mas honro a meu Pai. Vós, porém, me ultrajais! Não busco a minha glória. Há quem a busque e ele fará justiça. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá jamais a morte. Disseram-lhe os judeus: Agora vemos que és possuído de um demônio. Abraão morreu, e também os profetas. E tu dizes que, se alguém guardar a tua palavra, jamais provará a morte… És acaso maior do que nosso pai Abraão? E, entretanto, ele morreu… e os profetas também. Quem pretendes ser? Respondeu Jesus: Se me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; meu Pai é quem me glorifica, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus e, contudo, não o conheceis. Eu, porém, o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria mentiroso como vós. Mas conheço-o e guardo a sua palavra. Abraão, vosso pai, exultou com o pensamento de ver o meu dia. Viu-o e ficou cheio de alegria. Os judeus lhe disseram: Não tens ainda cinqüenta anos e viste Abraão!… Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, eu sou. A essas palavras, pegaram então em pedras para lhas atirar. Jesus, porém, se ocultou e saiu do templo.

Ofertório (Salmo 110, 1; 118, 17. 107)

Louvar-Vos-ei, Senhor, com toda a minha alma. Abençoai o vosso servo. Viverei e porei prática a vossa palavra. Dai-me a vida, segundo a  vossa palavra, Senhor.

Secreta

Fazei, Senhor, que estes dons nos libertem dos laços da nossa maldade, e nos alcancem a graça da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Comunhão (I Cor 11, 24-25)

Isto é o meu corpo, que será entregue por vós. Este é o cálice do Novo Testamento, fundado no meu sangue, diz o Senhor. Todas as vezes que o receberdes, fazei isto em memória de mim.

Pós-Comunhão

Assisti-nos, Senhor, e defendei, com a vossa eterna proteção, aqueles que reanimastes com estes santos mistérios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. 


PARTITURAS E ÁUDIOS

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