SÃO LUÍS, Confessor e Rei
Festa de 3ª Classe- Missa Própria

Rei da França desde os 12 anos, Luís IX tinha sido educado piedosamente por sua mãe, Branca de Castela. Conservou toda a vida uma profunda piedade, e no seu ofício de rei conduziu-se sempre como um verdadeiro santo. “Foi – diz Bossuet- o rei mais justo e mais santo que jamais possuiu uma coroa”. Todo entregue aos negócios do reino como aos do mundo cristão, foi um grande fautor da paz: reis e príncipes recorriam constantemente à sua arbitragem. Humilde e recto, compassivo com os desgraçados, tratando por suas próprias mãos os leprosos e doentes, São Luís dava a todos o exemplo duma caridade transbordante e duma equidade soberana. Era terceiro franciscano.
Por causa de uma doença, fez voto de empreender uma cruzada para libertar os lugares santos. Vitorioso a princípio, caiu depois nas mãos dos sarracenos. Alguns anos mais tarde retornou as armas, mas o tifo dizimou seu exército na África, sendo ele também atingido. Morreu diante de Tunes, deitado sobre cinza, em 25 de agosto de 1270.
Páginas 1248 a 1251 do Missal Quotidiano.
LEITURAS
Leitura (Sb 10,10-14)
Leitura do livro da Sabedoria.
O Senhor guiou por caminhos retos o justo que fugia à ira de seu irmão; mostrou-lhe o reino de Deus, e deu-lhe o conhecimento das coisas santas; ajudou-o nos seus trabalhos, e fez frutificar seus esforços; cuidou dele contra ávidos opressores e o fez conquistar riquezas; ela o protegeu contra seus inimigos e o defendeu dos que lhe armavam ciladas; e no duro combate, deu-lhe vitória, a fim de que ele soubesse quanto a piedade é mais forte que tudo. Ela não abandonou o justo vendido, mas preservou-o do pecado. Desceu com ele à prisão, e não o abandonou nas suas cadeias, até que lhe trouxe o cetro do reino e o poder sobre os que o tinham oprimido; revelou-lhe a mentira de seus acusadores, e conferiu-lhe uma glória eterna.
Evangelho (Lc 19,12-26)
Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas.
Naquele tempo , Jesus contou esta parábola a seus discípulos: Um homem ilustre foi para um país distante, a fim de ser investido da realeza e depois regressar. Chamou dez dos seus servos e deu-lhes dez minas, dizendo-lhes: Negociai até eu voltar. Mas os homens daquela região odiavam-no e enviaram atrás dele embaixadores, para protestarem: Não queremos que ele reine sobre nós. Quando, investido da dignidade real, voltou, mandou chamar os servos a quem confiara o dinheiro, a fim de saber quanto cada um tinha lucrado. Veio o primeiro: Senhor, a tua mina rendeu dez outras minas. Ele lhe disse: Muito bem, servo bom; porque foste fiel nas coisas pequenas, receberás o governo de dez cidades. Veio o segundo: Senhor, a tua mina rendeu cinco outras minas. Disse a este: Sê também tu governador de cinco cidades. Veio também o outro: Senhor, aqui tens a tua mina, que guardei embrulhada num lenço; pois tive medo de ti, por seres homem rigoroso, que tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste. Replicou-lhe ele: Servo mau, pelas tuas palavras te julgo. Sabias que sou rigoroso, que tiro o que não depositei e ceifo o que não semeei… Por que, pois, não puseste o meu dinheiro num banco? Na minha volta, eu o teria retirado com juros. E disse aos que estavam presentes: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas. Replicaram-lhe: Senhor, este já tem dez minas!…Eu vos declaro: a todo aquele que tiver, dar-se-lhe-á; mas, ao que não tiver, ser-lhe-á tirado até o que tem.
