S. LUIS, REI, Confessor
Festa de 3ª Classe – Missa “Os Justi” (1), com orações e leituras próprias
S. Luiz IX, Rei da França de 1226 a 1270, era um modelo de príncipe cristão. Todo o tempo de seu reinado, esforçou-se por desenvolver a vida da Igreja e praticar a justiça (Evangelho). Na segunda Cruzada que empreendeu, morreu de peste, diante de Tunis.
Páginas 1248 a 1251 do Missal Quotidiano.
Missa rezada às 7:00 na Capela do Colégio Santo Tomás de Aquino.
PRÓPRIO DO DIA
Introito (Sl 78, 11. 12 e 10 | ib., 1 )
Os justi meditábitur sapiéntiam, et lingua ejus loquétur judícium: lex Dei ejus in corde ipsíus. Ps. Noli æmulári in malignántibus; neque zeláveris faciéntes iniquitatem. ℣. Glória Patri. | A boca do justo fala a sabedoria e a sua língua profere a equidade. A lei de seu Deus está em seu coração. Sl. Não tenhas ciúmes dos maus, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. ℣. Glória ao Pai. |
Coleta
Deus, qui beátum Ludovícum Confessórem tuum de terréno regno ad cœléstis regni glóriam transtulísti: eius, quǽsumus, méritis et intercessióne; Regis regum Iesu Christi, Fílii tui, fácias nos esse consórtes: Qui tecum vivit et regnat. | Ó Deus, que elevastes o vosso Confessor S. Luís, do reino terrestre à glória celeste, nós Vos suplicamos que, por seus méritos e intercessão, nos façais co-herdeiros do Rei dos reis, Jesus Cristo, vosso Filho, Ele que, sendo Deus, convosco, vive e reina. |
Epístola (Eclo 31, 8-11)
Léctio libri Sapiéntiae. Justum dedúxit Dóminus per vias rectas, et ostendit illi regnum Dei, et dedit illi sciéntiam sanctórum: honestávit illum in labóribus, et complévit labores illíus. In fraude circumveniéntium illum áffuit illi, et honéstum fecit illum. Custodívit illum ab inimícis, et a seductóribus tutávit illum, et certámen forte dedit illi, ut vínceret et sciret, quóniam ómnium poténtior est sapiéntia. Hæc vénditum iusíum non derelíquit, sed a peccatóribus liberávit eum: descendítque cum illo in fóveam, et in vínculis non derelíquit illum, donec afférret illi sceptrum regni, et poténtiam advérsus eos, qui eum deprimébant: et mendáces osténdit, qui maculavérunt illum, et dedit illi claritátem ætérnam, Dóminus, Deus noster. |
Leitura do Livro da Sabedoria. O Senhor conduziu o Justo [Jacó] por caminhos retos, mostrou-lhe o reino de Deus, e deu-lhe a ciência das coisas santas: enriqueceu-o pelo trabalho e recompensou as suas fadigas. Auxiliou-o contra os avarentos opressores e cobriu-o de honra. Guardou-o dos inimigos, defendeu-o dos sedutores e permitiu-lhe duro combate, para que vencesse e soubesse que de todas as coisas, a mais poderosa é a sabedoria de Deus. Foi ela que não desamparou o Justo, quando foi vendido [José] e livrou- o dos pecadores; desceu com ele à prisão e não o abandonou nas cadeias, até lhe depositar em mãos o cetro do reino e o poder sobre os seus opressores. Ele mostrou que eram mentirosos os que o tinham caluniado. E o Senhor, nosso Deus, lhe deu uma glória eterna. |
Gradual (Sl 91, 13 e 14; ib. 3 | Tg 1, 12)
Justus ut palma florébit: sicut cedrus Líbani multiplicábitur in domo Dómini. ℣. Ad annuntiándum mane misericórdiam tuam, et veritátem tuam per noctem. Allelúia, allelúia. ℣. Beátus vir, qui suffert tentatiónem: quóniam, cum probátus fúerit, accípiet corónam vitae. Allelúia. |
O Justo floresce como a palmeira na plenitude da força, como o cedro do Líbano na casa do Senhor. ℣. Para anunciar pela manhã a vossa misericórdia e a vossa fidelidade durante a noite. Aleluia, aleluia. ℣. Bem-aventurado o homem que suporta a tentação, porque depois que tiver sido provado receberá a coroa da vida. Aleluia. |
Evangelho (Lc 19, 12-26)
Sequéntia sancti Evangélii secúndum Lucam. In illo témpore: Dixit Iesus discípulis suis parábolam hanc: Homo quidam nóbilis ábiit in regionem longínquam accípere sibi regnum, et revérti. Vocátis autem decem servis suis, dedit eis decem mnas, et ait ad illos: Negotiámini, dum vénio. Cives autem eius óderant eum: et misérunt legatiónem post illum, dicéntes: Nólumus hunc regnáre super nos. Et factum est, ut redíret accépto regno: et iussit vocári servos, quibus dedit pecúniam, ut sciret, quantum quisque negotiátus esset. Venit autem primus, dicens: Dómine, mna tua decem mnas acquisívit. Et ait illi: Euge, bone serve, quia in módico fuísti fidélis, eris potestátem habens super decem civitátes. Et alter venit, dicens: Dómine, mna tua fecit quinque mnas. Et huic ait: Et tu esto super quinque civitátes. Et alter venit, dicens: Dómine, ecce mna tua, quam hábui repósitam in sudário: tímui enim te, quia homo austérus es: tollis, quod non posuísti, et metis, quod non seminásti. Dicit ei: De ore tuo te iúdico, serve nequam. Sciébas, quod ego homo austérus sum, tollens, quod non pósui, et metens, quod non seminávi: et quare non dedísti pecúniam meam ad mensam, ut ego véniens cum usúris útique exegíssem illam? Et astántibus dixit: Auferte ab illo mnam et date illi, qui decem mnas habet. Et dixérunt ei: Dómine, habet decem mnas. Dico autem vobis: Quia omni habénti dábitur, et abundábit: ab eo autem, qui non habet, et, quod habet, auferétur ab eo. |
Sequência do Santo Evangelho segundo Lucas. Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: Um homem, de nobre linhagem, retirou-se para uma região longínqua a fim de receber um reino e depois regressar. Chamando dez de seus servos, deu-lhes dez minas, [moedas de prata] e lhes disse: Negociai com elas, até que eu regresse. Seus concidadãos, porém, o odiavam e lhe enviaram uma embaixada, dizendo: Nós não queremos que este homem reine sobre nós. Ora, aconteceu que ele voltou, após ter tomado posse de seu reino, e ordenou que chamassem os servos aos quais dera o dinheiro, para saber como eles o tinham valorizado. Apresentou-se, pois, o primeiro, dizendo: Senhor, a tua mina produziu dez minas. E ele respondeu: Está bem, servo bom, porque foste fiel em pouca coisa, terás poder sobre dez cidades. Veio o segundo e disse: Senhor, a tua mina produziu cinco minas. E ele lhe disse: E tu, sê o senhor de cinco cidades. Um outro veio depois, dizendo: Senhor, eis a tua mina que eu guardei, envolta num lenço, porque tinha medo de ti, por seres um homem severo; tiras o que não depositaste e recolhes o que não semeaste. Disse-lhe ele: Por tua própria boca, eu te julgo, servo mau. Sabias que sou um homem severo, tirando o que não depositei e recolhendo o que não semeei. Por que então não puseste o meu dinheiro num banco, a fim de que, em meu regresso, eu o retirasse com os juros? E aos que estavam presentes, disse: Tomai-lhe a mina, e daí-a ao que tem dez. E eles disseram: Senhor, este já possuí dez minas. Eu vos digo, retrucou o Senhor, dar-se-á ao que já tem e ele ficará na abundância, mas ao que não tem, tomar-se-á mesmo o que possui. |
Ofertório (Sl 88,25)
Veritas mea, et misericórdia mea cum ipso: et in nómine meo exaltábitur cornu ejus. | Minha fidelidade e minha misericórdia o acompanham e em meu Nome se levantará o seu poder. |
Secreta
Præsta, quǽsumus, omnípotens Deus: ut, sicut beátus Ludovícus Conféssor tuus, spretis mundi oblectaméntis, soli Regi Christo placére stúduit; ita eius orátio nos tibi reddat accéptos. Per eúndem D.N. | Nós Vos rogamos, ó Deus onipotente, concedei-nos que, assim como vosso Confessor S. Luís, desprezando os prazeres do mundo, só procurou agradar ao Cristo, seu Rei único, assim também a sua oração nos torne agradáveis a Vós. Pelo mesmo J. C. |
Prefácio (Comum)
℣. Dóminus vobíscum. ℞. Et cum spíritu tuo. ℣. Sursum corda. ℞. Habémus ad Dóminum. ℣. Grátias agámus Dómino Deo nostro. ℞. Dignum et iustum est. . Vere dignum et justum est, aequum et salutare, nos Tibi simper, et ubique gratias agere: Domine sancte, Pater omnipotens, aeterne Deus: per Christum Dominum nostrum. Per quem majestatem Tuam laudant Angeli, adorant Dominationes, tremunt Potestates, Coeli, Coelorumque Virtutes, ac beata Seraphim socia exultatione concelebrant. Cum quibus et nostras voces, ut admitti, jubeas, supplici confessione dicentes: Sanctus, Sanctus, Sanctus… |
℣. O Senhor seja convosco. ℞. E com o vosso espírito, ℣. Para o alto os corações. ℞. Já os temos para o Senhor, ℣. Demos graças ao Senhor, nosso Deus. ℞. É digno e justo. . Verdadeiramente é digno e justo, razoável e salutar, que, sempre e em todo o lugar, Vos demos graças, ó Senhor santo, Paí onipotente, eterno Deus, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. É por Ele que os Anjos louvam a vossa Majestade, as Dominações a adoram, tremem as Potestades. Os Céus, as virtudes dos Céus, e os bem-aventurados Serafins a celebram com recíproca alegria. Às suas vozes, nós Vos rogamos, mandeis que se unam as nossas, quando em humilde confissão Vos dizemos: Santo, Santo, Santo… |
Comunhão (Mt 24, 46-47)
Beátus servus, quem, cum vénerit dóminus, invénerit vigilántem: amen dico vobis, super ómnia bona sua constituet eum. | Bem-aventurado o servo a quem o Senhor, quando vier, achar vigilante. Em verdade vos digo, que lhe confiará o governo de todos os seus bens. |
Pós-comunhão
Deus, qui beátum Confessórem tuum Ludovícum mirificásti in terris, et gloriósum in cœlis fecísti: eúndem, quǽsumus, Ecclésiæ tuæ constítue defensórem. Per D. N. | Ó Deus, que fizestes a vosso Confessor S. Luís admirável por sua vida na terra, e o tornastes glorioso nos céus, nós Vos pedimos que o façais, igualmente, defensor de vossa Igreja. Por N. S. |
* Traduções e comentário principal extraídos do Missal Quotidiano de D. Beda (1962).