Liturgia Diária- XXIV Domingo depois de Pentecostes

Domingo de 2ª Classe- Missa comum do 4º Domingo depois da Epifania, com cânticos próprios

Perante a prece angustiosa dos seus, um só gesto soberano da sua mão criadora – e logo os elementos desencadeados se acalmam.

Mais uma Epifania do poder divino de Jesus. Hoje Ele impera ao mar e aos ventos. Este milagre é um símbolo da salvação do mundo da tempestade do pecado, e uma garantia de proteção contínua sobre a barca de S. Pedro, nas ondas do século. Confiando neste auxílio divino e consciente de nossa própria fraqueza, pedimos a mesma grande bonança para a nossa vida (Oração).


SÃO CARLOS BORROMEU, Bispo e Confessor

Comemoração – Missa “Statuit” (Confessores Pontífices), com Coleta própria

Cardeal com a idade de 23 anos, com grande zelo cuidou de reformar a disciplina religiosa de acordo com as normas do Concílio de Trento. Construiu seminários, fez editar o catecismo e procurou por todos os meios incentivar a vida religiosa. Bispo de Milão, sacrificou-se heroicamente por seu rebanho. Morreu com 47 anos de idade.


Páginas 716 a 718 do Missal Quotidiano. 


Missa Rezada às 09:30 horas na Capela Nossa Senhora de Lourdes e Missa Cantada às 15:30 horas na Catedral Diocesana.


PRÓPRIO DO DIA

Introito (Jr 29, 11-14; Sl 84,2)

Dicit Dominus : Ego cogito cogitationes pacis, et non afflictionis : invocabitis me, et ego exaudiam vos et reducam captivitatem vestram de cunctis locis. Ps. Benedixisti Dominus terram tuam : avertisti captivitatem Jacob. V. Gloria. Assim diz o Senhor: Meus pensamentos são de paz e não de aflição. Clamai por mim e eu vos ouvirei. Reconduzir-vos-ei de vosso cativeiro de todos os lugares. Ps. Abençoastes, Senhor, a vossa terra; livrastes
Jacó do cativeiro. V. Glória ao Pai.

Coleta

Deus, qui nos in tantis periculis constitutos, pro humana scis fragilitate non posse subsistere : da nobis salutem mentis et corporis, ut ea quæ pro peccatis nostris patimur, te adjuvante vincamus. Per D.N. Ó Deus, que conheceis a nossa fragilidade que nos torna incapazes de subsistir em meio de tantos perigos, daí-nos a saúde da alma e do corpo, para que vençamos com o vosso auxílio os males que padecemos por nossos pecados. Por N. S.

2ª Coleta (de S. Carlos Borromeu)

Ecclésiam tuam, Dómine, sancti Cároli Confessóris tui atque Pontíficis contínua protectióne custódi: ut, sicut ilium pastorális sollícitúdo gloriósum réddidit; ita nos ejus intercéssio in tuo semper fáciat amóre fervéntes. Per D.N. Dignai-Vos, Senhor, conservar continuamente a vossa Igreja sob a proteção de S. Carlos, vosso Confessor e Pontífice, e assim como a sua solicitude pastoral o tornou glorioso, também a sua intercessão nos faça conservar-nos sempre fervorosos em vosso amor. Por N. S.

Epístola (Rm 13, 8-10)

Ter-se-á em mente que o próximo pode ser qualquer um, mesmo um estranho, mesmo um inimigo. A ele se deverá amar e respeitar.

Lectio Epistolæ beati Pauli Apostoli ad Romanos.

Fratres : Nemini quidquam de beatis, nisi ut invicem diligatis : qui enim diliget proximum, legem implevit. Nam : Non adulterabis : Non occides : Non furaberis : Non falsum testimonium dices : Non concupisces : et si quod est aliud mandatum, in hoc verbo instauratur : Diliges proximum tuum sicut teipsum. Dilectio proximi malum non operatur. Plenitudo ergo legis est dilectio.

Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos. 

Irmãos: A ninguém devais coisa alguma a não ser O amor mútuo; pois quem ama o próximo cumpriu a lei. Com efeito, os mandamentos: Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não levantarás falso testemunho, não cobiçarás, e se há algum outro mandamento, todos eles se resumem nesta palavra: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor do próximo não faz o mal. Logo, a caridade é o complemento da lei.

Gradual (Sl 43, 8-9 | Sl 129, 1-2)

Liberasti nos, Domine, ex affligentibus nos : et eos, qui nos oderunt, confudisti. V. In Deo laudabimur tota die : et in nomine tuo confitebimur in sæcula.

Allelúia, allelúia. V. De profundis clamavi ad te, Domine : Domine, exaudi orationem meam. Allelúia.

Vós nos livrastes, Senhor, dos que nos afligiam e confundistes os que nos odiavam. V. Em Deus nos gloriamos todo o dia; e louvamos eternamente o vosso Nome. 

Aleluia, aleluia. V. Das profundezas do abismo, eu clamo a Vós, Senhor! Senhor, atendei à minha oração. Aleluia.

Evangelho (Mt 8, 23-27)

São Jerônimo compara este milagre àquele de Jonas, em que o profeta nos aparece dormindo tranquilamente, enquanto os outros se julgam perdidos. “Acordam-no; o homem de Deus dá ordens, e o seu sacrifício, símbolo do de Cristo, liberta do perigo os que o despertaram”.

Sequéntia sancti Evangélii secúndum Matthæum

In illo tempore : Ascendente Jesu in naviculam, secuti sunt eum discipuli ejus : et ecce motus magnus factus est in mari, ita ut navicula operiretur fluctibus, ipse vero dormiebat. Et accesserunt ad eum discipuli ejus, et suscitaverunt eum, dicentes : Domine, salva nos, perimus. Et dicit eis Jesus : Quid timidi estis, modicæ fidei? Tunc surgens, imperavit ventis et mari, et facta est tranquillitas magna. Porro homines mirati sunt, dicentes : Qualis est hic, quia venti et mare obediunt ei?

Sequência do Santo Evangelho segundo Mateus.

Naquele tempo, tendo Jesus subido a uma barca, seus discípulos O seguiram. De repente levantou-se no mar uma grande tempestade, de modo que as ondas cobriam a barca. Ele, porém, dormia e seus discípulos
O acordaram, dizendo: Senhor, salvai-nos, que perecemos. Respondeu-lhes Jesus: Por que temeis, homens de pouca fé? Ao mesmo tempo, pôs-se Ele de pé e ordenou aos ventos e ao mar, seguindo-se uma
grande bonança. Os homens, deveras admirados diziam: Quem é Este, a quem os ventos e o mar obedecem?

Ofertório (Sl 129, 1-2)

De profundis clamavi ad te, Domine : Domine, exaudi orationem meam : de profundis clamavi ad te, Domine.  Das profundezas do abismo, eu clamo a Vós, Senhor! Senhor, atendei à minha oração. Das profundezas do abismo, eu  clamo a Vós, Senhor.

Secreta

Concede, quæsumus, omnipotens Deus : ut hujus sacrificii munus oblatum, fragilitatem nostram ab omni malo purget semper, et muniat. Per D.N. Humildemente Vos pedimos, ó Deus onipotente, que a oferta deste Sacrifício purifique de todo mal a nossa fragilidade e sempre a proteja. Por N. S.

2ª Secreta (de S. Carlos Borromeu)

Sanctí tui, quaésumus, Domine, nos ubíque laetíficent: ut, dum eórum mérita recólimus, patrocínia sentiámus. Per D. N. Nós Vos suplicamos, Senhor, que os vossos Santos nos alegrem em todo o lugar a fim de que, recordando os seus méritos, sintamos sua proteção. Por N. S.

Prefácio (da Ssma. Trindade) 

Vere dignum et justum est, aequum et salutare, nos tibi semper, et ubique gratias agere: Domine sancte, Pater omnipotens, aeterne Deus. Qui cum unigenito Filio: tuo et Spiritu Sancto, unus es Deus, unus es Dominus: non in unnius singularitate personae, sed in unius Trinitae substantiae. Quod enim de tua Gloria, revelante te, credimus, hoc de Filio tuo, hoc de Spiritu Sancto, sine differentia discretionis sentimus. Ut in confessione verae, sempiternaeque Deitatis, et in personis proprietas, et in essentia unitas, et in majestate adoretur aequalitas. Quam laudant Angeli atque Archangeli, Cherubim, quoque ac Seraphim: qui non cessant clamare quotidie, una voce dicentes:

Sanctus, Sanctus, Sanctus…

É verdadeiramente digno, justo, racional e salutar, que sempre e em toda a parte Vos rendamos graças, Senhor Santo, Pai onipotente e Deus eterno; Que sois, com o Vosso Filho Unigênito e com o Espírito Santo, um só Deus e um só Senhor, não na singularidade duma só pessoa, mas na Trindade duma só substância. Porque tudo aquilo que nos revelastes e cremos da Vossa glória, isso mesmo sentimos, sem diferença nem distinção, do Vosso Filho e do Espírito Santo, de maneira que, confessando a verdadeira e eterna Divindade, adoramos a propriedade nas Pessoas, a unidade na Essência e a igualdade na Majestade, a qual louvam os Anjos e os Arcanjos, os Querubins e os Serafins, que não cessam de cantar dizendo a uma só voz:

Santo, Santo, Santo…

Comunhão (Mc 11, 24)

Amen dico vobis, quidquid orantes petitis, credite quia accipietis, et fiet vobis. Em verdade vos digo: tudo o que pedirdes em vossa oração, crede que o recebereis, e vos será feito.

Pós-comunhão

Munera tua nos, Deus, a delectationibus terrenis expediant, et cælestibus semper instaurent alimentis. Per D.N. Vossos Dons, ó Deus, nos desembaracem  de todas as seduções da terra, e nos fortaleçam constantemente com o celeste Alimento. Por N. S.

2ª Pós-comunhão (de S. Carlos Borromeu)

Presta, quáesumus, omnípotens Deus: ut, de percéptís munéribus grátías exhíbéntes, íntercedénte beáto Cároli Confessóre tuo atque Pontífice, beneficia potíóra sumámus. Per D. N. Fazei, nós Vos rogamos, ó Deus onipotente, que rendendo graças pelos dons recebidos, por intercessão de S. Carlos, vosso Confessor e Pontífice, alcancemos
benefícios ainda maiores. Por N. S.

* Traduções e comentário principal do Missal de D. Beda Keicksen (1947) e demais comentários do Missal de D. Gaspar Lefevbre (1963).

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